Como Se Fosse A Primeira Vez escrita por Isabellapattz


Capítulo 21
Seguindo adiante - Lembrando


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos Reviews, obrigada as leitoras novas e as leitoras fantasminhas por dedicarem um tempo pra ler a minha história. Sei que não sou muito criativa, mas a história está realmente agrando a vocês. Obrigada mesmo, a todas!
Enjoy!



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Dias depois...

Fazia três dias que eu tinha voltado a trabalhar no “The Cullen’s” e 5 dias da morte do meu pai. Todos os funcionários me receberam de braços abertos e fizeram o máximo para que eu não ficasse triste e amuada pelos cantos. Foi legal saber que o Piter ainda manteve o costume de me pedir beijos para dar sorte, apesar de eu saber que a sorte passava bem longe de mim. Alice ficava o tempo inteiro comigo, tagarelando sobre tudo, eu apenas escutava e balançava a cabeça.. Ela não ligava para o meu silêncio, sabia que eu não queria falar, e as conversas dela me distraiam bastante. Era confortador tê-la ao meu lado o dia todo. Mesmo que falasse durante horas eu não me importava, escutava tudo com atenção. Era melhor do que pensar na minha vida. Edward passava todas as noites comigo. Ficava até tarde e quando eu já estava quase adormecendo ia embora. Tive certeza que ele era o namorado perfeito quando eu insisti para que dormisse comigo uma noite e ele sorriu dizendo:

- Bella meu amor. Eu estou em abstinência de sexo há dois meses. Não posso dormir aqui porque não agüentaria tê-la ao meu lado a noite toda e não ultrapassar os limites.
- Eu sei que estou sendo uma péssima namorada. Você faz tudo por mim e eu só choramingo. Eu ... – Ele me interrompeu.
- Já tivemos essa conversa milhares de vezes. Não a nada de errado em você querer esperar, ter certeza que esta pronta. Eu já disse que espero por você o tempo que desejar. – Ele sorriu. – Agora boa noite. Durma com os anjos. – Me deu um selinho e depois beijou minha testa deixando-me deitada na cama quase adormecendo.

Tudo na minha vida estava calmo. Até mesmo Esme estava sendo simpática e compreensiva, não que ela não tenha sido antes, ela sempre foi maravilhosa comigo, me sentia bem com ela, lembrava da minha mãe. Mas pensei que depois de saber sobre Edward e eu ela ficaria diferente, apreensiva. Mas não, ela estava exatamente igual, talvez até um pouco mais próxima. Esme não disse nada sobre meu romance com Edward, pelo contrário, conversava comigo como se nada tivesse acontecido, parecia querer se aproximar mais, como se quisesse ser minha amiga antes de tocar sobre o assunto. Eu não estava sendo relutante com ela, era o inverso disso. Se ela queria que fossemos mais próximas eu não seria contra. Eu amava o Edward, a última coisa que iria querer seria um problema com a sua mãe. Ele a amava mais do que tudo e nunca o faria escolher entre nós duas porque eu sabia a resposta. Eu se estivesse nessa situação escolheria a minha mãe, Reneé. Era um assunto indiscutível. Por mais que sofresse por perdê-lo o resto da minha vida.
Entre Esme e eu existiam dois tipos diferentes de amor, não tinha como haver ciúmes dela para comigo nem de mim para com ela.

Edward evitava ir ao restaurante. Sabia que mesmo aparentemente aceitando a nossa relação, Esme ainda era minha patroa e lá era meu local de trabalho. Mas sempre ligava pra mim durante o horário de almoço querendo saber como eu estava. Jacob também me ligou e eu contei a ele o que tinha acontecido. Ele ficou bem triste por mim e disse que se pudesse iria me visitar. Ele contou que o pai tinha piorado bastante, sua saúde estava cada vez mais  debilitada.



E assim os dias foram passando. Uma semana. Duas semanas. Um mês.


Já fazia um mês que tinha perdido meu pai e estava bem mais tranqüila, não que eu tenha esquecido, isso jamais. Mas estava conformada. Tudo acontece por um propósito maior. Passei a ir a igreja toda semana. Às vezes Edward ou Alice ia comigo. Eu gostava de sentar no banco da igreja e pensar. Era um lugar muito calmo. A igreja que ficava no centro de Seattle era linda. Toda trabalhada em esculturas e pinturas que retratavam várias das histórias bíblicas. Às vezes quando eu chegava na igreja sozinha o padre se sentava ao meu lado e me explicava o significado daquelas estátuas e sempre contava uma história antiga por trás de alguma pintura do teto. Eu nunca quis me confessar, até porque achava que não tinha o que falar.

O padre era bem idoso e já tinha os cabelos grisalhos da idade, mas o que mais me chamava à atenção era o seu jeito de falar, ele falava de um jeito tão contagiante que era impossível não parar para ouvi-lo. Tinha a voz e a entonação de um adulto de 30 anos, a fisionomia de quem tinha 80, mas a sabedoria ultrapassava séculos. Ele gostava quando eu levava Edward comigo, dizia que formávamos um lindo casal e que um dia se Deus deixasse ele viver pra isso nos casaria. Edward apenas ria e eu continuava fascinada com os seus discursos. Ele possuía uma calma invejável. Parecia que estaria em paz, independente do que lhe acontecesse. Uma vez eu perguntei como ele conseguia ser assim.

- Como o Senhor consegue ser assim quando as coisas que tem que dar certo dá errado, o mundo está de pernas para o ar, as almas estão se perdendo, não sente vontade de extravasar às vezes? – Eu mesma queria fazer isso não só às vezes, mas sempre. Ele me olhou bem nos olhos e disse com a mesma calma de sempre:

- Minha querida, de que me adiantaria gritar, xingar, bater nos outros? As coisas continuariam do mesmo jeito não é? Eu apenas respiro fundo, e deixo acontecer o que tiver de acontecer, nada nessa vida é por acaso. E uma coisa é certa, tudo dá certo no final. E se ainda não deu certo é porque não é o fim. – Eu apenas fiquei o olhando e tentando sentir um pouco da mesma paz que o envolvia.

Eu continuei comendo na lanchonete perto do meu hotel e indo a lavanderia do bairro. Edward tinha me falado de uma biblioteca que ficava no centro, bem perto da igreja e uma vez eu fui lá e fiz meu cadastro para poder pegar livros emprestados.

 Fazia um mês que eu não fazia nada para melhorar meu apartamento, só tinha ido lá para pagar a mensalidade e mais nada. Decidi que pela manhã quando chegasse ao “The Cullen’s” conversaria com Alice sobre isso. Tinha certeza que Alice iria gostar. Ela não tocava no assunto, mas eu sabia que ela queria que déssemos continuidade ao nosso projeto.


Quando acordei de manhã com o meu celular tocando, não despertando, mas tocando. Quem me ligaria antes das sete da manhã? Peguei o celular e vi que era Alice. Ela não podia esperar até eu chegar no trabalho não?

- Que foi Alice?- Perguntei mal humorada.
- Ahhh, você estava dormindo? – Ela perguntou irônica.
- Claro né, ainda não esta no horário de levantar para trabalhar, é isso que fazemos. – Ela riu.
- Sinto lhe desapontar Bella adormecida, mas sabemos que o restaurante abre as 8:00 e são exatamente 8:20. – Quando ela disse isso eu dei um grito e pulei da cama. Estava atrasada e totalmente desastrada. Sai pelo quarto igual uma doida e tropeçando em tudo ao mesmo tempo. Nem me despedi da Alice, só desliguei e corri pro chuveiro, parando apenas para escovar os dentes. Nunca me arrumei tão rápido, bati o recorde até do tempo em que fiz quando me atrasara para sair com o Edward. Sai de casa apressada e quase escorreguei na calçada do meu hotel. Entrei na picape e pisei fundo no acelerador sentindo ela protestar contra mim. Infelizmente ela não passava dos 70 quilômetros por hora, ainda bem que o restaurante era bem próximo. Quando eu estacionei em frente ao “The Cullen’s” desci da picape apressada e acabei dando um encontrão em alguém e por conseqüência quase fui de cara no chão. Senti braços fortes me segurando e me colocando em pé. Olhei e vi que era o Jacob. Ele sorria pra mim. Parecia mais alto do que da última vez que nos vimos.

- Oh meu Deus. Jacob? – Falei empolgada e já sai o abraçando. Ele retribuiu igualmente empolgado. Parecíamos dois amigos de infância que não se viam a muito tempo, quando na verdade só havíamos nos visto uma vez na vida.
- Você ainda lembra de mim. É sinal de que causei uma boa impressão. – Ele disse rindo e encostou-se à caminhonete.
- Nossa, eu to muito feliz de ver você aqui. Parece que te conheço há anos.
- Também me sinto assim.
- Mas e ai o que faz aqui Jacob?
- Eu vim entregar um carregamento que a Esme pediu. – ele deu de ombros.
- Mas e seu pai? Como ele está? Você disse que ele estava mal.
- Ele está melhor, pelo menos está fora de perigo. Mas e você como está se sentindo? – Perguntou sério. Ele se referia ao falecimento do meu pai.
- Eu estou melhor. A dor não some, mas ameniza.
- Eu sinto muito por isso.
- Eu também. – Baixei os olhos olhando para o chão. Ficamos um tempo em silêncio.
- Bom, mas me diz quando que a gente vai tomar aquele Chopp esperto? – Ele perguntou empolgado pra terminar o silêncio incômodo.
- Não sei, é só marcar que eu to dentro.
- Humm.. mas e ai me diz, ta solteira? – Essa não era uma pergunta que eu estava esperando. Baixei a cabeça e assenti.
- Quem é o sortudo? – Ai droga.
- Humm, eu estou namorando... o filho da Esme. – Pronto falei. Ele ficou um tempo quieto.
- É aquele que foi com você no mercadão?
- Sim. – Respondi mais confiante do que antes. Não tinha que ter vergonha do nosso relacionamento. Eu amava o Edward.
- Eu disse que ele gostava de você. – Ele disse rindo, eu o acompanhei. Ficamos mais um pouco em silêncio e foi ai que eu lembrei que estava atrasada para o trabalho e que precisava entrar no restaurante antes que fosse demitida por estar do lado de fora conversando quando tinha milhares de coisas pra fazer lá dentro.

- Ohh meu Deus, desculpa Jake, mas eu tenho que entrar, estou super atrasada e a Esme vai comer meu fígado por isso. – Ele riu.
- Ta bom Bella, a gente se vê. Eu te ligo pra marcar alguma coisa legal. – Nos despedimos e eu entrei no restaurante com a pulsação acelerada. Alice estava no balcão conversando com Esme sobre alguma coisa, pelo dia da semana, com certeza seria sobre a lista de compras. Apressei-me até elas.


- Desculpa Esme, eu me atrasei, perdi a hora e... – Ela não me deixou terminar. Alice estava rindo, eu iria matar aquela baixinha afogada no balde.
- Calma Bella, respira. Alice falou que você perdeu a hora, fica tranqüila, o movimento ainda não começou. Estávamos ajudando os meninos do mercadão a descarregar o caminhão. – Senti um alívio tão grande que me deixou mole. Não queria que pensasse que só porque estava namorando o filho dela que poderia ter certas regalias.
- Oh obrigada Esme. Vou me trocar então. – Elas sorriram pra mim e continuaram a conversar sobre as compras. Eu fui direto para a sala dos funcionários sem parar na cozinha para falar com os outros. Arrumei-me rapidamente e passei na cozinha dando os beijos do Piter e parando pra conversar uns minutinhos com eles. Tudo estava tranqüilo, então não precisava ter pressa.

Quando voltei a Alice já estava arrumando as mesas e cadeiras e eu comecei a ajudá-la. Ela ficava rindo sozinha e eu já estava curiosa com isso.

- Que foi Alice? A noite foi tão boa que você está rindo a toa?
- Não. – Ela disse séria e deu mais um risinho.
- Fala logo Alice. Já estou impaciente.
- Ta bom. Eu e a Esme vimos você e o tal Jacob no maior papo àquela hora.
- Oh meu Deus. O que a Esme disse? – Não estava fazendo nada de errado, mas sabe como o povo inventa, a história poderia cair totalmente diferente nos ouvidos do Edward. Alice estava enrolando demais pra responder. – Fala logo Alice.
- Ela não disse nada. – Ela saiu andando para arrumar outra mesa e eu fui atrás dela.
- Como assim nada? Porque você estava rindo então?
- Bella ela só achou estranho vocês terem tanta intimidade. Ela não sabia que vocês eram amigos “íntimos”. – Ela disse com ênfase no final e depois riu. – Acho melhor você preparar o discurso, porque eu to sentindo que dessa semana você não passa. Ela vai conversar sobre o seu relacionamento com o Edward.
- Como você sabe disso? – perguntei desconfiada, ela devia estar me escondendo algo.
- Bella, eu só sei. Eu pressinto isso. – Ela disse séria. Era melhor preparar meu discurso mesmo. As previsões da Alice nunca falharam.
- Alice, lembrei de algo que queria falar com você. – Disse me lembrando do apartamento enquanto desdobrávamos as toalhas e esticávamos sobre as mesas.
- Eu já sei o que é. Mas fala mesmo assim.
- Queria voltar a trabalhar na reforma do meu apartamento. – Ela sorriu mostrando todos os dentes brancos e perfeitos. Parecia uma fada.
- Claro que sim, já imaginava que seria isso mesmo.
- Como você consegue? – Perguntei impressionada.
- Não sei, acho que isso é herança de família. Minha avó diz que a mãe dela também era assim, e que a bisavó dela também, e assim por diante. – Ela deu de ombros. Eu fiquei olhando pra cara dela de olhos arregalados. Como assim, a família toda tem esse dom???


Desisti de tentar entender a Alice porque ela já estava tagarelando sobre o que começaríamos fazendo e eu a lembrei que pintaríamos as paredes para que pudéssemos apreciar o Edward e o Jasper sem camisa e suados. Ela logo se empolgou, então marcamos de comprar as tintas ainda durante essa semana. Eu precisava de dinheiro e tinha, só não sabia se queria esse dinheiro. Com o dinheiro que meu pai me deixou eu poderia reformar tudo sem pesar o bolso, mas ainda me sentia relutante em mexer nele. Alice pelo contrário era super a favor de eu gastá-lo. Dizia que se foi deixado pra mim de herança, eu podia gastar sem ter a consciência pesada.

Na hora do almoço eu decidi ligar para o advogado James Matos, sabia que ele me atenderia a qualquer hora. Ele mesmo disse isso quando me procurou para falar sobre os bens que herdei. Eu estava muito confusa e por isso disse a ele para deixar as coisas como estavam, pelo menos enquanto eu estivesse de luto. Quando quisesse falar do assunto eu mesma ligaria pra ele. E foi isso que eu fiz.

Ele me explicou tudo de novo. Disse que eu poderia pegar o dinheiro quando quisesse em um banco de Seattle. A conta estava em meu nome e era só eu digitar a senha que meu pai deixou escrita na carta que me deu. Eu disse que não havia lido a carta. Estava atormentada demais e acabei esquecendo. Ele me perguntou se eu leria e eu disse que não sabia, então James me passou a mesma senha que continha escrita na carta. Ele disse que eu tinha que vender a casa de Forks e ver que o que eu faria com a da região indígena. Eu não sabia o que fazer, então ele se ofereceu para arrumar um comprador e disse que eu só teria que assinar a papelada no dia da venda. Eu fiquei muito agradecida. Já a casa na região indígena eu não queria vender porque pelo o que o advogado disse, o meu pai gostava muito dela. Então ele deu a idéia de colocar uma placa de aluga-se, assim eu ganharia um dinheiro a mais e ao mesmo tempo ainda seria dona da casa. Eu achei uma ótima idéia. Ele disse que cuidaria de tudo pra mim, mas que me manteria informada de cada passo que desse. Ele estava se mostrando muito atencioso e prestativo. Não sabia o que dizer disso tudo.

Quando eu contei para a Alice que consegui o dinheiro para a reforma ela surtou. Só faltou abandonar o emprego e ir atrás de tudo o que precisávamos para a reforma. Ela era muito louca. E assim passamos o restante do dia . Já na hora de fechar o restaurante decidimos que iríamos logo comprar as tintas, ainda eram 6 horas da noite, dava tempo de sobra pra ir e voltar do lugar onde Alice queria me levar. Fomos para o meu hotel só pra mim deixar a caminhonete no estacionamento e entrar no carro dela. Alice foi igual uma louca pelas ruas de Seattle até o banco e chegando lá eu conversei com o gerente e lhe mostrei minha identidade. Ele deixou eu retirar a quantia de que eu precisava e disse que mandaria fazer um cartão pra mim, pra mim não ter que ficar indo no banco buscar dinheiro. Depois seguimos para o lugar onde Alice disse que encontraríamos o que precisávamos. Já no estacionamento eu percebi que estávamos em uma espécie de ‘império das tintas’. Havia tintas de todos os modelos, cores, marcas, e preços. Eu e Ela seguimos pelos corredores gigantescos do estabelecimento com um atendente na nossa cola explicando os tipos de tintas que tinha ali e blá blá blá, ele ainda estava flertando com a Alice que parecia super interessada no moço. Olhando bem, ele era bonito, alto, olhos castanhos escuro e um sorriso de tirar o fôlego. Claro que o sorriso torto do Edward matava e pisoteava o dele, mas dava pro gasto. Alice parecia gostar do jeito dele e não parava de me dizer – com gestos das mãos enquanto o rapaz estava distraído – que ele parecia ser bem dotado. Revirei os olhos pra ela. Alice era sempre Alice. Quando finalmente escolhemos as tintas para os cômodos do apartamento, Alice entregou o número de telefone dela pro rapaz que parecia encantado e rendido a ela. Pagamos e fomos embora. Compramos tinta branca para as paredes da sala e cozinha e corredor. O banheiro seria de um tom pastel bem original e o meu quarto decidimos que seria salmão. O apartamento inteiro teria um ar meio rosado. Alice não queria chamar atenção para as paredes e sim para os móveis que ela disse, seriam super originais. Eu não ousei contradizê-la, ela entendia do assunto.

Quando Alice me deixou no hotel já havia escurecido. Segui direto para a recepção para renovar a minha estadia que já estava vencendo. Pedi pra ela me esperar pra colocar as tintas no quarto. Aproveitei o dinheiro que sobrou das tintas e paguei o equivalente a mais um mês. Eu sempre pagava assim, um mês inteiro.
Quando estava voltando percebi Edward conversando com ela. Aproximei-me dos dois e ele sorriu pra mim.

- Boa noite amor. – Disse e me deu um selinho.
- Oi meu amor.
- Eu vou deixar os pombinhos sozinhos, tenho que ir pra casa ver a minha avó. Aproveita que o Edward ta aqui e pede ele pra carregar as latas de tintas pra dentro do quarto Bella. – Ela disse indo abrir a mala do carro. Edward carregou as latas de tintas pra dentro uma a uma e depois a Alice se despediu me dizendo pra não perder a hora de novo.

Edward ficou sentado na cama enquanto eu procurava uma roupa fresquinha para colocar depois do banho. Acabei pegando a minha camisola de algodão curtinha com um desenho na frente.

- Quando você quer que eu chame o Jazz pra gente pintar o seu apartamento?
- Eu ainda não sei, vou perguntar a Alice. – Respondi.
- Bella você se atrasou hoje ? – Edward perguntou enquanto me observava.
- É, a Alice quem me acordou. Ela me ligou de manhã avisando que estava super atrasada. – Disse enquanto procurava pelo quarto a minha escova de cabelo.
- Mas seu celular não desperta?
- Foi por isso que eu me atrasei. Acho que ele não despertou ou eu estava com o sono muito pesado pra ouvir.
- Humm.
- Ah deixa eu te falar. Liguei pro James Matos e a gente conversou. – Disse indo em direção do banheiro.
- E o que ele falou?
- A mesma coisa que antes. – Parei na porta do banheiro e olhei pra ele. – Disse que eu tenho que vender a casa de Forks, que o dinheiro esta na minha conta e que a casa da reserva indígena tinha um valor sentimental pro meu pai, que era melhor não vender. – Entrei no banheiro e deixei a porta entre aberta para continuar conversando com o Edward.
- E o que você vai fazer? – Ele perguntou do quarto.
- Eu dei carta branca pra ele colocar a venda a casa do meu pai e a da reserva ele deu a idéia de alugá-la por enquanto. – Disse já debaixo do chuveiro. 
- Eu acho que você não deveria confiar nesse advogado não. Ele pode aproveitar que você não entende do assunto e te roubar.
- O que eu posso fazer então?
- Não sei, acho melhor ficar de olho em tudo, nos mínimos detalhes.
- Ele me assegurou que vai me informar de tudo que acontecer.
- Mas mesmo assim, sempre ligue de surpresa, visite-o para saber como andam as coisas. Se ele estiver aprontando vai pegá-lo no flagrante.
- É um bom plano. Vou tentar fazer isso. – Disse já me enrolando na toalha e vendo que tinha esquecido de pegar a calcinha. Sai do banheiro nua, mas com a toalha cobrindo meu corpo. Fui direto para o guarda roupa e Edward engasgou. Virei-me pra olhá-lo.


- Que foi Edward? – Perguntei confusa.
- Porra Bella, não faz isso comigo. Estou tentando me controlar, mas assim fica difícil. – Ele disse gesticulando para o meu corpo molhado coberto pela toalha.
- Ta bom, já entendi. Vou só pegar a calcinha que eu esqueci de levar para o banheiro. – Abaixei para pegar uma calcinha e Edward resmungou alguma coisa que eu não entendi. Achei a calcinha que eu queria e sorri pra ele.
- Viu, só uma simples calcinha. – Disse sacudindo a peça na mão e ele arregalou os olhos.
- Olha o tamanho disso. Como você consegue usar um fio desses? – Ri e sai andando de volta para o banheiro, mas antes disse ainda de costas.
- Se está assim por causa dessa simples calcinha, imagina como não vai ficar se ver as calcinhas especiais. – Ele engasgou de novo e eu entrei no banheiro rindo. Sabia que era maldade com ele, já que estava numa abstinência terrível, mas não resisti.  Quando sai do banheiro deitei ao seu lado e ficamos conversando e namorando como sempre fazíamos. Edward não queria ultrapassar meus limites, mas agora era eu quem estava pensando em quebrar as barreiras entre nós. Já fazia alguns dias que eu estava pensando no assunto e queria que fosse algo especial, tanto pra mim quanto pra ele. Iria planejar tudo direitinho para a minha primeira noite com o Edward. Eu me sentia pronta pra seguir adiante com a nossa relação.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam do Review. Isso é o meu único combustível para continuar. Bjs Isabela
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