Estúpido Cupido - Finalizada escrita por Luhluzinha


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Chuchuussssssssss eu me atrasei!
Sim eu sei disso e peço desculpas! Minhas provas da facul começam amanhã e eu estava(ESTOU) ficando maluca com a quantidade absurda de conteúdo; e sem falar que terça feira estarei me mudando de casa então eu e as meninas que moram comigo (sim eu sou universitária e moro "sozinha") Estamos aqui quase surtando por causa das provas e da mudança! :S
Agradeço do fundinho do meu heart as recomeçadões feitas pela Pati_Cullen e a Mari_nutri.
Meininasss muitíssimo obrigada viu? *-*
Os reviews não vai dar pra responder, mas quando der eu repondo ok?
O Epilogo não tem data certa pra sair; sinto muito por isso; vcs vão ter que esperar! :S
Então tá; chegaaaa de papo furado e vamos direto para o ultimo capitulo de Estúpido Cupido...
APROVEITEMMMMMM!!!



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CAPÍTULO DEZ

Dois meses depois...

Segurei firme o arco e flecha e mirei. Lá estava o meu alvo; prontinho para se acertado em cheio.

Contei até três e lancei a flecha do amor. Ela explodiu na jovem morena como se fosse fogos de artifício. Lentamente a garota levantou os olhos encontrando o olhar do rapaz que já a fitava.

Amor a primeira vista. Era os mais lindos de se ver.

- Uau! Voce é boa! – Exclamou a minha aprendiz.

Nessie era um jovem cupido que estava infelizmente na minha responsabilidade.

Friso bem o infelizmente. Porque ela conseguia a proeza de ser pior do que eu era. E eu que jurava que era a pior de todos os tempos!

Pelo menos era uma coisa boa. Eu não era a única ferrada!

Ta pensando o que? Ë muito bom saber que tu não é a única que está no fiofó do urubu!

- É você também pode ser – disse abaixando a flecha – é só se esforçar! Eu nem sempre consegui acertar meus alvos.

Era interessante como a minha vida me passando por Claire parecia tão distante.

Eu sabia que o tempo no céu era diferente do tempo na terra. Ali as coisas passavam mais rápidas; deixando você distante dos acontecimentos terrenos.

Olhei em volta do Central Parque. Tinha muitas pessoas ali com suas famílias, amigos e bichinhos de estimação. Era outono e a as folhas alaranjadas do alto das arvores caiam fazendo a relva ser coberta em certa parte por um lindo tapete de folhas.

- Agora é a sua vez Nessie, temos que acertar aquele rapaz! – apontei para o loiro de olhos claros.

- Oh Bella não sei se sou capaz! – ela tinha os olhos arregalados.

- Todos nós somos capazes, vai por mim, você não sabe um terço da minha historia!

Sorri legalzinha pra ela tentando passar confiança. Quando a criaturinha pegou o arco, senti meu estomago gelar, eu tinha uma sensação que aquilo não daria certo, mas como eu já tinha aprendido muito bem que errando é que se aprende, segurei a vontade de tomar o arco da mão dela.

Ela mirou.

Podia ver suas mãos tremendo.

Eu respirei fundo.

Ela fechou os olhos e atirou.

A flecha bateu na placa de sinalização, ricocheteou na arvore, bateu em um copo que estava em uma mesa de piquenique, foi em direção a uma adolescente que em cima da hora se abaixou para amarrar o tênis, então ela bateu em um poste de luz e acertou um pobre cachorro bem no traseiro.

Eu não conseguia nem piscar tamanho era o meu pavor.

PRA QUE FECHAR OS OLHOS? ELA NÃO TINHA QUE VER PARA ONDE ESTAVA ATIRANDO?

O cachorro arregalou os olhos começou a correr atrás do rabo parecendo um louco. Entao levantou a cabeça e meio que ergueu as orelhas.

Me olhou como se pudesse me ver e então começou a correr em minha direção. Ele ainda meio filhote todo estabanado e foi passando por cima de tudo.

- Bella me desculpe! – implorava Nessie ao meu lado.

O cachorro passou entre a gente e parou de frente a um Poodle branquinho e com lacinhos na orelha. Nos viramos para aquela cena.

O cachorro estava apaixonado pela cachorrinha branca.

- Sansão!

Naquele momento eu senti meu mundo parar de girar. Era como se respirar fosse um erro incalculável. Eu conheceria aquela voz mesmo se milênios se passassem.

Ele passou por mim como se eu não estivesse ali.

E eu realmente não estava. Pelo menos para os humanos, eu não estava ali e sequer existia.

Logo na primeira semana que voltei para o céu, algo dentro de mim se encontrava destruído. Algo o que eu não sabia dizer, mas que doía imensamente. Tentei entender o que se passava, mas desisti quando a dor se esvaeceu.

Só que nesse instante eu percebia que a dor não tinha ido embora como eu imaginava, mas que simplesmente eu tinha me acostumado com a sua constante presença.

A sua presença era a ausência de algo.

Eu acreditava que havia me desapegado de tudo o que era humano em mim. Pelo menos até aquele momento.

Doía saber que eu não existia para Edward enquanto ele para mim viveria para sempre nas minhas memórias.

- Bella você esta bem? – Nessie me chacoalhou.

Olhei para ela em um breve momento e sem entender minha reação comecei a caminhar em direção a Edward Cullen.

- Sansão! – ele chamou novamente o cachorro.

- Dalila! – gritou uma jovem garota. Ela era loira, tinha os olhos âmbar e um corpo escultural.

Edward tentou afastar seu cachorro de perto da cadela que parecia gostar da presença de seu animal.

- Tira esse monstro de perto da minha cachorrinha! – bradou a jovem.

- Monstro? – Edward parecia confuso e meio irritado – Não seja fútil! – ele disse desdenhoso – Até parece que a sua cachorrinha é feita de algum material caro e intocável!

- Poder não ser feita de um material caro, mas ela é pequena demais para ele! – rebateu a loira pegando a poodle no colo.

Nessie deu uma risadinha.

- Pelo menos eu juntei o Sansão e a Dalila do século XXI, e não um Romeu e Julieta que sempre no final terminha em morte!

Olhei brava para ela.

- Sansão e Dalila também terminam em morte. Sansão fica cego, é torturado, humilhado e ainda morre levanto todos pra cova com ele, incluindo Dalila!

Nessie engoliu seco. Eu podia ser péssima, mas nunca tinha feito um cachorro se apaixonar e nem me metido em histórias épicas. Voltei a minha atenção para a cena que se desenrolava a minha frente.

- Oh porque não deixa a natureza decidir isso? – ele perguntou sarcástico e então a sua expressão mudou para surpresa e curiosidade. – Espere, eu conheço você!

Ele a analisou de cima a baixo. Ela fazia o tipo de garotas que Edward gostava. A loira era realmente linda, não tinha o que contestar.

 Vê-lo admirando-a com tamanha curiosidade, fez meu canal lacrimal se ativar.

Mas eu não iria chorar, não tinha por que.

Ele teria que continuar a sua vida de qualquer maneira.

- Ora, essa cantada é velha! Tenha dó! – ela rolou os olhos.

- Não é serio! – ele disse segurando com mais força a coleira do animal que insistia ir pra cima da cachorrinha – Você esteve no churrasco de calouros da universidade. Voce é Rosalie não é?

Edward parecia certo porque a expressão da suposta Rosalie mudou.

- Sim! – murmurou baixo – Sim eu sou.

- Que mundo pequeno! – ele exclamou admirado – Conheço uma pessoa que daria a vida pelo seu numero de telefone! – ele disse instintivo; Rosálie corou.

- E quem seria? – ela perguntou, mas algo me dizia que ela já sabia quem era.

- Não preciso dizer, você sabe quem é!

Era claro que ela sabia, eu sabia até o Bin Laden sabia.

Ele queria o telefone dela.

Apontei meu arco e flecha para Edward e Rosalie, eles eram um belo casal.

- Acredito que não gostaria de sofrer por impulsividade!

Seu Christopher estava nesse instante ao meu lado e lentamente retirou o arco de minha mão.

- Bella nem tudo o que parece ser realmente é!

Olhei para ele de canto. Ele nunca aprenderia ser menos intrometido?

- Eddie! 

Alice apareceu acompanhada de nada mais nada menos do que Claire.

Eu não sabia o que havia acontecido com os Cullen. Eu havia escolhido permanecer longe e ignorante quando as atualizações dos novos acontecimentos. Era uma forma que não sentir falta do que eu estava morrendo sem.

- Alie! Claire! – ele disse saudando as meninas – Se lembram de Rosalie?

As duas sorriram em acordo.

- Como poderia me esquecer? – disse Alice com um sorriso comprometedor.

- Existe uma pessoa que não nos deixa esquecer nunca! – completou Claire medindo Rosalie e dando um olhar cúmplice a Edward.

- Com toda a certeza! – disse Edward prendendo o riso. A loira corou mais uma vez.

Respirei fundo de dei as costas.

O que eu fazia? Não tinha direito nenhum sobre Edward, não tinha motivos por me chatear com o fato de Alice e Claire apoiarem a nova paixonite dele.

Que Edward Cullen explodisse junto de todas as loiras peitudas e fúteis do universo!

Eu não me importaria mesmo!

Comecei a caminhar para longe em direção as mesas de piquenique, minha respiração estava pesada. Eu estava prestes a gritar e chutar tudo a minha frente e chorar até me acabar.

- O divórcio me pareceu bom! – olhei rapidamente para a mesa ao meu lado.

Esme.

Esme teria se separado de Carlisle? Mas...

COMO ASSIM? EU TERIA PASSADO POR TODA AQUELA PORCARIA PARA ELES TERMINAREM EM DIVÓRCIO?

- Digo no seu caso! – ela completou para a mulher ao seu lado – Edgar teve chances de se retratar varias vezes, mas não o fez. Eu sou completamente contra o divorcio, acredito que o matrimonio é para ser para todo o sempre, mas quando não existe mais respeito e nenhuma atitude de que se queira uma mudança, sei que não existe solução!

Ela dizia isso amavelmente para a mulher.

Suspirei aliviada. Menos mal. Ela que não fosse louca de fazer uma coisa dessas comigo, porque ai neguinho, o buraco iria ser mais embaixo!

- Eu e Carls; como sabe, passamos por uma dificuldade há alguns meses atrás, mas juntos conseguimos superar, juntos lutamos. Até as crianças se envolveram nos dando motivos para continuar.

- Sim! – disse a mulher de olhos cor de mel – Acredito que quando os filhos se envolvem é porque a coisa é realmente séria. Claire chegou um dia e me fez escolher entre ela ou ele. Tivemos uma discussão seria, mas ela disse que não tinha saída, pois já tinha denunciado o pai por violência e maus tratos domésticos na delegacia. – a mulher que naquele momento deduzi ser a mãe de Claire deixou uma pequena lágrima escapar – Foi então que percebi que ela estava certa. Eu tinha que dizer um basta. Foram tantos anos Claire vivendo naquele ambiente hostil e bruto que ela estava cansada de me ver sofrer por um homem que não se importava e confesso que eu também estava.

- Pois é minha cunhada Emily! – disse Esme com um sorriso de conforto segurando as mão dela que estava sobre a mesa – O pior já passou! Agora e só alegria! Você veio para NY, vamos abrir uma floricultura em sociedade, as crianças estão se dando bem e quem sabe você não encontra um novo amor!

Emily riu e limpou as lagrimas.

- Nãooo! Chega de amor! Esse bichinho só dá prejuízo!

Das duas riram e Carlisle chegou à mesa com uma caixa de isopor.

- Meu Deus! Aposto que estavam fofocando! – ele disse zombeteiro.

Sorri mais calma. Eu podia ver claramente que as sementes que eu havia plantado haviam se tornado árvores com frutos bons.

Voltei a caminhar. Eu iria me afastar desse lado do parque. Era melhor que não saber de mais nada. Eles estavam bem, então que continuassem bem.

Bemmmmmmmmmm longe de mim.

Os Cullen eram sinônimos dos meus maiores problemas e de problemas eu já estava farta!

Estralei os dedos e voltei para o céu. A minha cota de semeadora da paixão estava muito boa por aquele dia.

Eu ria em segredo de como eu era tratada atualmente pelos outros anjos. Eles me cumprimentavam e me respeitavam. Eu tinha virado tipo de cupido pop star, porque todos queriam saber como foi a sensação de ser humana e passar por todas aquelas provas. E sempre a minha resposta era a mesma: Não desejo isso nem pro capiroto!

Sério, aquilo era torturante demais. Ser humano não era para os fracos não. Ainda mais ser humano mulher que tinha direito até a menstruação.

- Bella! – dei meia volta girando meus calcanhares e fitando seu Christopher.

- Eu não tinha te deixado lá embaixo com Nessie? – meu tom era de tédio. O céu andava meio tedioso. O mais tedioso era seu Christopher no meu pé desde que eu tinha voltado.

Parecia que ele tinha medo de deu cometer mais erros. Só que eu já não fazia isso mais, eu era o cupido numero um. Meu rosto estava no quadro de cupido do mês, dois meses consecutivos.

- Bella venha a minha sala; precisamos conversar!

Suspirei e comecei a acompanhá-lo. Há um bom tempo que eu não passava por aquela sala, entrar nela me lembrava meus tempos sombrios.

- Hoje vou te passar uma missão diferente. – ele começou a dizer se sentando em sua cadeira atrás da mesa e gesticulou que eu sentasse na da frente - Vou transferir a sua aprendiz para Eleonor e vou te colocar como ajudante de Dona Nena pelo resto do dia!

Olhei para ele por um momento.

- Seu Christopher isso não é hora de contar piada. A gente já passou por essa fase, você não é bom nisso! – eu o avisei cautelosamente.

Ele suspirou.

- Eu insisti muito para que você descobrisse o que há de errado com você, mas você parece que não me escuta. Passou por tantas coisas, mas continua a mesma teimosa de sempre. – ele disse apoiando os cotovelos na mesa – Você esta me fazendo a tomar uma atitude radical Bella. Agora é oficial; você só sai da sala de arquivos depois que descobrir qual é o seu problema!

Quando fui abrir a boca para discutir e dizer que eu não tinha problema nenhum eu já não estava mais lá e sim na sala de arquivos.

Ótima conversa, ambas as partes se comunicara e a minha opinião foi bem ouvida e interpretada.

*www.ironiaaoextremo.com*

A sala de arquivos era toda branca e repleta de armários onde eram armazenadas todas as missões. As fracassadas eram repassadas as bem sucedidas eram arquivadas.

Aquela imensidão branca me fez ficar tonta por um instante. Voce não sabe do que eu estou falando. Quando digo branco eu digo tudo, exatamente tudo branco. As paredes brancas os armários bancos, mesa branca, a luminária branca, o tapete branco o sofá branco e até a florzinha em cima da mesa da dona Nena era branca assim como o vaso em que ela estava.

Aquilo poderia enlouquecer.

Eu tô falando sério.

- Olá querida! – disse dona Nena com um sorriso – Venha me ajudar!

Ela carregava uma pilha enorme de missões.

Eu me sentia diferente, passei as mãos por minhas costas e me deparei com um fato perturbador.

PORQUE ELE TIROU AS MINHAS ASSAS?

Eu já tinha passado por isso antes, não era nenhum pouco agradável ficar desprovida delas. Eu poderia me esborrachar no chão se ele invocasse a me mandar novamente pra terra, e te juro que não queria essa re-experiência.

Caminhei até dona Nena e me sentei no sofá.

- Porque ele esta fazendo isso comigo?

Perguntei para a pessoa certa. Dona Nena sabia as respostas de todas as minhas dúvidas e confusões pessoais. Eu já tinha notado isso. Ela me olhava como se me quisesse dizer muitas coisas, mas eu nunca perguntei por medo de ouvir que coisas seriam essas.

Ela riu e me olhou por cima de seus óculos.

- Bella; ele só quer o seu bem!

Soltei um muxoxo.

Comecei a ajudá-la a armazenar as missões. Dona Nena cantarolava alguma musica muito antiga. Eu jurava que poderia ouvir junto sons de harpa, violino, piano e tantos outros instrumentos. Era uma canção um tanto triste que me fez a me lembrar de uma dúvida muito velha.

Qual era a historia de dona Nena? Ela sempre teria sido uma simples secretaria?

- Bella? – ela me chamou percebendo que eu a fitava por muito tempo – Vamos diga o que quer saber?

Pisquei atordoada. Ela ainda me olhava esperando a minha resposta.

- Qual é a sua historia? – perguntei sem saber se estava sendo muito invasiva.

Ela sorriu e voltou o seu olhar para as folhas a sua frente.

- Sabia que é a primeira a me perguntar isso? – ela abriu mais ainda o sorriso – As vezes por conhecermos uma pessoa por muito tempo, esquecemos que ela pode ter um passado! – ela começou a caminhar pela sala e abriu uma das ultimas gavetas do armário mais distante – Você não foi o primeiro estúpido cupido e tenha certeza que também não será o ultimo!

Ela tinha em mãos uma pasta de cor parda.

- Nem sempre eu fui uma secretária. Eu já fui um cupido. – meus olhos quase saltaram de orbita naquele instante.

- Voce foi um... cupido?

Oh céus! Eu não podia acreditar!

Ela riu diante da minha surpresa.

- Vou te contar uma historia – ela se sentou na poltrona a minha frente – vou te contar a minha historia!

Me acomodei da melhor maneira no sofá. Eu não queria nem piscar. Aquilo era mega ultra hiper inédito para mim.

- Assim como você – ela começou – eu aparentava não ter o dom de ser o que eu era. Ninguém mais fazia trapalhadas do que eu, e na minha época ter que repassar missões era uma vergonha sem tamanho, ainda hoje é, mas antes era motivo de muitos até desistirem do cargo. – ela abriu a pasta – Muitos foram os meus erros, mas teve um que me levou a prova mais insana de toda a minha existência. Me tornar humana.

Me surpreendi mais uma vez por saber que eu não tinha sido a primeira a passar por algo assim. Certo que eu suspeitava que no passado celestial pudesse ter acontecido algo parecido, mas não que eu estaria tão perto desse ser que havia vivido o mesmo que eu.

Seus olhos verdes envelhecidos encontraram os meus, mas aquilo não significava necessariamente que ela estava ali. Ela viajava no tempo eu gostaria de acompanhá-la naquela viagem.

- Era 1832 e se tornar humana nesse período era um pouco complicado, os costumes eram muito conservadores. E convencer ainda um homem de que a sua prometida era a mulher certa, era mais complicado ainda. – ela deu um sorriso triste – Eu havia acertado nele sem querer duas flechas consecutivas, o que anulava qualquer efeito do amor sobre ele.

Ela sorriu. Algo me dizia que ali havia alguma coisa errada.

- Como assim anulava o amor? – perguntei confusa.

- A flecha do amor não tinha mais domínio sobre ele, apenas o amor verdadeiro, aquele que brotava do fundo do coração. – ela voltou a olhar a pasta – Seu nome era Hector Lewis. Um nobre homem de 23 anos, rude e frio. Passei a ser empregada de sua mansão nas colinas ao redor da cidade de Londres. Ele era um Lorde, imponente e orgulhoso. – ela voltou a me olhar – Agora me diga Bella: como eu iria fazer brotar o mais puro amor do coração de um homem assim?

Eu não saberia como fazer tal coisa. A situação dela era realmente preocupante.

- O pior de tudo não era fazer-lo amar, era despertar o amor dele pela mulher certa.

Encarou a pasta e por alguns segundos manteve silencio.

- Você assim como eu sabe que quando se torna humana estamos suscetíveis as sensações humanas, estamos sujeitos aos sentimentos. Nem sempre me chamei Nena e nem sempre tive essa aparência idosa, tudo isso foram conseqüências das minhas escolhas. – ela respirou fundo e pesadamente – Meu nome era Ofélia e posso te dizer que a minha aparência era realmente a qual os humanos chamam de um anjo. Pele alva quase translúcida e cabelos negros ondulados, olhos verdes como o mar e boca vermelha como uma rosa e sem falar que sempre mantinha as minhas bochechas coradas por causa do vento forte das colinas.

A compreensão veio a mim como um soco forte no estomago que perdi a respiração por alguns segundos.

- Ele se apaixonou por você! – eu sussurrei incrédula.

- Esse não é o pior – ela disse com voz sôfrega – eu também me apaixonei perdidamente por ele.

Eu podia sentir meu coração parar de bater. O silencio durou por muito tempo. Mas ambas não se importavam com isso, pois o silencio naquele instante era reconfortante.

Ela havia amado. Era tudo o que eu pensava.

- Não demorou muito tempo para eu perceber que havia algo seriamente errado comigo. – ela continuou – Mas demorou para eu descobrir o que era ate... - Ela me lançou um olhar triste que me atingiu a alma. - Até que chegou o dia de seu casamento. E eu percebi que eu o amava, que eu não poderia viver sem ele por mais nenhum segundo.

Eu agora a olhava com um olhar diferente. Passei a imaginar a minha reação de algumas horas atrás. Eu mal pude me agüentar ao ver Edward conversando com outra mulher, o que seria de mim quando chegasse o dia de seu casamento onde ele juraria amor eterno para outra que não fosse eu?

Eu não podia crer no que a minha compreensão dizia.

- Bella – me chamou Nena – Uma vez humana; sempre humana. Certas coisas são para sempre e o amor é uma delas. Não cometa o mesmo erro que eu. Apenas aprenda com ele. Os outros anjos nunca vão entender o que é o amor porque simplesmente eles não conhecem na pratica. – ela fechou a pasta – Eles sabem apenas teoria. Mas eu e você sabemos – ela deu uma pequena pausa – Sabemos o que é amar! – ela fez isso soar como se fosse a coisa mais magnífica do mundo – O arrepio frio, as borboletas no estomago, a arritmia, o calor explosivo, a falta de ar. – ela tinha se desencostado da poltrona e estava sentada bem na ponta da mesma – Um turbilhão se sensações inexplicáveis que sentimos apenas com a presença do nosso amado. – o arrependimento estava cravado em seu olhar.

Ela engoliu seco. Pude ver como ela se esforçava para não chorar.

 - Por medo do que iriam pensar de mim quando descobrissem sobre o meu sentimento por Hector eu desisti de viver a mais linda historia de amor de todos os tempos: A historia do estúpido cupido que se apaixonou por seu protegido. – meu coração deu uma falhada ao ouvir isso - Eu escolhi abandonar a missão. – ela se levantou e me entregou a pasta – eu escolhi me livrar de tudo que pudesse me lembrar o grande amor da minha vida. Eu abandonei meu nome, a minha jovem aparência e o meu cargo. Passei o resto da minha vida aqui nesta sala – uma pequena lagrima escorreu por sua face rompendo todo o seu esforço de não chorar.  – Mas isso nunca foi o suficiente. Hector esteve par sempre em minha memória.

Ela caminhou para trás de onde eu estava saindo do meu campo de visão. Meus olhos não desgrudavam da pasta em minhas mãos.

- Por favor Bella; não cometa o mesmo erro. – sua voz era implorativa – Por experiência própria te digo: Não tem como esquecer um grande amor. Ainda mais quando ele brota do fundo do coração.

Houve silencio. Eu estava sozinha na sala.

Demorou apenas alguns segundos para eu perceber que eu chorava descontroladamente. A historia de Nena era tão triste, tão sôfrega.

Eu seria capaz de repeti-la?

E Hector? Como havia terminado?  Havia conseguido esquecê-la? Ou um amor assim jamais poderia ser esquecido como ela mesma tinha dito? Ele teria vivido o resto dos seus dias sentindo a falta de algo que ele não tinha idéia do que era, mas sabia que faltava?

Eu amava Edward Cullen.

Eu era perdidamente e irrevogavelmente apaixonada por ele. Não podia negar isso mais porque negar esse amor estava me matando. No fundo eu sabia, mas admitir era outra historia. Amar um humano era considerado asqueroso, uma mistura do profano e o sagrado. Eles eram pedidos em meio a sentimentos; eram manipuláveis e frágeis.

Mas eu não poderia nunca deixar de amar Edward. Nem se eu mudasse meu nome, a minha aparência e passasse o resto da minha existência como ajudante de dona Nena. Mesmo que eu fizesse o mesmo que Ofélia.

Eu continuaria o amando. Era algo puro e muito mais forte que eu. Eu não tinha forças para lutar contra e muito menos motivos.

Eu agora queria apenas dizer isso a ele.

Fechei os olhos me lembrando do dia do blackout. Do dia que rimos até quase nos beijarmos. Do dia da formatura de Alice e o comentário importuno de Jasper. Da nossa despedida e do quanto a minha vontade naquele instante em que suas mãos circundavam minha cintura, era de abraçar o seu corpo beijar seus lábios.

Não tinha mais saída. Aliás, tinha uma sim. A única que me restava.

Abri a pasta e lá estava toda a prova da historia que ela tinha acabado de me contar. Cada detalhe de sua trágica e linda historia de amor.

Me levantei decidida do que eu iria fazer.

- Seu Christopher – disse em alto bom som, eu sabia que ele iria me escutar, todos do céu iriam me escutar – O senhor esta errado. Eu não tenho nenhum problema. E não adianta discutir isso comigo!

Ele apareceu na minha frente. Tomei posse de toda a força e coragem que existia em mim.

- Eu apenas... – parei e olhei firmemente em seus olhos – Eu apenas amo perdidamente Edward Cullen. Isso para mim não é um problema!– Sua expressão não mudou então continuei – Não importa o que pensem de mim, mas o que eu penso de mim. Eu quero viver esse amor! Eu quero ser humana! – engoli minha saliva e abri um sorriso de contentamento ao ouvir a minha própria voz dizendo aquilo que o meu coração gritava desesperadamente – Eu quero ser humana e dessa vez para sempre!

As lagrimas escorriam por minha face.

Eu não me sentia mais vazia. Pelo contrario. Eu explodia de tanta felicidade.

Agora eu estava no caminho certo indo viver a minha verdadeira historia. Nenhum encantamento ou mentira mirabolantemente perfeita.

Seria apenas eu. O que eu realmente era: apenas Isabella!

Se eu tivesse tomado naquela noite o soro da verdade o meu maior segredo a ser revelado seria o quanto eu amava Edward, mas agora isso já não era um segredo.

Eu não tinha mais segredo algum.

- Pois é minha pequena Bella – ele disse emocionado - Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o amor toma conta dele. – ele caminhou até mim exibindo um sorriso– Alguns foram criados para espalhar o amor e outros foram gentilmente feitos para amar. – ele limpou as minhas lagrimas – Não negue a sua natureza. Voe! Voe na direção de seu amor! E nunca mais olhe para trás!

Sorri ao ouvir aquelas palavras, mas tinha uma coisa que ainda me prendia ali.

- Eu vou me lembrar de tudo? – perguntei temerosa.

- Você será humana, não poderá mais ter o conhecimento do que existe acima das nuvens.

- Mas não posso me esquecer do que vivi com Edward! – murmurei num sussurro.

Ele sorriu. Meu coração foi inundado de uma prazerosa paz.

- Um sonho de um sonho, lembra?

* FIM *

"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura."

                                                                                                      - Friedrich Nietzsche -

O Chamado

Começou como um sentimento,

Que então cresceu em uma esperança,

Que se tornou então um pensamento quieto,

Que se tornou então uma palavra quieta,

E então essa palavra cresceu mais e mais

Até se tornar um grito de guerra:

Eu voltarei quando você me chamar,

Não há porquê se despedir.

Só porque tudo muda

Não significa que nunca foi assim antes.

Tudo que você pode fazer é tentar saber quem seus amigos são,

Enquanto marcha para a guerra.

Escolha uma estrela no horizonte escuro

E siga a luz.

Você voltará quando acabar,

Não há porquê se despedir.

Agora estamos de volta ao começo

É apenas um sentimento e ninguém conhece ainda,

mas, apenas porque não podem sentir esse sentimento também,

isso não significa quer você têm que esquecê-lo

Deixe suas memórias crescerem mais fortes e mais fortes

até estarem diante de seus olhos.

Você voltará quando te chamarem,

Não há porquê se despedir.

*~*~*~*~*~*

Chuchuuuuuuuuuus!

Eu chorei litros escrevendo esse capitulo. Quando a Nena começa contar a historia de seu passado, eu tava ouvindo “Titanic Simphony” no youtube e que merda velho; eu chorei de soluçar! Sei lá até pensei em escrever uma fic com essa historia. Eu vivo no mundo da batatinha isso não é certo! GENTE EU TO SOFRENDO PELA DONA NENA! Vcs tem noção de quão doentio é isso?

OMG! Tadinhaaa! Que dóoooo! Que dóoooooooo! Que dó, que dó!

Imaginem que linda historia e amor? Uma fic de época, amor proibido, ela apenas uma pobre empregada, ele um lorde prometido para a filha de um Duque, interesses políticos, palavra de honra, desencontros, ciúmes...

Imagine como deveria ser Hector, uma cara rude, arrogante, sem meias palavras com aquela pegada de que Deus nos livre *ou não* sem falar na sua beleza rústica e seu perfume másculo?

PIREIIIIIIIIIII LEGALLLL AGORA! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...

Mas eu não queria escrever. Dá raiva sabia? Porque as vezes eu quero ler uma historia que não existe. E fica chato eu ter que ir lá por no papel. Acaba perdendo a graça! :(

Mas então agora é oficial. Terminamos a nossa fic! O que acharam? Surpreendi? Me falem como se sentiram lendo a historia da dona Nena (Ofélia). E eu sei que era meio obvio que a Bella ia se tornar humana, mas nada melhor nessa vida do que os velhos e deliciosos clichês!

Ahhhh e quem será que quer o Telefone da Rosalie?

Agora aguardem o epilogo. Estão vendo que será ali o tão esperado beijooo *------*

Gente vai ser lindooooooooooooo! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Sério mesmo!

Mas nossa; não esqueci ainda a historia da Ofélia. Alguém conhece alguma fic que tem uma historia assim?

Chuchussss me ajudem, preciso ler alguma coisa assim antes que eu me meta a escrever e fique entediada. Serio vcs conhecem alguma fic realmente boa?

Então durante os comentes me passem! Kkkkkkkkkkkkkkkk...

Gente vou confessar que eu nunca chorei escrevendo uma fic minha. Pq tipo não é normal, essa idéia não estava na minha cabeça até o momento em que eu peguei para escrever e ela foi aparecendo DO NADAAAAA!!! Quando eu parei pra ler eu quase alaguei meu quarto!

Certo vamos parar de falar nisso, estou ficando depressiva! Kkkkkkkkkkkkkkkkkk...

***Eu sei que mais de 40 pessoas acompanham a fic só não vejo isso nos comentes o que é uma pena, bando de povo sanguessuga, a gente escreve oferece um entretenimento e vcs nem pra comentar e recomendar né?  u.u

Vergonhoso! Por isso muitas fics não vão pra frente! Os autores desanimam. Então se acompanha é porque gosta e se gosta o mínimo é comentar!

“Se a gente gosta é claro que agente cuidaaa.. lá lá lá (8)”

#ficaadica ai pra vcs! :P E prometo se comentarem nesse ultimo capitulo vou fingir que são leitores novos! Aoehaouehouaehuoaheouaehaheouaheo...

Chuchussss até o Epilogo!

Xoxo ;*


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