A herdeira do Lorde II escrita por letter


Capítulo 11
Capítulo 9 - Threatening


Notas iniciais do capítulo

Pessoal o capitulo não está betado, mas assim que a Natália {beta} mandar ele betado, eu substituo, então por favor, relevem os erros ortográficos.



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Por algumas semanas as coisas continuaram tão normais e sem quais quer acontecimentos que valha a pena ressaltar, que às vezes eu acordava e pensava que eu não estava no passado, que tudo não passara de um sonho maluco e fantasioso.

Mas eu abria os olhos e dava de cara com a dura realidade, não, as coisas não estavam normais, e pelo modo como a banda estava tocando eu duvidava que algum dia elas poderiam voltar a ser.

De qualquer modo, o que mais me chamara à atenção nas últimas semanas, era o vira-tempo que eu usava como pingente, ele que era meu passaporte para o passado e meu retorno para o presente começara a sofrer mudanças.

Ele estava esquentando, e muito. Houve certo domingo, onde estavam todos os alunos do sétimo ano juntos no Salão Principal, fazendo uma pequena simulação para os NIEMs, o silêncio era quebrado apenas pelo barulho de penas correndo por pergaminho, e sem aviso prévio uma espécie de grunhido saiu sem autorização de minha boca. Deve ter sido muito alto, pois todos á minha volta interromperam suas atividades para me fitar. Eu havia sentido um repentino fogo brotando em meu peito, onde o vira-tempo se apoiava, assustei é claro, isso nunca havia acontecido, pedi licença para ir ao banheiro, queria verificar o que por Merlin aconteceu.

Desabotoei os primeiros botões da blusa para melhor olhar para baixo e constatei que o vira-tempo não só queimara meu peito, deixando uma marca vermelha de apavorar, mas como também a areia que era para escorrer lentamente, estava escorrendo mais rápido. Não rápido, um pequeno grão levava um dia para escorrer, mas agora ele se amontoara em uma bola, que parecia querer se irromper mais rápido para a parte de baixo da pequena ampulheta que pendia em volta a dois arcos e que formavam o vira-tempo.

Mas minha maior surpresa foi levantar os olhos e dar de cara com Riddle.

Ele olhava fixo para meu peito. Se fosse qualquer outro garoto eu diria que estava aproveitando os três botões desabotoados de minha camiseta e avaliando meu busto, mas como se tratava de Riddle, eu tinha certeza que ele estava lutando em sua cabeça para fazer a conexão entre o vergão em meu peito e o vira-tempo que eu segurava pela correndo, temendo que ele queimasse minhas mãos.

– Perdão – pediu ele educadamente e se virou para ir embora.

E essa fora a ultima coisa anormal que aconteceu.

Mas eu já estava tão acostumada com minha vida girando ao contrário pelo relógio, que quando ela tomava um rumo parcialmente normal, eu já achava isso anormal. Faz sentido?

Depois do incidente no banheiro, o vira-tempo voltara a me queimar mais duas vezes, e eu resolvera andar com ele no bolso. Tom fingiu que isso nunca aconteceu, mas eu o pegara algumas vezes voltando a fitar abaixo do meu pescoço, e diferente de Abraxas, ele não estava fitando minha comissão de frente.

Ninguém voltou a tocar no assunto sobre a reunião que tivemos, mas eu tinha vaga consciência de que Riddle planejava algo. Lembro de ter ficado surpresa ao constatar Cassiopeia no grupo dos Comensais, mas não fiquei tão surpresa quando percebi que ela estava delatando todas minhas atividades a Riddle.

Ele estava de olho em mim, mas eu dera motivos. Argh.

Minhas principais prioridades agora era descobrir o que fazer com a maldita sombra da marca negra que atuava permanentemente em meu braço, e também descobrir o que diabo estava acontecendo com o maldito vira-tempo. Teria Richard o enfeitiçado errado?

Amaldiçoei a mim mesma por não pedir mais detalhes sobre o vira-tempo.

Alunos do sétimo ano tinham permissão para entrar na parte restrita da biblioteca quando quisessem. Aproveitei que Cass e Dorea foram para Hogsmeade e decidi começar a fazer a busca pelas respostas que queria.

Acordei cedo, tomei um reforçado café da manhã, e corri para biblioteca.

Na sessão restrita havia vários livros, mas noites escondidas na biblioteca me deram uma ampla ideia de por qual setor começar.

Puxei um banco e subi nele, iria começar com os livros de cima da estante que eu escolhera. Eu apenas olhava o nome do livro e vendo que não poderia tratar do que queria, o jogava para baixo, o estrondo do livro caindo no chão era quase inaudível, julgava ser culpa da poeira, pois assim que ele caia, ela levantava.

– Se você julgar um livro pela capa, pode perder uma história incrível.

Assustei tanto com a voz, que por um mero momento eu quase não tropeço e caio do banco.

– Duvido que esses livros tenham uma história para contar – murmurei pulando no chão.

– Não posso afirmar – murmurou Riddle catando um dos que joguei.

– “Os mistérios do tempo” – leu Riddle.

– O que? – perguntei sobressaltada puxando-o de suas mãos – Eu não vi esse! – exclamei lendo o titulo e começando a folheá-lo.

Apenas quando detectei os frios olhos de Riddle pousados de maneira suspeita em mim foi que captei o que eu fizera. Boa Annabelly, pisou na bola de novo!

– Não sabia que se interessava pelo tempo – disse ele.

– É uma área em que quero me especializar – dei de ombros como quem não quer nada. Teria Riddle caído na minha desculpa? Não, aposto que não.

– Descobri que esse sábado sera o último com sol este ano, por isso vim intimá-la a me acompanhar e desfrutar dele em Hogsmeade – a mudança de assunto foi tão rápida e repentina que eu mal questionei, aceitei na hora, colocando o livro em um lugar que eu acharia de novo e apressando Riddle para que assim, talvez, ele se esquecesse do ocorrido.

– Então... – comecei enquanto sentávamos em um dos vários bancos espalhados por Hogsmeade – Como eu disse, quero me especializar na arte do tempo futuramente – e se eu parasse para pensar bem, isso não era completamente mentira – O que você planeja?

– Não sei – Riddle deu de ombros – O mundo é cheio de possibilidades. Mas talvez em política, mudar o rumo de certas coisas, talvez eu consiga.

– Ô se consegue... – murmurei comigo mesma.

Ficamos um tempo em silêncio, mas aos poucos ele foi se tornando incômodo.

– Porque me chamou para vir aqui? – perguntei com um inicio de irritação da qual eu não sabia de onde provinha.

– Sabe, achei interessante que como sendo sua primeira vez em Hogsmeade você não tenha demonstrado nenhum interesse nas lojas – comentou Riddle ignorando minha pergunta.

Um a zero para Riddle, ele me pegara dessa vez. Eu nunca havia ido ali tecnicamente, e andei por lá como se o conhecesse. Parabéns Annabelly.

– Por que me chamou para vir aqui? – repeti.

– Tenho uma reputação a manter. Gosto de sair com todas as garotas do sexto e sétimo ano e conhecê-las, apenas faltava você.

– Você nunca saiu com Dorea – rebati.

– No terceiro ano – ele rebateu.

– Que seja, a verdade Riddle – falei com a voz firme. Riddle virou seu rosto que antes estava direcionado à frente e fitou o meu.

– Ás vezes parece que você me conhece – disse ele – E às vezes eu sinto que não sei nada sobre você. Isso me incomoda, me incomoda de uma maneira que você nem pode imaginar Annabelly Tonks.

Sua voz soava acusativa, e o velho alerta de Perigo surgiu novamente em minha cabeça.

– Quero você como uma Comensal, mas não estou disposto a arriscar o que construí com alguém que não confio – falou Riddle – Me diz, Anna, quais minhas alternativas? Me arriscar e confiar, ou me arriscar e me arrepender.

Ninguém até aquele momento havia me chamado de Anna, mas não fora isso que me deixou sem palavras. Tom Riddle era esperto, mas quem diria que eu subestimara sua esperteza por um momento, imaginando que ele me colocaria em seu grupo sem qualquer tipo de certeza que eu seria fiel a ele.

– Ainda há outro opção – continuou ele – Posso fazer você esquecer tudo isso. Você sabe de mais.

– Confie em mim – pedi, minha voz soara firme, o que era uma benção já que estava totalmente insegura por dentro.

– Vai valer à pena? – perguntou ele.

Se valeria a pena? Com certeza, mas não sei se valeria a pena para ele.

Assenti.

Riddle abriu um sorriso.

– Então não me faça eu me arrepender isso – Riddle chegou sua face tão próxima da minha que por um segundo meu coração descompassou, mas ele não fez o que eu imaginei que iria fazer, ele grudou seus lábios em meus ouvidos e sussurrou – Ou eu juro que vou lhe fazer arrepender de todas as formas que eu puder.

– Isso não é uma ameaça, é Tom? – perguntei tentando parecer confiante.

– Apenas será, se for necessário.

Merlin, como eu odiava Riddle! Odiava com todas as minhas forças, com todo o meu ser, odiava por tudo que existia, odiava-o, odiava-o, odiava-o!

Odiava a mim também, minha incompetência era grande, pois mais um paço de Riddle e ele encaixaria as peças do quebra-cabeças, pois ele descobriria tudo, ele era esperto. E era meu pai. Meu pai! E por um segundo imaginei que ele iria me beijar, meu próprio pai! Qual o meu problema?

Eu não conseguia dormir, rolava na cama, e amaldiçoava Riddle, amaldiçoava a mim.

Amaldiçoava a Teddy. Sim, a ele, por que eu o amava tanto, mas tanto que me meti nessa bagunça, se ele não fosse tão amável eu não estaria aqui. Argh.

– Você me paga Tom Riddle – murmurei – Você me paga Teddy Lupin.

– Bom dia meu pedaço de fígado de dragão! – exclamou Abraxas de bom humor se sentando ao meu lado. Meu humor pior do que a cara de Therencio Nott depois de levar um balaço no ultimo jogo. Abraxas percebeu isso só pelo modo como o olhei – Que cobra te picou, hein?

– Que é? – perguntei carrancuda.

– Certo, TPM? – perguntou ele.

­- Desembucha.

– Mulheres – Abraxas revirou os olhos – Tom está te esperando em nosso quarto.

– E?

– Que tal você ir lá? – sugeriu Abraxas em um tom obvio.

– Meu dia já esta ruim o suficiente, não preciso ver o Riddle para estragar mais.

– Uau, o relacionamento de você já esta assim? Sabe, eu acho... – Mas o que Abraxas achava ou deixava de achar eu não cheguei a saber, pois o silenciei com um travalingua antes que eu ouvisse mais asneira.

Acabei sendo derrotada, não pela curiosidade, mas por instinto que dizia: Ele é seu pai. Sei que parece besteira, mas quem sou eu para julgar meus instintos?

– Você devia experimentar a poção do sono – sugeriu Riddle quando entrei em seu quarto.

Eu estava tão acabada assim?

– Vou direto ao ponto: Sabe que Cassiopeia Black é uma de minhas companheiras – quando ele dizia companheira, ele queria dizer, serva. Assenti – Sabe, ela tem o sono leve, passa noites em claro, mas você deve saber disso, são companheiras de quarto.

A onde ele queria chegar?

– Mas como boa companheira, ela pensou que talvez eu me interessasse em saber disso. Ela me contou que com as noites mal dormidas, ela é capaz de prestar bem atenção na irmã e em você. Segundo não me falha a memória, ela mencionou algo que você murmurou em seus sonhos noite passada, talvez isso explique as olheiras, mas me conte, como foi seu sonho querida Anna?

­- Eu mal preguei os olhos – rebati, cansada de seu jogo.

– Então quer dizer que você estava com plena consciência quando falou meu nome, e o nome de um tal... Como é mesmo...? Ah sim, Teddy Lupin?


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Notas finais do capítulo

Bom, bom, bom... Agora me dizem, o que acham que vai acontecer e o que esperam que vai acontecer, mas impostante, me digam o que acharam *-* Um beijão, e muito obrigada ((: