Desisto escrita por Aryh


Capítulo 6
Declaração de guerra


Notas iniciais do capítulo

Yooooo minna o/ enfim vou postar um cap. novo. Gomen pela demora ç.ç , nem sei como me desculpar com vocês. Mas enfim, eu não desisti da fic, ainda vou continuar postando ela o/. Espero que gostem do cap.
Kissus =*



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O domingo tinha começado cedo para Pucca. Tinha se levantado assim que os tios e o seu pai saíram, tentou não fazer nenhum barulho que pudesse acordar Dairo, que estava dormindo em um futon aos pés da sua cama, mas parece que quanto menos barulho queremos fazer, qualquer ruído fica extremamente alto e ficamos totalmente atrapalhados.

- Mas o que faz acordada a essa hora no domingo ? – Dairo sentou-se no futon onde estava dormindo, passou as mãos nos olhos, ainda meio sonolento, e ficou observando Pucca sentada em sua cama arrumando algumas coisas em uma mochila.

- Eu vou até uma cachoeira que tem aqui perto com a Ching o Abyo e o Garu.. – A garota terminava de colocar as coisas na mochila e ficava olhando o rapaz sentado. – Não quer vir comigo?

- Pode ser, eu não iria fazer nada hoje mesmo..

- Certo, então melhor ir se arrumar, não vou demorar muito para sair.

- x -

Garu tinha acordado um pouco mais cedo naquele dia e já tinha terminado os treinos da manhã, agora estava terminando de arrumar suas coisas para sair com Abyo, Ching e Pucca, já que tinha prometido aos amigos, e não seria tão ruim assim fazer outras coisas de vez em quando, andava com bastante tempo livre ultimamente e seria bom para poder colocar os pensamentos em ordem.  
 ‘‘Então eu apenas desisti...’’ Depois de ouvir essas palavras de Pucca, os pensamentos de Garu, que já não eram nada certos, estavam ainda mais confusos. Aquele sentimento de perda, que ele apenas sentira quando perdeu seus pais, tinha voltado naquele momento, mesmo que por um segundo, e que agora o atormentava toda vez que pensava na garota. Os sentimentos sempre foram um grande mistério para Garu. Ele nunca os entendia, não sabia o que cada um queria lhe mostrar, e por fim apenas os ignorava. Mas dessa vez não estava dando certo.
Garu tinha terminado de se arrumar e já estava saindo de casa, quando que por ironia do destino, Pucca passava em frente a sua casa acompanhada de Dairo.

- Bom dia Garu. – falou Pucca vendo o garoto se aproximar. Ele a respondia com um sorriso e logo olhando para Dario, como se perguntasse quem era. – Ah.. você lembra do Dada, que trabalhava no Go-hong ?

Garu pensou um pouco e se lembrou de uma pessoa totalmente atrapalhada, que não conseguia fazer nada certo, e que não era de se merecer muita atenção dele. Mas também se lembrava do que tinha visto no outro dia, aquele rapaz e Pucca andando pela vila. O garoto ficou surpreso ao ver como o outro havia mudado.

Dairo ria da expressão do garoto. – Ainda bem que as pessoas mudam não é? Ficar ligado ao passado não leva ninguém para frente. – Talvez o rapaz tivesse falado aquilo inocentemente, mas não deixou de ser uma indireta para Garu .

Enquanto caminhavam Garu observava Pucca e Dairo conversando.  A garota parecia tão normal ali conversando com o rapaz, não parecia àquela menina doida que ficava correndo atrás dele, fazendo de tudo para ganhar um beijo, Ela realmente mudou, pensou Garu. O que ele não sabia era que Pucca não havia mudado tanto assim, a garota sempre fora gentil, amorosa, carinhosa, forte e uma ótima amiga, mas o amor que ela tinha por ele a mudava completamente e acabava distorcendo a personalidade da garota diante de Garu.
Não demorou muito para que eles chegassem à cachoeira. O lugar era realmente bonito, uma queda de aproximadamente 5 metros, um lago não muito grande, com a água tão pura e transparente que quase era possível ver o seu fundo, e tudo cercado por árvores, que faziam uma sombra bem agradável.

- Até que enfim vocês chegaram. – dizia Abyo levantando-se da grama. Ele e Ching haviam chegado alguns minutos antes e resolveram esperar sentados em baixo de uma arvore. - Já estava cansado de esperar.

- Do que você esta reclamando Abyo?! A gente chegou aqui não tem nem 10 minutos. – Ching também se levantou ficando ao lado do namorado.

- Desculpe a demora – Falava Pucca, que se aproximava do casal, logo deixando a mochila que carregava encostada na arvore.

Garu apenas fazia um sinal com a cabeça para cumprimentar os colegas, e jogava suas coisas ali pela grama mesmo.

- Vocês nem demoram, o Abyo que é muito exagerado... Mas... – Ching encarava o loiro que acabava de deixar sua mochila ao lado da mochila de Pucca. – Quem é ele?

- Ah.. Me desculpe por não me apresentar antes, eu sou Dairo. – o rapaz esboçava um leve sorriso.

- Humm, Você não me é estranho.. – Abyo chegava um pouco mais perto do rapaz o analisando de cima a baixo, tentando lembrar de onde o conhecia.

- Lembram do Dada? – Abyo e Ching assentiam com a cabeça. – Então .. – Pucca apontava para o loiro ao seu lado.

- Ehh?? – o casal falava ao mesmo tempo, demonstrando a mesma expressão de espanto.

- Como e possível aquele ser, ter virado isso? – Abyo não media as palavras para demonstrar o quanto estava inconformado com aquilo. – Magia ?

 - Acho que tenho que me acostumar com essas reações de espanto até todos se lembrarem de mim, não é? – Dario tinha ficado um pouco sem graça com o comentário, mas realmente ele tinha mudado muito.

Pucca estendeu a toalha de piquenique que havia levado em sua mochila, e logo começou a tirar alguns potinhos que tinham pedaços de bolo, alguns sanduíches e alguns salgados, de sua mochila e colocá-los em cima da mesma. Ching também colocava sobre a toalha o que tinha levado, enquanto os rapazes apenas se sentavam em volta. O grupo ficou por um bom tempo ali sentado aproveitando o lanche, que as garotas tinham feito, e jogando conversa fora. Dairo contava como tinha sido a vida durante os 4 anos morando com seus primos, e como tinha sido difícil se acostumar as regras deles e realmente conseguir mudar.

Garu parecia não se interessar nem um pouco sobre a vida do rapaz ou como ele conseguiu ficar daquele jeito, na verdade aquela conversa o irritava. O garoto não sabia ao certo o porquê disso, mas não estava gostando nem um pouco da presença de Dairo. Era como se a presença dele representasse algum perigo para Garu.
 Eu realmente não sei por que sinto isso. Ele não é meu inimigo ou coisa parecida. Ele apenas estava andando com a Pucca... e a beijou, mas foi apenas um beijo no rosto. Espera... Sério que eu estou pensando nisso? Mas que droga, porque tudo relacionado a essa garota me deixa confuso.. Se ela apenas continuasse a ser como era antes, eu não teria que passar por isso.

Ching e Pucca terminavam de guardar as coisas que tinham levado, enquanto Abyo já tinha tirado as roupas, ficando apenas com o calção de banho, e já estava dentro da água. Garu tinha se sentado perto do tronco da arvore para que pudesse encostar-se no mesmo, e Dairo estava sentado ao seu lado.

- Ela realmente ficou bonita não e mesmo? – Dairo falava enquanto olhava para Pucca que terminava de tirar a blusa vermelha ficando apenas com o biquíni que estava por baixo.

Garu também olhava para a garota. O biquíni preto era moldado pelas curvas da garota, que eram de dar inveja a muitas mulheres mais velhas. Verdade.. ela está muito bonita.. o rosto do garoto ficava um pouco corado enquanto ele olhava para Pucca. Es..espera.. o que eu estou pensando.?. Garu se assustou com seus próprios pensamentos, e balançava a cabeça tentando afugentar aqueles pensamentos estranhos. Assim que voltou a si, olhou para o rapaz ao seu lado e para a sua surpresa, ele também estava com a mesma cara de bobo que o garoto alguns segundos atrás. Dairo estava com o rosto levemente corado e tinha um sorriso em seus lábios.

- Sabe Garu, ela realmente amou você. Talvez quando criança aqueles ataques eram o único jeito que ela encontrou para demonstrar que te amava. Mas você deve ter percebido que depois de um tempo isso foi mudando... E mesmo assim você não deu o braço a torcer não é? ... Tentando manter a aparência de um espadachim sério, solitário, que vive para honrar o nome da família. – o loiro suspirava – Não estou querendo ser rude, mas como você vai recuperar a honra ou qualquer coisa que sua família tinha se nem ao menos uma família você tem mais? Você vai deixar todo seu trabalho ter sido em vão? Por que assim que você morrer não vai haver mais nada, e em algum tempo o nome da sua família nem será mais lembrado. Você nunca pensou em dar continuidade a ela Garu? Você acha que quando os seus pais morreram, eles queriam que o filho deles ficasse sozinho ate o fim da sua vida, correndo atrás de algo que seria impossível para ele conseguir sozinho? Ou melhor, você acha que eles te salvaram para você manter o nome da família? Ou porque eles te amavam e queriam te ver vivo, feliz, e ao lado de uma pessoa que você amasse?

Naquele momento Garu nem sabia o que pensar. Ele apenas viu Dairo se levantando e acenando para Pucca, que o chamava para nadar junto com ela, e que logo olhava para baixo o encarando com um sorriso no rosto.

- Eu não irei perder para você Garu.


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Notas finais do capítulo

Me falem o que acharam >< ..



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