A Maldição do Deus Oculto escrita por Laís di Angelo
Notas iniciais do capítulo
Fala pessoal... Hoje venho trazer pra vocês o segundo capítulo da Fanfic... Espero que gostem, esse tem ação!!!!!!!
Capitulo 2- Ataque surpreendentemente surpresa
POV Roselie
O dia passou tranquilamente. Emily e eu tivemos quase todas as aulas juntas, o que era ótimo, pois eu adorava passar o tempo com ela. Também almoçamos juntas, mas dessa vez em companhia de alguns garotos da nossa turma e umas três meninas que estavam na nossa aula de Inglês.
- Rose, espera um pouquinho. – gritou Emily enquanto eu ia embora rapidamente, afinal a aula já havia acabado. - Vai com seu primo bonitão hoje ou quer carona?
- Que primo bonitão? - Perguntei de forma bem cínica. Acho que sou a única que não acha meu primo atraente.
Ela me lançou um olhar irônico e malicioso.
- Fala sério! Convive com aquele Deus Grego todos os dias e não vê beleza nele? É a mesma coisa que aquele mau-caminho do capitão do time de basquete falar que você é feia.
- Obrigada pelo elogio. E eu vou, sim, com o Klaus. Vou esperar ele sair do teste de jogador de basquete. Mas obrigada pela carona. Beijo, Emily!
- Tchau, amiga! Até amanhã!
Depois de nos despedir, caminhei para o ginásio, afinal, queria rir um pouco da cara do Klaus fazendo seu teste.
POV Klaus
A única coisa boa que aconteceu naquele dia monótono e exaustivo foi poder perder mais uma aula chata de Matemática e ir ao teste para entrar na nova escalação do time de basquete da escola.
Cheguei ao ginásio e vi o novo treinador, um cara alto, musculoso, de pele escura e com uma expressão do tipo: "Merda! O que eu fiz pra merecer isso?"! Enfim, vi-o fazendo um teste com cinco garotos e só um deles teve a capacidade de acertar a bola na cesta no arremesso livre. Por fim, ele me chamou. O ginásio estava vazio, estávamos somente eu, o outro jogador e o treinador.
- Você é Klaus Nicholls? - Perguntou o treinador com um brilho estranho nos olhos.
- Sim. – Respondi, hesitante. Aquele cara estava muito estranho.
- Ótimo.
Ele me lançou uma bola de basquete de repente e com uma força que não precisava ter usado. Eu peguei a bola rapidamente, Valeu TDAH. Nesse minuto a porta abriu e uma garota linda de cabelos negros e ondulados que iam até a cintura, pele clara e de um corpo perfeito, entrou. Ela me lançou um sorriso encorajador, porém bastante irônico que estavam quase fazendo seus olhos dourados com repuxos negros se fecharem. Rose. O treinador virou-se para ver onde eu olhava e a encontrou.
- O que está fazendo aqui, mocinha? - Perguntou o treinador.
Roselie se aproximou sem medo de levar um fora, quase que gritei pra ela ficar calada e não responder àquele esquisito.
- Eu estou aqui para ver o teste do meu primo. Será que seria possível, treinador... - Ela olhou no uniforme dele. - Ian? - Ela lançou-lhe um sorriso. Acho que o único que resistia ao charme dessa menina era eu.
- Claro... Você é prima dele? - Perguntou o treinador novamente com aquele brilho medonho no olhar.
- Sim...
Antes que ela pudesse se apresentar o jogador que tinha feito o teste se aproximou.
- Roselie Nicholls, não? - Perguntou ele. Ela respondeu com um sorriso
O treinador e o garoto trocaram olhares cúmplices e eu me aproximei deles sentindo que nada a partir daquele momento prestaria.
- Que bom que a encontramos, Srtª. Nicholls. Você nos poupou muito tempo. - Afirmou o garoto, e quando eu iria dizer alguma coisa sobre o que estava acontecendo, Rose me interrompeu, mas nada falou.
Os olhos de minha prima se arregalaram e ela vacilou dando um passo para trás, totalmente confusa, assim como eu.
- Agora podemos fazer o serviço completo. - Completou o treinador que a essa altura já nem era mais ele e sim uma fumaça cinza.
A fumaça foi subindo lentamente até o teto. O garoto também virou uma fumaça e se misturou com o que antes era o treinador Ian. Até que a fumaça acabou e no lugar dela estava um bicho muito, muito esquisito. O corpo era de leão e o pescoço era de carne rosada que contrastava com a pele preta da cabeça de dragão. Eu comecei a gritar, empurrando Roselie pra trás, mas sem sucesso: ela não saía do lugar.
- Roselie! – Esbravejei, tremendo de medo e totalmente perplexo. ‘O que está acontecendo ?’ , pensei.
- O... Que... É... Isso? - Ela me perguntou com a voz baixa.
- Quer mesmo ficar aqui pra ver? - Perguntei e ela balançou a cabeça negativamente. - Então vem!- e puxei desesperadamente.
Seu olhar ainda estava arregalado e ela permanecia uma estatua. Tinha perdido minha paciência.
- ROSELIE! SAIA DAÍ!
Enfim, ela correu. Mas soltou um grito tão alto que seria capaz de quebrar os vidros daquele ginásio. Corremos em direção à porta. Mas um rabo de leão me jogou no meio da quadra.
- Onde os filhotes de deuses pensam que vão? - A voz do dragão saiu como se ele tivesse engasgado com alguma coisa.
- Eu sou o filhote da minha mãe, seu idiota feioso! - Roselie gritou. Isso ela sabia fazer.
O Dragão-leão-com-pescoço-sem-pele foi atacá-la, mas ela se abaixou e saiu do seu caminho a tempo. Ela correu até mim e eu me levantei.
- Isso é uma ilusão. Isso é uma ilusão. Isso é uma ilusão. - Ela ficava repetindo pra si mesma.
- Isso NÃO É UMA ILUSÃO, ROSELIE!
- Pensei que o drogado que tinha ilusões fosse você. - Ela sussurrou enquanto o monstro vinha em nossa direção. - Mas por via das duvidas... CORRE! - Ela gritou com todo o ar de seus pulmões. No momento em que ela ia saí correndo, eu a segurei. - QUE ISSO? QUER MORRER?
- Espera. - O monstro foi vindo em nossa direção e quando ele estava chegando perto de nós eu falei: - Agora a gente corre!
O monstro não conseguiu parar de correr a tempo e quando se virou para nós já estávamos chegando na porta.
- O CARRO ESTÁ AÍ NA FRENTE! - Gritei para Roselie e ela assentiu.
Conseguimos sair da quadra, e fomos diretamente para o carro, ouvindo o barulho da parede da quadra ser quebrada por aquele animal! Entramos correndo no carro e quando eu saí com ele dali a porta do lado da Roselie não estava nem fechada. Ela respirava com dificuldade assim como eu. O monstro ainda nos seguia. Acelerei ainda mais. Estávamos a mais de 200 km/h. Até que em algum ponto vimos uma viatura de policia.
- O monstro sumiu. – Falou Roselie. Desacelerei imediatamente – E o que foi aquilo de ficar esperando o monstro chegar perto da gente lá no ginásio?
- Se você corresse, ele ia te pegar. Esperei ele vir com tudo pra cima da gente e depois atingir o nada... Não tem como explicar. Só sei que deu certo.
- Da próxima eu vou correr e ninguém me segura. – Afirmou ela.
Ficamos em silencio por um bom tempo. Resolvi meu problema com os policiais. Disse que meu pai estava passando mal e eu precisava chegar a minha casa rápido. Eles só fingiram que acreditaram e me deram uma multa. Entrei novamente no carro e Roselie estava tremendo.
- O que foi? – Perguntei.
- Contou para o policial do monstro?
- Não! Vão pensar que somos malucos! O que com certeza somos. Até por que parecia que só nós vimos o monstro; As poucas pessoas que estavam no estacionamento nos olharam com cara de: “meu Deus o que eles estão fazendo?”
- Estou com muito medo! Aquilo foi verdade! Ele arrebentou a parede da quadra... – Ela soltou. – Ele... Ele disse... Que nós éramos filhotes de deuses... O que isso quer dizer?
- Não faço a mínima ideia. Mas sei quem sabe. – olhei para ela e ela assentiu dizendo junto comigo: - Henrique.
Chegamos em casa ainda chocados. Aquilo não tinha sido uma ilusão, ou invenção da nossa cabeça. Definitivamente não. Entrei dentro de casa e fui direto pro banheiro tomar banho e depois me sentei no sofá esperando meu pai e Benedith chegarem do trabalho.
Eu tinha um pressentimento muito forte, que dizia que meu pai sabia de alguma coisa. E eu iria saber. Custe o que custar.
POV Roselie
Eu entrei em casa e fui tomar um banho. Estava estressada, morrendo de medo e confusa. Meu corpo todo tremia, estava em estado de choque e só me perguntava uma coisa: qual era a do monstro fedorento? Fala sério! O que eu fiz pra ele querer me matar?
Respirei fundo e saí do banheiro. Vesti uma roupa qualquer e desci as escadas e encontrei Klaus todo largado no sofá com uma bermuda e uma camisa apertada, com os cabelos espetados apontando pra várias direções- como ele podia parecer despreocupado com aquilo. Fui em direção a cozinha e abri a geladeira pegando um copo de leite. Fui até a sala e me sentei no outro sofá. Depois de algum tempo tio Rick e Benedith entraram em casa. Klaus se levantou imediatamente. Tio Rick olhou desconfiado para ele.
- Olá. Algum problema? – Perguntou percebendo a minha expressão.
- Na verdade três e todos eles misturados. – Eu falei e todos me olharam confusos até Klaus. – Uma cabeça de dragão, um corpo de leão e um pescoço de carne viva.
- Como? – Perguntou tio Rick colocando sua pasta no sofá.
- É isso mesmo, pai. – Confirmou Klaus. – Estávamos na quadra quando um jogador e um treinador de basquete viraram fumaça e nos atacaram... E eu sinto que o senhor sabe de alguma coisa.
Tio Rick parecia totalmente desesperado, mas adivinhe o que ele falou?
- Chega de brincadeira! – Reprovou ele.
- Ah, não! – Exclamou Klaus levantando a manga da blusa e mostrando o machucado que tinha no braço. – Isso aqui é brincadeira?
- Tio Rick! - Chamei. – Não é brincadeira. O monstro era horrível! E ELE TENTOU NOS MATAR!
Tio Rick ficou em silencio. Ele nos olhou por um bom tempo e depois disse andando em direção a cozinha.
- Vão dormir. Amanhã conversamos.
Abri minha boca para protestar, mas fui interrompida por Benedith.
- Durmam queridos. Amanhã, quando estiverem mais calmos, nós conversamos.
E quem é que estava irritada ali?
- E EU ESTOU O QUE? ESTOU IRRITADA POR ACASO? – Berrei. – EU QUASE FUI MORTA HÁ ALGUMAS HORAS! E EU TINHA QUE ESTAR IRRITADA?
- Roselie, - Klaus me chamou calmamente. – Vai para o seu quarto e cala a boca.
- ARGH! – Subi as escadas batendo o pé com força desnecessária em cada degrau. Caí em minha cama e, mesmo sem querer, adormeci na mesma hora.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí, gostaram??? Caso tenham gostado, deixem reviews pra gente e também falem do que não gostaram. Deixem recomendações... Até o próximo capítulo!!!!!