P.O.V Lindsay

_Terminei esta parte aqui. –Disse quando terminei de organizar uma parte da faixa de “Feliz aniversário Duda”.

_Hum, obrigada Lin ficou ótimo. –Falou Duda com um sorriso de aprovação no rosto.

_De nada. Falei e senti meu celular vibrando no bolso._ É o Jus.

_Então atende. – Disse com uma sobrancelha arqueada.

_Oi meu bem. –Falei animada.

_Oi, já cheguei, onde você tá. –Falou.

_Tô, ajudando a arrumar a festa da Duda. –Disse organizando os copos._ E você chegou aí que hora? –Completei.

_Agora.

_Quer que eu vá te buscar? Eu já terminei aqui.

_Não, não precisa, amanhã preciso te ver, precisamos conversar. –Disse sério.

_Ok, mais é tão grave assim? –Disse.

_Acho que sim, amanhã conversamos, beijo e eu te amo.

_Tá bom, beijo te amo.

...

No dia seguinte não fui a escola, por que eu iria ajudar a Duda com sua festa. Acordei e olhei no relógio e marcava 10:00 da manhã, levantei e fui no banheiro, fiz minhas higienes, tomei um banho e escove os dentes. Quando terminei fui a procura de uma roupa pra mim vestir. Achei, um shorts jeans, uma blusa de manga azul Hortência, e uma sapatilha preta. Coloquei essa roupa mesmo, depois fiz uma maquiagem clara, só base, pó, lápis de olho azul e gloss. Escovei os meus cabelos e peguei meu celular e desci as escadas.

_JUS! Que saudade.- Falei quando o vi sentado no sofá, fui correndo e o abracei.

_Também, estava com saudades. –Falou e se separou de mim. _Vamos sair precisamos conversar.

_Tá bom, onde vamos? –Perguntei, Jus estava estranho, já não tinha mais o brilho nos olhos como antes.

_Vamos na praça. –Sugeriu.

_Tá bom então.

Minha mãe hoje também não foi trabalhar, ela estava resfriada, então fui no quarto onde ela estava de cama.

_Mãe, vou sair com o Jus, daqui a pouco estou aqui de volta, ok?

_Tá bom, cadê o Dave? Já foi pra escola?

_Acho que sim.

_E cadê o Josh já chegou da farmácia, eu pedi pra ele comprar um remédio pra mim.

_Não ele anda não chegou, eu não demoro.

Fui na minha mãe e dei um beijo nela. Depois ela espirrou.

_Tá bom.

Sair do quarto e fui direto pra sala.

_Vamos?

Justin suspirou e depois falou o mesmo “vamos”.

Chegamos na praça, Justin e eu se sentamos no banco, sério eu estava já um pouco preocupada, o que será que ele queria falar comigo de tão sério.

_Pode falar. –Fiquei o encarando.

Percebi que Justin havia abaixado a cabeça e deixado cair uma lágrima.

_Jus... –Levantei sua cabeça. _O que aconteceu? Pode me contar.

Justin me abraçou e ouvi ele chorar.

_Lin, temos que nos separar. –Me afastei dele.

_Como é que é? –Perguntei confusa. _Como assim nos separar? –Deixei uma lágrima cair.

_Aconteceu uma coisa que eu nunca queria que tivesse acontecido. –Falou.

_O que? –Perguntei.

_Eu te trair, pronto falei. –Disse e começou a chorar.

Eu não respondi, fiquei paralisada olhando ele chorar.

_Por favor, Lin me perdoa, eu estou totalmente arrependido. –Disse ainda chorando.

_Com quem me traiu? –Disse, e começou a cair muitas lágrimas, rapidamente as enxuguei.

_Selena. –Sussurrou mais eu escutei.

 _Só podia ser. –Falei.

_Me perdoa eu juro que não queria, Lin eu juro, posso te explicar tudo o que aconteceu. –Falou.

_Não precisa, eu tô indo. –Falei e me virei.

_Espera, eu te amo Lin, por favor me perdoa. –Disse segurando o meu braço.

_NÃO. –Gritei. _VAI, VAI FICAR COM ESSA “SELENA” JÁ QUE VOCÊ A AMA TANTO. –Gritei. _Você não presta, e pensar que eu te amei, e pensar que eu estava feliz.

_Lin, por favor, eu sei que mereço, mais me dá uma segunda chance. –Justin, falou chorando.

  _Segunda chance, segunda chance, infelizmente não posso Justin, eu não consigo. –Disse e me soltei de suas mãos.

Depois fui embora sem olhar nem pra traz, cheguei em casa chorando, subi direto pro meu quarto e me tranquei. “ Isso não pode tá acontecendo, isso não pode tá acontecendo, não pode”, eu repetia isso muitas vezes, então fui no banheiro e me olhei no espelho, meus olhos estavam vermelhos, e inchados de tanto chorar, minhas bochechas estavam ardendo.

_Você não pode fraquejar. –Falei pra mim mesma. _Não pode.

Estava sentindo uma dor horrível dentro de mim, que me fazia chorar mais, olhei do lado da minha pia e vi uma pequena tesoura de ponta afiada, peguei a tesoura e a olhei.

P.O.V Josh

Estava subindo até meu quarto, quando escuto um barulho vindo do quarto da Lin, resolvi bater.

_Lin. –Disse batendo na porta. _O que tá acontecendo, abre a porta.

Não ouvir resposta, bati mais ainda.

_LIN, ABRE A PORTA AGORA. –Gritei, batendo a porta.

Ainda não escutei nenhuma resposta. Vi que Dave estava parado do lado da sua porta.

_Tá fazendo o que? –Disse Dave chegando perto de mim. _Por que tá gritando?

_A Lin não quer abrir a porta, eu tô começando a ficar preocupado.- Disse voltando a bater a porta._ Lin... abre a porta.

Escutei um “Ai”, agora que eu me preocupei.

_Deixa eu tentar Josh. –Falou Dave.

_Tá. –Dei espaço.

_ABRE LOGO ESSA PORTA LIN. –Dave gritava e batia feito um retardado.

_Que gritaria é essa. –Disse mamãe chegando perto da gente.

_A Lin não quer abrir a porta. -Disse Dave.

_Espera. –Disse mamãe se aproximando da porta._ Lindsay, amor abre a porta, é a mamãe.

_Não. –Respondeu finalmente.

_Lin você tá bem? Por que não abre a porta?- Disse.

Não ouve resposta.

_Ah já chega, perdi a paciência, se afastem. –Disse e dei um empurrão na porta, que abriu.

Lin estava desmaiada no chão, e estava muito pálida, e com o pulso sangrando.

_FLHA! –Gritou minha mãe, pegando em Lin e a sacudindo. _Josh, chama a ambulância, Dave liga pro seu pai, agora. –Disse minha mãe desesperada. _Acorda Lin, acorda.

Sai do quarto rápido e fui direto para o telefone, chamei a ambulância. Depois voltei para o quarto.

Logo uma ambulância chegou junto com o nosso pai.

_O que aconteceu. –Perguntou meu pai chegando no quarto acompanhado por enfermeiros.

_Não sabemos, Josh abriu a porta e ela estava desmaiada, estava muito pálida e com o pulso sagrando. –Disse minha mãe tudo de uma vez só, e abraçando o meu pai._ Eu estou com muito medo John. –Falou minha mãe ainda abraçada ao meu pai.

_Calma Lídia. –Falou meu pai tentando acalmar minha mãe que estava chorando.

Os enfermeiros, pegaram  Lin, e colocaram em uma maca depois levaram para a ambulância, nós quatro fomos no carro do papai e seguimos a ambulância até o hospital.

...