The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 22
Sweet Child O' Mine


Notas iniciais do capítulo

AÊÊ, eu consegui. Tá meio difícil escrever regularmente por causa das provas, mas elas acabaram hoje, haha. E tem esse troço do nyah também, então eu tenho meus motivos! Bom, espero que gostem :D



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- Justin

     Não consegui dormir naquela noite. Pensava e especulava sobre no que aconteceu e principalmente se aconteceu. Fiquei fazendo cafuné nela até que dormisse. Minha vontade era de puxá-la para muito perto e não soltar nunca mais.

     Ouvi cochichos vindos do corredor; Kenny e Scooter. Levantei com cuidado para não acordar Miranda e saí do quarto, olhando os dois, curiosamente.

     - JB, volte para o quarto. – Scooter nem ao menos olhou para mim. Tinha uma mão na testa, os olhos fechados, parecia raciocinar.

     - Quero saber o que aconteceu ali. – Respondi, de modo cortante. Não ia sair dali.

     - Nem a gente sabe direito, Justin. – Kenny argumentou.

     - Quem era o cara? – Perguntei.

     - Não consegui pegá-lo. – Lamentou-se.

     - Quero saber como ele furou a segurança. – Scooter ainda estava de olhos fechados.

     - Fiquei pensando nisso também. E como chefe da segurança, resolvi pesquisar. Tomei a liberdade de entrar no quarto de Miranda – Kenny às vezes complicava coisas muito simples de serem ditas – e achei isso no chão. – Estendeu a mão aberta para mim.

     - Mas que merda está acontecendo aqui? – Quase gritei, não conseguindo parar de encarar a corrente na mão gorda de Kenny. Eu sabia o que era aquilo. Eu tenho uma corrente igual. Lil’ Wayne sempre dava uma daquelas aos seus “chegados”.

     - É o que eu quero saber também! – Scooter me apoiou.

     - Eu acho que a resposta é bem simples, Jus. – Kenny pegou minha mão e colocou a corrente nela. Depois seguiu para seu quarto, Scooter fez o mesmo, porém sua porta era ao lado. – Vai dormir, JB. Mostra isso a ela e vê se reconhece, pode ajudar. Ela dormiu?

     - Sim. – Respondi, apertando a corrente com todas as forças que eu tinha.

     - Ótimo. Foi uma noite terrível. Converse com ela, cuide dela. – Pediu ele. Assenti e os dois entraram em seus quartos.

     Entrei no quarto pisando duro. Miranda ainda dormia como um anjo, meu anjo. Joguei o colar num canto e sentei na cama, olhando-a. Puxei a coberta lentamente. Havia marcas vermelhas em suas pernas e algumas roxas em seu pescoço.  Ah meu Deus.

     Deitei na cama e, sem hesitar, passei o braço por sua cintura, colando seu corpo no meu. Fechei os olhos, sentindo seu cheiro bom e dei um beijo em sua testa. Nada de ruim aconteceria a ela novamente, prometi a mim mesmo.

     Naquela manhã, Miranda se mexeu em meus braços, acordando. Eu havia pegado no sono não havia mais de duas horas. Abri os olhos ao sentir seus dedos desenhando em meus braços.

     - Obrigada. – Sussurrou, contra minha pele.

     - Sempre. – Respondi, apertando o abraço e ela escondeu o rosto em meu peito. Era tão bom ficar daquele jeito com ela.

     - Já disse que você tem um cheiro muito bom? – Levantou a cabeça para me olhar e sorriu.

     - Na verdade não. – Respondi, sorrindo também.

     - Pois é. Verdade seja dita. – Ela riu. Era bom ouvir sua risada depois do que aconteceu.

     - Por falar em verdade... O que aconteceu? – Perguntei, com medo da resposta. Ela hesitou e por um segundo achei que iria chorar.

     - Foi horrível, Justin! – Sua voz saía num sussurro.

     - Mas ele tentou...

     - Não... Não deu tempo.

     - Por que não gritou antes? – Perguntei, pressionando minha testa contra seus cabelos, tentando não imaginar a cena.

     - Porque… Eu achei que era um de vocês fazendo gracinha. Quando ficou... Sério...

     - Ah. – Foi só o que consegui responder. Levantei da cama e procurei o colar pelo quarto. – Reconhece de algum lugar? – Mostrei a ela.

     - Não... – Ela me olhou, confusa. Sentou-se e abraçou as pernas, parecendo uma criancinha.

     - Pois eu reconheço. – Murmurei.

     - Hein?

     - Nada não. – Respondi, virando-me para olhá-la. Meus olhos caíram em cima do relógio. – Ei, estamos atrasados.

     - Ah, droga. Não quero voltar lá. – Choramingou.

     - Mas você precisa se trocar.

     - Eu sei...

     - E se eu for com você? – Propus.

     Ela assentiu. Saímos do quarto e seguimos pelo corredor até a porta. Ela parou e pegou minha mão. Girou a maçaneta e entramos.

     O quarto tinha uma atmosfera fria. A cama estava bagunçada e o ar cheirava a bebida. Meu estômago se contorceu e me senti incomodado de estar ali. Parecia que não era só eu, já que Miranda apertava minha mão com uma força exagerada.

     Ela caminhou até uma mala e pegou algumas peças. Desviei o olhar para dar mais privacidade. Eu diria que o quarto estava normal, se não fosse o fato de ter acontecido aquilo.

     - Pronto. Vou só tomar um banho e...

     - Toma lá no meu quarto. Vamos sair daqui. – Falei e a puxei para fora dali. Voltamos para o meu quarto, ainda de mãos dadas.

     Deixei-a usar o banheiro primeiro. Peguei o celular e achei o número do Lil’ Wayne. Pensei em ligar e falar alguma coisa, mas não chamei. Ia falar com ele pessoalmente, hoje, de preferência. Onde ele estava com a cabeça? Qual era o problema dele?

     Miranda saiu do banheiro, ajeitando o cabelo com as mãos. Ela parecia bem melhor agora do que no estado em que chegou aqui.

     - O que foi? – Ela abriu um sorriso. – Esqueci-me de colocar a calça? – Brincou.

     - Quem dera. – Entrei na brincadeira, dando uma piscadinha. Ela riu alto.

     - Ai, Justin. Você não muda, não é?

     - Não. – Sorri. Passei por ela, indo para o banheiro, mandei um beijinho. Uma almofada voou em mim. – Ei, sem violência! – Fechei a porta antes que outra me atingisse.

     - Scott, posso levar o segurança? – Falei, na porta da sala dele. Kenny me olhou com cara feia. Ele odiava quando eu o mencionava como qualquer coisa, mas ele sabia que eu o adorava.

     - Aonde vai? – Scooter perguntou, me olhando atentamente.

     - Quero conversar com o Lil’ Wayne. – Confessei. Sei que mentir para o Scooter a essa altura do campeonato não me levaria a lugar algum.

     - J, não acho que seja uma boa ideia. – Ponderou.

     - Precisamos fazer algo! – Protestei.

     - A polícia virá aqui pela tarde, Justin, relaxe.

     - Não vou relaxar até saber quem foi o cara que entrou aqui e fez aquilo a ela! E se fosse a Carin, Scott, como seria? – Usei seu ponto fraco. Aquilo era apelação, mas ele não resistiria, Scooter amava a esposa mais que a própria vida.

     - Justin... – Ele apertou as têmporas, pensando. Quase riscou a testa por conta da caneta que tinha em mãos. – Ok, Kenny vai com você. Mas eu não quero confusão. – Ordenou. Assenti, minha intenção era só conversar... E um pouco de sangue.

     Eu estava muito violento ultimamente, principalmente quando o assunto era Miranda. Ok, eu ficava assim quando era com ela, mas enfim. Acho que aquilo só passaria quando tivesse certeza de que era minha novamente.

     - Bom dia. – Falei ao cara da recepção. – Quero falar com o Lil’ Wayne.

     - Mais um? – O cara se espantou.

     - Hein?

     - Você é o segundo adolescente que o procura em menos de 24 horas!

     - Tá, que seja. Quero vê-lo. – Ignorei.

     - Suíte 1408. – Respondeu e voltou-se para o computador, mexendo no facebook, aposto.

     Entramos no elevador e seguimos para o décimo andar daquele hotel. Eu apertava ainda mais o colar em meu bolso à medida que cada luz de cada andar se acendia e depois apagava. A porta se abriu e caminhei a passos largos até lá.

     - Controle-se, cara. – Kenny pediu. Assenti, calmamente.

     - Vou me controlar. – Garanti, batendo na porta. Não demorou mais de um segundo para ele abrir.

     - JB? O que você está fazendo aqui? – Ele parecia... Diferente, como se tivesse culpa no cartório. Talvez tivesse.

     - Precisamos conversar. – Sibilei, levantando a corrente à altura de seus olhos. Entramos no quarto e ele fechou a porta.

     - Onde achou isso?

     - No quarto da minha... Da minha fotógrafa. – Corrigi o que estava para dizer rapidamente.

     - Uma garota?! Ah droga...

     - ‘Ah droga’ mesmo! Qual é o seu problema?

     - Ei, por que está falando assim? – Lil’ Wayne perguntou, levantando as mãos. Ao contrário do que todo mundo pensa, ele não é agressivo ou perigoso.

     - Ah, vai dar uma de desentendido? Quer que eu acredite que você não foi ao nosso hotel ontem e quase... Argh! Seu doente! – Não cheguei a gritar, mas minha voz subiu uma ou duas oitavas.

     - Eu não fiz nada, JB! Nem sei do que você está falando!

     - Miranda Stephen, ontem, 1h34min da madrugada! Está lembrado?!

     - Ontem?! Ah, espera, já entendi. – Ele abriu um sorriso nada feliz.

     - Entendeu o quê?

     - Você quase quebrou o braço do seu amiguinho, não foi, Biebs? – Perguntou, sugestivamente.

     - Quase! – Acentuei a palavra. Não havia quebrado, só deslocou. – Mas o que isso tem a ver?

     - Você não estava com cabeça para planejar nenhuma brincadeirinha, não é?

     - Você está me enrolando? Não, eu não estava e nem estou agora, se quer saber. Pode responder a merda da pergunta?! – Gritei. Kenny colocou a mão no meu ombro, contendo-me.

     - Eu não fiz nada, JB. Não sou dedo-duro. Se quiser saber a resposta, vai ter que procurar mais perto do que imagina. Ontem, alguém veio aqui e quis conhecer um amigo meu. Acho que são essas duas pessoas quem você procura. – Disse. Eu odiava esse jeito meio metafórico que ele falava às vezes. Apesar de jovem, Lil’ Wayne sabia muita coisa. Era como Usher, que sempre tinha conselhos na ponta da língua. Você jura que esse tipo de cara só sabe falar sobre sexo, carros, dinheiro, mulheres e mais sexo.  Daí você se engana.

     - Como assim? – Perguntei, sentindo toda a raiva sendo substituída pela dúvida.

     - Cuidado com as vadias que você mantém por perto. – Sorriu fraco e abriu a porta do quarto. – Tenho que ir na gravadora agora, se não se importam.

     Meio sem reação, apenas assenti e saí do quarto, acompanhado de Kenny. O que ele queria dizer com aquilo? Se não foi ele, quem foi? Um amigo dele, como havia dito. Quem havia ido lá? Não sabia deduzir.

     - Relaxe, Biebs. Vamos resolver isso. – Ken me reconfortou. Assim espero.

     Recebi uma mensagem de Scooter: “Venha para o hotel agora, surpresa!”. Li a mensagem e bufei. Mais surpresas. Estava começando a odiar coisinhas inesperadas. Entramos no carro e seguimos de volta. Seja o que Deus quiser...


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Notas finais do capítulo

Eaí? Gostaram? Então, eu vou tentar responder todos os reviews de vocês agora. É que vocês são tão DIVAS que me dão tantos reviews e eu não consigo nem responder. Tenho ou não as melhores leitoras do mundo? Vocês são incríveis ♥