How To Love escrita por Nath_Coollike


Capítulo 6
Remember When


Notas iniciais do capítulo

Enjoy (:
(Leiam as notas finais)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/166269/chapter/6

Hannah PDV

Justin não perdia por esperar. Quando eu levantar dessa cama a primeira coisa que vou fazer vai ser chutar o traseiro dele, literalmente. Callie seria outra vítima, mas o que eu tinha guardado pra ela seria ainda pior.

Depois de muito tempo falando com pessoas que vieram me ver – acredite, tinha gente saindo pela tampa para me ver – e de ter comido alguma coisa, fui dormir. Minha mãe estava tomando banho e não pude deixar de pensar nas um milhão de mentiras que tive que contar hoje, para todo mundo. Para minha mãe, para Pattie, para Justin e para todo mundo que me perguntava.

Justin me mandou uma mensagem depois que resolveu me dar paz.

Tendo uma noite maravilhosa ao lado de Callie.
            Xx. Justin
”.

E então tinha uma foto de um sutiã jogado na cama dele. Primeiro senti uma raiva crescente dele que me fez pensar em matá-lo e depois jogar a carne para os leões. Ai eu caí na real, eu não tinha um leão e não podia chegar ao zoológico com muitos quilos de carne humana e pedir para o veterinário dar para os leões.

Ai eu pensei em castrá-lo e foi com essa ideia que acabei adormecendo.

Eu estava consciente demais do corpo frio de Justin muito próximo ao meu. Estávamos no Canadá, num frio de congelar o inferno. Justin tinha colocado um filme idiota sobre outro idiota da serra elétrica – provavelmente achando que eu iria ficar com medo e abraçá-lo durante o filme – e estávamos apenas com uma coberta que não esquentava nada.

O quarto dele, diferentemente dos meninos da idade dele, não fedia a queijo podre ou repolho vindo do esgoto. Até que cheirava bem. Mas estávamos no Canadá e ele não passava muito tempo lá havia tempo, devia ser por isso que não estava fedendo a gás tóxico.

- Não está com medo? – A voz de Justin saiu meio tremula por causa do frio.

- Estou com frio. – Falei.

Justin passou os braços nos meus ombros e beijou minha cabeça.

O homem da serra elétrica começou a matar a loira burra do filme e gritos começaram a soar no quarto. Fechei os olhos, não por medo e sim por nojo do sangue que pintava a câmera.

- Rá! Eu sabia que você estava com medo. – Justin falou.

Soquei a perna dele e abri os olhos.

- Não estou com medo. Estou com nojo. – Expliquei.

- Não precisa ter medo Hannah, eu estou aqui com você. – Justin falou em tom de brincadeira.

- Ah, obrigada. Me sinto bem segura agora. Se ele vier aqui o que você vai fazer? Tentar acertá-lo com essas varetas que chama de braço? – Falei e sorri cinicamente para ele.

Eu estava brincando com ele, eu sabia que os braços dele não eram mais varetas faz tempo. Eu percebi isso.

Justin me olhou desafiadoramente e se descobriu.

- O que tá fazendo? Vai congelar. – Falei.

Tateei o pote de pipoca, me assegurando de que tinha realmente acabado. Olhei para Justin e aquele idiota estava tirando a camisa. TIRANDO A CAMISA.

- Isso parece uma vareta para você? – Ele me perguntou enquanto apontava para o braço.

Não era um tronco de árvore, mas também não era uma vareta.

- Quer colocar uma camiseta? Vai acabar ficando com pneumonia. – Falei.

Apesar de já ter dezesseis anos naquela época, eu ainda era bobinha. Bem bobinha. Ainda não tinha parado para reparar no quanto Justin Bieber era gostoso.

- Me responda Hannah. Se não eu não coloco a camiseta e você morre com a culpa de ter provocado minha morte por congelamento. – Justin falou.

Desviei meus olhos para pequena tatuagem que ele tinha na altura da cintura. Era um pássaro – significava liberdade. Mesmo ele tendo apenas dezesseis anos na época e a única liberdade que tinha era ir a padaria sozinho. – e parecia extremamente tentador tocá-la.

Balancei minha cabeça, tentando espantar meus pensamentos pervertidos.

“Não pense em nada, apenas na porcaria do assassino idiota” falei para mim mesma.

Estava difícil pensar em qualquer coisa com Justin Bieber parado, sem camisa e olhando para mim. Além, é claro, daquele sorriso que amolecia minhas pernas.

- Estou esperando Hannah. – Falou e cruzou os braços.

“Falta uma semana para o aniversário dele de dezessete anos, pensa só nisso” meu subconsciente me ajudou.

Continuei olhando para o filme.

- Hannah. – Ele falou e puxou meu rosto para olhar para ele. – Me responde.

Cara, como responder que ele parece um deus grego e que eu estou morrendo de vontade de agarrá-lo?

- Não vejo nada que realmente prenda minha atenção. – Falei e agradeci por ser atriz. Qualquer outra no meu lugar já teria dado a ele a dica de que ele precisava.

Me virei para o filme.

- Tem certeza? – Justin perguntou e fez biquinho.

Do nada, sinto aquele tarado – sim, aquilo foi assédio – pegar minha mão e começar a passar pelo abdome dele. Ele estava gelado e não pude deixar de notar de que seus lábios estavam ficando roxos.

- Eu quero terminar de ver o filme. – Falei e tentei puxar minha mão.

Bobagem. Ele era mais forte que eu e deixou a minha mão exatamente onde estava. Eu comecei a sentir o sangue correr pelas veias do meu rosto e me deixar mais vermelha que outra coisa.

Justin começou a rir e eu tentei puxar a mão de novo, dessa vez eu consegui.

- Cala a boca, idiota. – Falei e mordi os lábios.

Justin se aproximou de mim, ainda sem a droga da camisa, e beijou meu rosto. Depois foi bem perto da minha orelha.

 - Não precisa ficar constrangida, shawty. Eu sou todo seu. – Ele falou.

Senti meus cabelos da nuca arrepiarem e uma corrente elétrica passar pelo meu corpo, me levando ao céu e depois voltando. Justin começou a beijar meu pescoço e, acredite em mim, aquilo era bom. Os lábios dele estavam gelados e traziam uma sensação boa em contato com a minha pele quase quente.

- Vamos perder o filme. – Falei. Se ele não parasse agora, não ia parar depois. E eu não iria o impedir.

- É dvd, se quiser te empresto depois. – Justin falou com os lábios roçando no meu pescoço.

Justin desligou a televisão e então eu tive certeza do que iria acontecer ali. Justin começou a me puxar para baixo, me fazendo deitar, sem tirar os lábios da minha pele.

- Vamos acordar seu pai ou seus irmãos. – Falei, tentando o convencer (e me convencer!) a parar.

- O quarto da Jazzy e do Jaxon é do outro lado da casa. E meu pai... Bom, não se preocupe com ele. – Justin falou. – Ele tem sono pesado e mesmo que não tivesse não iria interromper.

Justin beijou meus lábios com urgência. Antes que pudesse perceber, estávamos no beijo mais “quente” que demos até aquele dia. Justin começou a arrastar minha blusa para cima com impaciência e eu caí na real do que estávamos fazendo.

- Justin. – Falei. – Vamos parar, por favor.

- Por quê? – Ele me perguntou e voltou a me beijar, ainda tentando tirar minha blusa.

- Está frio e... – Hesitei. – Eu tenho que te falar algo.

Justin sorriu como se eu estivesse bancando a ridícula. E eu estava.

- Pode falar. – Ele falou, sem sair de cima de mim. Justin olhou nos meus olhos tão profundamente que me deixou sem folego.

Antes de dizer qualquer coisa, tentei pensar em um motivo para não transar com Justin. Nenhum. Talvez fosse só o calor do momento, mas não consegui achar um motivo para não deixar bem claro que eu o amo naquele momento.

- Eu... Eu nunca realmente... Euaindasouvirgem. – Falei.

Justin me olhou sem entender nada.

- Mais devagar, por favor. – Ele falou.

- Eu. Ainda. Sou. Virgem. – Falei pausadamente.

Depois de falar isso, puxei o travesseiro para o meu rosto.

- Hannah. – Justin falou e tentou puxar o travesseiro que eu segurava com força contra meu rosto.

- Hannah. – Justin repetiu e puxou de novo o travesseiro, dessa vez com mais força.

Justin tirou o travesseiro de mim. Fechei os olhos com força.

- Abre os olhos. – Justin falou com calma e acariciou meu rosto.

Abri os olhos lentamente, encarando os olhos perfeitamente castanhos de Justin.

- Não vou fazer nada que você não queira fazer. – Justin falou e beijou a ponta do meu nariz.

Eu estava em um dilema. Eu queria que fosse com ele minha primeira vez, não estava com medo de acontecer e ele nunca mais olhar na minha cara, como foi com Callie. O problema era eu, eu não sabia o que fazer, nem sabia como começar. Era obvio que ele ia ficar bem desconfortável com a situação se eu fizesse algo errado. Bufei.

Justin saiu de cima de mim e voltou para o lugar dele, colocando a camisa. Suspirei.

- Vamos voltar aonde paramos. – Justin falou e ligou a televisão de novo e depois voltou na morte da loira.

Eu estava estática, sem me mexer. Ainda estava deitada e minha blusa continuava meio levantada. Não acredito que eu era tão medrosa!

- Jus. – Falei e me virei para encará-lo. Bochechas queimando. – Você... Você pode fazer aquilo de novo?

Justin desligou a televisão de novo e então aconteceu.

Acordei no susto. Uma enfermeira tinha derrubado alguma coisa no corredor e me fez acordar. Sorri ao me lembrar de meu sonho. A porta do meu quarto foi aberta com violência e lá estava Callie, com olheiras. A olhei com raiva.

Minha mãe acordou e, mesmo sem dizer uma palavra – talvez ela apenas sentiu a tensão no ar – se mandou do quarto. Callie fechou a porta e olhou para mim.

- Antes de você começar a me chamar de cachorra prostituta, eu quero dizer uma coisa. – Falou.

Alisei a coberta, num ato cínico e sorri cinicamente.

- Vai em frente. – Falei.

- Eu estou completamente apaixonada por ele, Hannah. E você o chutou. – Callie falou. – Eu sei que não deveria ter me apaixonado, mas simplesmente aconteceu.

“É melhor para os dois, Hannah” pensei e segurei as lágrimas antes delas caírem.

- Eu... Eu acho que entendo. – Falei. Callie pareceu realmente confusa. Até eu estava confusa.

- Obrigada Hannah. – Ela falou e me abraçou. – Eu sei que deve ser difícil então vou te poupar de ficar falando dele toda hora. Que tal uma partida de damas?

Sorri. Eu sempre vencia de Callie jogando damas e ganhar dela vai me fazer sentir melhor. Caitlin acabou vindo me ver e estranhou o fato de Callie estar ali. No fim, Caitlin aceitou os fatos e ficamos as três falando de nada e rindo do vento. Na medida do possível.

Justin PDV

Christian me ligou para irmos jogar basquete. Aceitei de primeira. Coloquei a roupa de basquete dentro de uma mala e fui com muitos casacos. Estávamos no quase no inverno e isso iria ser um problema.

Peguei as chaves do meu carro no balcão da cozinha e sai de casa, sentindo a rajada forte de vento gelado bater no meu rosto. Entrei no carro, fechei os vidros e liguei o aquecedor. Liguei o carro e comecei a sair de casa.

- Ei, cara. – Ouço uma voz masculina e olho para o lado da minha janela.

Um homem de uns trinta anos, no máximo, sacou uma arma e começou a atirar contra o carro. Me joguei no banco e fiquei ali, ouvido cada bala bater contra meu carro. Eu estava paralisado, apenas sentindo meu coração bater descompassado. “Eu vou morrer” pensei.

O cara parou de atirar e abriu a porta do carro. Fechei os olhos, pronto para morte certa. Então eu ouço um barulho de algo pesado caindo no chão, mas mesmo assim continuo na mesma posição de antes.

- JB! – Scotter começou a chacoalhar minhas pernas. – JB!

Abri os olhos e virei para encarar Scotter. Ele parecia em pânico, já eu estava em choque. Alguém havia tentado me matar!

- Ele atirou em você?! Você está bem?! – Scotter começou a gritar.

Kenny estava batendo no cara – já desacordado – no chão. Respirei fundo e passei a mão no cabelo. Uma. Pessoa. Atirou. Em. Mim.

- Eu estou bem Scotter. – Falei e apoiei a cabeça no volante.

Nem olhei para o meu carro em si. O vidro da frente já estava quebrado e eu nem queria parar para pensar no resto.

- Justin, eu vou te levar para o hospital. – Scotter falou e pegou o celular no bolso.

- Mas eu estou bem! – Falei.

Scotter apontou para o espelho no quebra-sol do carro. Me olhei e fiquei surpreso ao ver um corte na minha cabeça. Ótimo.

No Próximo Capítulo:

- Justin faz a pergunta;

- “Eu não me importo. Desde que eu não tenha que ver”;

- Hannah desabafa com Caitlin.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

1- Mil desculpas por demorar um pouco mais para postar. É que eu fui viajar e naquele fim de mundo não tinha internet.
2- Foi mais um capítulo grande, eu sei. Mas nos reviews do capitulo passado vocês falaram que não tinha problema
(Algumas até gostaram) então...
3- Reviews?