Mom s Diary escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 13
Quinta, 19 de setembro.


Notas iniciais do capítulo

Gente, vou tentar postar o mais rápido que eu posso tá?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/163712/chapter/13

Três da manhã.

Eu não consegui dormir até agora graças a Matt. Ele até agora não voltou pra cama e eu não consegui dormir sem esse imbecil na cama.

Por que senhor?!

Desisti de achar um jeito de pegar no sono e parei de contar carneirinho na milésima terceira ovelhinha. Acho que se eu beber um pouco de leite pode melhorar, né?

Levantei e na pontinha dos pés fui pra cozinha. Abri aquele Pólo Norte que eles chamam de geladeira e peguei uma caixa de leite que tinha uma ovelhinha rosa.

Sabe aquela estranha sensação de estar sendo observada, mas que você se arrepende total quando olha e descobre quem é que tá te olhando?

Bom, eu derrubei a droga do leite ao ver um homem de meia-idade loiro e alto que pelos porta-retratos eu sei que é o pai dos irmãos Black.

-Porra! – Reclamei vendo a lambança que eu havia feito. – Desculpa senhor Black.

Ele sorriu dando uma mexida no seu uísque que provavelmente deve custar os olhos da minha cara, seus olhos verdes me fitavam com diversão explicita.

Ele virou pra trás e pegou um pano, depois me jogou. Ainda bem que eu consegui pegar no ar, antes que caísse na poça de leite.   

Fiquei de costas pra ele tentando esconder minha vergonha, mas acho que foi a pior escolha que eu já fiz na vida.

Ele mexeu de novo o uísque batendo os gelos irritantemente no copo, percebi que era pra chamar minha atenção. Virei-me sem vontade e o encarei.

-Sim? – Perguntei.

-Quem é você? – Ele perguntou sério e cortante.

-E-Eu sou Anna. –Respondi gaguejando.

Ele olhou-me com desprezo e até franziu o nariz, depois virou o copo de uma só vez.

 Enxuguei minha bagunça e lavei o pano, deixei secando na pia sem prestar atenção ao que ele fazia, mas sabia que ele ainda me seguia com o olhar.

-Desde quando você tá aqui? –Perguntou com autoridade.

-Desde a semana passada, senhor. – Respondi com respeito.

-Hum. –E terminou de beber o copo que já estava cheio novamente. – Tome.

E estendeu o copo pra mim, eu peguei e lavei.

Ele não fez menção em agradecer, porém já ia se retirando para ala dos quartos. Não sei o que me deu quando eu comentei sarcástica:

-Por favor, obrigada e boa noite ainda se usam, sabe? – Se ele me expulsasse agora de sua casa, eu entenderia.

Ele girou nos calcanhares e me encarou incrédulo, esperei ele dar o decreto final e eu retirar-me com o rabo entre as pernas.

-Mas que ousadia, sua empregadinha! – Ele falou grosseiramente. – Está demitida.

Eu sabia que eu devia estar ofendida, mas eu apenas ri nervosa.

-Eu não sou empregada, então o senhor não pode me demitir... –Avisei.

-Então que diabos é você?

-Anna Bullock, prazer. – Falei esticando a mão.

Ele não pegou, ainda por cima olhou-me com desprezo tão evidente que eu até estremeci.

-Por que você acha que eu devo gravar seu nome mesmo? – Ele perguntou se achando superior – Você só passa de alguma ralé que por desventura do destino está na minha cozinha de madrugada. Mais nada.

Eu me segurei para não chorar em sua frente, que cara cruel!

-Eu... – Comecei.

-Eu não quero mais ouvir sua voz! – Ele gritou me interrompendo. –Sua voz me dá dor de cabeça.

É, minha voz com certeza é mais potente que uma garrafa inteira de uísque...Hupft. 

Ele se retirou, lançando-me um olhar de puro descaso.

Fui andando para o meu quarto, até que encontrei Matt deitado desleixadamente no sofá pequeno demais pra ele.

Eu tava me sentindo um caco e eu precisava de aconchego agora. Espremi-me ao seu lado e o abracei com todas as minhas forças, o fazendo arfar.

-Anna o que foi? – Ele perguntou assustado.

-Somente me abraça. – Pedi derramando as lágrimas que eu segurei até aquele momento.  

Ele me abraçou, pondo minha cabeça em seu peito e afagando meus cabelos com carinho.

-Não chora. – Ele pediu.

Eu virei e o encarei, seus olhos estavam confusos e angustiados. Eu nunca senti tanto amor por uma pessoa só como eu senti por ele nesse momento.

O beijei, foi um ato de pura ternura sem pressa e bem singelo, terminei com selinhos rápidos que ele aceitou de bom grado e sem dizer uma palavra.

Levantei, o fazendo me encarar surpreso e totalmente confuso.

-O quê...? – Ele ia perguntar, mas eu pus o indicador sobre o meu lábio.

-Vamos pra nossa cama. –Falei segurando sua mão.

Ele assentiu sem questionar o porquê da minha decisão.

Assim que chegamos ao quarto, ele sentou na cama esperando que eu dissesse o que eu pretendia. Eu me virei e tranquei a porta.

-Por quê? – Ele não conseguiu segurar essa e perguntou inclinando a cabeça pra porta.

-Eu não quero que nos incomode. – Respondi.

Seu testa se vincou, tentando saber o que eu estava pensando. Fui até ele e nossos olhos se encontraram.

Eu puxei a barra da sua camisa pra cima e lentamente o fiz tirar com sua ajuda. Ele finalmente entendeu o que eu queria e me puxou pelos braços fazendo-me deitar para que pudesse sobrepor seus lábios aos meus.

Meus fictícios cabelos fizeram uma cortina envolta dos nossos rostos nos deixando ainda mais perto um do outro.

Assim que eu levantei um pouco, ele segurou minhas pernas para que eu envolvesse sua estreita cintura. Suas mãos deslizaram pelo meu quadril e costas puxando minha vestimenta junto e tirando-a, jogando para longe.

Ele beijou minha barriga com carinho e foi subindo até chegar ao meu pescoço, me fazendo desmoronar em seus braços. Ele me abrigou num abraço protetor e lentamente pairou sobre mim.

Ele roçou seus lábios nos meus, sem beijar. Ele alisou meu rosto com o polegar enquanto o resto da sua mão inclinava minha cabeça para que ele beijasse meu pescoço.

-Eu te amo. –Admiti de olhos fechados, sem realmente me dar conta do que eu estava falando.

-Eu sei. Ele riu abafado fazendo um sopro quente atingir a minha pele.

Nossas mãos se entrelaçaram e nos entregamos um ao outro, sabendo que era esse o lugar de nós dois para sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews, please?