O Orgulho Da Serpente escrita por alice


Capítulo 20
Casa dos Gritos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, eu nao to demorando a postar, viram que legal? É por que preciso começar estudar para os vestibulares da vida e quero terminar a fic logo para poder terminar logo e nao ficar em divida com voces. espero que gostem do capitulo



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O castelo estava um caos há algumas horas a atrás. Todos queriam saber quem matou Melanie, a filha do diretor. Mas por sorte, conseguiram colocar ordem em tudo e agora estava tudo mais calmo. Eu podia ver algumas pessoas andando pelo castelo fazendo ronda. Pelo modo como estavam vestidas, poderia dizer que eram pessoas do Ministério.

Eu ia devagar para a torre de Astronomia. Eu não sabia por que estava indo para lá. Apenas queria ir. Seria um bom lugar onde ninguém me encontraria e eu poderia pensar com tranquilidade sem ninguém me interrompendo.

Subi devagar as escadas e me deparei com Rose deitada no chão olhando as estrelas. Meu coração deu um pulo. Será que ela tinha visto alguma coisa pelo elo? Será que... Ela desconfiava de mim? Senti alguma coisa dentro de mim que jurei ser medo.

- Rose? – chamei baixinho tirando a capa de Albus de mim.

Ela levantou em um salto e quando viu que era eu se acalmou. Cruzou as pernas e continuou olhando as estrelas.

- Não havia visto você chegar – disse sem olhar para mim.

- Estudando astronomia uma hora dessas?

- Não estou estudando.

- Que milagre. Rose Weasley não está estudando – não era hora para brincadeiras e me arrependi de ter dito aquilo logo depois.

- Isso não é engraçado – disse ríspida – se não sabe, minha amiga morreu há algumas horas atrás.

- Desculpa – sentei-me ao seu lado cruzando as pernas também. Eu não sabia o real motivo pelo que eu pedia desculpas, mas parecia uma boa palavra naquele momento.

Olhei para ela. Seus cabelos estavam mais bagunçados do que nunca e os olhos quase da mesma cor dos seus cabelos de tão vermelho. Ela estava chorando. O motivo eu sabia em parte, Mel. Mas havia outra coisa que eu queria saber.

- Rose... – disse pegando em sua mão. Ela a afastou rápido. Ela estava sofrendo e o que mais queria era aconchega-la em meus braços e não fazê-la sofrer. Era minha culpa ela está daquele jeito. Era minha culpa e eu devia arcar com as consequências.

- Você viu alguma coisa? – perguntei e ela assentiu. – O que?

- Um clarão verde.

- E?

- Só.

Permaneci em silencio e ela também. Pensei em usar leglimencia para poder ler seus pensamentos, mas deixei a ideia logo depois. Eu queria ouvir dela o que ela achava e não invadindo um espaço seu.

- O que você acha que aconteceu?

- Quer mesmo saber? – ela olhou para mim que assenti. – Tenho medo de que esteja certa.

Ela voltou o olhar para o céu. Me virei para ficar de frente para ela.

- Diga – eu também tinha medo de que ela estivesse certa. Mas eu queria ouvir. Por mais que doesse.

Ela balançou a cabeça e vi lagrimas escorrendo dos seus olhos.

- Você quer saber mesmo o que eu acho Scorpius? Se você está se perguntando se eu acho que foi você quem matou Melanie, eu te digo que sim. Sim, eu acho que foi você que matou a Mel. – foi difícil ouvir aquilo, mas eu não podia fazer nada. Rose tinha razão, até certo ponto. – Mesmo que eu não queira acreditar que isso seja verdade...

- Ok. Não vou te dizer que você esta errada, mas também não vou dizer que está certa. Eu sinto muito pelo o que aconteceu com Mel e...

- Sente? Jura que sente? Eu já disse isso hoje para o diretor e para James um milhão de vezes e eu sentia de verdade, por que eu sei o que eles estão sentindo. Mas e você, sente de verdade?

Suspirei.

- Não sei.

- Scorp – ela se virou pra mim – eu realmente queria que tudo que eu disse fosse apenas coisas da minha cabeça, que eu realmente tivesse errada. Mas... – ela parou e ficou olhando para mim procurando a palavra certa para usar - esqueça.

- Rose – disse pegando em sua mão. Dessa fez ela não afastou, mas sim apertou a minha – se eu te dizer que não fui eu, você acreditaria? Mesmo vendo o clarão verde pelo elo?

- Não sei Scorpius. Eu já não sei de mais nada. – suspirou.

- Confie em mim?

- Devo? – perguntou olhando em meus olhos.

- Se quiser.

Rose me abraçou. Senti o aperto do seu abraço e devolvi. Passei meus dedos pelos seus cabelos.

- Eu sinto muito – disse – De verdade.

A afastei de mim e toquei seus lábios devagar.

Permanecemos ali, naquela torre, sozinhos, em silencio por muito tempo. Eu passava as mão por seus cabelos, a abraçava com força quando ela começava a chorar. Chorei com ela algumas vezes em silencio, não querendo que ela observasse que eu estava chorando também.  Só percebi que tínhamos dormindo quando uma coruja picou de leve minha orelha me acordado e vi que Rose não estava mais ali.

Peguei o pequeno envelope amarrado no pé da coruja e li:

Obrigada por ter permanecido comigo essa noite. RW

Sorri.

Já estava na hora de voltar a vida real e com certeza ela seria um caos. Respirei fundo e fui, em direção do que seria um dos piores dias da minha vida.

O burburinho no Salão Principal aquele dia estava demais. Era correios chegando de todos os lados, mesmo sem ter recebido um, eu sabia que eram os pais preocupados com a segurança de seus filhos no castelo. Eu queria saber o que se passava na cabeça do pessoal do Ministério e de que e de quem eles desconfiavam.

Vi Havanna do meu lado pegando o Profeta Diário daquela manha e lendo em voz alta para que eu, Ed, Elena e Albus escutassem.

Morte em Hogwarts

Ontem ao anoitecer, foi encontrada morta em Hogwarts, Melanie Logbotton, filha do diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. O Ministério da Magia não nos deu uma declaração, mas tudo julga, segundo Harry Potter, o menino que sobreviveu e matou você-sabe-quem, que foi usado um feitiço das trevas para tirar a vida da garota.

Tudo leva a dizer que não foi nenhum aluno que fez isso, mas sim um ex-comensal da morte que está querendo justiça. Mas por que atacar a filha do diretor? Não seria mais fácil atacar um dos filhos de Harry Potter? E onde deve ficar a segurança dos nossos filhos que estão dentro do castelo? Se Melanie foi morta por debaixo no nariz do pai, o que nos pais que estamos fora do castelo devemos esperar?

Olhei para Elena. Ela olhava seu prato e não disse nada. Eu podia sentir que ela estava aliviada por estarem pensando que o culpado daquilo tudo era um ex-comensal. Esperei algum sinal dela que não disse nada.

Desviei meu olhar para Albus. O rosto dele não era dos melhores e vi uma pontada de preocupação no olhar dele. Podia ser ele ou um dos irmão dele.

- “Não seria mais fácil atacar um dos filhos de Harry Potter?” Parece que querem que eu ou meus irmão acabem logo.

- Não saberia viver sem Lily – pronunciou Edward. Elena revirou os olhos.

- Seria melhor ela do que a tal da Melanie. – cuspiu as palavras. Albus olhou com ódio pra ela – Desculpa – disse levantando as mãos. – Mas você sabe que não engulo sua irmã.

Havanna suspirou. Tanto ela quanto eu não aguentava mais as criancices da Elena.

- Al, e James, como ele está?

- Não sei – Al deu de ombros. – Não pude conversar com ele, mas deve tá péssimo.

- Espero que ele supere isso.

- Eu também. – respondeu Albus.

Alguém bateu o garfo em uma taça chamando a atenção dos alunos. Era o pai e Albus, Harry, ele trazia no rosto preocupação como todos os outros e disse com a voz rouca:

- Bom dia alunos. Venho avisar a todos que as aulas estão suspensas por hoje. Esse é um recado difícil tanto para os professores principalmente para o diretor, então aproveito para avisar a todos que às treze horas haverá uma cerimônia em homenagem à Melanie e todos devem comparecer. Obrigado.

Alguém na mesa da Corvinal levantou a mão e pergutou:

- Senhor Potter, o que foi que realmente aconteceu? – Todos estavam calados esperando pela a resposta.

- Desculpe, mas não posso dizer.

Ouve protestos logo após isso. Alguns diziam que iam sair da escola, e outro falando que queria ir embora mais rápido possível por que não queria ser o próximo a morrer.

Acompanhei Harry Potter ir até a mesa da Grifinória e dizer alguma coisa no ouvido de Rose. Ela o acompanhou.

Pov Rose

Acompanhei tio Harry até chegar a sala do diretor. Nele estava presente apenas um homem do Ministério. Por trás dele, os retratos dos ex-diretores da escola me seguiram com o olhar. Tio Harry se sentou ao meu lado e pegou em minha mão.

- Rose, geralmente sou eu quem faço o interrogatório, mas como você é minha sobrinha, quase uma filha para mim, não posso fazer isso, por isso Gerard fará isso. Pode confiar nele.

Gerard era um homem alto e corpulento. Seus cabelos eram pouco grisalhos e ele sorria para mim.

- Bom dia Rose. Quero que me conte o que aconteceu ontem a noite.

Pensei muito no que dizer. Bloqueie minha mente para que eles não pudessem invadi-la. Peguei minha varinha e tirei uma lembrança. Vi que não tinha nada para esconder deles, então tio Harry pegou a penseira e colocou por cima da mesa e colocou minha lembrança dentro dela. Gerard olhou para tio Harry antes de mergulhar nas minhas lembranças.

- Só gostaria de saber o que é aquele clarão verde no começo da lembrança. – disse Gerard.

- Eu não sei – menti.

- Tem certeza Rose? – perguntou tio Harry. Assenti.

Ele me estudou por um tempo e depois assentiu também.

- A senhorita Logbotton tinham inimigos? – perguntou Gerard.

- Não que eu saiba senhor.

- Desconfia de alguém que pode ter feito isso com sua amiga?

- Não senhor.

Aquele interrogatório estava parecendo um interrogatório trouxa, sorte minha que acabou logo e quando eu ia em direção ao salão comunal da grifinória para me arrumar para a cerimônia de despedida de Mel, acabei me esbarrando em Scorpius.

- Desculpe – disse.

- Tudo bem – respondeu colocando as mãos nos bolsos – Como está se sentindo?

- Já tive dias melhores.

Um silêncio pairou entre nós.

Apesar de uma parte de mim disser que Scorpius não tinha nada haver com a morte de Melanie, a outra parte dizia que sim. Eu não sabia em qual acreditar, eu não sabia se podia acreditar em Scorpius.

- E segui você – disse Scorpius me pegando de surpresa. Por que ele me seguiria? – Vi entrando na sala do diretor, era pra você dar um depoimento, não era? – assenti – Você disse sobre suas suspeitas de mim?

- Não. Não disse nada a respeito de você. Eu não faria isso.

Ele me olhou com interrogação nos olhos.

- Por mais que uma parte de mim duvide de você, eu prefiro acreditar na que diz que devo confiar – expliquei tentando convencer mais a mim mesma do que a ele. Talvez em voz alta aquilo fizesse sentindo. – Temos um relacionamento agora, e um relacionamento é medido a base de confiança.

Scorpius abaixou o olhar. Não pude entender o que se passava. Ele pegou minha mão e me guiou pelos corredores da escola. A gente não andava nem rápido nem devagar. Perguntei para onde estávamos indo e ele me respondeu que era apenas um lugar onde ninguém nos atrapalharia.

Saímos do castelo. Lá fora, alguns bruxos organizavam cadeiras e decoração para a cerimônia de Mel. Meu coração apertou ao se lembrar que aquele dia estava longe de ser terminado. Scorp parou perto do salgueiro lutador e com um graveto tocou em alguns ganhos e a arvore logo parou deixando que passássemos.

Scor entrou em uma abertura na árvore e disse:

- Venha.

Em alguns segundos estávamos em uma casa suja, mal cuidada, que parecia que a anos não recebia uma limpeza.

- A casa dos gritos. – me disse Scorp.

- Eu sei – respondi me lembrando as histórias dos meus pais e tio Harry. Era ali que o pai de Teddy, Remo Lupin se escondia quando se transformava em lobisomem era aluno de Hogwarts. – Por que me trouxe aqui?

- Você disse que temos um relacionamento agora...

- Temos? Não temos? – um desconforto tomou conta de mim. Eu estava me precipitando ao pensar que Scorpius era meu namorado? - Tola. Isso que sou. Uma tola. Só por que você me beijou na floresta proibida, eu já fui logo achando que você gostasse de mim e me quisesse por perto. E todas as vezes que você desfilava comigo pelos corredores da escola, você só queria mostrar a todas que tinha mais uma de suas peguetes. – disse enfurecida.

- Calma, calma flor – Scorpius pegou nos meu ombros e me deu um leve beijo na boca – Temos um relacionamento, mas não é nesse ponto que eu quero tocar.

- Então o que é? – senti meus olhos arderem. Eu tinha chorando muito no dia anterior e não dormido nada, a junção desses dois estava me dando dor de cabeça e a ultima coisa que eu queria agora era brigar com Scorpius.

- E depois você disse que um relacionamento é medido a base de confiança.

- Sim – me sentei em uma cama no canto do quarto.

- Eu menti para você – disse de uma. Levantei meu olhar para encontrar o dele. – Eu disse que ficaria longe das artes das trevas, mas não consegui. Eu estava tentado demais. Eu queria saber como era ser o próximo lorde das trevas. Eu saberia que isso ia me fazer perde-la, mas era pura tentação, eu juro. Me perdoa.

- Você me disse que poderia confiar em você ontem a noite.

- Eu sei.

- Tem mais mentiras. – aquilo foi uma afirmação. Eu tinha certeza, tinha mais mentiras naquilo tudo. À medida que o tempo ia passando, a parte de meu corpo que dizia que Scorpius era culpado, ia aumentando. À medida que ele demorava mais para responder, meu coração ia apertando. Descobri naquele momento por que eu me sentia assim, por que eu não queria acreditar que fosse verdade apesar de ter quase certeza que era, é por que eu o amava. Eu amava Scorpius e eu não queria ver o garoto que eu amava culpado por um crime que matou minha melhor amiga.

Era isso, eu o amava.

- Ontem – o tom de voz de Scorpius era baixo, como se tivesse medo que alguém escutasse – eu disse que estava passando mal, por isso não fui a biblioteca estudar para os NOM’s...

- Mas era mentira.

- ... eu havia ido para o banheiro feminino com Elena, onde a Murta fica. – continuou sem dar atenção no que eu disse.

Silencio. Parecia que Scorpius estava buscando em sua mente as palavras certas para aquilo que eu já sabia. Cansada de esperar pela parte final do confessamento, me levantei olhando para Scorpius que estava de cabeça baixa e sai.

- Rose... – gritou Scorpius atrás de mim. Escutei seus passos ligeiros atrás de mim e senti as mãos dele apertarem meus braços – Desculpa, desculpa. Eu não queria fazer isso, eu te juro que não queria. – Vi lágrimas escorrerem pelas bochechas dele e em seguida lagrimas também escorreram pelas minhas.

- Então por que fez? – gritei.

- Não foi minha escolha.

- Jura? Foi escolha de quem então? Do homem loiro que aparecem em nossos sonhos? De Elena? De quem Malfoy, me responde?

- Eu te amo, Rose - foi ultima coisa que fiz questão de ouvir.


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Notas finais do capítulo

então , o que acharam? as atitudes de scorpius faz pensar cada vez mais qe ele é suspeito, mas me dizem o que voces acham, ele matou ou não a Mel? bom, é isso e nao demoro com o proximo capitulo, beijos