The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T
Notas iniciais do capítulo
ÊÊ, eu ia postar mais cedo, mas o Nyah não deixou :c
Bom, ADIVINHA QUEM PASSOU DIRETO EM MATEMÁTICA????? Alguém mais inteligente que eu né :D Sério, fiquei gente. Recuperação final, to ferrada. Chorei o pacífico ontem. Enfim, espero que gosteem :3
– Miranda
Eu estava melhor, graças, claro, a Justin. Ele estava tentando ser atencioso ao máximo. Hoje de manhã fora tão... Diferente.
Justin e Kenny saíram pouco antes do almoço e demoraram a voltar. Justin parecia nervoso e determinado ao sair, nem ao menos falou comigo. Claro, sua burra, o menino não ia te dar satisfação de onde ele vai a todo instante, não é?
Fredo estava tentando me manter distraída. Acho que isso era algo que Scooter havia pedido a todos: nada de comentários sobre o que houve naquela noite, apesar de quase ninguém saber direito. E estava funcionando, eu estava muito distraída, até o Scooter chegar e resolver querer falar sobre o assunto.
– Gatinha, precisamos que nos diga o que houve. – Sentou-se ao meu lado, enquanto eu terminava de ajustar uma das câmeras.
– Precisamos? – Olhei para ele, procurando mais alguém. Essa mania de “nós” reinava na equipe.
– Sim: eu, Kenny e Justin. Estamos todos muito preocupados. Sem falar no chorão aí, que ficou me enchendo o saco ontem para saber o que houve. – Balançou a cabeça na direção de Alfredo, que corou.
– Ei! Eu fiquei preocupado também! – Queixou-se. Eu ri e dei um beijo na bochecha dele.
– Ah, Scott, eu não sei o que houve, sério. Foi um susto para mim, eu... Eu nem sei o que dizer. – Encarei minhas mãos trançadas no meu colo.
– E se eu disser que isso ajuda porque temos uma pista de quem foi? – Insistiu.
– Não sei, Scooter. Sério.
– Tenta pensar sobre o que houve, ok? Para o seu bem, é muito importante que se lembre. – Piscou para mim.
De repente, todo mundo entrou junto: Pattie, Jeremy, outra mulher que nunca vira na vida com um menininho no colo, Jazmyn, Caitlin e Chris. Abri o maior sorriso ao ver os rostos conhecidos. Scooter levantou-se, fazendo uma cara de quem não sabia daquilo.
– O quê...? – Começou a dizer mas não terminou. Foi abraçar Pattie e Jeremy. – Erin, quanto tempo! – Abraçou-a. Erin, quem seria? – Jaxon, como você cresceu!
Entendi. Erin era a madrasta de Justin. Jaxon era o irmãozinho dele. Da última vez que o vi, ainda ficava no colo do pai. Jazmyn correu para mim quando me viu. Ela era tão linda!
– Ei, que saudades, fofinha! – Falei, pegando-a no colo.
– Também senti. – Sorriu. Ela já falava mais direito, trocava apenas algumas letrinhas. – Cadê o Bieber?
– Ele já vem. Teve que sair para... Não sei.
Ela fez uma carinha triste. Que vontade de morder!
– Vou avisar o Justin que estão aqui. – Disse Scooter, pegando o celular e escrevendo uma mensagem.
Chris e Caitlin vieram falar comigo. Deixei Jazmyn brincar com uma câmera. Acho que ela deve ter gasto toda a memória dela, mas depois eu resolvo isso.
– Então, eu estava pensando... Que tal sairmos todos juntos hoje à noite? – Cait propôs. – Noites de sexta aqui em L.A são agitadas.
– Se você não me enfiar numa boate para maiores de 18 de novo e eu não ser expulso a chutes de lá, eu topo. – Retrucou Chris, fazendo careta.
– Desculpa, maninho, eu não sabia que era daquele jeito! – Defendeu-se.
– Ok. Não briguem! – Intervi. – Vamos sim, por que não? – Sorri.
– Isso! E você, fofinho? – Ela apertou a bochecha do irmão.
– Tá, que seja.
– Ótimo. – Caitlin abriu um sorriso enorme.
De repente as portas foram abertas de um modo um tanto agressivo. Justin irrompeu por ela, com uma expressão nada boa. Kenny o seguia, o rosto estava rígido. Seja lá o que foram fazer, não foi legal.
– Qual é a surpresa? – Perguntou e parou, parecendo se dar conta do que estava em volta. – Mãe! Pai! – Abriu um largo sorriso e correu até cada um e lhes deu um abraço.
Depois ele foi falar com Erin e com os irmãozinhos. Acho que nunca me acostumaria com o modo como ele lidava com as crianças. Ele era tão atencioso, gentil, paciente... Meu Deus, de onde veio esse garoto perfeito?!
– Ei, shawty, está melhor? – Sentou ao meu lado, bom humor de repente.
– Estou sim, obrigada. – Sorri fraco. Ele olhava o braço envolto por uma tala do Chris.
– Cara, desculpe por isso. – Pediu, acho que pela centésima vez.
– Tudo bem. – Chris sorriu.
– Espera. Foi você? – Caitlin se pronunciou desde que Justin chegou ali. – O que deu em você?
– Eu me descontrolei e...
– É, você anda muito descontrolado, ultimamente. – Ela fechou a cara.
– Cait...
– Não vem com ‘Cait’ para cima de mim, Drew! – Ela resmungou. – O que você fez foi errado.
– Eu sei. – Ele baixou a cabeça. Nem me atrevi a me meter.
– Por que quase quebrou o braço do meu irmão? – Era engraçado, mas apesar das provocações e tal, Caitlin e Chris eram ótimos irmãos e acima de tudo amigos.
– Porque eu... – Chris começou a falar, mas foi cortado:
– Eu quebro seu outro braço, pigmeu. – Justin o ameaçou. Fiquei sem entender nada. – Depois você diz a ela, depois.
Chris assentiu, com um sorrisinho debochado no rosto. Ok, só eu ficaria sem entender o que houve ali, já que Caitlin teria uma explicação mais tarde.
– Então... – Mudei de assunto, não ia ficar deslocada. – Que tal sairmos hoje à noite? – Convidei Justin.
– Ah... Eu não sei... Não sei, somos só amigos, não acho que seria legal essa coisa de sair juntos e...
– Justin, nós todos. – Chris o interrompeu. Eu abafei um riso com uma tosse.
– Ah... Tá, claro. – Ele corou.
Depois de mais alguns minutos naquilo, Scooter fechou um restaurante para almoçarmos. Era como um almoço em família. Parecia que a equipe fora filtrada: aqueles que moravam em Los Angeles (que era a maior parte deles) iam almoçar em casa; os outros (aquilo que eu chamo de nós, que não moramos aqui) almoçavam juntos, num restaurante.
– Miranda, veja se tem encomenda, por favor? – Pediu Scooter, antes de entrar no elevador. Assenti e fui para a recepção. Scooter era um abusado. Eu não era a secretária dele, se ele não se tocou ainda.
Havia sim, encomendas, correspondências e tudo que se pode imaginar. Algumas fãs mandaram cartas. Aquilo deveria ser embalado numa caixa enorme e ser entregue de uma só vez, era muita carta. Subi para o nosso andar e caminhei em direção ao quarto do Scooter.
– Ela estava muito assustada e... – Entrei no quarto, fazendo todos calarem a boca. Ah, ótimo, eu era a fofoca do dia.
– Podem continuar falando. – Sorri fraco. Justin estava com Jazmyn no colo e me olhou com condescendência.
– Ei, meu amor, eu sinto muito! Isso pelo que você passou é horrível! – Pattie veio me abraçar. A porta foi fechada atrás de mim e senti todos os olhares dali em cima de nós.
– Obrigada. – Disse meio sem jeito. Era de fato horrível, mas eu não estava a fim de uma terapia em grupo.
– Estava dizendo que não sabemos quem foi, Miranda. – Scooter explicou.
– Está tudo bem. – Menti. – Vou para o meu quarto, se não se importam. – Dei meia volta.
– Não! Você não pode dormir mais naquele quarto! Não sozinha. – Pattie protestou. – Você vai ter pesadelos, sensações ruins. Vai por mim, eu sei o que é isso, meu amor. – Disse, com ternura na voz. Pisquei duas vezes. Hein? Como ela poderia saber?
– Mas aonde eu iria dormir, Pat? – Sorri fraco, tentando ser gentil.
– Dorme no meu quarto. – A voz de Justin cortou o ar. Todos olharam para ele.
– Justin
Ok, aquilo foi um terrível erro. Ou não, mas enfim. Minha mãe me olhava como se eu tivesse xingado ela num palavrão. Eu só quis ajudar.
– Não, filho, não. – Ela riu.
– Por que não? – Insisti. Todos me encaravam.
– Porque vocês dois são adolescentes, cheios de hormônios e você é comprometido, Justin! – Respondeu. Miranda corou. Meu pai piscou para mim, como se dissesse: Meu garotão! É, meu pai sempre teve esse lado meio moleque. Entendi o problema: Selena. Fazia sentido, uma vez que ninguém sabia do nosso rompimento. Quanto aos hormônios, minha mãe exagerou, ela sabia que eu me controlaria, aliás, nem teria de se preocupar com isso.
– Ahn... Fredo? Posso falar contigo, lá fora? – Me atrapalhei. Puxei-o pela gola até o corredor e fechei a porta.
– Ai, o que foi, Bieber? – Arrumou a gola quando o soltei.
– O que eu faço? – Cochichei, desesperado.
– Ué, não sei. Você que se ofereceu, bom samaritano.
– Mas... Ah, droga! Eu não quero que ela fique sozinha.
– É, mas acontece que você namora a Selena...
– Eu terminei com ela.
– Você o quê?! – Ele gritou.
– Shh! É, eu terminei com ela.
– Ah, que gracinha! Só para ficar com a Miranda? Que lindo! – Ele fez voz fina.
– É, dá para focar...
– Vocês têm que ficar juntos!
– Cara, para com isso, está me assustando.
– Ok, desculpe.
– Eu quero que ela se sinta segura, mas como?
– Não era você que ficava se gabando aí dos seus músculos? – Debochou.
– Só que eu não acho que eu vá conseguir ir contra um dos caras do Lil’ Wayne!
– Quem?! Olha, tem mais alguma coisa que eu deva saber?
– O cara que entrou aqui era um amigo do Lil’ Wayne.
– Ai meu Deus...
– Eu sei.
A porta se abriu. Christian saiu do quarto.
– Não me deixem sozinho lá dentro. É horrível! – Ele fez uma careta.
– O que você quer, Christian? – Perguntei, desaforado.
– Vai ficar falando assim comigo? Cara, eu não a beijei por que eu quis. Nunca olhei Miranda diferente por consideração a você! – Defendeu-se. – Eu gosto de outra garota!
Fiquei calado. Eu acreditava nele, mas a vergonha pelo que eu fiz com ele era maior.
– Então, o momento reconciliação é lindo, mas precisamos resolver isso! – Fredo lembrou.
– Resolver o quê?
– A proposta do JB de deixar a Miranda dormir no quarto dele. – Explicou, categoricamente.
– Ah, eu não acho boa ideia, você namora a Selena, cara. – Chris refletiu.
– Hm, ele terminou com ela. – Fredo explicou.
– Alfredo! – Protestei. – Você sabe o significado de segredo?!
– E você sabe o significado de confiança? Você não contou para nós! – Alfredo quase gritou.
– Você quer parar com isso? Está parecendo uma garota! – Pedi.
– Bom, já que você terminou com ela, não discute. Diga que quer que ela durma no se quarto. Simples. – Chris concluiu.
– O JB ainda não contou a ninguém sobre o término. – Rebateu o outro.
– Conta agora. – Respondeu o Chris, como se fosse a coisa mais óbvia. E pior que era.
Assenti e entrei no quarto de novo. Minha mãe ainda abraçava Miranda, que parecia meio desconfortável lá. Todos me olharam, curiosos. Meu pai mantinha aquele sorrisinho de orgulho e Erin brincava com os pequenos para não atrapalharem.
– E então? – Scott quis saber. Chris e Fredo entraram no quarto, fechando a porta.
– Ainda acho que ela deve dormir no meu quarto. Não podemos pegar outro quarto para ela em outro andar e deixá-la sozinha. – Argumentei.
– Justin, por favor, e a Selena? Ela concordaria com isso? – Minha mãe insistiu. Queria dar uma boa resposta, mas sabia que ela só estava cuidando dos pontos cruciais, coisa de mãe.
– Ela não tem que concordar com mais nada. – Falei, seco.
– E por que não?
– Eu terminei com ela. – Respondi. Miranda me fitou, incrédula.
– Por quê? – Scott se pronunciou.
– Isso não vem ao caso. – Falei. – E então? Você sabe que eu não vou fazer nada sozinho num quarto com ela, mãe.
– E-eu... – Ela tentou dizer algo, mas parecia ocupada demais absorvendo o que eu havia dito.
– Por mim tudo bem. – A voz grossa do meu pai foi ouvida. Ele fez uma cara de “o que tem demais nisso?”. Sorri.
– Jeremy, por favor... – Minha mãe pediu.
– O garoto só quer ajudar. Vamos deixar que ajude! – Argumentou. – Quem concorda comigo?
Nem precisei me virar para ver os dois patetas levantando a mão. Caitlin sorriu e fez o mesmo. Scott assentiu, pensando por um segundo. Minha mãe suspirou.
– Certo. Que seja. – Ela concordou.
– Ótimo, já que resolvemos isso... Voltemos ao trabalho. – Scooter levantou-se da cadeira. – Vocês dois – apontou para mim e para Miranda – estarão liberados as seis, porque a Cait pediu.
Pegamos as coisas da Miranda no quarto dela e colocamos no meu. Sei lá, eu estava animado com isso. Ela estaria muito mais perto de mim daquele jeito.
– Obrigada por se oferecer e por me fazer passar vergonha. – Disse ela, ao colocar uma das malas no chão.
– Desculpe pelo constrangimento e de nada pelo favor. – Sorri. Ela sorriu também e olhou para os cantos. – O que foi?
– Por que terminou com ela? – Perguntou rapidamente.
– Ah... Não estava dando certo.
– Vocês pareciam estar tão bem...
– Eu sei. O problema foi comigo, não com ela. – Admiti, dando de ombros.
– Problema? Quer conversar? – Sua voz era doce e escorrida.
– Estou bem. Vamos? Estão nos esperando. – Puxei-a do quarto, indo em direção ao elevador.
– Acho que vamos precisar de dois banheiros. – Comentei, quando fomos os dois em direção à porta do banheiro. Ela riu.
– O problema não é esse. O problema é que você toma uma quantidade de banho maior do que os garotos normais. – Observou ela, fazendo deboche.
– Ah é? Eu posso ficar fedendo então. Acontece que eu me mexo demais, suo demais, porque o ofício exige.
– Ofício? Andou lendo o dicionário, Justin? – Riu.
– Engraçadinha. Vem cá, me dá um abraço. – Abri os braços e ela saiu de perto de mim.
– Sai, você está todo suado!
– Viu?
– Use o banheiro. Rápido. A Cait e o Chris já devem estar nos esperando. – Pediu.
Entrei no banheiro e tomei um bom banho. Saí de lá enrolado na toalha, só para irritar Miranda. Lembrei-me da primeira vez que ela me viu daquele jeito; pediu que eu me vestisse antes de qualquer coisa.
– Ah, Justin! – Ela cobriu os olhos. Ela era fofa demais, inocente demais.
– O que foi? Até parece que nunca me viu assim! – Protestei.
– Idiota! Sai da minha frente, quero tomar um banho! – Ela ria.
– Vai lá. – Dei passagem.
Ela fechou a porta. Peguei uma roupa qualquer e me vesti rápido. Era engraçado ter ela no meu quarto. Não era como Selena, que não tinha vergonha de muita coisa.
Entrei no twitter e fiquei lá. Dei RT em algumas pessoas, escrevi alguns tweets de agradecimentos, coisas de sempre, mas que nunca falavam o suficiente do quanto eu era grato àquilo.
A porta do banheiro se abriu e Miranda saiu de lá. Ela estava usando uma daquelas saias altas, uma regata e maquiagem. Como ela conseguia ser sempre linda?
– O que é?
– Você não saiu do banheiro de toalha. – Reclamei, tentando disfarçar.
– Ai, meu Deus! – Ela jogou a cabeça para trás. Sentou na cama e colocou um sapato de salto. – Pronto?
– Estou te esperando.
– Então podemos ir. A Cait vem pegar a gente ou...
– Está maluca? Eu vou dirigir. Tenho uma belezinha para estrear. – Tirei a chave do bolso. Minha nova Ferrari.
– Ok. – Ela me olhou como se eu fosse louco.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bom, é isso aí :D Espero que tenham gostado. Vou tentar postar muito nesse fds pra compensar a semana que eu não vou postar ~estudos ¬¬~ So, beijinhos, amo vocês, minhas divas ♥