Luka estava preparada para sentir uma enorme dor, tudo para ficar junto de Gakupo, que estara falecido diante dela.

Ela respirou fundo, lágrimas não paravam de escorrer de seus olhos, ela fechara os olhos, apontando a flexa contra seu peito, onde se localizava seu coração.

Sua vida toda passou por sua mente. Tanto os momentos bons quanto os ruins.

- Estou indo até você - ela sussurrara.

Gakupo estendeu seu braço e sugurou seu pulso, chamando-a pelo nome.

Luka pensara ser apenas uma impressão, mas quando ela abriu os olhos, lá estava Gakupo, vivo, estirado no chão, sangrando, sorrindo para ela.

- Luka...

- Gakupo! Onde estava com a cabeça?? Poderia ter morrido! - ela reclamou, abraçando-o e rapidamente ajudando-o a levantar do chão, igualmente ajudando-o a andar debaixo daquela chuva gelada que congelava a pele deles.

- Foi tudo... Para proteger você... - ele soltou um pequeno urro de dor.

- Você me mata do coração certas vezes, sabia? - Luka riu.

Os dois continuaram andando lentamente até o castelo, uma longa caminhada debaixo da chuva.

Não muito longe dali, Rin e Len haviam escapado do homem e corriam em direção ao castelo.

- Vamos Rin! Antes que aquele homem venha atrás de nós!

- Estou indo! - ela gritou.

- Ahá! Pensaram que iam escapar de mim, não? - o mesmo homem apareceu na frente dos dois.

- Corra para bem longe daqui, Rin! - gritou Len.

- Mas...

- Ouça o que estou dizendo! Vá para o castelo e estará segura!

- Len! - ela gritara, correndo para bem longe dali.

- Você vem comigo! - o homem disse, olhando para Len e segurando-o, amarrando seu corpo com uma corda.

- Me larga! - gritara Len, tentando se soltar dali.

- Você vem comigo para meu reino, pirralho.

- Me solta seu bastardo!

Rin chegara no castelo se derretendo em lágrimas, um dos guerreiros perguntara a ela onde estara seu irmão, ela só balançara a cabeça.

Logo depois, Luka e Gakupo chegaram no castelo e viram que Len não estara mais ali.

- Gakupo! - os guerreiros exclamaram em coro.

- Rin! Por que está chorando? Onde está Len?

- Ele... foi sequestrado! - ela disse, soluçando.

Luka e Gakupo ficaram pasmos.

Gakupo soltara mais um urro de dor e Luka pedira para que os guerreiros o levassem para seu dormitório e que cuidassem dele.

- E agora, prima? Nós duas não podemos ir até lá no outro reino!

- Foi para o reino do príncipe Kaito que ele foi?

- Provavelmente.

- Então, iremos nós duas mesmo, partiremos daqui a duas horas!

- Entendido!

Luka subira para o quarto de Gakupo, onde os guerreiros tiraram sua armadura e sua camisa e fizeram uma faixa de gase que envolvia o ferimento e todo seu tórax.

- Ele ficará bem?

- Sim, princesa. Ele é um homem muito forte. - afirmou um dos guerreiros.

- Eu sei... - ela disse, olhando para uma mesa do quarto do guerreiro, na qual tinha uma espécie de livro de capa totalmente preta em cima, ao lado de uma pena e tinta.

Ela abriu o "livro" e logo o lera, notando que era o diário de Gakupo, no qual falava muito sobre ela.

" Eu a amo, mas com certeza ela não me ama, ela ama aquele tal príncipe chamado Kaito ". Ao ler isso, Luka ficara pasma e olhara para Gakupo.

Os aliados do guerreiro saíram do dormitório e Luka fora até uma ponta da cama onde Gakupo descansava.

Ela olhou para seu rosto, ele estava de olhos fechados. Ela se aproximou dele cada vez mais, começando a sentir a respiração de Gakupo. Quando notara, já estava encostando seus lábios nos dele.

Sim, um beijo, um beijo longo e carinhoso, no qual ficaria quardado na memória de Luka e Gakupo para sempre.

Gakupo abriu seus olhos lentamente e Luka parava de beijá-lo, levantando-se.

- Desculpe! Não devia ter feito isso... - disse a princesa.

Gakupo pegou a mão dela e a puxou para perto dele. Luka sentou-se novamente na cama e direcionou seu rosto com o dele, assim, se beijando novamente.

- Eu te amo, meu guerreiro. - disse Luka.

No reino do príncipe Kaito, o casamento já iria começar e Pietro havia fujido dali sem dar mais notícias.

Kaito estava angustiado, então, antes de seu casamento, ele foi para o topo de uma colina não muito distante dali, onde poderia refletir sozinho sobre seus problemas.

Mas lá ele não imaginara que iria encontrar a camponesa Miku, que ali ficara, cabisbaixa, pensando sobre algo no qual Kaito ainda não havia descoberto o quê.

- Miku?

- Olá Kaito...

- O que faz aqui?

- O mesmo que você. Refletindo sobre problemas.

- Eu preciso lhe fazer uma confissão.

- Pode dizer. Estou ouvindo.

- Eu sei que hoje é o dia do meu casamento, então... Eu não vou me casar com quem eu amo...

- Mas por acaso você ama alguém? Por que não pode se casar com esse alguém?

- Porque ela é uma camponesa.

- Ah... - a garota ficava cabisbaixa novamente.

- Você.

Ela virou o rosto para ele, assustada.

Ele se aproximou do rosto dela.

- Kaito... Não acho que seja certo isso...

- Você não gosta de mim, certo?

- Pelo contrário... Eu também te amo, mas você é um príncipe e eu... - antes de terminar sua frase, Kaito sela seus lábios com os dela.

Miku olhava para ele, com seus olhos brilhando, ele sorria para ela, um sorriso que a deixava muito calma.

- Kaito! Venha! Seu casamento já vai começar! - gritou Kasane, fazendo Kaito pagar o maior mico de sua vida diante de sua amada.

- Tenho que ir - ele disse, beijando a mão da camponesa.

Ele foi até Kasane, com vontade de matá-la.

- Humm, noivo safado você, hein? - Kasane ri.

- Não conte a ninguém! Por favor!

- Relaxe, seu segredo está seguro comigo! - a garota afirmara.

- Obrigado.

- Eu dou todo o apoio para você e a Miku ficarem juntinhos! - disse Kasane, dando uma cotovelada no braço do garoto.

- Veremos...