Desisto escrita por Aryh


Capítulo 5
Palavras


Notas iniciais do capítulo

Yooo minnaa *w* , fui ate rapida pra escrever esse cap =o , sorte de vocês, pq sem vontade de escrever muito e.e ... E parem de reclamar que os caps estão pequenos, eu sei disso D= e odio quando acontece... esse ate que esta com um tamanho bom u.u.. e os comentarios tem me deixado muito feliz viu *w* Arigato sz
kissus =*
Ps: A imagens que eu coloquei, e para vocês terem uma ideia de como eu gostaria que o personagem fosse. E eu mudei o nome dele... porque ne.. Dada e estranho e,e



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Pucca estava terminando de se trocar, tinha acordado tarde, já que era sábado, e não faria diferença. Terminou de colocar a saia de pregas preta, foi até a penteadeira pegar alguma coisa que servisse para prender o cabelo, pois o dia prometia ser quente. Em um cantinho da penteadeira, uma pulseira de prata caia de dentro de uma caixinha de jóias. A garota pegou a pulseira, e ficou fitando-a por um momento, era a que Garu tinha dado a ela em seu aniversário, tinha ficado guardada desde o dia que ganhou, depois de pensar um pouco, resolveu usar, nem que fosse uma única vez, colocou a pulseira e foi para a cozinha tomar café, mesmo estando tarde.

- Acordou tarde hoje em Pucca - falava seu tio Ho vendo a garota entrar na cozinha.

- Fiquei vendo televisão ate tarde ontem – Pucca sentava-se a mesa que havia na cozinha, pois essa hora o restaurante já deveria estar cheio.

- Pucca, você se lembra do Dada? – dizia seu outro tio Linguini, colocando um copo de leite na mesa para a garota, que já estava comendo algumas bolachas.

- Aquele loirinho atrapalhado e mijão, que trabalhava aqui no Goh-Rong ? Lembro sim, porque tio?

- Seu pai foi buscar ele na vila aqui perto, ele ia chegar hoje de trem.

- Hmm... Acho que ele não deve ter mudado muita coisa.. – agarota terminou de tomar o leite e levantou-se. – Vou à casa da Ching, mais tarde eu volto..

- x-

- Dada, quanto tempo.

- Senhor Dumpling, como vai ? – o rapaz abraçava o antigo patrão que retribuía o abraço.

- Tudo anda ótimo, Dada.. Como foi a viagem?

- Um pouco cansativa... É por favor, me chame de Dairo, não uso mais esse apelido.

Dairo, antes conhecido como Dada, quando trabalhava no Goh-Rong e morava na vila de Suga, tinha ido morar com os primos a quatro anos. Nesse tempo aprendeu a cozinhar, cuidar de si mesmo, controlar a ansiedade e já não era o mesmo garoto atrapalhado e que não conseguia controlar a própria bexiga. Agora era um homem, tinha completado 20 anos a pouco tempo, deixou o cabelo loiro crescer um pouco, tinha começado a malhar e estava com o corpo bem definido, o comportamento dele tinha mudado muito, quem o visse não o reconheceria.

Durante o caminho Dairo e Dunpling conversaram sobre o que aconteceu nesses 4 anos, apesar que em Suga as coisas só tinham começado a mudar a pouco tempo. Ao chegarem à vila, Dairo foi levado até a casa de Dunpling, onde iria ficar ate encontrar uma casa para morar.

- Você vai ter que ficar no quarto da Pucca, porque não cabe ninguém mais no meu quarto e dos meus irmãos..

- Se ela não se incomodar.. tudo bem.. – o rapaz colocava as malas em um dos cantos do quarto – Antes esse quarto tinha mais coisas..

- Como eu disse, ela está mudando.. – Dunpling abria um dos armários e pegava uma tolha, entregando ao rapaz. – Aqui em cima tem um futon, travesseiros e um cobertor, quando quiser dormir e só pegar, e se quiser já pode ir tomar banho.

- Certo, e muito obrigado por me deixar ficar aqui..

- Tudo bem .. Você vai começar no restaurante segunda-feira, então pode descansar hoje e amanhã.  – Dunpling saia do quarto deixando o rapaz ali.

Dairo abriu uma das malas e pegou uma sacola, onde estavam os shampoos e a escova de dente, e foi para o banheiro. Tomou um longo banho, lavou os cabelos e voltou para o quarto com a toalha amarrada na cintura.

- Acho que vou tomar banho.. – Pucca abria a porta do quarto deparando-se com um loiro, apenas de toalha mexendo em uma mala que estava em cima da sua cama. O rosto da garota ficou completamente vermelho e ao ver que o rapaz tinha notado a sua parecença e que estava envergonhado com a situação, ela rapidamente fechou a porta. – Me desculpa, eu deveria ter batido..

- Tudo bem.. – a voz desconhecida falava em um tom tímido.

- Espera ai, porque eu estou pedindo desculpas para alguém que eu nem conheço e está apenas de toalha no MEU quarto?  - quando Pucca ia abrir novamente a porta, o loiro, agora vestido, tinha sido mais rápido e estava encarando-a.

- Desculpe-me por ter te assustado, e você me conhece sim..

A garota ficou encarando o rapaz a sua frente por um momento e lembrou-se do que seu tio tinha falado mais cedo.  Ela não podia acreditar no que estava vendo, o pouco que ela se lembrava de Dada, já que nunca tinha dado nem uma atenção especial para ele, era de um menino chato, atrapalhado, feioso e sem nenhum carisma, como aquele menino tinha virado um homem tão bonito? , foi o que ala pensou ao vê-lo.

- Dada? – a garota ficava encarando o rapaz ainda com um pouco de desconfiança.

- Ele mesmo, mas, por favor, me chame de Dairo. – o rapaz sorria levemente – E nos vamos ter que dividir o quarto por um tempo..

- Tudo bem, apenas troque-se no banheiro ou tranque a porta.

- Certo. – ele ria com o comentário da garota, certamente aquela cena tinha sido constrangedora para ambos. - Você vai fazer alguma coisa agora? Porque eu ia dar uma volta, e não queria ir sozinho.

- Eu só iria tomar um banho, e acho que não ia fazer mais nada..

- Então vai lá e toma seu banho, vou esperar na sala.

Pucca assentiu com a cabeça, foi ao quarto pegou a toalha e roupas limpas, voltou ao banheiro, tomou um banho rápido e trocou-se, não gostava de deixar ninguém esperando, passou na sala onde Dairo estava esperando e os dois saíram pelo portão do jardim, sem ter que passar por dentro do restaurante.

- Por aqui não mudou muita coisa não e mesmo? – Dairo ficava olhando as casas ainda do mesmo jeito de quando ele havia ido embora, apenas algumas que apareceram, as árvores que mantinham sempre o mesmo corte, e o ar calmo, que às vezes era quebrado por algum ataque de ninjas, ou da própria Pucca, o que não acontecia mais.

- Não mesmo, acho que a maior mudança, foi eu ter voltado a falar, isso assustou um pouco as pessoas..

- Isso ate me assustou um pouco quando seu pai falou, e aproposito sua voz é linda.

- Obrigada. – a garota sorria levemente.

Passando pelos telhados das casas, já que não tinha nada melhor para fazer, Garu ouvia Pucca conversando com alguém, a outra voz lhe parecia conhecida, mas não conseguia lembrar-se de quem era, talvez por ser alguém que não fazia muita diferença lembrar, pensou. Ao olhar para baixo viu a garota acompanhada de um rapaz loiro, mas isso não chamou muito a atenção dele, e sim a pulseira de prata que balançava no pulso da garota conforme ela andava. Um pequeno sorriso surgiu nos lábios de Garu, mas ele logo se desfez ao ouvir a pergunta do loiro.

- Se não for muita ousadia minha, você voltou a falar porque desistiu do Garu, não é mesmo?

- Sim, eu não falei isso para ninguém, mas era meio óbvio.. até porque eu deixei de falar por causa dele. – ela suspirou – Aquele amor já não estava me fazendo bem, mesmo que no começo fosse um amor infantil, quando eu fui crescendo, aquele sentimento crescia junto comigo, e ficar fazendo aquelas coisas para tentar chamar a atenção dele, começaram a me machucar.... E se ele nunca percebeu isso durante todo aquele tempo, não iria ser agora, comigo mais velha, fazendo aquelas coisas infantis, que qualquer coisa iria mudar.. Então eu apenas desisti.

As palavras da garota pareciam ter arrancado qualquer expressão que Garu poderia ter. Ele sabia que Pucca tinha voltado a falar por não querer mais nada com ele, mas ele não sabia que aquele sentimento que ela tinha por ele a fazia sofrer. Por muito tempo ele achou que aquele amor era apenas algo infantil da parte dela, que em algum tempo, que estava demorando bastante, aquilo tudo iria acabar e provavelmente ela veria como uma brincadeira de criança. E mesmo se Garu tivesse reconhecido os sentimentos dela antes, ele não iria saber lidar com isso, estava mais preocupado em recuperar a honra de sua família, o que foi perdendo o sentido com o passar do tempo, deixando um grande vazio na vida dele, que não engoliu Garu por inteiro, porque tinha alguém para ocupar esse espaço, mesmo que ele visse essa pessoa como um incômodo.  De qualquer maneira aquelas palavras tinham deixado o garoto confuso, mas mesmo assim, como por reflexo ele começou a acompanhar os dois.

- Sabe, eu posso entender você um pouco. Quando eu morava aqui eu era apaixonado pela Ring Ring fazia de tudo para tentar agradá-la, até ela começar a gostar do Garu. Eu nunca o culpei por nada, mas doía ver alguém por quem você lutava tanto, atrás de outro que nem dava bola. E também meu jeito todo atrapalhado, e não vou mentir, a minha feiura, também não ajudavam em nada.

- Ainda bem que você não é mais o mesmo. – Pucca riu.

- Também acho... seria mais difícil encontrar um novo amor do jeito que eu estava. – Dairo se aproximou da garota e deu um leve beijo em seu rosto. – Eu vou visitar o mestre Sosso, nos vemos mais tarde.

Garu que ainda estava em cima do telhado ficava vendo Pucca acenar para o rapaz com o rosto levemente corado pelo beijo. Aquela cena apenas serviu para deixar o garoto mais confuso ainda.


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