The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 48
I Dont Wanna Talk About This


Notas iniciais do capítulo

Tá, isso não foi planejado. Eu ia dizer que estava postando esse capítulo por causa da Laura, mas ela vai ficar uma metida, não quero isso, acho ela muito legal, não quero ficar com raiva dela SASHUAHSUAH ~nunca vou ficar, ok?~
Boa leitura nenéns



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     Aquilo era um pesadelo.

     Dois enfermeiros pegaram-na no colo e a colocaram numa maca, com muito cuidado. A mesma médica, Amy, fora chamada e guiou os enfermeiros para algum lugar naquele hospital enorme.

     - Fique aqui, por favor. – A recepcionista indicou uma sala, com a maior calma do mundo. Como ela podia ter calma numa hora dessas?

     Entramos na sala e nos acomodamos. Tentei me lembrar da última vez que ela havia desmaiado. Demorou um pouco para que ela acordasse, tanto que eu nem estava mais aqui quando isso aconteceu. Comecei a contar os minutos, aquilo era horrível. Quando eu achava que havia se passado mais de dez minutos, nem um minuto havia se passado na verdade.

     - Ok, o que aconteceu? – Amy entrou na sala, depois de um bom tempo, com as mãos na cintura.

     - Eu não sei! Ela estava tão bem e de repente... – Eu estava afobado.

     - O que vocês estavam fazendo? – Arqueou uma sobrancelha.

     - Estávamos passando um tempo no parque. – Respondi, mais calmo.

     - Ela fez esforço físico?

     - Fez. – Entendi qual foi o problema. – Droga, foi minha culpa.

     - Entendi, entendi. Não foi sua culpa, Justin. – Ela colocou a mão no meu ombro. – Você não sabia que podia afetar ela.

     - É, cara, relaxa. – Ryan chegou perto de nós. – Ela já acordou?

     - Ainda não. – Suspirou.

     - Quero o melhor quarto para ela. – Pedi, afobado novamente.

     - Já providenciamos, Justin. Nós temos um dos melhores tratamentos para pacientes com câncer, não se preocupe. O tratamento dela está indo tão bem, em apenas uma semana. – Amy me consolou.

     - Qual é o tipo de câncer que ela tem? – Finalmente tomei coragem para perguntar isso.

     - É leucemia. É muito comum em adolescentes, por ainda estar em fase de crescimento. Vocês deram sorte, já que o estágio dela é bem primitivo.

     - Ou seja...?

     - Ou seja, as chances dela se curar são altas.  

     - Onde está ela? – Ouvi a voz de Charlie ecoar na sala.

     - Ainda está dormindo. – Disse Amy, sorrindo.

     - Mas ela está bem?

     - Claro. – Amy olhou para mim. – Só não vamos exigir demais, dela, ok? Passeios no parque são ótimos, mas sem esforço físico. – Bronqueou. Assenti, de cabeça baixa.

     Amy puxou Charlie para fora da sala, para falar com ela em particular. Notei que só ela veio. Isso foi bom, eu acho. Pelo menos não ia ter que suportar o olhar homicida do pai dela.

     Não fiquei na sala, saí para dar uma volta. Passei na praça de alimentação do hospital e comprei uma coca, apesar de não estar com vontade nenhuma de beber aquilo. Virei assim mesmo.

     Quando voltei à sala, Chaz me deu a notícia de que Miranda havia acordado. Depois de Charlie voltou, fui ver como ela estava.

     - Eu disse cinco minutos e fiquei uma hora. – Ela riu do próprio comentário, quando eu entrei no quarto.

     - Você me deu um susto. – Olhei para ela, sério. Puxei uma cadeira e sentei ao seu lado.

     - Desculpe. – Ela me lançou um olhar tímido e acanhado.

     - Vamos ter que nos divertir dentro de casa mesmo. – Constatei.

     - Acho que sim. – Fez uma careta.

      - Você nunca me disse como isso está sendo para você. – Brinquei com os dedos de sua mão que estava em sua barriga enquanto dizia cada palavra com cuidado.

     - Não está sendo fácil. – Afirmou, fazendo uma careta.

     - Eu imagino. – Apertei sua mão.

      - Mas... Sabe... Você e a minha família... Vocês tornam isso menos difícil. – Abriu um sorriso angelical. Ela olhou para o teto, meio aérea. Fitei-a por um tempo, memorizando mais uma vez cada traço de seu rosto lindo.

     - Você é perfeita, sabia? – Comentei, de repente, fazendo-a corar um pouco.

     - Não sou. – Ela continuava a olhar o teto.

     Suspirei.

     - Quando vou receber alta? – Perguntou, mudando de assunto.

     - Não faço ideia. Mas acho que logo, você só desmaiou.

     Miranda assentiu, ficou calada e apertou mais minha mão. Não sabia como agir num momento daqueles. Aquele sentimento de impotência era simplesmente horrível. Queria poder fazer alguma coisa, mas não havia nada a se fazer.

     - Olá. – Amy entrou no quarto. – Como está nossa brasileirinha?

     - Bem, eu acho. – Miranda respondeu, sorrindo.

     - É? Você nos deu um susto. – Amy fez uma careta.

     - Desculpe.

     - Prometa que não vai mais fazer isso. – Amy brincou.

     - Prometo. – Miranda levantou a mão, fazendo sinal de “palavra de escoteiro”.

     - Ótimo... – Amy parou de olhar os aparelhos ao lado da cama e veio para perto de nós. – Bom, temos alterações.

     - Como assim? – Perguntei, confuso.

     - Novos remédios. – Respondeu, fazendo Miranda soltar um gemido de insatisfação. – Sim senhora. Novos remédios. Você quer ficar boa?

     - Quero. – Murmurou ela.

     - Viu, tem que colaborar comigo. – Amy sorriu, amigável.

     - Vou chamar seus pais. – Avisei a Miranda e saí da sala.

     Fiquei com Chaz e Ryan por todo tempo que Amélia conversou com os pais dela. Miranda vestiu sua roupa normal e veio se sentar comigo.

     - Vamos comer fora? Por favor? – Ela pediu, fazendo manha.

     - Eu tenho visita. – Apontei para os marmanjos atrás de mim.

     - Vai lá, mané. – Chaz disse, sorrindo. – Nós vamos ficar bem com a tia Patt. – Abraçou minha mãe de lado.

     - Só não estranhe se sua TV de 47 polegadas e seu Xbox não estiverem mais no seu quarto. E se nós não formos encontrados no país. – Ryan sorriu também, travesso.

     - Se comportem. – Pedi, fazendo sinal de que estava de olho neles.

     Depois que Miranda falou com os pais dela, saímos do hospital sob alguns flashes. Não queria audiência sobre aquilo, mas era meio impossível manter alguma coisa em segredo.

     - E então? – Perguntei. – Como vai ser?

     - Burger King! – Ela gritou, abrindo um sorriso de criança.

     - Nem pensar. Conheço um ótimo restaurante que vende comida orgânica e...

     - Hein? – Miranda fez uma cara de horror. – Você sempre tenta me enfiar em um fast-food e quando eu quero você não me leva?

     - Em circunstâncias normais. – Fiz uma careta. – Não vou enfiar gordura em você.

     - Justin, deixa de ser chato. – Ela cruzou os braços.

     - Eu só estou cuidando do que é meu. – Dei de ombros e ela bufou.

     - Se é assim, vamos comer na minha casa.

     - Tudo bem... – Troquei a marcha para fazer um retorno.

     - Não! – Ela gritou. – Não me deixa em casa, por favor!

     Olhei para ela por alguns segundos.

     - Qual o seu problema de ficar em casa? – Perguntei, indignado. Miranda sempre tinha essa relutância de ficar em casa.

     - Não gosto... Do clima. Lá está insuportável. Todo mundo está agindo como se eu fosse morrer. Justin, você é a única pessoa que está me dizendo que isso vai passar. – A voz dela saiu distorcida.

     - Não acredito.

     - Mas é! De vez em quando, tenho conversas com Norah... Mas ainda assim... É como se fosse um assunto proibido, sabe? Isso é horrível. Ninguém fala sobre o que está acontecendo!

     - Ei. – Segurei sua mão. – Nós vamos superar isso.

     Vi Miranda abrir um sorriso. Prestei atenção na rua, procurando pelo restaurante que havia dito.

     - Aqui, chegamos. – Estacionei. Alguns carros pretos estacionaram na rua também. – Vou bater nesses imbecis.

     - Jus. – Disse ela, com aquele tom de repreensão.

     - Desculpe. – Sorri fraco e saí do carro. Abri a porta para ela e abracei seus ombros.

     - Tenho uma lista de coisas para comer, se não me engano. – Miranda disse, quando nos sentamos numa mesa mais afastada.

     - Então você vai comer tudo. – Falei, prático. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Se curtiu clica em "gostei" aqui em baixo e se increvam aqui em cima *dedinho pra cima* SHAUSHASH tô doida qq
Beijos meus chuchus! Love ya ♥