Pov 3º Pessoa

Os dias se estenderam e Rose não parava de estudar para os NOM’s que estavam cada vez mais próximos. Ela punha a matéria em dia com seu primo Albus que sempre carregava Scorpius com ele para o alivio de Rose, já que ela podia ter certeza que Scorpius não estava fazendo coisas erradas e sim perto dela.

A sensação de ser vigiada havia desaparecido logo que deixou Scorpius perto do salgueiro alguns dias atrás, mas quando estava sozinha com Scor em algum lugar não habitado, essa sensação volta a te atingir.

Scorpius sentia o mesmo, e às vezes ficava apavorado com isso. E viu que tinha motivos para isso quando, ao escrever no caderno como sempre fazia depois de praticar com Elena, as palavras “Fique longe da Weasley” apareceu em uma caligrafia fina no caderno. Sentiu seus cabelos da nuca arrepiarem e antes que pudesse fechar o objeto, outras palavras apareceram “Ela sabe mais do que devia, mas não acredite nessa história de elo”.

Ele pós se a perguntar como ele sabia daquilo, mas não obteve resposta e aquilo o deixou amedrontado.

 Elena ficava uma fera quando via Scorpius desmarcar seus encontros para ir estudar com Potter e a Weasley para os NOM’s, mas o garoto tinha tomado a decisão de que Elena não tomaria conta de sua vida, o caderno, mandando ou não ela fazer isso.

Eles tiveram várias discussões a mercê disso, mas Elena sabia que para conseguir o que queria, teria que aguentar Malfoy, já que ele fora o escolhido do cara por trás do caderno. Ela já havia dito que poderia fazer aquilo tudo sem precisar do Malfoy, mas o caderno insistia em disser “Ele é o próximo”.

Scorpius se mantinha fiel as suas aulas, mesmo desmarcando vez ou outra para se encontrar com Rose, e mesmo sabendo que a mesma poderia vê-lo pelo elo de simpatia, mas Elena havia encontrado um meio, parecido com Oclumência para Rose não o ver pelo elo. Ele se sentia traindo a confiança de Rose quando agia desse modo, mas ele sabia que estava fazendo o certo deixando ela fora disso. E toda vez que se via mentindo para ela, ele se praguejava por está mentindo para a garota que mais ama.

Outro casal que era só amores era Melanie e James, e os alunos de Hogwarts não aguentavam mais vê-los aos beijos pelos corredores, e Rose não suportava mais ouvir Mel todas as noites falando dos preparativos do casamento que aconteceria só dali quatro anos.

Havanna estava se encontrando com Lysander e Scorp ficava feliz pela prima, já que não aguentava mais vê-la triste por um rapaz que já estava comprometido.

Albus Potter vivia reclamando que era o único que estava ficando para titio:

- James e Mel vão se casar. Você e Malfoy estão quase namorando sério. Lily e Ed também. Havy tá saindo com Lysander. Vou ficar solteiro pelo resto da vida desse jeito.

Rose ria do primo:

- É serio Al, ainda vai aparecer alguém legal. – Rose tentava convencer o primo na biblioteca. Naquele dia, estavam apenas os dois, e segundo Albus, Scorpius havia comido várias varinhas de alcaçuz que a prima Belly mandou e estava passando mal com dor de barriga.

Lily e Edward não paravam de se encontrar, e já estavam engatando um romance serio para a tristeza de Rose e Elena. Eles formavam um casal bonito, mas Rose não engolia a ideia da prima está quase namorando o irmão de Elena, e Elena não admitia que o irmão, por mais burro que fosse, estivesse namorando com a irmã insuportável de Albus. Mas ela já tinha em mente o que faria para acabar com aquela história horrível de amor.

Scorpius marcou de se encontrar com Elena no banheiro feminino, aquele em que o espírito da murta que geme ficava. Ele havia mentido para Albus, falando que não estava passando bem, não foi difícil mentir para o amigo e em seguida foi se encontrar com Elena. Ele não sabia exatamente o que iam fazer ali, mas ele foi mesmo assim depois de Elena dizer que era apenas mais um passo que dariam.

- Agora só falta nossa ajudinha chegar – sussurrou Elena.

- Não vai me dizer que contou para alguém essa coisa de doido,

 - É claro que não Malfoy. – Elena parecia ansiosa. Esfregava as mãos umas nas outras e andava de um lado para o outro no banheiro – Ainda bem que a murta não está aqui.

- O que vamos fazer? – perguntou Scorpius.

- Você saberá – disse debruçando na pia.

Depois de vários minutos, ouviram passos vindos do corredor e Elena logo se pos de pé esperando por ver a garota ruiva entrar no banheiro.

- Prepare a varinha Scorp, e quando eu disser você lança o feitiço.

- Que feitiço?

- O que se divide a alma, o que te deixa pronto para fazer a Horcrux.

- Você ficou lou...

Antes que Scorp pudesse discutir com Elena sobre a loucura que estavam prestes a cometer, uma garota apareceu no banheiro. Elena arregalou os olhos já que espera por Lily, e não por ela.

- O que você está fazendo aqui? – Ela não esperou pela a resposta a garota e gritou – AGORA SCORPIUS!

Pov Rose

Vi um clarão tomar conta daquele lugar. Não sabia distinguir o que significava, mas tinha medo do que eu estava imaginando fosse verdade.

Senti as mãos de Albus em meu braço tentando me levantar. Eu mal tinha notado que estava ajoelhada no chão e suando frio.

- Rose – escutei ao longe a voz de Al – fale comigo. O que aconteceu?

- Scor – consegui cochichar – Scorpius...

- O que tem com ele? – Aos poucos tudo foi voltando ao normal. A voz de Al já estava mais nítida aos meus ouvidos. Eu já estava de pé ao lado de meu primo que me olhava espantado. Eu não sabia se o que eu estava formulando na minha cabeça era verdade, eu iria tirar as provas agora, mas lá no fundo, eu pedia para estar enganada.

- Rose – gritou Albus enquanto eu saia correndo pelos corredores do castelo.

Eu não sabia que direção tomar nem aonde devia ir. Parei bruscamente fechando os olhos e imaginando algum lugar.

- Ande Rose, ande. Pode ser tarde demais. – disse pra mim mesma. Mas o que eu não queria admitir para mim é que já era tarde demais.

Alguma coisa ocorreu em minha cabeça. Algo como um flash back, e sai em direção ao banheiro feminino onde o espírito da murta-que-geme habitava.

Abri bruscamente a porta e gelei.

O que encontrei ali foi pior do que eu podia imaginar.