O Orgulho Da Serpente escrita por alice


Capítulo 13
Entre o bem e o mal


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores. bom, pra começar, quem deixou seu review, muitíssimo obrigada. e vamos ao capítulo, beijoos :**



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Sobre a luz de nossas varinhas, Scorpius me olhava com espanto. Ele fechou com força o livro e antes que pudesse guardá-lo, o tirei de suas mãos. Analisei com cuidado sua capa que era preta com uma pequena caligrafia que dizia “A arte de praticar a arte das trevas”. Suas folhas eram gastas e velhas e eu tive quase certeza de que ele já havia passado pelas mãos daquele-que-não-deve-ser-nomeado. Senti um grande arrepio e o entreguei ao Malfoy.

– O que você está fazendo com este livro Malfoy? – perguntei novamente com raiva e entre dentes.

– Não lhe interessa Weasley. – disse enquanto colocava o livro em seu lugar.

– Claro que interessa – gritei. Poxa, o que aquele garoto pensava que era? Tudo bem que eu o odiava por vários motivos óbvios, mas o que você faria se soubesse que alguém que você conhecesse, conhece a sua família e é o melhor amigo do seu primo, estivesse mexendo com artes das trevas? Eu não sabia se ele estava mesmo mexendo com isso, mas ele estava com livro, certo?

– Rose, querida – disse segurando meus ombros. Argh, como eu odiava quando ele me chamava pelo primeiro nome, era tão... Íntimo – infelizmente você mora na biblioteca. Você estava na hora errada, no lugar errado. Então, por favor, finja que não viu isto. – ele falava calmamente, e quando terminou, pegou a capa de invisibilidade de Albus que estava no chão e ia saindo quando ouvimos barulhos vindos da frente da biblioteca.

– Quem está ai? – perguntou uma voz estridente – Eu sei que são alunos fora da cama. Apareçam.

– Willian Parker – sussurramos eu e Malfoy ao mesmo tempo. Willian é o zelador da escola. Um homem de meia idade, baixinho e ranzinzo que adorava atormentar a vida dos alunos. Ele é o substituto do Filch, mas, para James, a mente de Filch foi clonada e colocada dentro da mente de Willian, por que não tem condições os dois serem tão chatos assim.

Troquei um olhar com Malfoy e ele me ofereceu a capa para me esconder. Eu sabia que ele entendia que se eu fosse pega ali, com certeza iria ganhar uma detenção.

Ele passou mão pelo meu ombro para que pudéssemos nos esconder ali. Era estranho estar ali com ele. Era estranho saber que mesmo depois do que ele me dissera momentos atrás, ele queria me “proteger”.

– Quem está ai? Apareça. – gritou Parker.

Scorpius me puxou para um canto ao lado oposto onde o zelador estava indo, e devagar, saímos da biblioteca.

– Ufa! Essa foi por pouco – bufei aliviada.

Malfoy ainda me segurava pelo ombro, quando percebi, disse:

– Agora pode me soltar. Posso me virar sozinha daqui para frente – tirei sua mão e ia saindo quando ele segurou novamente.

– Eu te levo até o salão comunal.

– Não precisa Malfoy – por debaixo da capa, era estranho conversar com ele. Estávamos pertos demais, juntos demais. Eu podia sentir sua respiração e seu hálito fresco enquanto conversava.

– Willian não vai desistir até achar um aluno fora da cama. É melhor ir escondida, junto comigo. Embaixo da capa.

Eu tive que concordar. Eu teria que ir com ele, se não quisesse ser pega pelo Parker.

No momento em que estávamos fugindo da biblioteca, eu havia esquecido completamente o incidente que havia acontecido. Enquanto não chegávamos ao retrato da mulher gorda, perngutei:

– E aquele livro?

– Já disse para esquecer, Rose. – respondeu ríspido.

– Tem haver com aquele caderno, não é? Aquele da capa vermelha? – eu não ia desistir tão fácil assim, se é que ele pensava isso. Sobre a luz da varinha, pude observar que sua expressão mudou.

– Rose, por favor, esqueça aquilo.

– E Elena tem haver com isso – disse ignorando. Aquilo não era uma pergunta, e ele sabia disso.

Ele também me ignorou e fomos caminhando vagarosamente pelo castelo. Era como se não tivéssemos presa de chegar ao dormitório e não ser pegos pelo zelador. Como se gostássemos um da companhia do outro.

– Ei, olha James e Mel se pegando.

Olhei para onde ele apontava e vi os dois quase engolindo um ao outro. Revirei os olhos imaginando se não havia lugar melhor, como um armário de vassouras ou um quarto onde ninguém podia vê-los. Ri de mim mesma pensando na possibilidade do armário de vassouras.

– Preciso alertá-los. Willian está fazendo ronda – sai debaixo da capa indo em direção ao casal.

– Psiu. Pose. Deixe-os – falou Scorpius atrás de mim ainda coberto – Rose Weasley – chamou e eu ignorei.

Quando estava próxima ao casal, Malfoy também se revelou com uma cara de derrotado. Problema dele. Ele podia muito bem ir para seu dormitório coberto, sem ninguém vê-lo. Eu não pedi ajuda dele mesmo.

– Ei vocês dois – interrompi James e Mel que me olharam com uma cara de quem queria me matar – Willian está fazendo ronda, acho melhor irem para cama.

James riu e disse:

– Olha quem fala. O orgulho da família Weasley andando pelo castelo na companhia do Malfoy. – olhei para o garoto que estava a uns cinco passos atrás de mim com um sorriso no rosto. Revirei os olhos.

– Vá para cama você – disse Mel voltando a beijar o namorado.

– Então fiquem ai. Se forem pegos por alguém, não vou fazer nada. – disse me retirando – e não é nada disso que você está pensado Potter.

– Tá bom. Eu não acredito em você priminha. – respondeu dando uma piscadela com um sorriso maroto no rosto.

Eu lá ia pegando a capa de Al que estava com Malfoy para me cobrir, quando Pirraça chegou e gritou para o castelo todo ouvir que havia alunos fora da cama.



Estava sentados James, Mel, eu e Scorpius á frente do diretor Logbotton, vulgo pai de Mel. Ele analisava cada um de nós por pelos menos dois minutos. Ele queria saber o que havia acontecido e eu contei uma história que, pelo menos eu achei que foi convincente. Scorpius tentou me ajudar aumentando um pouco, mas James e Mel pareciam que queriam ganhar uma detenção.

Eu nunca havia estado sentada naquela sala antes. Eu nunca havia ganhando uma detenção na vida. E meu coração acelerava a cada segundo a mais que eu passava ali.

– Certo – disse o diretor ao terminar de ouvir nossa história. Ele parecia convencido e soltei um suspiro de alívio. – Todos de detenção.

Droga.

– Minha explicação é o seguinte: - continuou o diretor - Potter e Mel estavam namorando enquanto Weasley e Malfoy também. – olhei para o garoto ao meu lado. Ele me deu um meio sorriso e voltou a atenção para o diretor.

– Potter e Mel, todos os dias durante uma semana, começando nessa segunda-feira, ás cinco horas, horário extra de Herbologia comigo. Weasley e Malfoy, alimentar os  testrálios, mesmo dias e mesmos horários, com Hagrid. Agora, vão para cama.

– A culpa é sua – cochichou Scorpius enquanto saia da sala.

– Não pedi que tirasse a droga daquela capa, Malfoy. Você não precisava estar aqui se não quisesse.

Nós da Grifinória, fomos escoltados para o salão comunal pelo monitor Otávio Wood, do sexto ano. Mel reclamava de ter mais um horário de Herbologia com seu pai e James ria de mim por ter ganhado uma detenção.

– Isso não é justo – me joguei em minha cama ao chegar ao dormitório – eu nunca ganhei uma detenção na vida, Mel.

– Tudo tem uma primeira vez. – deu de ombros – Eu ter mais um horário de Herbologia com meu pai que não é justo. – falou indignada.

– Dá para vocês duas irem dormir? – reclamou Roxy por debaixo dos cobertores.

– E o que a senhorita estava fazendo andando com Malfoy pelo castelo? – perguntou Mel ignorando Roxanne que levantou com um tiro e gritou:

– Você está saindo com Malfoy? Desde aquele dia, não é? Aquele que você mandou um bilhete para ele.

Lancei um olhar de reprovação para Mel. Eu não estava saindo com o Malfoy, mas custava ficar de bico calado. Eu adoro minha prima, mas quando tem um bafo daqueles para contar, ela não ficaria calada.

– Eu. Não. Estou. Saindo. Com. Ele – disse pausadamente para que pudessem entender – Agora me deixem dormir. – Eu simplesmente odiava o fato de todos acharem, até o diretor, que eu estava pegando, agarrando, namorando, amando o Malfoy. Argh.

Para que as pessoas parassem de achar isso, eu teria que me afastar dele, mas se eu me afastasse, não poderia ajudar Malfoy.


Pov Scorpius


A noite não foi uma das melhores, mas pelo menos descobri o que precisava e ganhei uma detenção na companhia de Rose. Eu passaria uma semana alimentando os trasgos com ela, e bom... Isso era até divertido.

Eu tinha quase certeza de que Elena ia me matar quando soubesse, e eu não estava errado.

Depois da aula de DCAT, Elena me puxou para dentro de um armário de vassouras dizendo quase aos gritos:

– Me diga que é mentira essa história de você e a Weasley estarem andando juntos pelo castelo a noite. Pelas barbas de Merlin, Scorpius, era pra você está na biblioteca, não?

– Calminha ai Elena. E quase mentira essa história minha mais da Weasley... – o colégio inteiro já estava sabendo de minha detenção, e todos achavam que eu mas Rose estávamos nos encontrando sozinhos. Contei a Elena, o mais rápido que pude, sobre o acontecido na noite anterior. – E além do mais, descobri quase tudo de que precisamos.

Vi um meio sorriso no rosto dela enquanto me empurrava para fora do armário.

– Vamos antes que nos atrase para a próxima aula. No caminho você me conta tudinho.

Contei a ela tudo que li no livro, tomando cuidado para que os outros alunos que ali passavam não me escutassem. Até pedi a ela que o lesse também para aprender mais, e ela me surpreendeu com uma pergunta:

– E o que precisamos para começar a fazer aquilo que ele nos pediu?

Pensei se devia mesmo contar para Elena, e depois de alguns segundos, respondi ao meio um sussurro:

– Morte.

– Você tem certeza disso? – cochichou

– Claro. –respondi – Se quiser dividir sua alma uma vez, terá que matar uma vez. E depois precisamos de um ritual de magia negra para transformar o objeto em Horcrux. – suspirei – não sei se quero fazer isso mesmo Elena. – disse olhando para ela enquanto chegávamos à sala de Transfiguração.

Elena me lançou um olhar de reprovação e disse:

– Continuamos esse papo depois.

Quando a aula acabou, Elena me segurou na sala até que não restasse ninguém e disse baixo:

– Scorpius, o caderno é uma Horcrux e a pessoa por trás dele pode nos ajudar a fazer uma. E me diga belas barbas de Merlin, por que você não sabe que quer fazer mesmo isso?

– Eu ainda posso pensar direito. Não tenho certeza...

– Pensei que você quisesse se tornar o próximo lorde das trevas.

– Eu sei, mas...

– Mas acontece que se você quiser mesmo ser o próximo, e eu tenho certeza que sim, você terá que correr atrás, e o principal de tudo, ficar longe da Weasley por que ela pode nos atrapalhar. Depois da sua detenção com ela, é pra você se afastar Malfoy.


Estava deitado em minha cama pensando nas palavras que Elena me disse. Eu não queria me afastar de Rose, mas eu gostava de artes das trevas, mas tinha medo de fazer uma Horcrux, mas eu queria ser poderoso um dia como Você-Sabe-Quem.

Eu estava confuso demais para pensar. Eu teria que decidir e logo, antes que você tarde de mais.

Ed, do outro lado do quarto, dizia o quanto Lily era linda, e o tanto que Lily era aquilo. Eu ignorava cada palavra que ele dizia e dava graças a Merlin por Albus não está ali, por que se estivesse, eu não teria sossego.

– Rose quer falar com você – chegou o garoto Potter no quarto fazendo Edward calar – esse negocio tá ficando serio, ein? – disse com um sorriso malicioso.

Ignorei jogando um travesseiro na sua cara antes de sair do dormitório.

– Ela está te esperando na torre de astronomia – gritou.


Rose estava encostada no peitoral da janela e a brisa tocava de leve seu rosto. Ela observava a noite estava linda e da torre dava para ver as estrelas e a lua de mais perto. De lá, parecia que podíamos tocá-las. Quando viu minha chegada, falou:

– Isso não é um encontro romântico.

– Não disse nada – dei de ombros.

– É, mas é o que todo mundo tá pensando.

– Eu sei, mas...

– Vou logo ao assunto – me interrompeu – eu quero de ajudar.

– Eu não preciso de ajuda – respondi

– Voltei a sonhar com você – disse mal prestando atenção do que eu havia falado – nas férias de natal – explicou – você estava tipo em um porão escrevendo naquele caderno vermelho. Por isso que eu perguntava a Albus se ele havia noticias de você. – ela fez uma pausa e suspirou – eu vi que você escreveu nele e suas letras logo desapareceram e outras tomaram seu lugar, exatamente como o Diário de Tom Riddle, sabe? – assenti lembrando quando meus pais me contaram sobre esse tal diário. – aquele caderno é uma Horcrux – continuou querendo me surpreender.

– Eu sei – respondi calmamente. Rose me olhou com espanto como se não esperasse aquela resposta.

– De quem?

– Não sei.

– Mas ele está te influenciando, não está? Foi ele quem pediu para você ler aquele livro de ontem, não é Malfoy? E Elena tem haver com isso. Por isso me pediu para que ficasse longe de você por que eu sei mais do que vocês imaginam, e ficando perto de você, pode ter certeza, que vou te impedir de fazer qualquer tipo e burrada. – como eu odiava o fato dela ser tão esperta e sacar tudo logo de inicio. Ela tinha razão, ela sabe mais do que imaginamos, por que Rose tinha que ser assim? Eu não queria que ela tivesse algo haver com isso. Eu não queria que ela se intrometesse no assunto de artes das trevas.

Ela ficou olhando para o céu vários minutos enquanto eu tentava processar todas as palavras que ela havia me dito. Eu não sabia o que falar.

Rose virou seu rosto para mim novamente e pude ver lágrimas brotarem em seus olhos. Ela podia ter certeza que aquilo me partiu o coração.

– Fique longe disso Scorpius... Por mim.



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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam desse "por mim" da Rose ein ? gente, eu gostaria de pedir para voces, do fundo do meu coração, que deixem suas opiniões em seus reviews, eu preciso muuuuuito saber o que voces estão achando para eu melhorar a fic e talz. bom, é isso. kisses para voces :*