Mom s Diary escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 25
29 de maio, sábado.


Notas iniciais do capítulo

Gente, valeu pelos reviews e pelo carinho durante essa fic inteira. Amo vcs!
Bjs.



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Queridos filhos, finalmente a espera acabou e nos conhecemos!! Vocês são tão lindos!! Pena que eu não possa ficar vinte e quatro horas com vocês, pois como o parto foi prematuro, apenas com oito meses, vocês estão na incubadora, mas Tyler disse que é apenas um procedimento de rotina, pois vocês estão bem.

Agora, eu acho melhor contar o que aconteceu para vocês conseguirem nascer né?

Matt veio correndo até mim, mas não foi uma boa ideia, pois ele escorregou no liquido amniótico e caiu, desmaiando. Demorou uns três minutos desacordado e eu quase pari um filho, literalmente.

Acabou que Matt havia emprestado a Kombi para Dude, o cara que nos arranjou o apê pra gente, e ele estava numa festa e não atendia a porcaria do telefone! Liguei para Tyler e o celular dele dava desligado... Ficamos desesperados e fomos para o meio da rua ver se achávamos algum taxi, às duas da manhã enquanto Matt ligava para o amigo. Aquela rua estava tão deserta que nem uma alma passava.

-Consegui! – Matt gritou pra mim, mesmo estando bem ao lado dele.

-Vai logo, manda ele vir pra cá! – Gritei nervosa. – AGORA!

Sem brincadeira, eu estava com a estranha sensação de que vocês iriam cair a qualquer momento e isso é muito assustador! Eu ficava segurando trêmula minha barriga e cruzava as pernas tentando, desesperadamente, não deixar vocês passarem.

De repente, começou uma dor aguda, como se eu estivesse levando vários socos bem fortes e repetidamente no pé da barriga, mas depois da mesma forma que vinha ia embora. Parecia até que alguém estava torcendo meus órgãos internos por crueldade.

-MATT, CADÊ AQUELE FILHO DA MÃE?! –Minhas pernas tremiam e eu me segurava para não estrangular Matt por ter feito isso comigo. – TÁ DOENDO! E tudo é culpa SUA! – e maus uma rodada de dor infernal me atravessou e eu precisei de me segurar em Matt para não cair.

-Por que é minha culpa? – Perguntou confuso enquanto eu o encarava  imaginando sua morte.

-Foi você que pôs eles aqui dentro, seu DESGRAÇADO! – E apertei suas mãos com tanta força que até gemeu.

- Não pode estar doendo tanto... – Sério, no meu estado ele falar isso seria igual a por Osama Bin Landen frente a frente à Obama. –Desculpa! Desculpa! Desculpa!

Eu apertava sua mão com tanta força que eu sentia até seus ossos estralar. Eu estava ofegante e minhas pernas mal aguentavam meu peso.

-MATT, cadê aquele CORNO que você chama de amigo?! – gritei já perdendo o fôlego.

Como se eu estivesse conjurado o infeliz, um carro desgovernado apareceu no meio da rua, com um Dude dirigindo, muito bêbado, um cara que parecia drogado e duas garotas que mais pareciam duas líderes de torcida no banco de trás.

Tentaram abrir a porta de trás pra mim, pois era mais espaçoso, mas não abria de jeito nenhum! As pessoas de dentro tentavam abrir, Matt puxava também e o que será que poderia ter dado?

Sim, a porra da porta caiu! Sim, ela se soltou e tiveram que pô-la de novo, comigo dentro, claro.

-PRO HOSPITAL, AGORA! – Gritei com as contrações vindo novamente.

-Primeiro tenho que levar as meninas para casa... –Dude falou.

-Dude, você quer morrer?!  - Gritei e o vi olhando para Matt que estava no banco do carona.

-N-Não.

-Então enfia o pé na tábua e corre, DIABOS! – Gritei e as meninas vieram para o meu lado e ficaram assim mesmo:

-Vou assistir um parto. A Há, A há, A há, A há. – Batiam palmas e repetiam isso umas quinhentas vezes.

Enquanto o drogado ficava se segurando no banco e olhava para janela, vidrado. Seus olhos estavam vermelhos e ficava murmurando algo como querer ir ao banheiro.

Percebi que Dude não parou em nenhum sinal vermelho, graças à Deus! E Matt ligava insanamente para Tyler que por fim, atendeu:

-Tyler quer saber em quantos minutos tem o intervalo de uma contração à outra. – Matt falou e eu gemi mais uma vez.

-ESSA PORRA TÀ TENDO INTERVALO?! – Gritei já vendo tudo vermelho e só ouvi Matt murmurar:

-Ainda preciso responder? – Demorou um pouco e ele voltou a falar comigo: - Tyler quer falar com você...

Algumas mãos me entregarem um aparelho que precisaram segurar perto do meu ouvido, pois eu não conseguia segurar de tão tremendo que eu estava.

-Anna, seu parto terá que ser natural pelo curto intervalo de uma contração à outra , por isso aguente firme.

-AGUENTAR FIRME?!NATURAL?!  VOCÊ PIROU, SEU DEMENTE?!

Filhos, normalmente eu não insulto as pessoas, mas sério eu pensei que estavam me triturando e ainda pedem para eu aguentar firme... Eles falam isso por que não tem útero.

Demorou mais alguns minutos até  chegarmos, mas pra mim demorou quase uma eternidade. Saltamos e tivemos que ficar alguns instantes ali, pois a porta caiu, DE NOVO! Ai veio uma equipe me buscar e depois eu vi Tyler.

Fomos para uma sala toda branca, juntamente com Matt que parecia mais nervoso que eu. Tyler me mandava fazer força, mas eu não tinha mais força nem para assoprar e a dor vinha a cada cinco segundos.

Não aguentando mais aquela dor do cão, eu fechei as pernas e as travei, gritando insanamente:

-ELES NÃO AGUENTO MAIS! ELES VÃO FICAR AI DENTRO E PONTO FINAL!.

Ai foi que eu ouvi a porta abrir e a ultima voz que eu  pensei ouvir naquele momento, pois, pensei que ela estaria agora rezando para que tudo desse errado. Mas para choque da humanidade, não, a mãe de Matt estava ali, segurando a minha mão e com uma voz tranquilizadora falando:

-Você aguenta sim,  e a não ser que eu tenha me enganado, você é uma mulher forte e capaz disso. – Percebi que ela estava sendo humana, pela primeira vez, e que isso estava a afetando tanto quanto em mim. – MATT, ACORDE!

Olhei para ele e ele estava sendo segurado por Tyler e umas três enfermeiras. Tyler deu de ombros e comentou:

-Eu avisei para não olhar para baixo, mas me ouviu? – E negou com a cabeça ,cético.

-Eu tô bem, não se preocupem. –O pai de vocês falou assim que recobrou a consciência e todos na sala bufaram.

Para minha surpresa, a avó de vocês ficou o tempo todo ao meu lado, segurando minha mão e falando palavras de conforto. Assim que Matt II nasceu, foi a maior alegria, menos para Matt que assim que viu sangue, desmaiou de novo. Maricas!

-Quatro quilos, esse meninão! – Tyler disse me entregando. – Agora respira que a menina já tá vindo.

Eu gritei mais uma vez e eu já estava vendo estrelas quando ouvi  de  novo um choro de criança. Katharina e Matt II, assim que limpos, vieram novamente para mim e foi a coisa mais incrível da minha vida.

-Meus filhos. – Murmurei para a mulher ao meu lado que chorava, eu acariciei seus rostos e vocês piscaram. – Matt, cadê você?

Em instantes um homem chorando feito um bebê, veio até mim. Ele me abraçou delicadamente, enquanto olhava para os filhos numa felicidade explicita.

-Obrigada, Anna. – Eu o olhei confuso e ele me deu selinho. –Por você me dar as coisas mais lindas desse mundo.

Eu fiquei meio chocada com o seu gesto, por isso apenas assenti. Notei que Tyler estava num canto, vendo tudo com uma cara meio triste. Eu sorri fracamente para ele e ele falou apenas com os lábios um parabéns antes de se retirar.

As enfermeiras pegaram vocês e me levaram para o quarto, me avisando:

-Pode descansar agora, mamãe.

Minha felicidade era tanta que não me deixou dormir, Por isso resolvi escrever tudo que aconteceu pra vocês antes de dormir. O telefone está tocando, rapidinho...

-Alô.  – Não tinha ninguém no quarto, além de mim, por isso atendi.

-Alô, aqui é do berçário e bom mamãe, seus filhos estão chorando muito e estão incomodando os outros bebês, a senhora se importa se eu levá-los até aí? – Ela parecia estar sem graça.

-Não, tudo bem. -Vocês foram expulsos do berçário!! –Pode trazer.

Porém antes que vocês chegassem, Matt aparece com uma pessoa ao seu lado que eu pensei jamais ver novamente:

-Melanie?! – Quase engasguei de susto.   


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Notas finais do capítulo

reviews?



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