The Bitch Of New York City escrita por MarianaMartins


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

POV Morgan



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Dobrava cuidadosamente minhas roupas enquanto arrumava minhas malas para a “nova vida”. Aaah! Não acredito nisso! Por que não me deixaram sem computador ou ir dormir sem jantar. Por que eu fiz isso? Pra começar não devia nem ter ido a tal festa!

Estraguei tudo... Se ao menos eu não estivesse apaixonada por ele! Seria mais fácil encarar tudo isso.

Ouvi alguém bater na porta. Brandon apareceu com um meio sorriso.

-Oi. – disse ele, entrando e fechando a porta. – Você ta melhor?

-Não. – respondi. – Só vou ver vocês de novo talvez no natal do ano que vem.

-Aaah, mas não vemos o papai faz tempo. Pode ser bom pra você...

-Não pode não. Vou sentir sua falta, da Megan, da mamãe... até da Melissa! – nós rimos. – E principalmente do Justin.

Ele veio até mim e me abraçou.

-Morgan, é só uma fase. Nesse tempo que você vai ficar na Austrália, você vai amadurecer. Vai aprender a lidar com essas coisas.

Suspirei.

-Vai ficar com saudade de mim, Brandon? – perguntei. Ainda nos abrasávamos.

-É claro que vou. Quando eu começar a ir a festas que nem as suas, quem me dar cobertura?

Nós rimos.

Continuei a dobrar minhas roupas enquanto ele me ajudava guardando-as na mala.

-Quando sai o seu vôo?

-Amanhã ao meio dia. Hoje eu ainda vou na casa da Megan pra me despedir.

-Eu vou com você até o aeroporto, ta?

-Claro. – sorri.

***

-EU NÃO QUERO QUE VOCÊ VÁ, MORGAAAN!!! – dizia Megan enquanto me abraçava.

-Eu sei, Meg. Também não quero ir. Mas não posso fazer nada! – disse, tentando confortá-la. – Ano que vem eu vou voltar. Posso pedir para os nossos pais deixarem você ir lá nas férias. Não é o fim do mundo, Meg!

-Eu sei... – disse com a voz trêmula. – Mas com quem eu vou pras baladas? Com quem vou falar mal das meninas nojentas da minha escola? Com quem?!

Enxuguei uma lágrima do meu rosto.

-A gente sempre vai se ver pela web cam. Vamos continuar conversando sobre a Gaga normalmente. Como se nada tivesse acontecido...

Ela respirou fundo.

-Vou sentir tanto a sua falta...

Eu sorri.

-Eu também...

***

Enquanto pegava um táxi liguei para Melissa e contei sobre tudo o que aconteceu. Ela lamentou muito e me desejou sorte na nova cidade. Fui até o Central Park e me sentei tomando chocolate quente. Que saudade eu sentiria da minha NY.

Senti alguém tocar o meu ombro. Virei para trás e Justin me encarava com um sorriso.

-Como sabia que eu estava aqui? – perguntei, sorrindo.

-Eu perguntei à Megan. – ele se sentou do meu lado.

-Mas eu não disse a ela que viria aqui.

-Mas ela disse que sempre vem aqui quando está magoada.

Eu sorri. Ele colocou o braço em volta de mim e fechei os olhos, encostada em seu ombro.

-Por que veio aqui?

-Precisava conversar com você, Morgan.

-Sobre o que?

-Sobre nós.

O olhei nos olhos por um instante.

-Não temos nada pra falar sobre nós. O nós acabou, Justin. Nunca poderemos ser felizes juntos. Não mais.

-Podemos sim. Mas antes de saber o quanto você está disposta, preciso acreditar que você me ama.

-Okay, então quer que eu me declare?

-Tecnicamente... Sim. – nós rimos.

Respirei fundo.

-Olha, só vou dizer isso uma vez, ta? Não gosto de admitir essas coisas.

-É tudo o que eu preciso.

-O problema foi nunca admitir que eu me via em você. Sempre tão egocêntrico, pensando só em si mesmo, insensível e idiota. Dizia para mim mesma que odiava esse teu jeito tão estúpido de agir com as pessoas, dizia e repetia, porque precisava acreditar que era verdade.  Não queria admitir que nós éramos iguais. Não queria aceitar que por sermos tão parecidos eu amava te odiar. Mas agora nada disso importa, por quê até a gente se ver de novo você não vai me amar mais. – abaixei a cabeça.

-Não precisa terminar aqui. – ele disse.

-Como assim? – perguntei, levantando a cabeça.

Ele se aproximou e disse, sussurrando.

-Foge comigo, Morgan.

Eu ri.

-Tá falando sério?

-Sim.

-Pra onde?

- Poderíamos comprar um apartamento em Londres. Nossa cama nunca estaria arrumada,   e nossas roupas sempre estariam jogadas pela casa. O apartamento seria uma bagunça. Mas seria a nossa bagunça.

Eu sorri.

- Você iria me proibir de usar roupas curtas. Eu iria usar mesmo assim e te mandar lavar seus tênis. – eu disse - Você me chamaria de chata, eu te chamaria de abusado. Bagunçaríamos o quarto, o banheiro, a cozinha e só arrumaríamos em dias de visitas. Você me jogaria no chão e eu fingiria que não gostava. Eu iria te morder, te beliscar, te arranhar e você me mandaria parar, então, eu não pararia. Você iria me deixar sem graça e eu te amaria cada dia mais.

Ele sorriu e selou nossos lábios.

-Então o que estamos esperando? A gente tem que comprar as passagens, eu tenho que fazer as malas, precisamos de um plano...

Eu ri.

-Não acredito que estou fazendo isso... – murmurei.


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Notas finais do capítulo

Galera, talvez o próximo capitulo seja o último... *tods chora*