Estúpido Cupido - Finalizada escrita por Luhluzinha


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeeeee voltei rápidão né??
Aproveitem o capitulo! :)



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CAPÍTULO CINCO

- Alô? Alô? Eu seu que você ainda está ai, posso ouvir sua respiração!

Desliguei o celular assustada.

O que Claire Sullivan estava fazendo aqui? Como ela sabia meu numero? Como ela sabia que eu estava me passando por ela? Como ninguém tinha me avisado disso?

Era alguma brincadeira?

Tipo, só podia ser uma brincadeira daquelas bem sem graça.

Minha voz sumiu sem me dizer se voltaria tão cedo.

Deitei na cama sem saber como reagir. Olhei no visor do celular em busca do numero e só constatei com o a palavra “desconhecido”. Ela tinha feito uma chamada restrita.

Ótimooooo! E eu que estava contando com a minha vitória antes do tempo.

Mas porque aquela vaca estava ali?

E como sabia de tudo aquilo?

Será que tinha a ver com o negócio de coração independente que nem os encantamentos funcionavam com ela?

O bicha do coração de pedra, vai ser ruim assim lá junto do capiroto, vai!

Me levante revoltada.

Como se não me bastasse as minhas disfunções psicológicas agora eu tinha de me livrar da verdadeira Claire Sullivan.

Mas me livrar dela seria bom.

Eu poderia me vingar pelo Edward por causa da do que ela tinha feito com ele no baile.

Para aquela atitude dela no evento, ter o coração independente não e uma desculpa.

 Ela é cruel, assassina de sonhos. E pra isso não tem desculpinha.

Eu iria dar um jeito em Claire ou eu não me chamava Isabella.

Isso mesmo.

Eu assumiria a minha identidade de cupido para acabar com aquela vaca.

Fui para o banheiro pegar as minhas coisas. Enfiei de qualquer jeito dentro da bagagem de mão e assim como as outras roupas eu desisti de dobrar e fui jogando tudo de qualquer jeito sem me importar.

Ainda bem que Esme havia me convidado para ficar na casa deles, porque caso Claire aparecer por lá eu estarei por perto.

- Ótimo seu Christopher, voce esta se saindo um excelente superintendente. Obrigada por me avisar. Isso é falha de vocês e não minha!

Olhei em volta para ver se a criatura tinha aparecido para me explicar o que estava acontecendo.

Preciso dizer que espera foi em vão?

Meu celular voltou a tocar e eu congelei ali. Ele vibrava furiosamente sobre a cama. Caminhei receosa e vi quem me ligava.

Suspirei aliviada ao ver que era Alice.

- Oi.

- Pensei que tinha pedido pra você deixar liberada a minha entrada!

Ela estava brava.

- Desculpa, esqueci, mas não precisa subir, eu já estou descendo.

Dessa vez a mal educada fui eu, desliguei o telefone na cara dele e nem dei tchau.

Arrastei as malas até o elevador e encontrei a baixinha lá embaixo de braços cruzados e batendo o pé.

- Obrigada por desligar na minha cara! – ela disse emburrada.

- Obrigada por ter desligado na minha primeiro!

Eu não gostava dessa coisa de birra. E Alice era muito birrenta quando queria.

Acho que a minha expressão não era uma das melhores. A idéia de Claire na cidade me perseguindo era muito difícil de se esquecer.

- Hey aconteceu alguma coisa?

Ela perguntou percebendo meu estado de estresse e desespero.

- Nada não!

Me virei para a recepcionista encerrando a minha conta. Feito isso comecei a caminhar para a saída até que Alice me puxou pelo braço.

- Por favor, quer me contar o que esta acontecendo?

Seu olhar estava preocupado, então me vi numa situação nunca imaginada na minha vida.

Eu precisava de um amigo.

De alguém para ouvir tudo o que eu estava guardando para mim. Alguém que apenas me escutasse e não me julgasse ou exortasse. Alguém que apenas me ouviria.

Toda a minha existência eu tinha vivido de uma maneira independente. Eu nunca quis depender de ninguém, nunca quis desabafar, ou opinar. Sempre levei tudo com a barriga.

O que acontecia comigo afinal?

Sempre julguei os humanos muito dependentes uns dos outros e agora eu me via na mesma situação.

Seu Christopher tinha deixado claro que não iria me ajudar, que eu tinha que fazer isso sozinha, eu havia errado demais agora tinha que acertar em tudo para não perder o me cargo de cupido.

Mesmo eu tendo meu conflito com o amor, eu sempre gostei de fazer o que eu fazia, pelo menos era muito melhor do que ficar o resto da eternidade trancafiada em uma sala de arquivos apenas recebendo a papelada das missões e armazenando.

- Eu não sei. – disse por fim ainda sustendo nosso olhar – Eu não sei o que esta acontecendo comigo Alice. Eu estou com medo. Medo do nosso plano não der certo!

Ele sorriu amavelmente.

-Confesso que quando vi você na porta da minha casa, imaginei que poderia acontecer muitas coisas durante a sua visita, uma delas era Edward querer te matar, o que de fato aconteceu – ela disse rolando os olhos - mas eu não imaginei que você estaria tão mudada. Até Edward notou isso. Minha mãe. Meu pai. Todos nós.

Ela segurou as minhas mãos.

- Não importa o que aconteceu com você ou o que esta acontecendo. O que realmente importa é que você mudou e mudou para muito melhor. Se sentir humana não é ruim, mostra que você tem sentimentos, mostra com que você se importa com o próximo. Ser de pedra por toda a vida cansa. Sem falar que as pessoas passam a não querer você por perto, pois ter uma pedra no caminho ninguém quer.

Ri. Aquelas palavras faziam um efeito estranho sobre mim.

- Ter medo é normal. Eu também tenho. – continuou gentilmente – Mas não pode ter medo de se tornar alguém melhor. As vezes não entender as mudanças faz parte do nosso crescimento, só que esse entendimento se torna muito claro quando ficamos maduros o suficiente para compreender-los. – ela colocou uma mecha de cabelo meu de trás da minha orelha - Mas quanto ao plano, não se preocupe... Nós vamos conseguir.

Eu nunca tinha imaginado tanta sabedoria dentro de um ser tão pequeno. Eu estava com as minhas estruturas abaladas. Talvez eu estivesse errada. Eu não precisava de um amigo para me ouvir, mas um amigo que me dissesse às coisas que eu precisava ouvir.

- Voce tem razão! – disse pulando em seu pescoço e abraçando-a. Eu precisava de um abraço apertado.

Ela gargalhou. Era tão bom sentir que eu poderia contar com Alice.

- Agora vamos que amanhã temos que começar por tudo em pratica! – ela disse com um gritinho no final.

Assenti e voltamos a caminhar arrastando as minhas malas para fora do hotel.

Num ato de proteção olhei em volta verificando de Claire por um acaso não nos espionava, pois se ela sabia meu numero de celular e sabia que eu me passava por ela, era claro que sabia também aonde eu “morava”.

Pegamos um taxi e chegamos bem rápido em sua casa já que o hotel era bem perto. Edward carregou as minhas malas, contrariado.

- Você carrega o que aqui? Chumbo?

Ele colocou de qualquer maneira a minha mala no chão.

- Cuidado seu bruto! – disse repreensiva e ele rolou os olhos.

-É só uma mala! – ele deu de ombros – Uma mala muito pesada! – ele completou e eu ri.

- É, mas é minha mala... – disse fazendo uma careta arrancando dele um sorriso - Sai daqui! Vai procurar alguma coisa pra fazer!

- Ah pode ter certeza que sim, eu vou me encontrar com a Tâny, ela vai me dar muitas coisas pra fazer!

Ele deu um sorrisinho sacana.

Não sei por que, mas eu fichei a cara na hora. Aquilo realmente me irritou. Um dia ele fala que me ama no outro ele diz na minha cara que vai se divertir com a ficante.

Tá certo que ele não me ama, ele ama a Claire. Mas mesmo assim.

QUEM ENTENDE???

- Que bom pra você! Agora sai! – empurrei ele pra fora do quarto e fechei a porta.

- Que você se divirta muito com a Tâny! – murmurei chateada.

- Aquela loira aguada de farmácia realmente é sua cara! Vocês se merecem! Combinam mais que um elefante e uma formiga! – continuei chutando meus sapatos pra longe.

- Idiota! – resmunguei mais um pouco. Eu estava parecendo uma velha caduca.

Alice abriu a porta e me fitou curiosa.

- Falando com quem? – perguntou olhando em volta verificando se não tinha mais alguém ali comigo.

- Com meus botões!

- Ta bom! – ela assentiu desconfiada – Vim avisar que o seu banheiro o chuveiro esta queimado, amanhã mamãe vai arrumar, por isso hoje tome banho no meu quarto!

Assenti peguei as minhas coisas e fui para o quarto da Alice.

Porque tinha que ser tudo tão colorido?

As paredes eram personalizadas, a colcha de sua cama era rosa, o painel de fotos tinha os imãs fluorescentes, o tapete era lilás e todo fofinho, o notebook laranja, seu closet maior que seu quarto estava aberto e eu podia ver a infinidades de roupas coloridas e extravagante, os ursinhos de pelúcia tomavam conta as prateleiras, alguns livros lutavam por espaço com os ursinhos, as revistas de moda estavam entulhadas num canto.

Fiquei tonta com tantas cores. Joguei a minha roupa em cima da cama.

- Aqui é o banheiro, tem tudo lá – ela abriu a porta azul turquesa, fiquei em choque ao ver o tamanho daquele cômodo, era quase do tamanho do meu quarto de hotel - Mamãe e eu vamos comprar comida japonesa e já estamos de volta, fique a vontade priminha.

Ela me mandou um beijinho e saiu saltitante me deixando sozinha.

Eu não queria ficar sozinha, e não era por causa de que eu estava tonta com as misturas de cores, mas sim porque sozinha Claire voltava a atormentar a minha cabeça.

- Ridícula! O que é teu tá guardado! – parei preocupada e olhei para porta.

Eu tinha que parar de falar sozinha se não eu ira receber meu atestado de louca em vez do aprovado da missão.

Arranquei a roupa e me enfiei debaixo daquela ducha maravilhosa. Eu poderia ficar o resto da minha vida ali. O dia tinha sido longo, muito longo e cheio de surpresas indesejadas, como por exemplo, a Claire original.

- Original – resmunguei com raiva – Eu também sou original!

Quem saber?

Não vou mais pensar nessa vaca. Vou tomar meu banhozinho em paz.

- Lava, lava, lava, lava, lava uma orelha uma orelha outra orelha outra orelha...

Continuei me banhando, lavei os cabelos os pés, o fazedor de xixi...

- ADEUSSSSSS CHEIRINHO DE SUORRRRRRR... – peguei a escova de lavar as costas me empolgando. – MEUUUU PÉ MEU QUERIDO PÉ QUE ME AGUENTA O DIAAAA INTEIIIIIIROOOOOOOOOOOOO....

Enchi a boca de agua e cuspi no box de vidro e fiz uns coraçõezinhos na parte embaçada.

- E O MEU NARIZ , MEU PESCOÇO, O MEU TORAX O E O MEU BUMBUM E ATÉ MESMO O FAZEDOR DE XIXI...

Dei mais uma cantadinha e mais uma dançadinha e sai. Caminhei tranqüila para o quarto e coloquei calcinha e sutiã.

Mas era claro que eu usava isso né? Posso ser um cupido, mas aqui na forma humana eu tinha que usar esses acessórios.

- Alice por um acaso voce viu minha camisa..

Eu gritei tão alto que até Edward se assustou e gritou também.

- O que você esta fazendo aqui? – o infeliz ainda de boca aberta me olhava praticamente nua.

- Eu... – ele balbuciou sem tirar os olhos de mim.

ABUSADOOOOOOOO! TARADOOOOOOOOOOOO! SAFADOOOOOOOO!

- Edward Cullen faz o favor de sair! – gritei machucando mais um pouco as minhas cordas vocais.

Ele não saiu apenas se virou. Aproveitei e arranquei a colcha da Alice e me enrolei nela.

- Pensei que tinha ido procurar o que fazer com a tal Tâny! – briguei ajeitando a colcha no meu corpo.

Mais que coisa chata. Esse moleque tinha mesmo que me ver só de calcinha e sutiã?

- Não sabe bater na porta não? – continuei meu sermão.

Ele se virou quase roxo de tanto segurar a risada. Então o idiota começou a rir.

Por algum acaso na minha esta estava escrito palhaça?

Ok! Não responda! Não vamos perder a amizade.

- Ta rindo de que seu idiota? Sai daqui! – caminhei na direção dele para expulsa-lo, mas ele encostou-se na porta e deslizou até o chão rindo.

- Qual é graça? – perguntei sentindo uma veia na minha testa saltar de tamanha era a minha raiva.

- A graça – ele disse com certa dificuldade tentando respirar – É a sua reação! Eu já te vi com menos roupas e você não ficou tão irritada assim!

Eu fiquei vermelha, roxa, azul, laranja, pink e preta tamanho era o constrangimento ao ouvir aquilo.

Edward notou isso e começou dessa vez a gargalhar.

- Eu... eu... já disse que te odeio hoje? – bradei ofendida.

Como ele podia me dizer aquilo. Eu nuca tinha ficado naquela situação com ele. A tal Claire eu não sei, mas eu tinha certeza que eu não.

- Mas confesso – ele continuou sacaneando a minha pessoa – Você esta bem melhor que antes!

Não pensei duas vezes em marchar em sua direção para chutá-lo até a morte. E que Deus recebesse ele de braços fechados e mandasse ele lá pro capiroto. Ofender um anjo daquela maneira não tinha perdão!

Mas sempre tem aquela história. Sabe aquela dos meus dois pés esquerdos? Já ouviu falar?

Não?

Que pena.

Eu cai. Sim eu...CAI!

Enrosquei os pés na colcha e cai feito jaca podre. E em vez de ser em cima do Edward pra amortecer a queda né? Mas não, é claro que não, cai no chão duro mesmo. Naquela coisa gelada e maciça.

Pude ouvir a gargalhada de Edward intensificar. Olhei pra cima e ele passava mal de tanto rir.

Tá não teve saída a não ser rir com ele.

Ele me ajudou a sentar, mas não conseguiu para de rir.

Tá certo eu era um desastre ambulante mesmo.

- Você é muito idiota! – ele disse entre as gargalhadas.

-Eu sei! – continuei rindo.

Era estranho, a gente se olhava e ria ainda mais.

- PARA! – gritei com dificuldade cutucando ele com o meu pé.

Ele segurou o meu pé sobre seu peito desnudo.

- Eu não consigo! Você é absurda!

- Edward! – choraminguei eu precisava respirar se não eu ia morrer de falta de oxigenação no cérebro.

Ele fez foi rir ainda mais.

Só que algo esquisito aconteceu. Quando nossos olhos se encontraram de vez, nosso riso foi morrendo aos poucos. Nossas faces estavam tão próximas da outra e essa proximidade era perigosa. Eu sentia como se eu tivesse acabado de engolir milhares de cubos de gelos, meu estomago estava congelante.

Nossa respiração estava pesada devido o quanto tínhamos rido, mas eu sentia que a minha dificuldade de respirar tinha outro motivo e a minha arritmia também.

Ele deslizou lentamente sua mão que apoiava sobre meu pé por minha perna e então subiu alcançado meu cabelo molhado.

Minha boca estava seca e formigava ansiosa por alguma coisa.

Um vazio me acertou em cheio.

Edward estava tão perto de mim e ao mesmo tempo tão longe.

Era como se eu necessitasse urgentemente dele mais perto.

Aquilo me assombrou. Eu estava chocada com esse pensamento. Anjos não sentem atração por humanos, não de verdade pelo menos, alguns rebeldes se divertem com os humanos, mas não sentem o que eu sentia naquele momento.

Anjos não tem sentimentos. Isso é coisa de humano.

Mas espera...

Eu era uma humana agora. E estava sujeita a sentimentos.

- Edward acho melhor voce sair – disse desviando seus lábios dos meus e limpando a garganta – Preciso me trocar.

Ele despertou do mesmo transe do qual eu me encontrava. Eu não queria imaginar como aquilo terminaria se eu não recobrasse meus sentidos.

- Sim! Desculpe! – ele me ajudou a levantar e saiu rápido dali meio constrangido.

Ó céus!

Eu estava triplamente ferrada!

*~*

Eu e Alice quicávamos na cadeira de ansiedade. Queríamos saber qual seria o resultado.

- E ai mãe? – Edward questionou de braços cruzados ao lado provador.

Eu e ele estávamos numa política de “Don’t speak me now”. Silencio total entre nós.

- Eu acho que não ficou bom não! – ela disse com uma voz abafada lá de dentro. Alice se levantou tendo um ADP.

- Sai daí mulher! Quer me matar de curiosidade?

Ela abriu a cortina do provador e todos nós ficamos boquiabertos.

O vestido tinha rejuvenescido Esme uns dez anos. Seu corpo tinha tido as formas modeladas e a cor perolada havia destacado os seus olhos castanhos.

- Uau! – eu disse pasma. Esse negocio de cor e moda era mesmo coisa séria.

- Ficou tão estranho assim? – ela perguntou fazendo uma careta.

- Mãe voce ficou... – Alice não achava uma palavra – Maravilhosa? Incrível? Perfeita? – ela virou pra mim em busca de uma palavra melhor.

- Voce esta magnífica Esme! – eu disse me aproximando.

- Não gostei não! – disse Edward fazendo bico, nós o encaramos sem entender – Isso não vai ser legal. Vai se o tal James se encanta demais e eu tenho que quebrar a cara dele? Isso tá errado! Mãe nenhuma precisa ficar linda desse jeito não!

Eu e Alice rimos.

- Sai daí cabeção! – disse Alice – Vai ter ciúmes das suas peguetes, deixa a mamãe gostosona em paz!

Esme corou com o comentário.

- Alice! – repreendeu a filha.

- Ela tem razão tia! – me intrometi e vi Edward me fulminar com o olhar – Você tá poderosa!

Edward bufou de raiva.

- Acho isso desnecessário. Minha mãe não precisa de um monte de homem quase quebrando o pesco para acompanhá-la!

- Cala a boca cabeção! – disse Alice colocando ponto final na historia.

Edward estava contrariado. Revoltado era a palavra certa. Mas não deu nenhum palpite a partir dali.

Esme experimentou muitos outros lindos vestidos, calças, blusinhas, casacos, sapatos.

Me sentei ao lado de Edward enquanto Alice estava perto do provador ajudando a mãe.

- Vai realmente ficar com essa cara?

- Agora estamos nos falando? – ele perguntou arqueando as sobrancelhas, me limitei a rolar os olhos, eu acho que fazia aquilo com uma certa freqüência, poderia ficar com algum problema.

- Hey! Você deveria estar apoiando ela, e não contrariando tudo o que ela veste ou diz!

Ele resmungou algo que eu não pude entender.

Cutuquei ele com o dedo.

- Vai Edward, desmancha esse bico! – continuei cutucando com o indicador. Eu queria que ele sorrisse embora o biquinho que ele fazia era muito fofo.

Ele olhou para seu braço aonde eu cutucava freneticamente, ele não queria se render, mas eu podia ver o sorriso se abrindo em seus lábios e as covinhas se formando nas suas bochechas.

- Tá certo! Vou tentar não pensar muito! – ele disse passando o braço que eu cutucava em volta dos meus ombros.

- Eitaaa! Agora to vendo coisa mesmo! A gente dá a mão e querem o braço todo! – ele riu sabendo que eu fazia referencia ao braço dele que estava de certa forma me “abraçando”.

- Fazer o que? Tem gente muito folgada nesse mundo!

Olhei pra ele com a minha melhor cara de surpresa fingida.

Mas como esse moleque era cínico!

Dei um beliscão bem nas costelas dele, ele protestou mantendo o sorriso divertido no rosto.

- Vai se ferrar Cullen! – me levantei e volteia a ajudar a Esme e Alice.

Edward recusou a ir conosco na loja de lingeries. Bateu o pé mesmo, ate inventou que tinha que ir pra faculdade pegar algum trabalho. Alice desistiu dele com facilidade, mas eu podia ver que Esme queria-nos todos juntos, por isso lutei um pouco para que ele ficasse, mas ele foi irredutível e dessa vez eu não tirei a razão dele, seria muito estranho ele nos ajudando a escolher para a sua mãe roupas intimas para ela usar na reconciliação com o pai.

Depois de comprarmos muito, fomos ao salão de beleza. Unhas, cabelos, sobrancelha, limpeza de pele, corte e maquiagem.

Esme estava muito linda, praticamente irreconhecível. De quarenta anos e passou a ter trinta em menos de oito horas.

Alice terminou de guardar as sacolas de compras no porta malas. Eu olhava estressada para o relógio. James tinha de estar ali há dez minutos atrás.

- E ai? – perguntou Alice – Ele atendeu?

Apenas neguei com a cabeça e guardei o celular.

- Me desculpem pelo atraso senhoritas! – nos viramos e eu fiquei besta ao ver James naquele terno giz. Ele estava espetacularmente gato. Até Alice abriu a boca de admiração. – O transito não ajudou muito!

Se virou para Esme.

- A senhorita de deve ser Esme Masen? – ele pegou uma das mãos de Esme e beijou sedutoramente. – Você está esplendidamente linda!

A senhora Cullen estava surpresa, acredito que ela não esperava que James seria tão charmoso. Acho que seu espanto também foi por ele chamá-la de senhorita e utilizar seu sobrenome de solteira.

- Pronta para o nosso jantar? Tenho certeza que será uma noite muito agradável.

Esme mal conseguia falar. Assentiu e nos olhou assustada.

- Tenham um ótimo jantar, se conheçam e depois mãos á obra! – ele disse fazendo positivo para eles.

James abriu a porta de uma BMW vermelha colocando Esme no banco do passageiro e então deu volta e nos lançou uma piscadinha antes de entrar no carro e desaparecer.

Ele realmente sabia como fazer seu trabalho. A propaganda do jornal não havia sido enganosa.

Sim eu tinha visto o nome de James nos classificados, ele estava escrito “Namorado de Aluguel, perfeito para reconquistar seu amor”. Não resisti né? Passei dois dias procurando por ele e verificando a sua rotina.

- To besta! – disse Alice ainda abobada.

- Besta com o que? – me virei procurando quem havia dito aquilo.

Edward nos olhava chateado.

- Vamos comer por favor? – pedi dando um sorrisinho amarelo, não queria lidar com o ciúmes de Edward agora.

-Vamos! – disse Alice já caminhando novamente para a entrada do shopping.

Mas mal entramos Alice resolveu entrar em uma loja de acessórias em busca de óculos de sol cor de rosa que estava exposto. Ficamos eu e Edward ali na porta. Olhei em volta entediada até que meus olhos avistaram alguém conhecida que provavelmente estava a minha procura.

Claire.

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Notas finais do capítulo

Oh Jezuis eu sei que é a segunda vez que eu termino o capitulo nesse ponto. kkkkkkkkkkkkkkkkk.. Nao me matem por favor! Guardem as navalhas! kkkkkkkkkkkkkkkkkk...
O proximo capitulo vai ser meio drama e tals, mas é importante e decisivo. :)
Vcs perceberam que foi três capitulos em quatro dias
Tô aproveitando pq semana que vem acho que nem em internet eu entro, vai ser bemmm corrido a facul :S
por isso sejam bonzinhos e me surpreendam com muitos comentes e novas recomendações para que eu volte com mais uma maratona de capitulos! :)
xoxo :*