The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 49
My Shooting Star.


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA A DEMORA, desculpa mesmo. A escola tomou TANTO do meu tempo! Mas aqui estou eu, haha, postando esse capítulo que eu particularmente gosto. Gosto quando as coisas estão bem com eles :3 ~já contei o capítulo, af. Então, boa leitura meus chuchus



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     Ryan gritou quando fez um gol no videogame. Protestei com alguns resmungões, mas não me mexi muito para não sair debaixo da mão de Miranda.

     - Foi um golaço. – Ela disse, sorrindo, enquanto passava seus dedos pelos meus cabelos, suavemente.

     - De que lado você está? – Perguntei, indignado.

     - Hm... Vai, Ryan! Vai Ryan! – Ela começou a gritar, fazendo Chaz e Ryan rirem.

     - Muito obrigado! – Bufei. Miranda sentou rapidamente na cama e me deu um beijinho na bochecha, depois deitou novamente, porque Chaz a empurrou de volta.

     Chamei a atenção deles para voltarmos a jogar. Ainda faltavam quinze minutos para acabar o segundo tempo. Ainda podia vencer aquela partida.

     - Ele lança para o zagueiro, que passa para seu atacante e... Gol! – Gritei, pulando como um louco. Três minutos de jogo e eu já havia feito meu primeiro gol.

     - Abaixa tua bola, porque ainda faltam doze minutos de jogo, Biebs. – Chaz cortou meu barato.

     Voltei a jogar, concentrado. Doze, onze, dez minutos... E nada de eu fazer gol. Aquilo estava se tornando desesperador. Não podia perder para aqueles imbecis, ainda mais na frente de Miranda.

     Fim de tempo, eu perdi.

     - Não! – Joguei o controle na cama, ao lado de Miranda.

     - É! Pode passar meus cem dólares! – Ryan cobrou. Bufei, não era possível que ele ainda ia cobrar.

     Entreguei a nota a ele, de má vontade.

     - É ótimo fazer negócios com você, Bieber. – Ele riu e conferiu se a nota era verdadeira.

     - Vou pegar uma coca, quem quer? – Chaz perguntou, indo para a porta.

     - Eu quero. – Miranda abriu um sorriso.

     - Não senhora. Suco. – Cortei-a rapidamente.

     - Fala sério. – Bufou.

     - Vou com você. – Ryan levantou-se rapidamente e foi com ele. – Não vou segurar vela. – Ouvimos ele dizer, já no corredor.

     As bochechas de Miranda coraram. Abri um sorriso bobo.

     - Enfim, a sós. – Esfreguei uma mão na outra.

     - Não inventa, Bieber. – Miranda revirou os olhos.

     Deitei meu corpo por cima do dela, apoiando meu peso nos cotovelos.

     - Estou com saudade de um amasso. – Sussurrei em seu ouvido, meio safado.

     - Justin! Para com isso! – Recebi um tapa estalado no ombro.

     - Por quê? – Perguntei, inocente. Ela apenas revirou os olhos. Sorri e selei nossos lábios. Passei minha mão por debaixo de suas costas, suspendendo seu corpo até ele estar colado no meu. Partimos o beijo por falta de oxigênio e ela tombou a cabeça para trás, me dando uma deixa para beijar seu pescoço, e foi o que eu fiz.

     - Ei... – Ela me afastou, caindo na cama. – Os meninos...

     - Sentiram nossa falta? – Falando neles, Chaz apareceu na porta, fazendo pose. Caí ao lado de Miranda, bufando.

     - Eu já vi que não. – Ryan respondeu por nós, meio debochado.

     Jogou uma lata de coca para mim e uma caixinha de suco para Miranda.

     - Obrigada. – Ela murmurou. Sentei na cama e depositei um beijo em seu ombro.

     - É para o seu bem. – Falei, sorrindo.

     Não tive resposta, apenas observei-a tomar todo seu suco, de canudinho. Ryan e Chaz já estavam jogando uma nova partida, por isso fiquei na cama com Miranda, abraçado a ela.

     - Ei, JB. – Alguém me chamou, acho que era Ryan. – Acorda!

     - O que é? – Murmurei, sonolento. Apertei o braço que, teoricamente, era para estar abraçando Miranda, mas só abracei o vazio. Abri os olhos instintivamente. – Cadê a Miranda?

     - Ela foi embora... Tem um tempinho já. – Deus de ombros.

     - Alguém veio buscar ela? – Sentei, coçando os olhos.

     - O primo dela, Tyler. – Falou, estendendo a mão para me ajudar a levantar.

     - Tyler, certo. – Segurei sua mão, apesar de não precisar de ajuda, e me levantei.

     - Cara legal...

     - Só se for com você. – Comentei, indo em direção ao meu banheiro. – Que horas são?

     - Hm, duas e meia. – Olhou rapidamente seu relógio de pulso.

     - Da madrugada? – Quase gritei.

     - Shh! Quase acordou a Pattie! – Chaz veio até nós, todo bravo.

     - O que vocês querem, porque me acordou numa hora dessas? – Perguntei, bravo.

     - Achei que ia me agradecer. – Ryan deu de ombros.

     - Por acabar trocando a noite pelo dia?

     - É. – Abriu um sorriso. – Usher está na cidade e está dando uma festa.

     - E?

     - Nós vamos! – Disse Chaz, animado.

     - Nós vírgula! Não vou a festa nenhuma. – Passei pelos dois e me joguei na cama, pronto para dormir novamente.

     - Ah, vamos lá cara. – Chaz veio argumentar. – Você está precisando de um pouco de descanso.

     Todo mundo ia me dizer esse tipo de coisa agora? Todo mundo ia me dizer o quanto isso estava sendo difícil?

     - Não preciso não. – Cobri minha cabeça com o cobertor.

     - Anda, levanta. – Ryan pegou meu pé e me puxou para fora da cama.

     - Ok, vocês passaram dos limites. – Levantei num pulo e fui até minha carteira, que estava em cima da minha escrivaninha. – Toma, mostra isso ao cara da portaria, ele vai saber que vocês são convidados. Pega o cartão de crédito também. – Joguei tudo em cima do Ryan.

     - Não...

     - Só me deixem dormir. Vocês podem ir agora. – Sorri um sorriso cínico e voltei para minha cama.

     - Vamos deixar ele sozinho. – Ouvi Chaz sussurrar.

     - Certo. – Ryan disse.

     - Ele deve estar arrasado com tudo isso que está acontecendo. – Chaz explicou.

     Fingi que não escutei e me cobri com o cobertor, peguei meu iPod, colocando numa música calma e aumentei no último volume.

     Como esperado, não consegui voltar a dormir. Reclamei alto quando meu despertador tocou, indicando que eu tinha 30 minutos para levantar, tomar um banho, comer alguma coisa e ir para a gravadora, pois um Scooter furioso me esperava lá.

     - JB, você dormiu essa noite? – Scooter perguntou, depois do terceiro copo de café que eu tomei.

     - Um pouco. – Tomei outro gole, terminando assim o quarto.

     - Isso está te consumindo, cara. – Disse, meio assustado. Dei de ombros, fingindo não entender o que ele disse e decidi não pegar outro café.

     - Vamos começar. – Minha voz saiu rouca, mas não liguei. Fui para o estúdio, esfregando uma mão na outra.

     - Ah! Estou cansada de ficar em casa! – Miranda reclamou, enfiando o rosto nas mãos.

     - Eu estou achando ótimo. Já faz mais de três dias que você não entra num hospital pela porta de emergência. E para mim, já está mais que suficiente para eu dormir uma noite inteira. – Falei, jogando uma das cartas que eu tinha em mão.

     Esperei ela fazer sua jogada, mas não jogou nada. Levantei os olhos do nosso jogo de cartas e encontrei seu olhar em mim.

     - Não sabia que estava dormindo mal. – Ela disse, desviando o olhar de repente. – Não quero que isso te prejudique, Justin.

     Engatinhei até ela, quase esbarrando nas cartas, e a aconcheguei em meus braços.

     - Só não durmo porque fico preocupado. – Disse, calmamente.

     - Não, Jus... Isso está errado, você não pode se sacrificar assim! E tem a sua carreira e...

     - Ei, para com isso. – Fechei sua boca, segurando seus lábios entre o polegar e o indicador. – Não vou discutir isso. Eu quero ficar com você, custe o que custar. Não vou desperdiçar meu tempo com besteirinhas.

     - Sono não é besteira. – Ela rebateu, teimosa como sempre.

     - Não vou...

     - Entendi. Você quer passar todo o tempo disponível do mundo antes que eu morra. – Disse ela, de forma indiferente. Fiquei assustado com suas palavras. Mas depois um misto de raiva e desespero me invadiu.

     - Você não vai morrer, Miranda. Para com isso! – Ordenei, nervoso.

     - Você não controla esse tipo de coisa, Justin.

     Fiquei sem ter o que responder por um segundo. Aquele sentimento de impotência era o que me irritava mais, e agora ela vinha esfregar isso na minha cara? Respirei fundo uma vez e segurei seu rosto entre as mãos, fitando seus olhos.

     - Você. Não. Vai. Morrer. – Falei, firme. Ele revirou os olhos, com desdém. Se fosse necessário, eu seria forte por ela.

     - Não vamos falar disso. – Disse ela, por fim, se livrando de mim.

     Assenti, enquanto ela se levantava e em seguida tirou a almofada do chão, jogando-a em cima da cama. Observei seus movimentos. Três dias não são muitos dias, mas deu para mudar minha garota.

     Agora ela estava mais magra, não que eu gostasse disso, mas já era perceptível. Ela usava um jeans que lhe estava folgado, já que ela pisava na barra, e uma blusa enorme da seleção brasileira de futebol. Havia leves traços de noites mal dormidas em seu rosto, denunciando tudo aquilo que ela tentava esconder. De repente, me perdi em pensamentos sombrios, me peguei pensando na minha vida se algo acontecesse com ela...

     - Jus? – A voz de Miranda me fez voltar à realidade.  

     - Sim? – Olhei em seus olhos.

     Ela sorriu timidamente, deitou na cama e bateu no espaço ao seu lado. Assenti, rapidamente e me joguei ao seu lado, embalando-a em meus braços logo em seguida.

     - Como está se sentindo? – Perguntei, carinhoso.

     - Bem. – Ela olhou em meus olhos, sincera, mas estava inquieta. Esperei que ela falasse. – O Dylan é lindo, não é? – Segurou minha mão e começou a brincar com meus dedos.

     - É... – Respondi, tentando entender aonde ela queria chegar.

     - Tão pequenininho e fofinho... Imagina quando ele começar a andar?

     - Vai ser um bom garoto. – Abafei uma risada, quando ela assentiu quase que imediatamente.

     Miranda ficou em silêncio de novo. Eu podia quase imaginar o que se passava naquela cabecinha.

     - E quando for o nosso filho? – Perguntei, tocando no assunto que ela claramente estava com vergonha de tocar.

     - Nosso filho? – Subiu seu olhar, de encontro ao meu, havia um belo sorriso em seus lábios.

     - Sim... Imagina o... Justin Júnior correndo pela casa, atrás do nosso labrador.

     - Um labrador? – Ela franziu o cenho, divertida.

     - Você prefere um pastor alemão? Ok, e então o cachorro escorrega no piso de linóleo da sala e bate numa mesinha e derruba um porta-retrato. – Descrevi toda uma cena, fazendo-a rir. 

     - Seria uma bagunça. – Refletiu ela, sorrindo.

     - Vai ser uma bagunça. – Afirmei. – Aí você vai ficar brava, mas não vai brigar, porque não vai aguentar a carinha fofa no nosso filho.

     - E onde você vai estar nessa hora? Trabalhando?

     - Não, essa hora vai ser a eterna luta da hora de dormir, por isso estarei no andar de cima, contando um conto de fadas para nossa princesinha. – Abri um largo sorriso ao pensar nisso.

     - Muito atencioso da sua parte me deixa sozinha com o Júnior e o cachorro. – Ela soltou uma risada gostosa.

     - Mas eu tenho certeza de que você é uma ótima e perfeita mãe e consegue dar conta da situação. – Rebati, me defendendo.

     - Certo. Então eu coloco o cachorro para fora e vou fazer o pequeno dormir. – Completou, olhando nossas mãos, meio pensativa.

     - Aí depois nos encontramos no nosso quarto. Você veste sua camisola e solta o cabelo, ficando ainda mais linda do que já é. Enquanto eu vou estar na cama, esperando pela minha esposa. – Falei, completamente maravilhado com a cena que se passava em minha mente.

     A verdade é que qualquer tipo de futuro com ela me parecia incrível.

     - Adorei esse final. – Miranda sorriu e me deu um selinho.

     - Vai ser só o começo. – Garanti, sorrindo também. – Vamos passar o feriado de Ação de Graças com a minha mãe.

     - E o Natal, com meus pais. – Ela sentou, ficando de frente para mim. – Vamos levar as crianças para conhecer o Canadá!

     - Não antes de conhecer o Brasil. – Falei.

     - Ok. – Mordeu o lábio inferior, reprimindo um sorriso.

     - Diz onde quer passar a lua de mel, para eu já ir preparando. – Me empolguei, minha cabeça já fazia mil planos.

     - Hm... Itália? – Parecia pensativa.

     - Itália? Nada de Paris ou coisa do tipo? – Fiquei surpreso.

     - Não... Depois a gente vai lá. – Falou, com descaso. Ri comigo mesmo, ela era mesmo tão diferente das outras garotas...

     - Ok então. – Comecei a imaginar a região da Toscana e o que poderia fazer por ali...

     - Sabe o que seria legal? Uma fazenda ou sítio.

     - É, talvez eu compre o Neverland para as crianças. – Brinquei, lembrando do rancho que o Michael Jackson tinha. Miranda riu e me deu um tapa fraco no braço. Depois ficou séria.

     - Dinheiro não vai ser problema para nós, vai? – Ela perguntou.

     - Claro que não! Vou continuar trabalhando. – Fiquei confuso com o que ela queria dizer.

     - Então... Promete que vai ser um pai e marido presente?

     Entendi. Sentei, apoiando meu cotovelo no joelho e segurei seu rosto.

     - Prometo. – Acariciei sua bochecha. – Vou amar minha família mais que tudo nesse mundo.

     Vi um sorriso perfeito brotar em seus lábios, os quais eu beijei assim que respondi ao impulso de fazê-lo. Não há palavra para descrever o que eu senti naquele momento, ao beijar aquela garota. Era um momento delicado, era um momento de insegurança, tê-la em meus braços significava que tudo estava bem outra vez, que tudo ia ficar bem. Ela era meu ponto de equilíbrio, eu precisava dela para sobreviver.

     - Eu amo você, Miranda Stephen. – Sussurrei, contra seus lábios.

     - Eu te amo também, Justin Drew Bieber.

     Envolvi novamente seu corpo em meus braços e deitei, com ela por cima de mim.

     - Está com fome? – Perguntou, pegando o relógio do criado mudo. Eram quatro da tarde. O tempo voava quando estava com ela.

     - Agora que você perguntou... – Cocei a nuca, meio sem graça.

     - O que quer comer? – Deitou a cabeça no meu peitoral, abrindo um sorrisinho atencioso.

     - O que você quer e pode comer? – Reformulei a pergunta para ela, que revirou os olhos.

     - Não muita coisa. Mas vamos comer chocolate, porque faz bem ao coração e adoça a vida. – Falou, piscando os olhos duas vezes, parecendo uma bonequinha.

     - Chocolate? – Franzi o cenho.

     - É, quero comer brigadeiro. Vem. – Ela pulou de uma vez para fora da cama e me puxou logo em seguida, sem nem ao menos esperar eu calçar meu tênis.

     Apenas Norah e Sam estavam em casa, mas não as vi por onde passamos. Devia estar uma cena engraçada: eu e Miranda andando aos tropeços pela casa, porque a abracei pela cintura e não queria soltá-la.

     - Ok, vamos comer seu brigadeiro. – Falei, ao me sentar na banqueta da bancada americana. Ela riu e começou a pegar os ingredientes.

     Fiquei apenas observando-a, certo de que aquele seria um dos momentos que me recordaria para sempre. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu adori! Bom, vou tentar postar de novo no próximo fds ok? É por causa do tempo e também porque minha internet está 1 porcaria que vocês nem imaginam. Bom, é isso aí. Beijinhos, amo vocês!