Estúpido Cupido - Finalizada escrita por Luhluzinha


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Ainnnnnnnnnnnnnn to tão emocionada com as recomendações! Carol_hc e Edi_S2 muito obrigada minhas flores! Muito obrigada mesmo! Fiquei tãoooooooooooo feliz que a inspiração rolou solta! O capitulo ficou ENORME! aouehaouehaouehoa...
Espero que esteja com nexo e do jeito que vcs gostem! ;)



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CAPÍTULO QUATRO

Eu e Seu Christopher nos encarávamos. Eu me recusava a falar com ele.

- Vamos Bella. Voce conseguiu que Edward desse uma segunda chance a Claire Sullivan. Todos nós estamos surpresos com seu sucesso!

Desviei o olhar. Comecei a cutucar o cantinho da minha unha. Seu Christopher não tinha idéia de como eu meu arrependia daquilo.

- Bella! As coisas estão mais fáceis agora. Tenho certeza que não quer desistir.

Ah eu queria. Queria sim. Queria voltar no tempo e não me esforçar tanto para conseguir. Edward ainda amava Claire e isso era tremendamente ridículo. Sério; eu o preferia odiando a Sullivan.

Eu na verdade queria saber se o efeito daquela maldita flecha iria durar para sempre.

O telefone do meu quarto tocou, era a recepcionista avisando que Alice Cullen estava ali.

- Esta vendo Bella? Você pode continuar com seus planos não muito convencionais, admito, mas funcionam! Acredito que vai conseguir!

Olhei entediada para meu superintendente ate Alice bater na porta e ele desaparecer.

- Claire, vim o mais rápido que pude – ela entrou apressada no quarto – Ué pra que as malas? Você vai embora?

Ela me olhou espantada.

- Sim Alice!

Caminhei até a bagagem e voltei a colocar distraidamente as coisas dentro.

- Mas e... E o plano que você tinha! Eu estava contando com você!

Fechei os olhos. Eu tinha que dizer tchau, adeus, good bye, adiós, hasta la vista... Eu não podia continuar com isso. Não podia.

Eu não podia olhar Edward Cullen novamente e ver o quanto ele ainda amava aquela vaca.

E não vou me desculpar pela ofensa.

Claire Sullivan era uma vaca de primeira.

- Alice...

Ela me interrompeu.

- Naquele blackout de ontem você me fez acreditar que tinha um plano. Que poderia trazer meu pai de volta! Claire! Não acredito poderia estar mentindo!

Porque ela tinha que ficar me olhando que nem cachorro que caiu do caminhão de mudança?

- Ok eu ajudo! – disse vencida a puxando pela mão e sentando na cama - É muito mirabolante! Mas acredito que pode dar certo!

- O que vamos fazer? – ela disse empolgada e me empolgando também.

Sorri maquiavélica.

*~*

Estávamos em frente a Corpus Academia. Eu matinha meus óculos escuros no rosto e Alice ajeitava o seu lenço na cabeça.

- Ele esta vindo! – disse num sussurro e puxou quem queríamos.

- Ai! – disse Edward ao se chocar contra a parede do beco – O que? O que é isso?

Ele estava confuso. Mas sua expressão de espanto foi a melhor possível depois que nos reconheceu.

- Pra que isso? Quando voce me ligou Alice não pensei que Claire estava envolvida!

Não nego. Ontem tinha sido intenso demais para que naquele momento eu me sentisse bem. Era obvio que ele ainda estava arredio comigo, afinal de contas ele tinha confessado que ainda amava aquela vaca, e eu podia ver que a lembrança de tudo o que dissemos um para o outro durante o blackout, fervilhava em nossas mentes e nossos corpos eram acometidos por um turbilhão de sensações estranhas.

Pelo menos era o que eu sentia. Não sabia muito bem como me comportar diante dele. Eu estava acostumada com as farpas e agora? Eu não poderia me acostumas com trocas de afetos. Isso era inadmissível. Um humano e um anjo se envolvendo era de certa forma repugnante.

MAS QUE MERDA EU ESTAVA PENSANDO?

Eu e Edward não corríamos esse risco, afinal de contas, eu não sentia absolutamente nada por ele.

- Calma temos um plano. O disfarce é só para dar emoção! – Alice deu uma risadinha. – Precisamos do seu apoio para algo muito arriscado.

- Lá vem bomba! Eu sabia! Alice não vá muito pelas idéias da Claire ela não bate muito bem!

Olhei pra ele irritada.

- Qual é Edward dá um voto de confiança!

Fiz a mesma cara que Alice tinha feito pra mim no hotel.

- Ah Alice que droga! Não acredito que você ensinou essa expressão de cachorro abandonado pra Claire! – Alice fazia a mesma expressão no momento – Parem! As duas! Agora! Parem! – ele disse desesperado. – Tá certo eu ajudo! – ele disse se rendendo.

Aquilo funcionava mesmo! Edward estava até ofegante.

- Qual é o plano? – ele perguntou apreensivo. Sorrimos travessas.

***

Aquilo já estava ficando chato. Edward sentado em uma caixa de madeira ria ao ponto de passar mal.

Eu e Alice nos entreolhamos e voltamos a por nosso disfarce. Pelo visto eles eram úteis, não podíamos ser reconhecidas com esse retardado.

- Não, vocês duas são absurdas! – ele disse respirando – O que levou vocês acreditarem que eu compactuaria com isso? É a coisa mais ridícula e escrota que eu já ouvi!

- Aé? Dê uma idéia melhor! – disse Alice cruzando os braços.

- Primeiro, eu acredito que minha mãe é mulher o suficiente para tocar em frente e encontrar um novo amor. Não precisamos pagar um namorado de aluguel pra isso!

Ele foi se levantando para ir embora.

- Mas é esta a questão Edward! Sua mãe não pode tocar em frente! – eu disse o obvio.

- Mas eu acredito que ela deveria. Ficar sofrendo e esperando por uma pessoa que não se importa é uma das piores coisas.

Alguém mais aí sentiu a direta do Cullen pra cima de mim?

- Edward seu pai ainda ama a sua mãe! Ele só precisa de um choque abrupto de realidade. São vinte anos de casamento e não vinte dias!

Ele me fitou irônico.

- Ok! Eu sei que você não concorda com o fato de ter que pagar um cara pra sair com a sua mãe. Isso pode dar a conotação errada de que ela não é capaz de conquistar outro alguém, mas o fato é que já tem muitos sentimentos envolvidos. Envolver mais uma pessoa afetivamente; seria o maior erro que poderíamos cometer!

Ele olhou para Alice que quicava de ansiedade do meu lado. Ele sabia que eu estava certa. De alguma forma eu estava.

- E então? Estamos todos de acordo?

Edward cedeu relutante e Alice já estava de acordo mesmo antes do saber o que era.

Voltamos para a entrada do beco. Era claro que eu já tinha planejado tudo e era por isso que estávamos em frente a academia. Pessoas lindas, morenas e saradas entravam e saiam dali toda hora. Mas tinha apenas um que me interessava: James Blunt.

Hoje eu não estava com muito humor, porque as coisas estavam ficando sérias. Pela primeira vez desde que eu tinha me tornado humana meu plano estava entrando em ação. Eu estava apreensiva com isso. Poderia dar certo e poderia dar errado. E eu não sabia o que queria. E certo e errado na minha concepção já tinham se fundido há muito.

O loiro, alto, eclético, sorridente e portador de seus 35 anos de idade; passou por nós e eu o agarrei sem dó e nem piedade. O arrastei para o fundo o beco o deixando sem reação.

Ele me olhava aturdido.

- Nossa princesa, tem James pra todas!

Tirei os meus os óculos e sorri sacana.

- Tem mesmo?

Edward e Alice apareceram ao meu lado. Ele deu uma risadinha e coçou a cabeça.

- Sim, para todas. Mantenho a minha sexualidade hetero.

- Por um acaso esse cara pra pedindo pra morrer? – disse Edward transtornado avançando para cima de James.

- Eiii! – disse irritada eles não iriam estragar meu plano – Não tem James pra todas não!  Eu quero te contratar pra ser exclusivo!

- Ser for pra ser exclusividade sua eu aceito! – ele veio se inclinando pra cima me mim e me segurou pela cintura.

Dei um empurrão na pessoa a colocando no lugar dela.

Abusadinho heinnn???

- Acho que temos que conversar melhor. Voce tem que ter mais discrição querido!

 Fiz uma cara de nojo, ele me encarava como se pudesse despir com os olhos.

- Acho que seu plano é um fiasco! To fora! – disse Edward saindo do beco.

Fiz um sinal pra Alice ficar de olho no nosso namorado de aluguel e fui atrás de Edward.

- Cullen eu acho que você deu a sua palavra, ou agora ela não vale mais nada?

Ele se virou chateado.

- Eu não quero esse cara com a minha mãe!

- Eu prometo que ele não vai tocar num fio de cabelo dela!

- Claire é minha mãe, mesmo sabendo que será tudo de mentira, é impensável!

Ciúmes. Edward tinha ciúmes da mãe. Eu na situação dele também teria.

- Vamos, me de essa chance de mostrar que eu posso ajudar. Edward, por favor. – segurei sua mão e no mesmo instante pude sentir uma corrente elétrica percorrer meu corpo. Soltei sua mão imediatamente.

Aquilo tinha sido sinistro.

Ele assentiu e eu sorri agradecida. Agora eu tinha de domar o tal James. Ensiná-lo algumas regras de etiqueta e explicar a ele exatamente o que eu pretendia.

James seria um empresário canadense que estava de passagem pela cidade. Um homem dos sonhos. Educado, gentil, extrovertido, carinhoso e romântico. E seria essa cara que faria Carlisle se arrepender de ter ido embora de casa.

De acordo fechado eu James trocamos numero de telefone. Ele tinha gostado de negociar comigo, afinal de contas a grana que ele iria ganhar não era pouca.

- Com que dinheiro você pretende pagar o namorado de aluguel? – Edward me perguntou depois de se certificar que James não estava mais a vista.

Alice me olhou também como se ainda não tivesse pensado naquilo.

- Eu tenho uma idéia! Mas por enquanto ela será reservada apenas a mim.

Entramos no volvo de Edward e eu fiquei tonta no mesmo instante. O cheiro dele ali era tão forte tão intenso que eu perdi os sentidos por um instante. Era como se eu pudesse ficar ali pra sempre. Como se fosse esse oxigênio por qual eu estive procurando por toda a minha vida.

- Claire voce esta bem? – perguntou Alice e Edward me olhou preocupado.

Ri como se fosse a única coisa que me restasse a fazer. Eu não sabia o que estava acontecendo. Eu corpo se arrepiava só estar perto do Cullen e meu estomago parecia dar cambalhotas dentro de mim todas as vezes que eu pensava em seu nome ou ouvia.

- Temos que ir para o hospital onde seu pai trabalha! – disse não respondendo a pergunta.

Ta certo. Tinha algo errado. Mas e daí? Sempre tinha alguma coisa errada com a minha pessoa, eu nem estava me importando com meu bem/mau estar ao entrar no carro do Cullen.

Alice me encarou bestificada quando entendeu o que eu pretendia.

- Não! Você não vai fazer isso!

- Vou sim!

Edward que também tinha sacado o que eu queria parou do meu lado.

- Certo e como você pretende fazer isso?

- Claire isso é errado! – protestou Alice enjoada.

- Alice, presta atenção! A sua mãe passou os últimos dois messes praticamente trancada dentro de casa chorando e se empanturrando de doces! Alguma coisa em seu pai tem que começar a doer, nem que seja o bolso!

- Eu concordo com ela! – disse Edward me surpreendendo.

Sorri e atravessei a rua entrando no hospital. Não perdi meu precioso tempo com a recepcionista de boca alienígena. Disfarçadamente entrei no elevador e fui parar do décimo oitavo andar.

Perecia que meu tio estava de saída, porque dei de cara com ele quando sai do elevador.

- Claire? Que surpresa!

Ele disse isso realmente... surpreso. Ok isso foi idiota!

- Tio o senhor tem um minutinho?

Ele afirmou e voltou tranquilamente para o seu escritório. Eu o segui meio apreensiva. Minha boca estava seca. E não era sede. Era medo.

Eu iria mentir.

Certo que tudo isso parecia uma mentira, mas ela iria desaparecer logo quando eu terminasse a minha missão. Seria como se eu nuca tivesse existido.

- Tio – comecei, mas logo parei. Eu estava ficando tonta. Respirei fundo e comecei novamente – Tio, eu me sinto constrangida em pedir algo assim para o senhor, mas eu fiz o desfavor de travar meu cartão do banco e não tenho como sacar o dinheiro que a minha mãe me mandou. O problema na verdade nem é esse, mas sim o fato de que se eu não pagar o hotel no qual estou hospedada eu serei expulsa.

Falei tudo de uma vez sem mesmo respirar direito e ainda olhando para as minhas mãos entrelaçadas em meu colo.

- Claire? – levantei meus olhos fitando meu tio que tinha um sorriso bobo no rosto – Desde quando você se sente constrangida em me pedir dinheiro?

Abri a minha boca, mas dela não saiu nada.

Que espécie de ser humano era essa Claire Sullivan? Eu sabia que ela era cruel, incapaz de amar, fútil e ridícula. Agora ela também extorquia dinheiro do tio?  Eu estava bestificada!

- Fique tranqüila – ele disse se levantando – Faz tempo que eu não te dou uma boa mesada!

Fiquei olhando Carlisle desaparecer por uma porta e então voltar com um bolo de dinheiro três vezes maior que ele tinha entregado a Edward no dia em que estive aqui.

- Acho que isso dá!

Ele acha??? Lord! Lord! LORD!

Ele colocou o maço de dinheiro na minha frente e então abriu sua carteira.

- Toma esse cartão de crédito desbloqueado para você fazer umas comprinhas! Sei que Alice anda muito solitária então eu gostaria que vocês fossem ao shopping!

Eu andava mais rápido do que as minhas pernas permitiam. Segurava a minha pequena bolsa estufada como se ela fosse a minha própria vida. Atravessei a rua e entrei no carro.

Nem falo nada sobre o perfume de Edward porque eu simplesmente não estava nem conseguindo respirar.

- Por favor, não me diga que seu pai tem algum cassino, ou ele é agiota ou, pior, mexe com drogas?

Me virei apavorada para Alice e Edward que me fitavam sem entender meu desespero. Abri a bolsa mostrando a quantidade de dinheiro absurda e o cartão Platinum.

Alice soltou um gritinho e arrancou o cartão de credito da minha mão.

- Que mentira deslavada você contou a ele para que tanto dinheiro fosse parar em sua mão? – Edward estava incrédulo.

- Só que eu precisava pagar o hotel, mas meu cartão estava bloqueado!

Ele me olhou como se não acreditasse nas minhas palavras.

Ótimo! Quem disse que eu precisava que ele acreditasse em mim?

Eu tinha mais coisas pra me preocupar. Um exemplo?

Convencer Esme Cullen de que eu não estava louca.

*Apoio de Edward e Alice?

Certo!

*Namorado de aluguel?

Certo!

*Dinheiro?

Certo!

*Tia Esme?

Tia Esme? Tia Esme? TIA ESME???

Tia Esme fazia o discurso sobre moral e ética.

Eu Alice e Edward estávamos sentados no sofá e a nossa frente estava ela transtornada com a minha idéia.

Confesso que eu só acompanhava a boca dela abrindo e fechando rapidamente, afinal eu tinha colocado a minha audição no mudo. Não queria ouvir o blá, blá, blá...

Ela gesticulava e articula as palavras como um general NSA cuja sua função era preservar a moral e os bons costumes assim protegendo o seu país.

Fitei ela entediada... eu poderia dormir se não fosse os constantes cutucões do Cullen me mantendo acordada.

- Eu sinceramente jamais esperei uma atitude dessas vindo de vocês! Estou chocada!

Ela se sentou se abanando com uma almofada. Pronto ela tinha terminado agora era a minha vez de discursar.

Me levantei com toda a pomposidade de um anjo cupido e me sentei na mesinha de centro que estava na sua frente.

- Tia Esme, me escute ok? – ela arqueou uma sobrancelha – Você se lembra quando conheceu tio Carls? Se lembra das palavras que ele te disse? De como foi viver esses anos ao lado dele?

Ela pareceu voltar no tempo por alguns segundos, seus olhos se encheram de lagrimas, mas ela engoliu o choro.

- Você realmente vai abrir mãos desse amor sem lutar? – sorri ao ver que eu tinha toda a sua atenção – Não pode ter sido mentira esses vinte anos ele dizendo que te amava. Um amor desse não se acaba da noite pro dia, um amor desses é para todo sempre, e às vezes para termos a eternidade dessa paixão temos que lutar por ela. Chorar e se trancar em um quarto não é uma posição de luta, e uma atitude de uma pessoa que se conformou em perder o mais tem de precioso na vida; o amor.

- Não posso dizer que eu conheça muito sobre isso. – continuei encabulada pelo pensamento confuso que de repente passou por minha cabeça de miolo de pote – Mas só ver nessas fotografias espalhadas pela casa, eu enxergo o quando esse sentimento é verdadeiro. Amar é muito mais que eu imaginava, amar é se doar por inteiro até que não sobre mais nada que você possa dizer que é só seu. Você e Carlisle são uma ó carne. São abençoados pelo dom de amar, por uma família linda. Não desista sem lutar!

Eu não me reconhecia naquele instante. Tudo o que eu pensava sobre o amor se dissipou.

Amar não era mais um castigo, era um dom.

Ta certo que isso vindo de mim era pra despencar a mandíbula no chão. Nada a ver com o que eu sempre pensei e dizia.

Afinal; o que era o amor?

Pra mim ele não era mais uma droga.

E eu agora não tinha mais uma definição para o amor.

E isso me incomodou. Senti uma vontade absurda de dar pause no tempo e dar uns gritos no seu Christopher pra ele me explicar direitinho o que estava acontecendo com a minha pessoa.

- Claire... – ela disse emocionada enxugando algumas lagrimas – Isso vindo de você é tão estranho!

Ela riu fungando um pouco por causa do choro.

- Eu sei... – disse sorrindo um pouco confusa – Não me reconheço mais!

Levei aquelas palavras como se fosse realmente para mim, a Bella, já não queria mais saber de como era o caráter de Claire Sullivan.

Ela se levantou e eu me levantei junto. Olhei para Alice e ela se desmanchava em lágrimas e Edward estava um pouco absorto em pensamentos.

- Certo! – disse Esme – Vamos lutar!

Alice saltou do sofá e abraçou forte a sua mãe.

Confesso que me emocionei com aquele momento. Edward se aproximou abraçando as duas.

Eram uma família.

E eu então vi outro pensamento confuso passando pela a minha cabeça.

O primeiro tinha sido: Como seria a sensação de amar uma pessoa.

O segundo: Como seria ter uma família.

Chacoalhei a cabeça espanando os pensamentos terrenos.

Pelo o que eu sabia era que meu plano por enquanto estava seguindo em vento e polpa. Se continuasse assim eu iria voltar a ter logo meus poderes, minhas asas, meu arco e flecha e ser um cupido de respeito, porque outra missão dessas, eu não queria nem se fosse pra salvar novamente a minha profissão de estúpido cupido.

Esme esticou o braço me convidando para o abraço em conjunto. Me senti como uma intrusa, eu não podia fazer parte aquele momento.

- Vem Claire, afinal de contas essa idéia de girico foi sua!

Sorri vencida e entrei no meio daquele abraço.

E agora quer saber como estava a minha lista para o plano?

Completinha!!!

Nos separamos do abraço conjunto e uma animação e empolgação dominou a sala de uma forma contagiante. Alice planejava complementado o meu plano, Esme ouvia e se inspirou a fazer um bolo.

E eu?

Eu estava presa sob o olhar de Edward Cullen. Ele estava orgulhoso? Impressionado? Satisfeito? Admirado?

- Você pode ser qualquer outra pessoa – sussurrou enquanto sua mãe e irmã partiam animadas pra a cozinha – Exceto a Claire.

- Como? – questionei confusa e temerosa de que o meu segredo não fosse mais segredo.

- Você não é a Claire! – ele disse com uma certeza que eu não sabia de onde vinha – Pelo menos não a mesma Claire de alguns anos atrás! Eu estava errado, você realmente mudou, tem certas coisas que o tempo concerta!

Ele sorriu, colocou uma das mãos no meu ombro e me conduziu para a cozinha.

Sériooooooooooo... eu JURO que não estava entendendo mais nada! Eu não me entendia, não entendia o Cullen, não entendia a Claire, não entendia o que acontecia... eu estava perdida.

Eu tinha uma incumbência quando sai da casa dos Cullen. Era fazer as minhas malas e voltar para a casa deles.

Ordem de Esme Cullen e quem era eu para bater de frente né???

Se bem que eu deveria, ele poderiam me ouvir dando chiliques e pensassem que enfim eu tinha enlouquecido.

Entrei no quarto e lá estava meu superintendente todo orgulho e com um sorriso no rosto.

- Ok! Não precisa dizer! Eu sei que eu surpreendi! – me joguei na cama exausta.

Sabe aquela coisa que eu disse que nunca iria comer mais bolo na vida? Entao... eu comi o bolo da Esme como se eu não visse comida há dias.

Um conselho? Nunca diga Nunca!

Ahh isso me lembrou uma musiquinha de um tal Justin Biba.. OOOPS!!! Bieber. Justen Bieber se eu não me engano!

Me levantei ignorando meu superintende e ligando no canal de musica a procura de “Never say Never”.

Me virei para meu superintende como seu eu tivesse ganhado um premio Nobel e comecei a cantar.

Veja,

eu nunca pensei que eu poderia andar através do fogo.

Eu nunca pensei que eu poderia aguentar a queimadura

Eu nunca tive a força para ir mais longe

Até chegar a um ponto sem retorno

E não se pode voltar atrás

Quando o seu coração está sob ataque

Vou dar tudo o que tenho

É o meu destino

Eu nunca vou dizer nunca.....

Comecei a pular em cima da cama.

Eu tinha conseguido.

EU, BELLA, O CUPIDO MAIS ESTÚPIDO DE TODOS OS TEMPOS, TINHA CONSEGUIDO!!!

Tá que era só a primeira parte do plano, mas e daí???

- EU CONSEGUIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! – gritei pulando uma ultima vez e deixando meu corpo se chocar na cama.

Me virei para Seu Christopher e ele me encarava chocado.

- Ah qual é seu Christopher! Vai me dizer que nunca pensou que eu pudesse chegar tão longe?

- Bella – ele disse piscando atordoado – Ao contrario do que você pensa, ninguém nunca torceu contra, mas sim ao seu favor! Em que mundo você vive criatura? Não nos alegra o fracasso dos nossos semelhantes, mas sim seu sucesso!

Sorri. Eu sabia disso, era claro que eu sabia, no fundinho eu sempre soube!

- Bella, estamos orgulhosos.

- Eu sei! – disse convencida me sentando na cama – Mas há uma coisa que eu não sei e que gostaria muito de saber.- ele me olhou divertido como se ele soubesse o que eu queria saber...

MAS ERA CLARO QUE ELE SABIA, ELE AINDA TINHA SEUS PODERES! DÃ!

- O que esta acontecendo comigo? Ta tudo tão confuso, estranho, sem nexo... Eu não estou me reconhecendo, certos conceitos mudaram e alguns pensamentos perigosos e terrenos rondam a minha mente!

Ele gargalhou.

- Ah querida Bella, eu não posso te responder isso! O compreender destes fatos é que levará sua missão ao êxito! – fiz uma careta não muito agradável – Parabéns! Continue assim!

E... Puft!

Ele desapareceu.

- VELEU AI!!! – gritei irritada – Sua visita foi de ótima serventia!

Deitei emburrada. Tinha algo MUITO errado comigo e eu precisava descobrir o que era.

Mas primeiro eu ria dançar. Dançar tinha se tornado uma obsessão. Eu tinha de comemorar o meu plano.

Eu sei que não estão entendo muito dele.

Mas o negócio era o seguinte, manolo.

Esme iria reconquistar o marido. Isso incluía uma repaginada no visual, um namorado de aluguel e um pouquinho de amor próprio.

Haha...Olha o amor ai de novo.

Comecei a terminar de fazer as minhas malas, eu tinha que mudar ainda naquele dia para o quarto de visitas da casa dos Cullen.

Sim as minhas malas que eu estava fazendo para desistir da minha missão hoje de manhã estavam se mostrando úteis agora, já que estava quase tudo prontinho!

Pois é povão. Deus escreve certo por linhas certas, é o homem que não sabe interpretar!

Fica dica do dia pra vocês!

Meu celular tocou e eu atendi.

- Desembucha!

- Credo isso é jeito de se atender um telefone?

- Prossiga Alice... – disse entediada, a baixinha era cheia de manias.

- Estou indo ai te ajudar com as malas! Deixa liberada a minha entrada no saguão não estou a fim de ficar esperando o carinha da recepção interfonar!

Nem um pouco exigente esse projeto de gente não?

- Tá! Sua abusada!

- Tchau!

Ela não deixou eu dar “tchau” e desligou na minha face!

Nem ligo! Não queria dar “tchau” mesmo!

O telefone tocou novamente.

- Diga! – atendi agora mais civilizadamente.

- Eu poderia saber quem você é? Porque se eu sou a Claire, a original. Pode me dizer como é que você esta se passando por mim?

Olhei para meu reflexo assombrado no espelho.

Acho que agora fu...

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Notas finais do capítulo

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...
grita mais um pouco ai por mim!
Genteee nem quero imaginar o que vai rolar nos próximos capitulos! kkkkkkkkkkkkkkkkkk..
E ai curtiram? Acharam algum erro de portuga? E agora essa Claire, a original, o que ela vai aprontar?
OMG!!!
kkkkkkkkkkkkkkk... vamos chuchus, estou curiosa pra saber o que vcs acharam.
Comentem e recomendem mais um pouquinhooooo! *-*
Vai que amanhã acaba tendo outro capitulo... nunca se sabe né??? :P
xoxo:*