O Orgulho Da Serpente escrita por alice


Capítulo 19
Melanie Logbotton


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Bom, o capitulo nem demorou, que milagre o/ . eu resolvi que nao vou ficar com essa de esperar reviews e tal. respeito quem tá lendo e quem comenta, e por isso continuo a postar. esse capitulo na minha opinião ficou perfeito e foi a primeira vez qe chorei escrevendo uma fanfic e espero que gostem, beijo



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Procurei o ar nos meus pulmões.

Pisquei duas ou três vezes para clarear minhas vistas e ter certeza do que eu estava vendo.

Andei até o corpo caído no chão. Me agachei devagar e balancei Mel.

- Mel, acorda. Pare de brincar Mel, por favor...

Minha voz ficou em um tom chorão. Lagrimas já escorriam nos meus olhos e um nó apertava em minha garganta. Deitei por cima do peito de Mel esperando ouvir o som da batidas do seu coração e acreditar que ela só estava brincando com minha cara. Mas Melanie não era como seu namorado James que fazia brincadeiras com tudo. Melanie não brincava. Os olhos dela me mostravam isso. Eu podia ler “medo” neles e quando tive certeza absoluta de que não havia mais vida no corpo de Mel, chorei como nunca tinha chorado antes.

- Não Mel – resmunguei abraçando seu corpo morto – Não me deixa. Por favor, Mel, eu te imploro. – mas nada adiantava. Eu sabia que o que eu estava fazendo era infantilidade, que por mais que eu pedisse “por favor” nada seria capaz de trazer Mel de volta. – Tem o James – continuei em vão – como pode deixa-lo? E seu pai Mel, não faça isso com ele. Por favor...

- Ro – ouvi a voz de Al as minhas costas. Eu nem tinha notado que ele me seguia. Virei para ele deixando o corpo de Mel no chão e piscando para que as lágrimas continuassem caindo.

- Al... – eu queria dizer mais alguma coisa, porém as palavras não conseguiam passar pelo nó que habitava a minha garganta. Eu também queria levantar e abraçar Albus, ele poderia me confortar mesmo não dizendo nada, mas minhas pernas não aceitavam meus comandos para me levantar. – Avisa... Alguém. – consegui dizer no meio dos soluços.

Vi um Albus com os olhos vermelhos sair pelos corredores do castelo e eu voltei a atenção a Mel sem vida na minha frente. Em menos de dez minutos, o diretor Logbotton apareceu na porta e logo que viu o que acontecia, correu para o lado da filha em frente a mim.

- Eu... s-sinto m-muito, diretor. – com muito custo formei as palavras na minha boca. Eu sentia falta de ar, falta do chão sobre meus pés, falta de tudo... falta de Mel.

Lancei um olhar para Albus que estava atrás de mim dizendo “Tinha alguém melhor não?”. Eu sabia que seria difícil para o diretor vivenciar aquilo, mas Al apenas deu de ombros e limpou uma lagrima que escorria sobre seu rosto.

- Mel, filha? – chamou o diretor balançando a filha. Eu sabia que ele, como eu, gostaria que fosse apenas uma brincadeira.

Meu coração deu um salto ao ver o diretor abraçando o corpo de Mel e sacudindo-a como se isso fosse alerta-la. Depois de alguns segundos da gente chorando e chorando, diretor Logbotton olhou para Albus e disse para ele usar sua lareira e comunicar com seu pai o mais rápido possível.

Me pus de pé com muita dificuldade para acompanhar Albus, mas o diretor me repreendeu dizendo:

- Weasley, aqui.

Se eu não estava enganada, o diretor Neville Logbotton estava achando que eu havia feito aquilo. Balancei a cabeça para tirar aquela ideia da minha cabeça e ao mesmo tempo recusando acreditar que o diretor duvidava de mim.

Sentei perto da porta e pus minha cabeça entre minhas pernas. Os minutos não passavam e o que eu mais queria era sair daquela cena. Não aguentava mais ver o pai chorando pela filha morta. Não aguentava mais ficar sem saber quem havia tirado a vida de minha amiga. Não aguentava ficar mais sozinha com meus pensamentos. Eu precisava de uma pessoa, só ela poderia esclarecer todas as minhas perguntas.

Depois do que pareceu um século, vi meu tio Harry entrando pela porta do banheiro. Me levantei em um salto e o abracei. Até que fim um abraço. Não era o que eu precisava, mas era um que podia me confortar.

- Tio – sussurrei no meio dos soluços que voltaram a tomar conta de mim.

- Rose, calma.

- Não foi eu. Eu juro tio.

Minhas palavras eram abafadas contra seu corpo, mas ele disse um “Eu sei”.

- Eu... Albus... saindo... biblioteca... – tentei formar uma frase, mas em vão. E antes que eu pudesse pensar em mais alguma palavra, diretor Logbotton o chamou.

- Harry... olhe Mel. Ela está sem vida... – sua boca formou algumas outras palavras, porém eu não pude ouvi-las, mas era algo do tipo “Primeiro meus pais, agora minha filha”. Senti pena do diretor. Imaginei como seria difícil ter os pais internados no St. Mugus depois de serem torturados por comensais da morte, e depois ter sua filha morta, por supostamente um feitiço das trevas.

- Neville, eu sinto muito. Mas peço que libere Rose. Ela não teve culpa.

- Como pode ter certeza? – perguntou o diretor elevando a voz – eu a encontrei aqui com minha filha... morta...

- Mel e Rose eram amigas, e sei que Rose não é capaz de fazer isso.

Foi um tanto difícil convencer o diretor de que e não era culpada, mas tio Harry disse que o ministério iria investigar e depois me chamaria para um interrogatório. Tio Harry disse também que ninguém da escola estava sabendo do acontecido. Que havia dito para Albus ficar de bico calado e que era pra eu fazer o mesmo.

- Mas e James? – perguntei.

Tio Harry suspirou e disse segurando meus ombros.

- Você fica encarregada disso, mas peço que fale com ele a sós. Meu filho vai sofrer muito.

Eu sabia disso e não precisavam ficar me lembrando.

Dei um ultimo abraço no meu tio e fui para o salão da Grifinória.

Por sorte, já era noite e os corredores da escola estavam quase desabitados. Hora ou outra as pessoas me viam correndo com os olhos cheios de lagrimas, mas ninguém perguntava nada.

Já no salão da Grifinória, todos os olhos se voltaram para mim. Procurei pelos olhos de James. Várias pessoas, entre elas Lily, Domy, Roxanne e outros perguntavam o que estava acontecendo. Não respondi nada, apenas chamei James.

Sai com ele pelos corredores para ficar cada vez mais longe dos olhares e ouvidos curiosos dos meus amigos e familiares da grifinoria.

- Rose – disse James pegando no meu braço e me fazendo parar – por diabos, dá pra você me falar logo o que está acontecendo? Por que me chamou? Por que tá chorando? Por diabos, me diz alguma coisa.

- Mel – disse com o olhar baixo.

- Voce está me preocupando – aquele não fazia o perfil de James Potter. O garoto que estava sempre sorrindo, fazendo brincadeira olhava pra mim com um ar realmente preocupado. – o que tem Mel?

Não consegui dizer aquela palavra. “Morta”, eu ainda na conseguia ligar essa palavra a Mel, eu não conseguia... parar de chorar.

Senti os braços de James me abraçarem e me senti culpada. Aquele lugar era o lugar de Mel e não meu. Aquele abraço nunca mais abraçaria Melanie. James, nunca sentiria o calor de Mel em seus braços igual ele estava sentindo o meu agora.

Então me fiz uma pergunta, por que Mel?

- Agora diga.

Me afastei, olhei dentro dos olhos de James e disse sem pensar duas vezes:

- Mel está morta.

James demorou alguns segundos para digerir a informação. Antes que eu pudesse fazer alguma coisa eu já estava aos prantos outra vez.

- Isso é uma brincadeira?

Balancei a cabeça negativamente.

James me abraçou outra vez, mas eu não sabia se aquele gesto era por que ele queria me confortar ou estava na hora de conforta-lo.

- Eu sinto muito – disse.

- Onde ela está? Preciso ver para acreditar.

Percebi nos olhos de James que havia lagrimas, mas ele não queria derrama-las ali. Não agora. James Potter não era desses que choram em publico e também não era daqueles que acreditavam em tudo que a gente dizia. James era daqueles que precisavam ver para crer.

Peguei em sua mão e o conduzi para o banheiro onde Mel estava.

A aquela altura, alguns alunos já haviam notado a presença do pessoal do Ministério que estavam acompanhando meu tio. E alguns, ao verem eu e James andando quase correndo pelos corredores do castelo, perguntavam “Rose, por que seu tio está aqui?” ou “James, o que seu pai faz aqui?”. Permanecemos calados a todo caminho, fingindo não escutar as perguntas. James estava com os olhos vermelhos, mas não chorava, já eu não havia mais lagrimas pra derramar.

- Espero que isso seja uma brincadeira – comentou James. Eu sabia, só pelo modo que ele agia, que ele já sabia que não era nenhuma brincadeira. Seu pai e o pessoal do ministério estavam ali, e eles só iriam ali se algo realmente sério tivesse acontecido.

- James, Rose. – vi tio Harry vindo em nossa direção – É melhor voltarem para cama.

- Pai – disse James fingindo não escutar aquilo – me diz que é mentira isso que Rose me contou.

Tio Harry olhou para mim e depois para o filho. Segurou em seus ombros no mesmo modo que James tinha feito comigo minutos antes.

- James... – ele não terminou a frase, apenas abraçou o filho. As lágrimas que já haviam acabado voltarem a habitar meus olhos. Eu queria mesmo fazer alguma coisa. Queria correr para aquele banheiro e reanimar Mel ou arrumar um vira-tempo e poder evitar que aquilo acontecesse. Eu não podia ver James naquele estado. 

Eu tentava dormir, porem eu não conseguia. Também não era pra conseguir. Era?

Aquele dia havia sido mais difícil do que eu imaginei. Quando eu acordei naquele dia, eu pensei “Que droga. Apenas mais um dia igual o outro”. Mas não havia sido. Por mais que eu tentasse, a informação não queria fazer parte do meu cérebro. Não. Não podia ser verdade. Pensei que talvez dormindo, eu poderia acordar e ver que era um sonho, mas a parte de brincar que tudo poderia ser um sonho já tinha passado.

O castelo estava agitado. Pelo o que me contavam, a Murta-Que-Geme viu Mel morta no chão do banheiro junto com o diretor Neville e tio Harry. Ela correu logo e contou para pirraça. O final vocês já podem imaginar, todos os alunos morrendo de medo por que uma garota, vulgo filha do diretor, assassinada no banheiro por um feitiço das trevas. Eu já imaginava o caos que seria no dia seguinte.

Depois que eu e James voltamos para o salão comunal, todos queriam saber o que tinha acontecido. Nem eu nem meu primo estávamos com vontade de falar alguma coisa. Ignoramos todos e fomos cada um para seu quarto.

Minha cabeça estava cheia de mais. Meus olhos doíam de tanto chorar e meu corpo só queria deitar e experimentar como seria ficar quieta para sempre. Mas, apesar de tudo, apesar da vontade de morrer como Mel, eu tive forças para ir até a cama dela e voltar a chorar. Eu não aguentava mais ver lagrimas sobre meus olhos, mas eu nunca mais veria minha amiga ali, conversando comigo, falando de James e de como ele era lindo, de como tudo parecia ser um conto de fadas na vida dela. Nunca. Nunca mais ela estaria ali, naquele quarto, naquele castelo, nas nossas vidas.

Fui para minha cama, mas o sono não via. Ouvi Roxanne entrar no quarto, com a luz da varinha acesa, ela ficou ali por vários minutos. Não soube dizer se ela estava me olhando ou olhando a cama desabitada de Mel. Ou se estava chorando em silêncio por medo de me acordar. Eu não sabia e não queria saber. Só queria... dormir.

Coisa que foi impossível.

Esperei o bastante para ter certeza que estavam todos na cama para sair do salão comunal da Grifinória. Com certeza a segurança na escola estava redobrada, por isso procurei nas coisas de Mel o Mapa do Maroto. Ela havia me mostrado ele dias antes, James e ela estavam tomando cuidado quando saiam para se pegar, e por isso o Mapa.

Pude observar que o diretor Logbotton, tio Harry mais duas outras pessoas do Ministério e alguns professores estavam na sala da direção. Mais algumas pessoas do Ministério no banheiro onde Mel morreu e mais pessoas daqui e dali. Mas dava para chegar onde eu queria com cuidado. Seria mais fácil se a capa não estivesse com Albus, mas o mapa já era uma boa ajuda.

Subi para a torre de Astronomia e deitei no chão para poder ver as estrelas. Ventava pouco, mas dava para poder relaxar bastante. Fechei os olhos desejando que aquele pesadelo acabasse logo e que tudo que eu imaginava a respeito do assassinato de Mel fosse apenas minha imaginação.

- Scorpius não tem nada haver com isso Rose – disse para mim mesma observando o alto tom de mentira em minha voz. 


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Notas finais do capítulo

e ai, o que acharam? espero mesmo que tenham gostado. e quero avisar que a fic está acabando :c , ela tera no minimo cinco capitulo. e gostarem, comentem por favor, beijos até depois



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