Estúpido Cupido - Finalizada escrita por Luhluzinha


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oiêee olha outro capitulo aii genteeee!!!
VicDurque muitíssimo obrigada pela recomendação, eu me emocionei com as suas palavras. Obrigada mais uma vez anjo :)
Aproveitem o capitulo ok?



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CAPÍTULO SETE

Abri os olhos assustada com um barulho abafado.

Me sentei rapidamente na cama e olhei pra porta. Algo se chocou violentamente com ela me fazendo me encolher na cama.

- Mais forte Edward! Larga de ser frouxo!

- Porque não vem você fazer melhor? Pra sua informação; isso machuca Alice!

Arquei as minhas sobrancelhas intrigada. O que era que eles faziam?

Me levantei tonta e fui caminhando desengonçada ate a porta e a abri.

Edward passou por ela com tudo e sem conseguir para á tempo se chocou com tudo na parede e caiu pra trás todo torto.

- Ai! – ele gemeu de dor enquanto eu olhava aquela cena sem entender.

- Porque você fez isso? É algum esporte se chocar contra a parede?

Perguntei sonolenta querendo entender o motivo daquilo. Vai que realmente era um esporte. Eu já tinha visto jovens pulando de prédio em prédio alegando esse fato.

- Não! – respondeu Alice ao meu lado tentando segurar a gargalhada – Foi só uma tentativa escrota de arrombar a porta do seu quarto.

Olhei pra ela com cara de interrogação.

- E porque arrombar a porta do meu quarto?

- Depois de ontem você queria o que? – ela perguntou como se fosse obvio demais – Chegou em casa, passava da meia noite, não falou com ninguém e subiu toda descontrolada e se trancou no quarto. Tínhamos que ver se você estava bem já que te chamamos e você nos ignorou e agora já passa do meio dia.

Cosei a cabeça tentando me situar. Eu estava completamente fora de orbita.

- Eu tentei convencer Alice de que você estava bem! – Edward foi tentando se levantar, me aproximei para ajudá-lo – Mas a nanica de uma figa não escuta! – finalizou irritado.

Edward mal ficou de pé e já se sentou na minha cama massageando a testa e o nariz. Eu sabia como aquilo doía. Eu tinha provado varias vezes daquela sensação.

- E tem como não ficar preocupada? – ela disse se justificando e então voltou a olhar pra mim e fez um careta – Credo Claire você esta horrível! Suas olheiras estão parecendo o oceano pacífico e seu cabelo tá pior do que o da Medusa. Colocou o dedo na tomada foi?

Ela levou a mão ao peito se sentindo horrorizada.

- Nossa Alice sua sinceridade me comove! – falei sarcástica.

Bem que o seu Christopher tinha razão, medir a sinceridade nunca é demais. Voltei a me deitar na cama ignorando a presença do Cullen na mesma. Meu corpo estava pesado, eu ainda não tinha me recuperado da noite anterior.

E em falar de noite anterior, eu não queria nem lembrar.

Eu era realmente muito estúpida.

Não era a toa que eu e todo mundo me denominava como estúpido cupido.

- Que bom, já que eu percebi que você não vai abrir a boca para nos contar aonde se meteu, acho melhor ir se levantando porque temos coisa a fazer!

- Tipo? – perguntei sem tirar a cara do colchão.

- Tipo continuarmos com o plano. – eu podia imaginar Alice rolando os olhos - Parece que papai vai se homenageado e temos que assegurar a nossa presença no evento.

Continuei sem me mover.

- CLAIRE! Acorda! – ela gritou. Isso mesmo; ela gritou nos meus ouvidos e me derrubou da cama.

- Alice! – gritei irritada – Perdeu a noção do perigo? Não posso nem curti a minha fossa em paz? – me levantei estressada – Até sentir auto piedade e lamentar a minha estúpida existência eu não posso! – marchei furiosa até o banheiro – QUE MUNDO INJUSTO!

Me tranquei e fitei o meu reflexo.

A nanica tinha razão, eu estava assustadora, poderia até fazer um filme de terror que nem iria precisar de maquiagem.

Terror ao natural. Que sina essa a minha.

- Tenho remédio pra cólica no armário do meu banheiro e se eu não me engano, ai na gaveta da pia tem absorventes, mas se preferir os internos é só me avisar! – ela disse do outro lado da porta – E vê se controla a sua TPM porque eu não quero ninguém de mau humor atrás de mim!

Pude ouvir a gargalhada do Cullen.

Ela realmente tinha dito aquilo? Abri a porta violentamente.

- O que você disse? – eu estava abismada.

- Claire eu passo por isso todos os meses desde os meus 11 anos. Eu sei os sintomas! Agora vai tomar um banho e ficar apresentável!

Ela me empurrou para dentro do banheiro e encostou a porta.

Segundos se passaram e eu me vi em encoberto silencio.

Eu não podia... aquilo não poderia... eu não imaginava...

Ó céus! Eu não podia ser mais azarada?

Esclarecendo que isso foi puro sarcasmo.

Lentamente fui tirando a minha roupa e temerosa olhei para a calcinha.

- Tá de brincadeira né?

Eu realmente estava menstruada?

Não tinha como ficar pior.

Entrei debaixo do chuveiro e comecei a me lavar, mas parecia que o sangue que descia de mim nunca acabava. Eu comecei acreditar que todo o liquido vermelho iria vazar por aquele orifício. Aquilo só poderia ser uma hemorragia sem cura.

Fui para o quarto e me assegurei de trancar a porta para que Edward não aparecesse por ali dessa vez perguntando de seus óculos escuros em vez de sua camisa e me visse nua novamente.

Olhei confusa para aquele absorvente. Eu não sabia como usar aquilo.

Não vinha manual?

Certo, pode parecer estranho eu saber dirigir um carro e não saber por um absorvente, mas eu via diariamente os humanos dirigindo e querendo ou não, voce observa; mas eu não ficava observado as mulheres porem absorvente. Isso era invasão de privacidade e além de ser muito nojento.

Coloquei dois na calcinha, só de precaução. Vesti um vestidinho roxo escuro e bem comportado. O ar poderia circular e ficava mais fácil de mexer naquela área do meu corpo.

Estranhamente eu senti uma pontada no ventre da barriga. Aquilo me vez me encurvar.

Era um dor infeliz que me fazia vez estrelas em todos os cantos. Andei com muita dificuldade até a porta abri e gritei por Alice.

- Nossa; o que foi! –ela apareceu rapidamente – Amei o vestidinho! - bateu palminhas ainda me examinando.

- Alice por Deus o que é isso?

- Isso o que? – ela perguntou confusa.

- AIIIIIIIIIIIIIIIIII!

Gritei voltando a me encurvar. Retiro o que eu disse.

Tinha sim como ficar pior.

- Ixi! Cólica das bravas! – passou seus braços em torno de mim e me levou pra cama – Fica deitadinha ai que vou pedir pra mamãe fazer um chazinho enquanto eu pego um remédio pra você! Tá explicada a sua atitude estranha de ontem. Pura TPM.

Ela saiu saltitante enquanto eu me contorcia na cama.

Fiquei em todas as posições possíveis e impossíveis. Isso inclui até de bunda pra cima e de cabeça pra baixo. Ergui as pernas, flexionei-as, cruzei-as. Mas nada fazia aquela dor passar. Eu tinha vontade de esmurrar a minha barriga até a morte.

Eu suava frio. Minhas mãos estavam geladas. Eu sentia meu fim próximo.

Era isso o que o seu Christopher falava?

Eu morreria de dor?

- Oh como eu sofro! – murmurei quase sem voz.

- Claire? – Edward apareceu no vão da porta.

- Edward chame um médico, um pastor e um coveiro!

Ele entrou rindo.

Pimenta nos olhos do outros é refresco né?

Cullen ingrato!

- Pra que todo esse desespero?

- Desespero? – minha voz saiu estrangulada e eu gemi de dor. – O medico é pra ver se ele me salva, se o medico não me salvar, o pastor encomenda a minha alma e o coveiro enterra o meu corpo.

Ele gargalhou e sentou na beirada da cama. Não vi graça no meu discurso de ultimas palavras.

- Claire você passa por isso todos os meses, já deveria estar acostumada.

O filho de um jegue, que ser se acostuma com a dor?

- Não! Eu não estou acostumada! E nunca vou ficar! – senti as lagrimas escaparem pelos cantos dos meus olhos – Oh eu poderia ter uma morte mais digna!

- Claire! Menos drama, por favor? – Alice apareceu no quarto com uma bandeja – Voce não é a única mulher no mundo. Todas nós passamos por isso, e muitas ainda estão desfilando de salto alto.

- Azar o delas! – reclamei arregalando os olhos – Deus é mais que se eu com uma dor dessas tenho que desfilar por ai ainda de salto alto!

Alice rolou os olhos.

- Senta ai ô rainha do drama, toma o remédio seu chá e coma algumas torradas. Logo você se sente melhor!

- E quanto a hemorragia? – perguntei temerosa.

- Isso vai durar por mais três dias! – ela disse dando de ombros como se aquilo fosse normal. - Você fala como se não soubesse.

- Eu vou sangrar durante três dias e não vou morrer? – minha voz saiu uma oitava a mais que o normal. Era claro que eu não sabia dessa condição cruel.

- Por isso eu digo que mulher é bicho perigoso! – disse Edward divertido – Não é fácil de matar!

Alice expulsou o irmão do quarto.

Como ser mulher era um carma. Passar isso por todos os meses deveria ser um ótimo castigo, e tudo era culpa da tal Eva.

Não julgar! Não julgar! Não vou julgar. Não estou julgando.

Vai saber se o tal Adão era um pedaço de mau caminho ela realmente não conseguiu resistir? Vai que o Adão fosse um sósia de Edward Cullen?

Temos que pensar em todas as possibilidades!

Não demorou muito para o remédio fazer efeito e eu me sentir melhor. Agora o único desconforto era as cataratas do rio Iguaçu jorrando da minha pessoa por entre as pernas.

Eles não poderiam ser mais ligth comigo?

Eu realmente precisava sentir todas as sensações humanas?

Já que era assim poderia ter me mandado na forma de um homem! Eu juro que não teria me incomodado nenhum pouquinho.

- Querida esta melhor? – perguntou Esme colocando a mão macia e quente na minha testa.

- Muito melhor! – respondi aliviada por não sentir mais aquela dor horrível e ela riu.

- Vou ter que ir ao supermercado quer que eu compre alguma coisa em especial?

Olhei pra ela admirando seu rosto em forma de coração. Ai se ela pudesse trazer uma passagem de volta pro céu!

- Não precisa; esta tudo bem! – respondi lutando contra a vontade pedir chocolates. A base da minha alimentação na terra era isso. Porque quando tudo terminasse eu nunca mais iria comer esse doce e viciante alimento.

Por isso aproveitava, mas eu tinha que me controlar. Aquilo estava me deixando obesa.

- Ok! Alice vai comigo porque ela não resiste a palavra compras, mesmo que seja se referindo a supermercado. Edward vai cuidar de voce!

Meus olhos deviam ter estufado pra fora naquele momento.

Eu.. Edward... sozinhos?

- Algum problema? – ela perguntou confusa com a minha reação.

- Não nenhum! Na verdade não precisa se preocupar, eu consigo me virar, o drama sempre correu nas minhas veias, aquele momento foi encenação! – sorri amarelo - Edward pode sair, eu até me sentiria melhor sozinha! – Esme me olhou desconfiada – É serio tia Esme, eu estou muito bem!

Eu deveria estar soando desesperada, mas de uma coisa eu tinha certeza absoluta:

Eu não podia ficar sozinha com Edward Cullen.

E não me pergunte o “porquê”.

Simplesmente só pensar naquilo me fazia gelar a espinha, minhas mãos tremerem e meu corpo a suar frio.

- Tudo bem! Se cuida! – ela caminhou até o vão da porta e voltou a me olhar – Não demoro!

Sorriu e saiu fechando a porta.

Suspirei aliviada e voltei a me deitar.

 Num momento de divagação eu acabei percebendo o computador no canto do quarto.

Me arrastei até lá e entrando na internet eu digitei três letras:

T.P.M

Eram aproximadamente 27.800.000 resultados.

 ...é umasíndromeque atinge asmulherese que ocorre, em maior ou menor grau, nosdiasque antecedem amenstruação. É caracterizada por uma irritabilidade e ansiedade mais acentuadas. Os sintomas mais comuns são: DESCONFORTO ABDOMINAL, FADIGA, IRRITABILIDADE, TENSÃO, HUMOR DEPRIMIDO, HUMOR LÁBIL, AUMENTO DO APETITE, ESQUECIMENTO E DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO, HIPERSENSIBILIDADE AOS ESTÍMULOS, RAIVA, CHORO FÁCIL, CALORÕES, PALPITAÇÕES, NERVOS A FLOR DA PELE, STRESS, NERVOSISMO, DEPRESSÃO...

Eu engolia seco de frente a tela do computador. Isso só podia ser brincadeira. Nos últimos dias eu estive de TPM e nem tinha percebido?  Eu já tinha ouvido falar muito dela, mas nunca tinha imaginado que era dessa maneira.

Tava explicado todas aquelas sensações que eu não entendia. Que eu tava quase enlouquecendo para compreender.

Todas aquelas coisas que eu tinha quando Edward estava muito perto, como: palpitações, falta de ar, arritmias, aquela chama que parecia correr por todo o meu corpo ao ponto de quase me por em combustão instantânea e então esfriava abruptamente no meu estômago; não era nada a mais nada menos que a bendita TPM.

A minha crise de fúria ontem, ser cegada pelo ódio, a bipolaridade também tinha uma explicação.

TPM.

Tendência para matar.

Para matar alguém ou a si mesmo.

Aquelas oscilações de humor realmente estavam me matando.

Duas batidas na porta de fizeram pular de susto e voltar a realidade.

- Claire? – ele colocou a cabeça dentro do quarto. – Tenho que ir pra faculdade, você vai ficar bem?

- Sim eu vou! Pode ir! – ele me olhou preocupado por um instante – Vai Edward! Ta cansando a minha beleza! – eu disse estressada, o que ele ainda fazia ali?

Ele não percebia que a presença dele no meu quarto me deixava nervosa?

O infeliz sorriu um sorriso torto de tirar o fôlego até de mim que era um reles ser celestial.

- Se cuida!

Ele saiu e eu fiquei quietinha esperando o barulho de seu carro para ter certeza que enfim estava sozinha.

Eu sabia que tinha de fazer uma coisa muito importante, mas não me lembrava muito bem o que era, até que a voz de Alice veio na minha mente.

- ...Parece que papai vai se homenageado e temos que assegurar a nossa presença no evento.

Era isso!

Tudo o que faltava para o meu plano.

Lentamente comecei a mexer meus pauzinhos.

Depois de bater um longo papo com James eu tinha quase tudo sob controle, a não ser os convites que eu iria conseguir mais cedo ou mais tarde.

Eu acreditava ser bem cedo.

- Alo? Tio?

- Claire! – a voz de Carlisle soou animada do outro lado do telefone. – Tudo bem?

- Hum... tio – fiz a minha melhor voz de doente terminal – Não esta muito bem não!

- O que houve? – sua voz perdeu toda animação e agora tinha um grande teor de preocupação – Aonde você está?

- Estou na casa da tia Esme, todos tiveram que sair, mas eu não me sinto muito bem, tem como vir me ver? Acho que meu problema é de saúde!

Oh céus! Se eu fosse humana de verdade eu iria investir pesado na minha carreira de atriz.

Vai saber fazer drama assim lá em Hollywood!

- Claire querida, agüenta ai que eu estou chegando! Fique deitada e me espere tudo bem?

- Sim! Obrigada tio!

Ele desligou o telefone e eu só não sai pulando feito canguru Jack por causa da minha situação precária.

~*~

- Você ainda esta com um pouco de febre!

Carlisle guardou o termômetro e voltou a por a mão na minha testa.

Eu não respondi nada, só continuei encenando ali de boa. Queria ser uma mosquinha para a ver a expressão da Esme na hora que chegasse e desse de cara com a Mercedes do tio Carls.

- Tio, Alice comentou que o senhor será homenageado. – minha voz saiu rouca. Na verdade eu não estava nem me esforçando muito, eu realmente estava com um mal estar.

- Sim! Pelo projeto Smile. –ele adquiriu uma expressão sonhadora - Eu consegui doações permanentes no HC* para cirurgias de lábio Leporino*. É uma grande coisa Claire, poder oferecer as crianças o direito de sorrir sem ter vergonha ou medo. Como eu fui o criador da idéia há cinco anos, estarei sendo homenageado.

Sorri. Carlisle era um homem muito bom. Ele era um exemplo honestidade, gentileza, respeito e bondade para a sociedade.

- Fico orgulhosa do senhor!

Ele deu um sorriso triste. Eu não precisava dos meus poderes para ler a mente dele e saber o que se passava por sua cabeça.

Ele não concordava comigo. Ele não se orgulhava mais se si mesmo. Algo dentro dele o fazia querer entender o que tinha acontecido com ele nos últimos dois meses. Ele se arrependia amargamente de algo que na era a sua culpa, mas sim minha.

- Tio? – ele me olhou distante, seus olhos estavam casados e sem qualquer brilho – Eu estou orgulhosa do senhor! – repeti com firmeza – Erros todos nós cometemos, alguns são quase imperceptíveis, outros pior que uma bomba atômica, mas não é porque cometemos erros então também não somos mais dignos de nem ao menos nos orgulhar das coisas boas que fazemos. – segurei sua mão que estava um pouco fria – Eu já cometi muitos, você saber disso – ele deu uma risadinha afirmando a minha teoria – Mas eu me orgulho muito de alguns deles. Sim eu me orgulho de alguns erros que cometi, porque a gente só aprende de verdade quando erra.

Ele ficou em silencio absorvendo calmamente as minhas palavras.

- Claire? – olhamos para a porta e lá estava Esme, um pouco mais branca do que o normal – Você me assustou! Pensei que algo grave tinha acontecido. – ela caminhou excitante pra dentro do quarto – Olá Carlisle como vai?

Eu podia ver a admiração nos olhos de Carlisle. Esme realmente estava linda e com um ar mais jovial. Eu podia enxergar o quanto ele estava feliz em vê-la. Levantou-se lentamente, com passos calmos e curtos se aproximou dela.

- Vou bem! – respondeu engolindo a seco – E pelo visto você também!

Eu pude ver Esme corar com o elogio.

- Temos que tocar em frente não acha?

Ele tentou esconder uma careta.

- Sim! –respondeu muito baixo – Bem, Claire só estava com um pouco de febre e algumas dores pelo corpo. Comum nesse período do mês. – ele sorriu gentilmente pra mim – Já a mediquei fique tranqüila!

- Obrigada Carlisle! – disse Esme sem realmente mais nada a dizer.

- Não há o que agradecer, é minha sobrinha! – ele sorriu pra ela. Ele queria dizer mais coisas, mas eu sabia que não diria agora. Ele tinha que escolher as palavras entaladas na garganta. – Bem eu queria convidar vocês para o evento do projeto Smile no hotel Jabor – ele retirou os convites de sua mala e estendeu a Esme – É muito importante para mim que a minha família compareça.

Tremula Esme pegou os convites. A palavra família ainda rechicoteava em seus ouvidos.

- Estaremos presentes. Eu sei o quanto lutou por esse projeto. Não perderia isso por nada!

Eles se fitaram por um longo momento. Pude sentir meus olhos encherem de lagrimas.

Eles eram tão perfeito juntos. Eu queria gritar para terminarem logo com aquela agonia e ficarem juntos até que a morte os separesse.

- Eu vou indo! – Carlisle foi se desvencilhando do transe.

- Tudo bem! – eu mal podia ouvir a voz de Esme.

Ele acenou para mim e lentamente foi indo embora.

Assistir aquela cena doeu no fundo da minha alma. Comecei a ouvir um choro baixo e soluços.

Esme se virou para mim surpresa porque simplesmente eu chorava.

Meu choro se intensificou com o olhar confuso dela.

Eles sofriam por minha causa. Eles estavam naquela situação por minha culpa.

- Isso – eu disse entre soluços – Isso foi tão triste! – coloquei a mão no meu peito tentando entender porque ele estava tão apertado e eu não conseguia respirar direito – Ele se foi! Ele não pode ir! Vocês precisam terminar juntos!

O olhar confuso de Esme tornou-se repleto de compaixão. Ela sentou no mesmo lugar que outrora Carlisle estava e me abraçou forte.

- E nós vamos! Lembra que foi você que me despertou para lutar? – ela acariciava meus cabelos enquanto eu encharcava com as minhas lagrimas a sua blusa – Meu anjo, não fique assim! Ainda não chegou ao fim, só chega quando tudo e todos nós estivermos bem!

O meu desespero foi se acalmando e eu me vi desfrutando daquele abraço fraterno. Era tão bom ter alguém pra te abraçar, era bom de certa forma, ter uma mãe.

Adormeci nos braços de Esme e quando acordei era de madrugada.

Não pude evitar ficar andando de um lado para o outro.

Meu tempo estava acabando eu tinha apenas mais cinco dias para terminar com tudo. E a teoria de Esme teria que bater com o meu final que estava próximo.

Dali cinco dias todos teriam que estar bem.

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HC*= Hospital das Clinicas

Lábio Leporino*= O lábio leporino (cientificamente fissura labiopalatal) é uma abertura na região do lábio ou palato, ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas, que ocorre entre a quarta e a décima semana de gestação. O adjetivo leporino refere-se à semelhança com o focinho fendido de uma lebre.


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Notas finais do capítulo

Chuchusssssssssssss entramos em reta final. É oficial!
comentem e recomendem muito! Volto provavelmente lá pela sexta feira oks?
Espero que quando eu voltar eu tenha mais surpresas!
Conheçam a minha original Estranhos no Paraíso. Eu atualizo ela devagarzinho pq como é original(nomes e personagens com características exclusivas) e é um ideia antiga minha, gosto de pensar muito no que eu coloco lá! aouhuoaehouaehoa...
Inté Chuchus mais fofos da Luhluzinha :P
xoxo ;*