Mom s Diary escrita por Nath Mascarenhas
Notas iniciais do capítulo
Gente desculpa a demora de novo, foi malz...
Mas dizem aí, Mom' Diary merece um segundo, quando os filhos já estão mais velhos um pouco?
Filhos, tenho quase certeza que vocês vão nascer órfãos de mãe, pois eu tô morrendo de tédio!!!
Vocês acreditam que o linguarudo do seu pai abriu aquele buraco sem fim que ele chama de boca e contou ao doutor Henrique que nós dormimos juntos?!
Como era de se prever, ele praticamente me acorrentou no pé da cama e me proibiu de sair durante uma semana inteirinha e ainda me chamou de louca irresponsável e que eu devia estar presa numa camisa de forças num sanatório de segurança máxima!
Acho que quando o Matt morrer precisarão providenciar dois caixões, um pra ele e outro para aquela imensa língua!
Aff, até proibir que Matt dormisse na mesma cama que eu, ele proibiu. “Para não cair em tentações”. Argh! Eu não tenho ido à aula ou sequer andando! O meu único percurso é banheiro cama, cama banheiro. Acho que eu vou enlouquecer.
Anna me emprestou a série toda de Crepúsculo, já estou no final do último. Bella é feliz e não sabe... Veja só, casa com um cara que ama, tem um filho com ele, vira linda e imortal e ainda por cima se acha uma azarada! Quero a ver passar um dia sendo eu pra ela ver o que é ser uma azarada de verdade...
Matt está todo esquisito nesses dias, anda esquivo, mal veio falar comigo. Acho que é por que se sente culpado por eu estar trancafiada aqui. Ele jamais tocou no assunto “reconciliação” ou “Você disse que me ama”, eu agradeci de primeiro, mas já estava começando a achar estranho.
Ele também está super frio comigo, vem aqui fala sobre besteiras e senta o mais longe possível de mim como se eu tivesse uma doença contagiosa terminal.
Ah, tem alguém abrindo a porta, torçam por mim que seja seu pai! Beijos, depois eu escrevo.
AI MEU DEUS!
Eu não sei se choro ou grito ou se consigo escrever nesse exato momento... Bom, deixa-me respirar um minuto e absorver a cena que aconteceu há poucos minutos.
Bom, era seu pai. Ele queria me contar duas novidades, todas duas horríveis, diga-se de passagem.
Primeira: Meu pai nos expulsou de casa, mas se você sair eu poderei ficar.
Segunda: Você vai se mudar, sem mim.
Argh! É com esse covarde filhinho de papai que eu vou ter vocês, onde eu fui amarrar meu burro...
Mas vocês devem estar se perguntando, como ele teve a coragem e cara de pau para me dar umas notícias dessas no meu atual estado de gravidez, pois, eu lhes conto. Foi o seguinte:
Matt abriu a porta hesitante, não sabia se entrava ou não. Eu sorri tentando incentivá-lo, mas isso o fez recuar ainda mais.
-Entre, querido.
Matthew chega estremeceu com a minha voz, mas andou até mim parando na beirada da cama onde se sentou, o mais longe de mim que conseguiu.
-Como está? – Ele perguntou incerto.
-Bem, quer dizer eu nunca estive mal para inicio de conversa, mas obrigada por perguntar. – Eu respondi ainda gentil, mas com uma pulga atrás da orelha.
Ele assentiu, recusando-se a me olhar.
-Conversei com meu pai hoje. – Ele comentou num tom de indiferença.
-Legal.
Ele ia assenti, mas desistiu e negou com a cabeça.
-Não, não foi legal. – Me corrigiu.
-Por quê? – Eu até sentei na cama me preparando pelo que poderia vir dessa conversa.
-Eu contei a ele que você está gravida de mim, de gêmeos. – Ele falou olhando para parede – Ele não gostou nada.
-Sério?! – Eu perguntei já tentando imaginar o que vinha a seguir.
-Ele quer que a gente saia nas próximas vinte e quatro horas. – Meus piores receios estavam se confirmando. – Mas ele deu uma opção.
-Qual?! – Por que ele fazia esse suspense todo?
-Se você for, ele me deixa ficar.
Eu bufei.
-Até parece que você vai concordar com essa opção...
Ele virou a cabeça na minha direção vagarosamente e seus olhos pediam desculpas antecipadamente pela sua decisão extremamente egoísta.
-Você vai me largar? – Eu perguntei incrédula.
-Não é bem assim. Eu vou te colocar num aparte e estaremos sempre juntos, mas...
-Eu não vou deixar uma casa perfeita dessas pra viver com umazinha que nem você. – Subentendi. – Que bela porcaria marido você é, pelo menos, o que você se intitula em ser.
- Iss... Não, isso não é verdade. Você é minha esposa e ponto. Mas eu não posso largar tudo por sua causa. –Admitiu.
-Grande marido você está se mostrando, hein? – Ironizei.
Lágrimas caiam do meu rosto como se meus olhos fossem torneiras abertas, jamais chorei tanto em minha vida, talvez no dia da morte da minha mãe...
Assenti levantando da cama e indo para fora, mas antes disse apenas uma última frase:
-Mas lembre-se de somente uma coisa: Eu larguei tudo por sua causa. – E bati a porta com violência.
Agora estou aqui chorando que nem uma bezerra desmamada porque um idiota me acha indigna do filho dele! Argh, ele vai ver quem é a indigna aqui.
Desci as escadas como um furacão, minhas pernas formigaram pela falta de prática, mas eu apenas conseguia enxergar uma pessoa na minha frente.
-Olhe aqui, seu imbecil de merda! – Eu gritei para o senhor que estava sentado no sofá tranquilamente. – Você pode se achar o bambambã só por que tem milhões no banco, mas saiba você não vale o quê o gato esconde!
-O que você disse garota insolente?! – Ele me perguntou surpreso com a minha ira.
-Que todos apenas te suportam por que você é rico, nem seus filhos querem conviver com você, só estão aqui por causa da mansão, nem sua esposa conseguiu te aguentar.
Ele já estava em pé e bem á minha frente, seu rosto não parecia nada amigável.
-Como ousa falar essas barbaridades pra mim, sua favelada?! – Ele berrou.
-Talvez a favelada aqui, seja a única que tem coragem de falar a verdade nessa sua cara! –Berrei mais alto ainda.
O que aconteceu a seguir, não chocou somente a mim, mas à todos que estavam ao meu arredor. Ele teve a audácia de levantar aquela maldita mão e me esbofetear bem no meu rosto, fazendo-me cair estatelada no sofá.
Eu fechei meus olhos e toquei o meu rosto que ardia que nem brasa, aquele covarde misógino me bateu!
Os segundos que eu passei de olhos fechados foi o suficiente para a cena mudar completamente. Agora Sr. Black, estava no chão e Matt espumava de raiva. Ele olhou ainda pra mim com muita brutalidade, mas me agarrou pela cintura e pernas e me avisou autoritário:
-Vamos embora dessa maldita casa.
Filhos, quem sou eu pra contestar?
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Mas dizem aí, Mom' Diary merece um segundo, quando os filhos já estão mais velhos um pouco?