A Maldição do Deus Oculto escrita por Laís di Angelo


Capítulo 12
Saímos Mundo A Fora


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Sou eu Laís! Mas o capitulo, como todos os outros, foi escrito por mim e pelo Emmanuel!
Boa leitura! Espero que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/157755/chapter/12

Capitulo 11- A Missão Começa


POV Roselie


Ai, que droga... Sabia que Nico descobriria a gente por causa da profecia. Tava muito clara quando disse dos “parentes da noite obscura”. Enfim, eu esperava que ele, ou Ally me descobrisse, mas no meio da missão, em que eles não poderiam voltar atrás. Mas depois do que Nico disse, ouvi Thalia resmungar.

– Priminho, você não para de pensar naquele garota, hein? Ta até falando sozinho aqui no carro. Nenhuma Caçadora merece ter que aguentar um maluco apaixonado.

Ai, o Nico tava apaixonado por mim, Roselie Marie Nicholls... Todos estavam!

Ally desligou a van. E Nico continuou falando.

– Olha aqui, Thalia, a profecia dizia claramente que eles viriam e, por isso, eu vim pensando nisso desde a Casa Grande até aqui, principalmente quando caí e...

– Eles? O Klaus ta aqui?- perguntou Ally, toda felizinha, nem ligou pra mim

Dei uma olhadela para meu primo, que riu maliciosamente, fazendo-os perceber algo estranho.

– Que barulho é esse no fundo da van?- Ally iniciou, mas quando foi olhar, Thalia a puxou com força e avançou primeiro. Ela abriu a porta do compartimento e nos pegou encolhidos no fundo. Seu rosto ficou vermelho e ela explodiu:

– O quê? Como podem fazer uma loucura dessas? Não sabem se proteger e não temos tempo pra tomar conta de vocês. Nico, saia da van, agora, e chame alguém que possa puni-los!

– Peraí, Thalia, a gente pode explicar... - Começou Klaus.

Permaneci calada, olhando frustrada para a Caçadora, até que me virei e vi a Allyson, a qual me puxou e me abraçou sem chamar a atenção de ninguém. Sentei-me ao seu lado numa pedra.

– É bom terem uma boa explicação para o Quíron e o Dioniso. – Murmurou ela.

– Thalia, a profecia dizia que eles deveriam vir. Não vamos mandá-los embora. E, olha, ainda tem mais um casal que está por vir, e você só vai intrometer-se nisso quando passar por cima do meu cadáver. – Falou Nico, extremamente irritado.

– Calem a boca. E fiquem parados! - gritou Ally, que ao meu lado, me fez ficar até meio surda. Era um lado genioso dela que eu nunca tinha visto.

– Quem você acha que é para me...

– Eu disse pra calar a boca, Thalia. Nico vai falar a profecia, eu vou dirigir e a gente vai fazer um plano enquanto viajamos ao nosso destino. Que eu ainda nem sei qual é! – Acrescentou frustrada olhando para Nico, que recitou exatamente a profecia.

– O início é bem óbvio: os escolhidos que foram Thalia, os céus, Allysson, a família e eu, a morte. Depois diz que devemos seguir para o estado natural, e lá encontraremos todos... O resto descobriremos com o tempo. - Respondeu Nico. - Agora vamos. Precisamos acabar com isso logo.

– E onde é esse estado natural? - Perguntou o debilóide do meu primo.

– Tem muitos estados “naturais”, sabia? - Grunhiu Thalia.

– Arkansas! – Dissemos eu e Nico, o que me fez sorrir levemente.

– Ah! - Exclamou Ally. - Vamos logo, então. Essa, com certeza, foi a melhor Profecia de todos os tempos... -Acrescentou olhando para Klaus.- Depois, continuou. Mas para onde em Arkansas.

Todos ficaram quietos até que Klaus se manifestou:

– Vamos para a capital do estado, a cidade de Little Rock... Devemos encontrar lá. Só não entendo uma coisa: Annabeth e Percy salvaram o Olimpo na guerra contra os titãs, há algum tempo... Mas e a respeito de meu pai, como ele ajudou os deuses Olimpianos?

Havia sido uma pergunta decente de meu primo... Mas Ally respondeu, sem expressões.

– Esquece isso, amor. A gente vai descobrir no caminho.

Ele se aproximou dela e a beijou! O QUÊ? PERDI ALGUMA COISA?

– AHHHHH! - Soltei um grito histérico que seria capaz de acordar o Acampamento inteiro. - Aleluia! Até que em fim! Quem é o Deus da coragem?

– Porque quer saber? - perguntou Nico.

– Para agradecer por ele ter dado coragem ao meu primo. - Falei sorridente.

– Será que dá pra parar com a agarração? Respeitem a castidade de uma caçadora. - Perguntou Thalia com uma careta.

– Thalia, larga de ser estraga prazeres. - Revidou Klaus, ofegante.

– Vamos logo! - Falou Nico empurrando Klaus e Allysson para dentro da van. - Antes que o Acampamento venha ver quem gritou.

Entramos todos na van.

Klaus e Ally foram nos bancos da frente. Eu, Thalia e Nico no do meio.

– Então, iremos ao Arkansas e naquele estado enorme nós vamos ter que encontrar três pessoas que estão sendo presas por monstros? – Perguntou Ally.

– Basicamente. - Respondeu Nico.

– E como nós vamos descobrir onde eles estão em Little Rock? – Perguntou Thalia.

– Não creio que sejam só monstros. – Falou Nico. – Eles não tem muita ideia. Tem algum deus por trás disso.

– E para conseguir pegar Percy e Annabeth é algo muito forte. – Concluiu Thalia.

Nico parou de mexer no banco da van e olhou para a estrada.

– O que foi Nico? – Perguntou Thalia.

– Eu... Acho que... – Ele hesitou. – Melinoe está por trás disso. Conversei com meu pai há algum tempo e, além de parecer preocupado, ele comentou que alguns deuses ctônicos não estão obedecendo diretamente suas ordens como Senhor do Submundo. E, cá entre nós, ele nunca gostou da deusa dos fantasmas.

– Mas por que elas iriam querer Percy, Annabeth e meu pai? E como tem tanta certeza? É uma séria acusação a três deusas.– Perguntou Klaus.

– Não sei. – Confessou. – Mas algo me diz que é isso.

Um silencio desconfortável se instalou. E para quebrá-lo perguntei:

– Por onde começamos?

– Que tal se o Nico terminar de dizer a Profecia.- Sugeriu Ally.

– Tudo bem... “Deve haver um equilíbrio entre a morte, a família e o céu, Para que no Estado Natural possam encontrar Aqueles que o Olimpo não se esqueceram de ajudar. Os filhos da discórdia e os parentes da noite obscura, Acompanharão a missão e serão de grande ajuda. Na Grande Casa Escura encontrarão o seu valor. – Ele parou.

– Mas na hora da decisão final, um sofrerá por amor. – Eu terminei.

– Uau! – Exclamou Klaus.

– É... Isso realmente é frustrante. – Completou Thalia.

– Peraí, gente. – pedi. – Vamos interpretar melhor e com mais calma, sendo que Nico já ajudou no começo. A profecia é bem clara. O primeiro verso, só os idiotas não entendem. Nós vamos encontrar o que procuramos no Estado Natural, cremos que seja Arkansas. Aqueles que o Olimpo não se esqueceram de ajudar...

– E como meu pai ajudou o Olimpo? É o que estou dizendo... Pelo que eu saiba Percy venceu Cronos e Annabeth com certeza o ajudou. – Resmungou Klaus.

– Annabeth foi praticamente a base de Percy desde que ele chegou aqui. – Murmurou Thalia com a voz triste, olhando para fora da janela da van. – Aquele Cabeça de Algas a colocou em cada encrenca, mas eu acho que só de estarem um do lado do outro eles estavam bem.

Não sei se foi alucinação, mas eu podia jurar que a vi chorar.

– Ei, Thalia. – Eu a chamei. Ela me olhou e eu tirei a prova. Ela deixou mais uma lagrima escapar. - Nós vamos achá-los. Eu sei que vamos. Você devia ser muito amiga deles.

Ela assentiu com um sorriso torto.

– Santa Héstia e as deusas virgens! – Berrou Klaus. – Alguém filma isso aí! Em alta resolução de preferência!

– Vai para o Tártaro. – Berramos eu e Thalia de volta.

– Chega! Continuando... – Murmurou Ally. – Os filhos da discórdia devem ser filhos de Éris, deusa da discordância entre seres, das discussões e mal-entendimentos, inimiga de Harmonia, filha de Afrodite e Ares. Os parentes da noite obscura é obvio. E serão de grande ajuda.

– Afrodite não é casada com Hefesto? Pelo que eu saiba, Hera prometeu a mão dela a seu filho...

– É, Rose, mas ela tem casos particulares com muitos outros deuses e seres humanos, certo? Ela é meio... Pegadora, sabe?- Todos riram, mas um raio cortou o céu.

– Tá, tá, vamos voltar pra essa profecia super óbvia! - reclamou Nico

– Por trás do Obvio sempre há algo mais. – Murmurou Ally pensativa.


– Esse negocio de Casa Grande e escura, pode ser uma mansão escura, não é? – Perguntou Thalia.

– É óbvio – Respondi.

– E eis que cheguemos ao ultimo verso. – Falou Klaus.

– Mas na hora da decisão Final um sofrerá por amor. – Eu e Nico recitamos. Pude sentir que ele me olhou, mas não ousei encará-lo.

– Que decisão final seria essa? – Perguntou Ally.

– Não sei... – Respondi aflita.

Senti um aperto no coração. Um arrepio me subiu a espinha e eu fiquei sem ar.

– Rose! – Ouvi a voz de todos.

– Rose, você está bem? – Perguntou Nico.

Não teve jeito. Aqueles olhos escuros encontraram os meus. Senti-me presa por eles...

– Sim. É... Que... Acho que é que eu não comi nada e...

Eu deixei a frase pela metade. Na verdade não conseguiria completá-la.

– Vamos parar em uma lanchonete... Alguém tem dinheiro? – Perguntou Klaus.

– Não. – Responderam os outros.

– E como pretendiam pagar o Hotel? – Perguntei curiosa.

– Fala sério, né, perua... Nós vamos acampar. – Respondeu Thalia como se fosse algo espetacular.

– O QUE? NUN-CA! Tem mosquitos, e os colchões nunca são macios.

– E o que pretende fazer? Ficar sem dormir? – Ironizou Thalia.

– Que tal passarmos na minha casa e pegar uns cartões ilimitados? – Perguntei no mesmo tom de voz dela.

– Não podem voltar lá. – Informou Nico. – É perigoso!

– Nico, os monstros vão nos achar de qualquer jeito. Vamos ficar esgotados de tanto lutar contra eles e depois vamos entrar em uma barraca e então fingir que vamos dormir feito anjos, enquanto podemos dormir na rede de hotéis do melhor amigo do meu tio e ter conforto a noite inteira? Fora que eu acho mais seguro. E ainda vamos ter que passar a duas quadras da minha casa pra podermos pegar a saída de NY.

Caramba... Quando eu queria sabia convencer a todos.

– Ela está certa. – Murmurou Ally.

– Tudo bem, Rose. – Cedeu Nico.

– Ainda acho uma besteira. - rosnou Thalia.

– Então tá decidido, um hotel... – Afirmei, ignorando a afirmação de Thalia.. – Agora pisa fundo Klaus.

– Esse motor é muito velho, Rose. Tem que ir com cuidado.

– Nessas horas eu queria uma moto.

– Não sabe nem andar de bicicleta, mas acha que vai pilotar uma moto, Rose? – Perguntou Klaus, debochado.

Os outros riram. Agora que eu queria uma moto. Para passar por cima deles.



POV Klaus




Depois de alguns minutos, chegamos a minha casa. Ia ser difícil entrar lá, sabendo que ali fora a ultima vez que eu vi meu pai. Desci do carro e parei em frente ao portão da varanda. Como eu sentia falta daquele lugar. Olhei para a árvore que tinha ao lado da casa. Cara... Ela já tinha visto tanta coisa idiota.

– Ei, O que foi? – Ally chegou perto de mim e colocou a mão em meu ombro.

– É difícil entrar aí outra vez

– Eu fico aqui com você.

Eu olhei para ela com um sorriso torto. Eu me aproximei e a beijei carinhosamente.

– Acho melhor eu entrar antes que Rose acabe com o dinheiro do meu pai.

– Argh! – Alguém reclamou. Virei-me e vi Rose mexendo na barra do short. – Preciso de roupas novas... Esta tudo fora de moda!


– É claro... Qual foi a vez que você reclamou disso?

Ela entrou em casa sem dar uma palavra. Fiz o mesmo.

– Rose, pegue seus outros dois celulares! – Gritei.

– Tá! – Ela respondeu la de cima. – Acha que eu ia esquecê-los?

Andei pela bagunça da casa. A travessa cheia de brigadeiro que Rose comia naquele dia ainda estava jogada na sala. Nojento. Thalia e Nico olhavam para o quadro do meu pai e minha tia Diana. Na época, Diana já estava grávida de Rose.

– Nossa... Dá pra ver por que Apolo se encantou por ela. – Murmurou Nico.

– Até pode ser, mas Apolo é um galinhão que nem liga pra aparência de quem pega. Acredite, eu já conheci. Só a irmã dele. – Concordou Thalia.

Com certeza, pensei, deve ser assim mesmo. Meu pai naquela foto sorria feito um retardado. Pensei até que pudesse ser Deméter tirando a foto.

Ouvi um grito no andar de cima.

– Rose? – Chamou Ally.

Nada de resposta.

– Roselie! – Gritei.

Nico subiu as escadas de três em três degraus até chegar lá em cima, fui logo atrás dele.

– Penúltima porta do corredor! – Falei pra ele, que já foi correndo pra mesma.

Quando abrimos Rose estava parada olhando fixamente para o jardim de casa.

– Roselie, está tudo bem? – Perguntou Nico se aproximando.

– O que houve? – Perguntei.

– Nada. – Respondeu ela, seria e sem tirar os olhos da janela.

– Eu, hein. – Disse Ally. – Vamos Rose?

– Claro. – Respondeu dando um sorriso rápido.

Finalmente ela se virou para nós. Me entregou um cartão de credito e ficou com o outro. Ela tinha dois celulares na mão, mas não me entregou nenhum. Na verdade ela ficou parada olhando pro nada do quarto.

– Roselie? O que foi? – Insisti.

– Hã? Nada. Vamos logo.

– Dê um celular para o Nico. Pode ser?

Ela assentiu e ligou um dos celulares. Mas algo nele chamou a atenção dela e ela entregou o outro a Nico.

– Sério, eu vou jogar você dessa janela se não me disser o que esta acontecendo. – Falei segurando o braço dela.

– Pare, Klaus! Não é nada! Vamos embora? Argh!

Ela se soltou e saiu pisando fundo.

Ignorei os olhares dos outros e fui para a van. Logo depois todos estavam lá também e finalmente saímos daquele lugar. Rose virou-se totalmente para trás e voltou a encarar o jardim. Olhei pelo retrovisor, mas nada vi.

Rose ficou quieta a viagem inteira. Saímos de uma lanchonete onde todos nos empanturramos e depois pagamos com o cartão da Rose. Ela tinha um cartão. Meu pai tinha feito pra ela caso acontecesse alguma emergência. Resolvemos que eu pagava os Hotéis e ela todo o resto, já que ela não iria aceitar ficar num hotel de beira de estrada.

A noite caiu quando estávamos na divisa do estado de Nova York com Pensilvânia. Nos hospedamos em um hotel que Rose classificou como Razoável. Entramos e nos deparamos com uma recepção até decente, mas com paredes descascando, chão encardido, mas uma mulher linda como atendente. Decidimos ficar.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Amaram? Odiaram? Querem Nos matar? Mande reviews com as ameaças!
Vlw pela atenção... Até o próximo capitulo!! ^.^