My Dreams, My Secrets escrita por letter


Capítulo 3
Three




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          - Não podemos sair daqui, Tom? Andar pelo castelo? Ir para algum lugar mais...

          -... Agradável? – supôs ele – A Câmera de meu admirado Senhor não lhe agrada, minha amada Senhora?

          - Não... Não é isso – murmurei, até em meus sonhos Tom tinha de ser Oclumente? – É só que... – olhei em volta, as várias esculturas em mármores representando cobras nunca fora de meu agrado – Bom...

          - Shii – Tom colocou seu polegar em meus lábios e sorriu – São seus sonhos, minha Senhora, iremos aonde quiser – nunca entendera como um homem tão encantador, bonito, inteligente como Tom Riddle se transformara em Lorde Voldemort, e estando ao seu lado desse modo, eu mal me lembrava que Tom realmente era ele – E faremos o que você quiser – completou ele, e mesmo em sonho, juro ter visto um brilho atravessando seu olhar.

          - O que eu quiser? – ouvi minha voz ecoar pela câmera, e se afastar num sussurro.

          - O que você quiser – tornou a repetir com os lábios sobre os meus. Eram quentes, convidativos, e eu não resistia em não receber o seu convite, suas mãos seguravam-me firmes pela cintura, enquanto meus braços estavam em tornos de seu pescoço. Nossas bocas se moviam de forma sincronizada, e a suavidade do beijo me fazia pedir para nunca mais acordar – Ginevra – sussurrou ele, sem desgrudar os lábios dos meus. Sonhos, sonhos, porque tão cruéis? Porque não poderiam ser verdade? E mesmo eu sabendo que era sonho, sempre me parecia tão real, ao mesmo tempo tão impossível – Ginevra – falou mais alto.

          - Tom... – sussurrei

          - O que ela está falando? Ela disse algo, eu ouvi!

          - Deve estar sonhando...

          - Ah, você acha? Gênio...

          - Ginevra, por céus, acorde menina...

          - Ela está voltando!

          - Gina! Gina, vamos lá, abre esses olhos – aos poucos notei que já não estava mergulhada em meus sonhos, eu lutava para não ouvir as malditas vozes, fossem de que fossem, e voltasse a inconsciência, mas meu corpo balançava e algo pressionava meus ombros, e ao poucos, com dificuldades abri os olhos.

           - Rony! Solte ela – ralhou Hermione, e só então notei que Rony me chacoalhava.

            Alguém soltou um suspiro de alivio, e vi que era Harry, que se jogou na cama ao lado.

           - Tome isso criança – disse uma velha mulher colocando uma taça com um liquido verde e mal cheiro a minha frente – Beba, é um tônico, logo você estará melhor.

            - O que aconteceu? – perguntei grogue.

            - Você... dormiu de mais – respondeu Hermione com um meio sorriso.

            - De mais? – Rony gritou incrédulo – Ela não acordou por três dias! TRÊS DIAS!

            - Baixe a voz rapaz, estamos na ala hospitalar – censurou Madame Pomfrey – Você esteve inconsciente por várias horas, mas algumas poções especiais resolveram o problema. Logo você poderá ir criança, assim que se sentir melhor, mas devo avisar se estiver com insônia não faça mais isso, pode ser mortal – finalizou ela em tom sombrio.

             - Fazer o que? – eu não havia feito nada, ora!

             - Você tomou quase um barril de poção do sono!

             - No mundo trouxa, isso é conhecido como overdose – notou Hermione.

            Olhei para Harry, ele era o único que não falava nada, ele olhou para mim, e por um segundo nossos olhares se conectaram, não contive e sorri. E por um segundo, apenas por um segundo, eu esquecera Riddle. Era a primeira vez em meses que isso acontecia.

              - Vem Ronald – chamou Hermione, puxando Rony pelos braços.

              - O que? Porque?

              - Vem logo – falou ela o arrastando para fora da ala-hospitalar. Os olhos de Madame Pomfrey que a pouco estava sobre nós, já não se encontrava presente, deveria ter ido pra sua sala.

              - O que você fez Gina? – perguntou Harry desanimado, abatido – Porque você fez? – não respondi, e desviei os olhos, a culpa por um momento me consumira e eu não aguentava o olhar acusador de Harry sobre mim – Gina?

             - É complicado...

             - Me explique – pediu ele – Quero entender.

             - Não posso lhe contar Harry – era meu segredo, que eu levaria para o túmulo comigo. Harry se levantou, me olhou por uma ultima vez triste, e saiu.

               Eu não tinha idéia do que estava fazendo, mas mesmo assim eu continuava fazendo. Eram sonhos, por Merlin, o que tinha de mais? Em um mundo tão conturbado como estava hoje em dia, seria pedir muito viver em meu próprio mundo, fazer as coisas ao meu modo ao menos nos meus sonhos?

             - Eles não entendem, minha Senhora – disse Riddle depois de lhe contar o ocorrido – Como se houvesse algum mal no que fez.

             - E não há? – perguntei enquanto caminhávamos pelo castelo, os corredores vazios, nenhuma alma viva ou morta se encontrava, era meu sonho.

             - Claro que não – respondeu ele soltando uma gargalhada – Que mal há em sonhar?

             - Você é Lorde Voldemort – falei, tentando me lembrar porque era tão errado sonhar e desejar ele.

             - Talvez eu seja... Mas aqui, em sua cabeça, eu sou o que você quer que eu seja.

             - Talvez você esteja certo – e o toque de suas mãos nas minhas, me fazia desejar encontrar algum modo de fazer todo esse sonho virar realidade.


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Notas finais do capítulo

Era pra eu ter postado ontem, mas aí eu esqueci ): Esse não ficou muito legal, mas o próximo está bom, acho. Acho que a Swift_Belle e a _Hoppee_ fizeram complô para me matarem simultaneamente, porque fala sério, aquelas recomendações foram de matar, obrigada, viu? Até o próximo ((: