A Maldição do Deus Oculto escrita por Laís di Angelo


Capítulo 2
O Começo De Um Dia Aparentemente Normal


Notas iniciais do capítulo

EI, GALERA.
ESPERO QUE GOSTEM DO PRIMEIRO CAPITULO... *.*



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CAPÍTULO 1- Um Início de Dia Aparentemente NORMAL


POV Roselie

Acordei sobressaltada. Palavras ainda ecoavam na minha cabeça, mas eu não me lembrava de nada. O que estava acontecendo comigo? Há algum tempo comecei a sonhar com minha falecida mãe, Diana Nicholls, e depois disso, minha vida virou um inferno! Vivia tendo pressentimentos, sonhos e visões de cães de sete cabeças e gigantes tentando me matar. Acho que eu estava lendo muito a respeito de Mitologia Grega, o que realmente me fascinava.

Bem, meu nome é Roselie Mary Nicholls. Há dois meses me mudei aqui pra Nova York com meu tio, Henrique Nicholls, a mulher dele, Benedith, e meu primo idiota e alcoólatra, Klaus. Minha mãe morreu quando eu tinha dois anos e desde então eu moro com meu tio numa cidade do interior. E agora, aqui estou eu. Em Nova York, convivendo com vários tipos de pessoas diferentes, tendo pesadelos nítidos todas as noites e vendo minha mãe. Confesso que isso tudo me intriga.

Depois de muito tempo deitada me levantei e fui tomar banho. Fiquei um bom tempo debaixo do chuveiro deixando que a água caísse sob meu corpo. Aquilo me revigorava. Fazia eu me sentir melhor. Relutante, saí dali e fui me arrumar. Coloquei uma calça jeans escura simples; uma camisa rosa clara com uma flor bem meiga desenhada do lado esquerdo; uma jaqueta jeans escura e um All Star preto e cinza. Fui até a penteadeira e arrumei meus cabelos negros e ondulados que iam até a cintura. Depois passei um lápis em meus olhos verdes claros com repuxos negros, somente pra destacá-los. Passei uma sombra clara e um pouco de blush nas bochechas. Coloquei um par de brincos de pedras rosa e uma pulseira no mesmo estilo e o anel prata que pertencia minha mãe. Ele tinha a forma de uma estrela e era a única coisa que eu tinha dela. Olhei-me no espelho e sorri. Minha pele clara era perfeita assim como meu corpo. Passei um batom em meus lábios carnudos e fiz biquinho para o espelho. Estava linda como sempre, e, pelo que vi nas fotos, parecia muito com minha mãe. Peguei minha mochila cinza e desci as escadas.

Meu tio e minha tia estavam sentados na mesa tomando café. Os dois me olharam e sorriram.

- Bom dia, tios! - Eu disse e beijei a bochechas deles.

- Bom dia, querida. - Respondeu tia Benedith.

- Bom dia, Rose. - Respondeu meu tio. Seus olhos negros estavam tomados de preocupação e eu tive curiosidade em saber o motivo. Mas logo o problema desceu pelas escadas: Klaus. O caos da minha vida.

O meu priminho \"querido\" e \"fofo\" era musculoso, alto e de pele clara. Tinha cabelos negros e olhos castanhos da cor da terra com alguns repuxos negros- acho que era a única coisa que confirmava nosso parentesco. Rosto másculo e lábios finos. Usava uma calça jeans preta, um All Star preto e uma blusa marrom escura apertada. Sua expressão era uma do tipo: \"Não dormi, estou com sono, então não falem comigo.\" Mesmo assim ele continuava lindo.

- Bom dia, filho. - Desejou tio Henrique.

- Bom dia. - Respondeu de mal humor, com arrogância e com uma cara de que preferia dizer “Que é que há de bom?”.

Vi tio Henrique e tia Benedith trocarem olhares tristonhos. Klaus se sentou na minha frente e eu lhe lancei um olhar mortal que dizia tudo o que eu não falei em voz alta: \"Não acredito que fez isso de novo!\". Ele arqueou as sobrancelhas e movimentou a boca e eu entendi perfeitamente: \"Trato\".

Às vezes eu me arrependia desse trato. Quer dizer... Era difícil conviver com isso. Embora eu e ele brigássemos até pra ver qual gota de água nós achávamos mais bonitas, ele ainda era meu primo mais velho e garanhão que eu amava como a um irmão. Todo final de semana ele bebia. Eu não sabia o motivo, ele nunca me contou. Só sei que depois que ele descobriu que eu sabia, ele me disse que me colocaria na banda dele se eu não contasse para seu pai. Bem, eu sabia que tio Henrique já suspeitava disso e eu sempre sonhei com o clube do coral, então acabei aceitando. Sentia-me mal por vê-los assim.

Tia Benedith não era a mãe biológica de Klaus, a dele tinha morrido no mesmo acidente que a minha, mas mesmo assim ela o amava como a um filho, e esse vício que ele tinha era tão doloroso pra ela quanto para tio Henrique.

- Klaus. - Chamei e ele me olhou. - Você vai ensaiar com a banda hoje?

- Claro. Depois de fazer o teste para o time de basquete. - Respondeu ele normalmente. - Quer vir comigo ou vai com a irmã da Selena?

Selena era minha melhor amiga desde o maternal. A irmã dela já foi namorada do Klaus, mas mesmo depois de terminarem ela nunca deixou de falar comigo.

- Posso ir com você? - Perguntei com medo da resposta.

- Pode. - Ele respondeu.

- Acha que eu tenho chance de algum dia tirar carteira de motorista? - Perguntei. Entristecia-me, pois não ter carteira era o motivo de eu ter que ser levada por todos a cada lugar.

- Claro. - Respondeu tio Henrique, como sempre, muito otimista. - Por que não?

- Eu tenho Déficit de Atenção, Dislexia e Hiperatividade. - Respondi como se fosse óbvio. - Não consigo nem assistir televisão direito!

- Fica tranquila. Você ainda tem 14 anos. - Respondeu Klaus.

- E você tem 16. - Revidei. - A diferença não é tão grande.

- Finquem calmos. - Falou tio Henrique. - Um dia vão dar Gloria aos deuses por isso. - Continuou ele concentrado em seu jornal.

Olhei para Klaus e ele também tinha percebido. Lentamente olhamos para seu pai.

- Não seria só um Deus tio Rick? - Perguntei.

Ele não tirou os olhos do jornal.

- Isso, isso... Agora vão, crianças. Vocês estão atrasadas.

Eu revirei os olhos e saí de casa acompanhada por Klaus que já começou a me irritar.

- E aí priminha! Já sabe qual dos jogadores de basquete vai pegar hoje?

Pode-se dizer que eu e meu priminho tosco ali chamemos atenção. Mas isso não era motivo para ele sair por aí falando de quem eu fico ou deixo de ficar. Mas era segunda feira e me estressar podia causar rugas. Entrei na onda dele.

- Estava pensado naquele bonitão que pegou sua namorada ontem. - Respondi.

Em troca ele me deu um amigável tabefe na cabeça.

- Vou te denunciar, hein! - Ameacei não segurando o riso.

- E eu vou te jogar pra fora desse carro se não calar a boca. - Revidou ele sorrindo.

- Foi você quem começou. – Repliquei entrando na Ferrari Preta.

- Você ainda é muito nova pra namorar priminha. Tenho que te proteger.

– Vai bancar o papaizinho agora? – Perguntei enquanto ele entrava no carro.

- Seu pai não esta aqui. Vou fingir que sou ele. – Revidou sorrindo.

Meu humor de irritado-feliz mudou para pura tristeza.

- Queria saber o que aconteceu com meu pai. – Falei cabisbaixa e com voz carente.

- Desculpe por tocar no assunto. – Ele disse.

- Tudo bem... Agora vamos. Estamos atrasados.

POV Klaus

Acordei sobressaltado. Não durmo a noite desde que me mudei pra Nova York, há uns dois meses. É bem esquisito, mas ando tendo vários pesadelos daqueles monstrinhos de anime tentando me atacar. Na verdade, eles pareciam ter várias cabeças e serem enormes. De qualquer forma, nunca me foi comum sonhar tanto quanto está acontecendo agora. Talvez seja a bebida, já que eu tenho tomado muito. Eu meio que sei que é errado, até porque tenho 16 anos, mas o álcool de fim de semana com meus amigos me deixa aliviado e despreocupado com a vida.

Sou Klaus Joan Nicholls, um adolescente problemático, raivoso e um pouco arrogante que tenta aguentar o 2º ano do Ensino Médio, mas não tem um pingo de paciência. Pois é, nem eu me aturo. Na verdade eu me aturo sim, me adoro, sou meio narcisista. Moro com minha prima, desde que a mãe dela morreu, meu pai e minha madrasta que sempre cuidou de mim, já que minha mãe faleceu quando era muito pequeno. Sou bem popular no colégio, do tipo “olha aquele garanhão gostoso vindo na nossa direção”, as garotas me amam, e chamo bastante atenção- gosto muito disso.

Enfim, estava muito cansado, mas tinha que ir estudar naquela manhã de segunda-feira. Teria teste do time de basquete no último tempo e depois iria ensaiar com minha banda do clube do coral da escola.

Tomei uma chuveirada, coloquei uma roupa simples, arrumei minha mochila de com pressa, e desci as escadas para ir tomar café na cozinha com minha “adorável família”. Ao chegar lá vi minha prima idiota me olhar com um quê de indignação e repreensão e meus pais com expressões chateadas. Com certeza eles descobriram que eu havia bebido com uns “colegas” no fim de semana. Não queria chateá-los, mas eles deviam considerar o que passo. Cansaço, provas, repressão, deveres, trabalhos, mais provas. Tenho fadiga até de falar.

-Bom dia, filho- falou meu pai.

-Bom dia- disse eu de forma bem geral, isto é, cumprimentei a todos num só bom-dia. Era menos cansativo. È claro que preferiria dizer “que é que há de bom”, mas me contive e sentei-me à mesa.

Senti Roselie, minha prima, me olhar novamente com jeito de indignação, mas apenas soletrei para ela “TRATO”. Havíamos combinado de ela não comentar a respeito de eu ser meio alcoólatra e eu a deixava cantar em minha banda do clube do coral. Como 2ª voz, é claro, já que eu era o vocalista principal.

De qualquer forma, o café foi rápido e monótono como o de sempre. Depois disso saí com Roselie em direção do carro e brinquei, tentando irritá-la um pouco:

– E aí priminha! Já sabe qual dos jogadores de basquete vai pegar hoje?

Pode-se dizer que eu e minha prima chamemos muita atenção na escola. Eu adorava essa situação, mas Rose nem tanto.

- Estava pensado naquele bonitão que pegou sua namorada ontem. – Ela revidou feio, jogando na minha cara, aquilo. Não agüentei e lhe dei um tabefe na cabeça.

- Vou te denunciar, hein! – Ameaçou-me ela, enquanto entrava no carro.

- E eu vou te jogar pra fora desse carro se não calar a boca. – disse satisfeito.

- Foi você quem começou. – Replicou ela, entrando na minha Ferrari Preta.

- Você ainda é muito nova pra namorar, priminha. Tenho que te proteger.

– Vai bancar o papaizinho agora?.

- Seu pai não está aqui. Vou fingir que sou ele. - Sorri feliz, porém notei que Rose não gostou tanto da brincadeira. Afinal, ela nem conhecia o pai.

- Queria saber o que aconteceu com meu pai. – Sussurrou ela, tristonha.

- Desculpe por tocar no assunto.

- Tudo bem... Agora vamos. Estamos atrasados.




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Notas finais do capítulo

BOM, DESCULPEM QUALQUER COISA. DEIXEM REVIEWS, POR FAVOR!!!!! vlw *.*