The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 23
Love Makes You Stupid


Notas iniciais do capítulo

ÊÊ, eu ia postar mais cedo, mas o Nyah não deixou :c
Bom, ADIVINHA QUEM PASSOU DIRETO EM MATEMÁTICA????? Alguém mais inteligente que eu né :D Sério, fiquei gente. Recuperação final, to ferrada. Chorei o pacífico ontem. Enfim, espero que gosteem :3



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– Miranda


Eu estava melhor, graças, claro, a Justin. Ele estava tentando ser atencioso ao máximo. Hoje de manhã fora tão... Diferente.

Justin e Kenny saíram pouco antes do almoço e demoraram a voltar. Justin parecia nervoso e determinado ao sair, nem ao menos falou comigo. Claro, sua burra, o menino não ia te dar satisfação de onde ele vai a todo instante, não é?

Fredo estava tentando me manter distraída. Acho que isso era algo que Scooter havia pedido a todos: nada de comentários sobre o que houve naquela noite, apesar de quase ninguém saber direito. E estava funcionando, eu estava muito distraída, até o Scooter chegar e resolver querer falar sobre o assunto.

– Gatinha, precisamos que nos diga o que houve. – Sentou-se ao meu lado, enquanto eu terminava de ajustar uma das câmeras.

– Precisamos? – Olhei para ele, procurando mais alguém. Essa mania de “nós” reinava na equipe.

– Sim: eu, Kenny e Justin. Estamos todos muito preocupados. Sem falar no chorão aí, que ficou me enchendo o saco ontem para saber o que houve. – Balançou a cabeça na direção de Alfredo, que corou.

– Ei! Eu fiquei preocupado também! – Queixou-se. Eu ri e dei um beijo na bochecha dele.

– Ah, Scott, eu não sei o que houve, sério. Foi um susto para mim, eu... Eu nem sei o que dizer. – Encarei minhas mãos trançadas no meu colo.

– E se eu disser que isso ajuda porque temos uma pista de quem foi? – Insistiu.

– Não sei, Scooter. Sério.

– Tenta pensar sobre o que houve, ok? Para o seu bem, é muito importante que se lembre. – Piscou para mim.

De repente, todo mundo entrou junto: Pattie, Jeremy, outra mulher que nunca vira na vida com um menininho no colo, Jazmyn, Caitlin e Chris. Abri o maior sorriso ao ver os rostos conhecidos. Scooter levantou-se, fazendo uma cara de quem não sabia daquilo.

– O quê...? – Começou a dizer mas não terminou. Foi abraçar Pattie e Jeremy. – Erin, quanto tempo! – Abraçou-a. Erin, quem seria? – Jaxon, como você cresceu!

Entendi. Erin era a madrasta de Justin. Jaxon era o irmãozinho dele. Da última vez que o vi, ainda ficava no colo do pai. Jazmyn correu para mim quando me viu. Ela era tão linda!

– Ei, que saudades, fofinha! – Falei, pegando-a no colo.

– Também senti. – Sorriu. Ela já falava mais direito, trocava apenas algumas letrinhas. – Cadê o Bieber?

– Ele já vem. Teve que sair para... Não sei.

Ela fez uma carinha triste. Que vontade de morder!

– Vou avisar o Justin que estão aqui. – Disse Scooter, pegando o celular e escrevendo uma mensagem.

Chris e Caitlin vieram falar comigo. Deixei Jazmyn brincar com uma câmera. Acho que ela deve ter gasto toda a memória dela, mas depois eu resolvo isso.

– Então, eu estava pensando... Que tal sairmos todos juntos hoje à noite? – Cait propôs. – Noites de sexta aqui em L.A são agitadas.

– Se você não me enfiar numa boate para maiores de 18 de novo e eu não ser expulso a chutes de lá, eu topo. – Retrucou Chris, fazendo careta.

– Desculpa, maninho, eu não sabia que era daquele jeito! – Defendeu-se.

– Ok. Não briguem! – Intervi. – Vamos sim, por que não? – Sorri.

– Isso! E você, fofinho? – Ela apertou a bochecha do irmão.

– Tá, que seja.

– Ótimo. – Caitlin abriu um sorriso enorme.

De repente as portas foram abertas de um modo um tanto agressivo. Justin irrompeu por ela, com uma expressão nada boa. Kenny o seguia, o rosto estava rígido. Seja lá o que foram fazer, não foi legal.

– Qual é a surpresa? – Perguntou e parou, parecendo se dar conta do que estava em volta. – Mãe! Pai! – Abriu um largo sorriso e correu até cada um e lhes deu um abraço.

Depois ele foi falar com Erin e com os irmãozinhos. Acho que nunca me acostumaria com o modo como ele lidava com as crianças. Ele era tão atencioso, gentil, paciente... Meu Deus, de onde veio esse garoto perfeito?!

– Ei, shawty, está melhor? – Sentou ao meu lado, bom humor de repente.

– Estou sim, obrigada. – Sorri fraco. Ele olhava o braço envolto por uma tala do Chris.

– Cara, desculpe por isso. – Pediu, acho que pela centésima vez.

– Tudo bem. – Chris sorriu.

– Espera. Foi você? – Caitlin se pronunciou desde que Justin chegou ali. – O que deu em você?

– Eu me descontrolei e...

– É, você anda muito descontrolado, ultimamente. – Ela fechou a cara.

– Cait...

– Não vem com ‘Cait’ para cima de mim, Drew! – Ela resmungou. – O que você fez foi errado.

– Eu sei. – Ele baixou a cabeça. Nem me atrevi a me meter.

– Por que quase quebrou o braço do meu irmão? – Era engraçado, mas apesar das provocações e tal, Caitlin e Chris eram ótimos irmãos e acima de tudo amigos.

– Porque eu... – Chris começou a falar, mas foi cortado:

– Eu quebro seu outro braço, pigmeu. – Justin o ameaçou. Fiquei sem entender nada. – Depois você diz a ela, depois.

Chris assentiu, com um sorrisinho debochado no rosto. Ok, só eu ficaria sem entender o que houve ali, já que Caitlin teria uma explicação mais tarde.

– Então... – Mudei de assunto, não ia ficar deslocada. – Que tal sairmos hoje à noite? – Convidei Justin.

– Ah... Eu não sei... Não sei, somos só amigos, não acho que seria legal essa coisa de sair juntos e...

– Justin, nós todos. – Chris o interrompeu. Eu abafei um riso com uma tosse.

– Ah... Tá, claro. – Ele corou.

Depois de mais alguns minutos naquilo, Scooter fechou um restaurante para almoçarmos. Era como um almoço em família. Parecia que a equipe fora filtrada: aqueles que moravam em Los Angeles (que era a maior parte deles) iam almoçar em casa; os outros (aquilo que eu chamo de nós, que não moramos aqui) almoçavam juntos, num restaurante.

– Miranda, veja se tem encomenda, por favor? – Pediu Scooter, antes de entrar no elevador. Assenti e fui para a recepção. Scooter era um abusado. Eu não era a secretária dele, se ele não se tocou ainda.

Havia sim, encomendas, correspondências e tudo que se pode imaginar. Algumas fãs mandaram cartas. Aquilo deveria ser embalado numa caixa enorme e ser entregue de uma só vez, era muita carta. Subi para o nosso andar e caminhei em direção ao quarto do Scooter.

– Ela estava muito assustada e... – Entrei no quarto, fazendo todos calarem a boca. Ah, ótimo, eu era a fofoca do dia.

– Podem continuar falando. – Sorri fraco. Justin estava com Jazmyn no colo e me olhou com condescendência.

– Ei, meu amor, eu sinto muito! Isso pelo que você passou é horrível! – Pattie veio me abraçar. A porta foi fechada atrás de mim e senti todos os olhares dali em cima de nós.

– Obrigada. – Disse meio sem jeito. Era de fato horrível, mas eu não estava a fim de uma terapia em grupo.

– Estava dizendo que não sabemos quem foi, Miranda. – Scooter explicou.

– Está tudo bem. – Menti. – Vou para o meu quarto, se não se importam. – Dei meia volta.

– Não! Você não pode dormir mais naquele quarto! Não sozinha. – Pattie protestou. – Você vai ter pesadelos, sensações ruins. Vai por mim, eu sei o que é isso, meu amor. – Disse, com ternura na voz. Pisquei duas vezes. Hein? Como ela poderia saber?

– Mas aonde eu iria dormir, Pat? – Sorri fraco, tentando ser gentil.

– Dorme no meu quarto. – A voz de Justin cortou o ar. Todos olharam para ele.


– Justin


Ok, aquilo foi um terrível erro. Ou não, mas enfim. Minha mãe me olhava como se eu tivesse xingado ela num palavrão. Eu só quis ajudar.

– Não, filho, não. – Ela riu.

– Por que não? – Insisti. Todos me encaravam.

– Porque vocês dois são adolescentes, cheios de hormônios e você é comprometido, Justin! – Respondeu. Miranda corou. Meu pai piscou para mim, como se dissesse: Meu garotão! É, meu pai sempre teve esse lado meio moleque. Entendi o problema: Selena. Fazia sentido, uma vez que ninguém sabia do nosso rompimento. Quanto aos hormônios, minha mãe exagerou, ela sabia que eu me controlaria, aliás, nem teria de se preocupar com isso.

– Ahn... Fredo? Posso falar contigo, lá fora? – Me atrapalhei. Puxei-o pela gola até o corredor e fechei a porta.

– Ai, o que foi, Bieber? – Arrumou a gola quando o soltei.

– O que eu faço? – Cochichei, desesperado.

– Ué, não sei. Você que se ofereceu, bom samaritano.

– Mas... Ah, droga! Eu não quero que ela fique sozinha.

– É, mas acontece que você namora a Selena...

– Eu terminei com ela.

– Você o quê?! – Ele gritou.

– Shh! É, eu terminei com ela.

– Ah, que gracinha! Só para ficar com a Miranda? Que lindo! – Ele fez voz fina.

– É, dá para focar...

– Vocês têm que ficar juntos!

– Cara, para com isso, está me assustando.

– Ok, desculpe.

– Eu quero que ela se sinta segura, mas como?

– Não era você que ficava se gabando aí dos seus músculos? – Debochou.

– Só que eu não acho que eu vá conseguir ir contra um dos caras do Lil’ Wayne!

– Quem?! Olha, tem mais alguma coisa que eu deva saber?

– O cara que entrou aqui era um amigo do Lil’ Wayne.

– Ai meu Deus...

– Eu sei.

A porta se abriu. Christian saiu do quarto.

– Não me deixem sozinho lá dentro. É horrível! – Ele fez uma careta.

– O que você quer, Christian? – Perguntei, desaforado.

– Vai ficar falando assim comigo? Cara, eu não a beijei por que eu quis. Nunca olhei Miranda diferente por consideração a você! – Defendeu-se. – Eu gosto de outra garota!

Fiquei calado. Eu acreditava nele, mas a vergonha pelo que eu fiz com ele era maior.

– Então, o momento reconciliação é lindo, mas precisamos resolver isso! – Fredo lembrou.

– Resolver o quê?

– A proposta do JB de deixar a Miranda dormir no quarto dele. – Explicou, categoricamente.

– Ah, eu não acho boa ideia, você namora a Selena, cara. – Chris refletiu.

– Hm, ele terminou com ela. – Fredo explicou.

– Alfredo! – Protestei. – Você sabe o significado de segredo?!

– E você sabe o significado de confiança? Você não contou para nós! – Alfredo quase gritou.

– Você quer parar com isso? Está parecendo uma garota! – Pedi.

– Bom, já que você terminou com ela, não discute. Diga que quer que ela durma no se quarto. Simples. – Chris concluiu.

– O JB ainda não contou a ninguém sobre o término. – Rebateu o outro.

– Conta agora. – Respondeu o Chris, como se fosse a coisa mais óbvia. E pior que era.

Assenti e entrei no quarto de novo. Minha mãe ainda abraçava Miranda, que parecia meio desconfortável lá. Todos me olharam, curiosos. Meu pai mantinha aquele sorrisinho de orgulho e Erin brincava com os pequenos para não atrapalharem.

– E então? – Scott quis saber. Chris e Fredo entraram no quarto, fechando a porta.

– Ainda acho que ela deve dormir no meu quarto. Não podemos pegar outro quarto para ela em outro andar e deixá-la sozinha. – Argumentei.

– Justin, por favor, e a Selena? Ela concordaria com isso? – Minha mãe insistiu. Queria dar uma boa resposta, mas sabia que ela só estava cuidando dos pontos cruciais, coisa de mãe.

– Ela não tem que concordar com mais nada. – Falei, seco.

– E por que não?

– Eu terminei com ela. – Respondi. Miranda me fitou, incrédula.

– Por quê? – Scott se pronunciou.

– Isso não vem ao caso. – Falei. – E então? Você sabe que eu não vou fazer nada sozinho num quarto com ela, mãe.

– E-eu... – Ela tentou dizer algo, mas parecia ocupada demais absorvendo o que eu havia dito.

– Por mim tudo bem. – A voz grossa do meu pai foi ouvida. Ele fez uma cara de “o que tem demais nisso?”. Sorri.

– Jeremy, por favor... – Minha mãe pediu.

– O garoto só quer ajudar. Vamos deixar que ajude! – Argumentou. – Quem concorda comigo?

Nem precisei me virar para ver os dois patetas levantando a mão. Caitlin sorriu e fez o mesmo. Scott assentiu, pensando por um segundo. Minha mãe suspirou.

– Certo. Que seja. – Ela concordou.

– Ótimo, já que resolvemos isso... Voltemos ao trabalho. – Scooter levantou-se da cadeira. – Vocês dois – apontou para mim e para Miranda – estarão liberados as seis, porque a Cait pediu.

Pegamos as coisas da Miranda no quarto dela e colocamos no meu. Sei lá, eu estava animado com isso. Ela estaria muito mais perto de mim daquele jeito.

– Obrigada por se oferecer e por me fazer passar vergonha. – Disse ela, ao colocar uma das malas no chão.

– Desculpe pelo constrangimento e de nada pelo favor. – Sorri. Ela sorriu também e olhou para os cantos. – O que foi?

– Por que terminou com ela? – Perguntou rapidamente.

– Ah... Não estava dando certo.

– Vocês pareciam estar tão bem...

– Eu sei. O problema foi comigo, não com ela. – Admiti, dando de ombros.

– Problema? Quer conversar? – Sua voz era doce e escorrida.

– Estou bem. Vamos? Estão nos esperando. – Puxei-a do quarto, indo em direção ao elevador.


– Acho que vamos precisar de dois banheiros. – Comentei, quando fomos os dois em direção à porta do banheiro. Ela riu.

– O problema não é esse. O problema é que você toma uma quantidade de banho maior do que os garotos normais. – Observou ela, fazendo deboche.

– Ah é? Eu posso ficar fedendo então. Acontece que eu me mexo demais, suo demais, porque o ofício exige.

– Ofício? Andou lendo o dicionário, Justin? – Riu.

– Engraçadinha. Vem cá, me dá um abraço. – Abri os braços e ela saiu de perto de mim.

– Sai, você está todo suado!

– Viu?

– Use o banheiro. Rápido. A Cait e o Chris já devem estar nos esperando. – Pediu.

Entrei no banheiro e tomei um bom banho. Saí de lá enrolado na toalha, só para irritar Miranda. Lembrei-me da primeira vez que ela me viu daquele jeito; pediu que eu me vestisse antes de qualquer coisa.

– Ah, Justin! – Ela cobriu os olhos. Ela era fofa demais, inocente demais.

– O que foi? Até parece que nunca me viu assim! – Protestei.

– Idiota! Sai da minha frente, quero tomar um banho! – Ela ria.

– Vai lá. – Dei passagem.

Ela fechou a porta. Peguei uma roupa qualquer e me vesti rápido. Era engraçado ter ela no meu quarto. Não era como Selena, que não tinha vergonha de muita coisa.

Entrei no twitter e fiquei lá. Dei RT em algumas pessoas, escrevi alguns tweets de agradecimentos, coisas de sempre, mas que nunca falavam o suficiente do quanto eu era grato àquilo.

A porta do banheiro se abriu e Miranda saiu de lá. Ela estava usando uma daquelas saias altas, uma regata e maquiagem. Como ela conseguia ser sempre linda?

– O que é?

– Você não saiu do banheiro de toalha. – Reclamei, tentando disfarçar.

– Ai, meu Deus! – Ela jogou a cabeça para trás. Sentou na cama e colocou um sapato de salto. – Pronto?

– Estou te esperando.

– Então podemos ir. A Cait vem pegar a gente ou...

– Está maluca? Eu vou dirigir. Tenho uma belezinha para estrear. – Tirei a chave do bolso. Minha nova Ferrari.

– Ok. – Ela me olhou como se eu fosse louco.



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Notas finais do capítulo

Bom, é isso aí :D Espero que tenham gostado. Vou tentar postar muito nesse fds pra compensar a semana que eu não vou postar ~estudos ¬¬~ So, beijinhos, amo vocês, minhas divas ♥