Sympathy for the Devil escrita por Lolis


Capítulo 33
Atiro uma TV da Janela.


Notas iniciais do capítulo

Titulo MUITO discreto u_u
Primeiramente...Bem - vinda, dona Anna McKagan! Já conheço a senhorita de outras bandas - leia-se, Doidas Demais, e estou muito feliz de ter você como leitora!
Mais gnt se inscreveu para participar da fic, incluindo a Anna, e a Sweety - bem, não foi uma inscrição direta, mas se tu quiser te ponho tbm flor *O* - e da minha mana, a Nessa (a base de MUITA chantagem emocional!)
N-O-T-A-S F-I-N-A-I-S!
NOTAS FINAIS! LEIAM!
É isso!
Enjoy o capitulo!
Bjs
Lolis



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– Falta quanto para chegarmos? – perguntei.

Brian, no banco a minha frente deu os ombros, absorto no seu livro.

– Não faço a mínima idéia.

Franzi o cenho. Andar de trem enjoava. Aquele barulho me irritava e meus cigarros já não me satisfaziam mais.

A falta de prozac e morfina estavam me enlouquecendo.

– Você está bem? – Brian questionou levantando o olhar de ‘On The Road’ e me encarando.

– Acho que sim. Por acaso você tem morfina ou qualquer coisa que me faça dormir?

– Não. Não tenho morfina. Mas tenho tylenol, serve?

– Não. Não é pesado o bastante...

– Ok, então...

Bufei.

Duas horas depois eu havia acabado com três cartelas de cigarro. O trem estava infestado com o cheiro de nicotina e os passageiros mais sensíveis tossiam e abriam as janelas.

O trem apitou e foi parando lentamente.

– Acho que chegamos – Brian anunciou – Vamos?

– Vamos... – me levantei e fui indo atrás dele. Descemos na estação cheia de gente.

– Vou pedir um táxi. Fique com o endereço e me espere aqui. – ele disse deixando a mim e a sua mala no banco.

– Beleza... – respondi acendendo meu décimo quinto cigarro. Decidi que fumaria dezoito cigarros numa homenagem patética a mim mesma.

A fumaça do trem se dissipava e eu observava as pessoas indo e vindo, apressadas.

– Consegui – ele voltou tão rápido quanto foi e pegou sua mala – Venha, ele está nos esperando ali!

Ele apontou o fim do terminal, onde havia uma ruazinha estreita.

Entramos no táxi e Brian entregou o endereço ao motorista, que em silencio nos levou até um hotel enorme, no centro de Berlim.

Aqueles filhos da puta estavam esse tempo todo nesse palácio e eu agüentando loucos num hospício.

Saltamos do veiculo, e eu fui entrando, determinada no hotel.

– Draffy! – Brian correu atrás de mim – Espere! O que você pensa que vai fazer?

– Uma surpresinha para velhos amigos – respondi transbordando sarcasmo – Se querem uma louca, é uma louca que eles vão ter...

Ele engoliu seco e me acompanhou até a recepção.

– Meu nome é Brian Slade e reservei um quarto no quinto andar...

– Um momento, senhor Slade... – a recepcionista, loira e com o sotaque carregado mexia numa pasta – Ah ya! Muito bem. Apenas para um?

– Sim.

– E a dama? – ela apontou discretamente para mim.

– Ah, uma amiga. Vai apenas me acompanhar.

– Creio que não seja o recomendável, senhor Slade. Hospedes não tem permissão de receber amigos.

– Não pode abrir uma exceção?

Non. Regras são regras.

Brian suspirou.

– Então adicione quinhentos dólares, e um quarto para dois na ficha. Isso faz dela uma hospede agora, não faz?

Ya – a alemã respondeu entregando a chave carrancuda – Boa estadia, senhor Slade.

– Obrigado – ele sorriu pegando a chave.

Pegamos o elevador e assim que pisamos no quinto andar ele disse.

– Eles estão no 79.

– Valeu, Brian. Lembra o que você me disse sobre o documentário? Filmar uma cena comum entre eu e a banda?

– Lembro.

– Pois bem. Ligue a câmera.




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– COMO VOCÊS PUDERAM FAZER ISSO COMIGO? – berrei histérica. Steven se encolhia no sofá. Izzy e Duff de repente pareciam extremamente interessados em seus sapatos. Axl comia um pudim pronto, indiferente. Slash olhava a cena irônico e Glister folheava uma revista.

– Você mesma pediu por isso – ela disse simplesmente.

– Não. Não pedi! – retruquei.

– Independente da sua vontade ou não, foi para o seu próprio bem.

– Caso você NÃO SE LEMBRE eu tenho dezoito anos, porra! Não preciso de uma grávida com complexo matriarcal atrás de mim, me dizendo o que fazer!

– Mas tem a maturidade de uma garotinha de doze! – ela retrucou.

– Foda – se! Não ligo! O que você fez foi longe demais!

– Você apresenta sintomas de bipolaridade, depressão e desvio de personalidade – ela jogou na cara – Alguém nessa situação, se drogando piora!

– Ah, que lindo... A Draffy é doida, coitadinha dela... O AXL É MANIACO – DEPRESSIVO E NUNCA FOI PRA HOSPICIO NENHUM!

– Quem garante... – Duff zombou.

– Vai à merda – Axl devolveu – E eu não sou maníaco – depressivo.

– A aceitação é o primeiro passo para uma recuperação feliz e... – Izzy começou, mas foi interrompido pelo potinho de plástico, que Axl atirava na sua direção.

– Ele se controla. Não sai pirando como você – Glister acusou.

– Sério? Se vocês querem que eu aja como uma doida – peguei um vaso e atirei contra a parede – Eu ajo como uma doida.

Fui em direção a TV e com dificuldade a peguei.

– O que você pensa que vai fazer? – Glister gritou.

– Não é obvio? – retruquei apoiando o aparelho no beiral da janela – Vou atira-la.

Brian correu para perto de mim e posicionou a câmera num ângulo que pegasse a queda.

– Posso filmar isto? – perguntou.

– Tanto faz – respondi empurrando a televisão janela a baixo.

Glister explodiu, literalmente.

– SUA LOUCA! O QUE VOCÊ FEZ? VAI VIR PARA NOSSA CONTA AGORA!

– Ótimo – falei saindo – Não ousem vir atrás de mim. Nenhum de vocês.

Terminei batendo a porta com violência atrás de mim.



POV. Duff.



– Oh Meu Deus... – Izzy murmurou baixinho – Não devíamos ter feito isso com ela.

Glister sentou no sofá, chorando.

– Eu sou a culpada – fungou.

– É mesmo. – Axl disse – Íamos manda-la para a clinica mas não, você e sua mania de controlar tudo e todos a matriculou naquele sanatório!

– Mas eu só queria o bem dela...

– Não vai ser assim que você vai conseguir... – o cara da filmadora disse.

Nos voltamos para ele.

– Quem é você? – perguntei.

– Meu nome é Brian. A revista Rolling Stones me enviou no lugar do Mr. Chapman.

Axl o encarou desconfiado.

– É jornalista?

– Sou.

– É intimo do cacete do Chapman?

– Não. Na verdade nunca tive a oportunidade de conhece-lo pessoalmente.

– É. Podemos nos dar bem. Só não tire fotos minhas pela manhã.

– Hã... Certo, então...

Izzy balançou a cabeça, obviamente perturbado com o momento astro do Axl.

– O que você dizia mesmo?

– Ah, sim. Bom, eu acho que o melhor caminho para se conviver com alguém como a Draffy é não a controlar.

– Mas se ninguém ficar em cima dela, ela vira uma maquina de matar! – Steven se desesperou – Eu adoro a Draffy, mas que ela é doida, sem duvidas! Até para os meus padrões!

– Ela não deve ser tão ruim assim... – Brian se sentou numa das cadeiras.

Arqueamos as sobrancelhas.

– Depende do que for ruim para você... – Axl riu sem humor – Só para você ter uma ideia básica, há uma semana atrás ela saltou de uma janela de dois andares do chão e correu cinco quarteirões de camisola e coturnos, tudo isso para não ir para a clinica.

– Tive que chamar a policia londrina para para-la – Glister bufou.

Brian arregalou os olhos.

– Bom, talvez ela seja um pouco desequilibrada...

– Só desequilibrada? – Steven zombou – Esqueceu o alcoólatra, viciada, bipolar, egoísta, infantil, sádica, irônica, rebelada, dramática...

– Tirando isso ela é uma pessoa ótima – Izzy confessou.

– Espero que ela não tenha se suicidado... – Axl comentou.

– Não, ela tem muito amor – próprio para fazer isso... – Steven fez um gesto de desprezo.

– Devíamos procura-la – Slash propôs.

– Cara, você não tem um pingo de respeito próprio, né? Ela pode te matar! – falei.

Ele deu com os ombros. Mas não saiu do lugar.

– Que merda, estamos sem TV agora... – Axl suspirou.

– É mesmo... – Izzy concordou acendendo um cigarro.

– Devíamos fazer alguma coisa para passar o tempo – sugeri.

– Sério capitão óbvio? – Slash zombou – O que fazemos?

– Hey! Não pressiona!

Todos suspiramos. Glister havia se acalmado mais e alisava a barriga.

– De quem você está grávida? – Brian perguntou. Notei ele já ligando a câmera.

– De um dos dois – ela apontou para mim e Axl, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

– Você é groupie?

– Sou – ela sorriu orgulhosa – Ou pelo menos era. Uma gravidez muda muita coisa, sabe? Eu sinto que preciso proteger meu bebê, e propocionar uma vida legal para ele. E dar para astros famosos não está nos meus planos futuros...

– Seu nome verdadeiro é Glister mesmo? – ele continuou perguntando.

– Não. Eu me chamo Ramona Platen. Hey, isso é uma filmadora?

– Bem, você se importa de ser filmada?

– Se eu me importo? Claro que não, tolinho! Ouça, meu cabelo está tão bom quanto parece?

– Está ótimo, Glister... – suspirei.

Ela fazia poses para a câmera e Brian parecia desconfortável naquela situação.

Aquela seria uma tarde longa...






POV. Draffy:


Abri a porta lentamente e entrei de fininho. Eles pareciam já ter ido dormir.

Eu estava mais calma, agora.

Depois do meu surto, sai como um furacão pelas ruas de Berlim decidida a pegar o primeiro vôo de volta para a casa. O que eu não esperava era terminar com um agradável passeio, cercada de pombos na praça principal.

Eu havia encontrado Brian no corredor, indo para seu apartamento. Ele me ofereceu abrigo, mas decidi encarar o medo e dormir no apartamento da banda mesmo.

Fechei a porta atrás de mim com todo o cuidado possível. Ninguém na sala. Bom sinal.

Respirei aliviada e me encaminhei para a cozinha, atrás de um pouquinho da minha tão amada vodka.

Abri a geladeira e a luz que saiu me iluminou a cozinha a ponto de eu descobrir uma figura ali. Slash, sentado numa das cadeiras de forma interrogativa.

Peguei minha garrafa e arqueei minha sobrancelha.

– Algum problema? – perguntei.

– Não – ele respondeu.

– Certo então. Posso me sentar?

– À vontade.

Me sentei a mesa e ficamos ali, nos encarando.

– Ainda na mesma? – ele perguntou.

Bebi um gole da vodka.

– Esquece. Não vou te perdoar tão cedo.

– Eu estou arrependido. Isso não conta?

– Conta. Mas para as pessoas normais. Ou seja, não para mim.

– Por que você é tão má?

– Eu gosto de ser assim – sorri – Quer um pouco?

– Sim – entreguei a bebida a ele.

– A Glister já se acalmou? – quis saber.

– Aparentemente – ele sorveu de um longo gole na vodka – Não está berrando mais, o que é ótimo.

– Você não teve nada a ver com o sanatório, teve?

– Não – ele parecia sincero – Por que eu teria?

– Você tem os seus motivos. Um deles é o fato de não ter obtido meu perdão ainda.

– Não faço o tipo que se vinga. Desconfiava de mim?

– Sinceramente? Não.

Baixei os olhos. Eu sabia que ele continuava me encarando.

– Acho que seu plano de me ignorar não está indo muito bem... – ele comentou sarcástico.

– Por que?

– Esta conversando comigo agora mesmo.

– Isso não significa que a gente vá transar – retruquei.

– Significava antes – ele sorriu malicioso.

Tomei a garrafa dele.

– Boa noite – falei mal – humorada.

– Já sabe onde vai dormir? – ele perguntou.

– Eu tenho meu próprio quarto, não tenho um?

Ele apenas me olhou sarcástico.

– Não sabíamos que viria antes.

Suspirei.

– Tudo bem. Tenho o sofá ainda.

– Caso quiser um quarto, o meu é o segundo a direita.

– HaHa... Muito engraçado – respondi já da sala. Me aconcheguei no sofá e desmaiei, com a vodka aos meus pés.







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Notas finais do capítulo

É. Lá vamos nós!
Bom, sobre as participações na fic *O*, eu irei mandar uma MP para cada uma que se indicou, dizendo como vai ser mais ou menos o personagem. É.
Se notaram ou não, a Nessa não se inscreveu por rewiens. Na real, a bela criaturinha havia ido viajar e no momento em que eu lancei a promoção, ela estava de boa na praia catando um rocker gostoso da loja de tênis, portanto nem sabia dessas coisas. Mas como eu sou uma BELISSIMA amiga (coof, coof) avisei para ela. E ela ficou louca a ponto de ameaçar ARRANCAR todo meu lindo cabelo ruivo e vende-lo no mercado negro como peruca barata, se eu não a coloca-se na fic tbm.
Resumindo a história: A senhorita Anna, a dona Sweety e a Nessa irão receber MP´s avisando tudo, ok meninas?
É.
2 - Sobre meu drama rewienzistico. Eu estou sem tempo mesmo para responder os rewiens QUE FICAM CADA DIA MAIS LINDOS que vocês me mandam. Eu realmente não queria me encontrar numa situação assim, tanto que eu AMO responder rewiens. Mas as aulas estão voltando e minha mãe me pos pra estudar desde já, portanto estou escrevendo a fic de madrugada.
Agora vocês se perguntam: Oh Lolis, e você não pode responder os rewiens de madrugada não?
Não, eu uso laptop e a internet é sem fio. E minha doce mãezinha TRANCA a sala onde o roteador se encontra para mim não usar a internet.
Viram como minha familia me ama? Até choro de emoção.
Mas ainda quero rewiens! Rum! Kkkkkkkkkk
Draffy fez a louca esse capitulo. Atirar vasos é mesmo otimo! Experiencia própria!
UM SPOILER: O Team Keith terá uma surpresa agradável e outra péssima em Roma!
Tóquio vem chegando! Quem quer começar a adivinhar de quem será o casamento, hein?
Ansiosa para escrever sobre NY! *o*
Por hoje é só, folks!
Bjs
Lolis