Desisto escrita por Aryh


Capítulo 7
Futuro I


Notas iniciais do capítulo

Yooo minna o/
O cap. era pra ter saido antes, mas eu não estava muito bem x-x .. Mas ja estou bem melhor o/ depois de fazer umas macumbas por ai Q
Eu vo dividir esse cap em duas partes, porque se não vocês iam ficar esperando seculos por ele, e ia ficar muito grande e.e
Então, boa leitura o/



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- Vocês não acham estranho o Garu ter faltado a aula ? – falava Ching, que estava caminhando ao lado do namorado.

- Ate que não é tão estranho assim, ele já faltou algumas vezes por causa dos treinos dele. – falava Abyo.

- O que o Abyo falou é verdade Ching, acho que não devemos nos preocupar tanto assim com o Garu. 

- Eu nunca pensei que ouviria isso de você Pucca.

- Mas eu mudei não é Ching ? – a garota esboçava um leve sorriso .

- Certo, mesmo que ele tenha faltado por causa de algum treino, vocês não acharam estranho ele ter ido embora ontem do nada?

- Ele nunca foi muito sociável mesmo com a gente.

- Mas ele não é o seu melhor amigo Abyo?

- Ele é o meu melhor amigo, mas as vezes eu não consigo entender o que se passa na cabeça dele. – o garoto suspirava – Pucca porque você não vai ver como ele esta?

- Porque eu ? – a garota ficava surpresa – Acho que não sou a melhor escolha para falar com o Garu e ver como ele se sente.

- Vocês passaram tanto tempo sem falar, que devem ter algum poder para ler mentes ou se comunicar mentalmente.

-Agora eu descobri porque não consigo ler a sua mente, não tem nada ai.  – Pucca olhava para o garoto balançando a cabeça em sinal de desaprovação. – Como você consegue namorar ele Ching ?

- Ele pode estar certo Pucca..

- Você acha que eu leio mentes? – a garota interrompia a amiga surpresa de ela ter concordado com aquilo.

- Claro que não.. Mas você deve conseguir entender o Garu melhor que a gente. Quando você não falava nos tínhamos que perceber o que você queria falar através do seu olhar, das suas expressões, e isso nunca foi fácil. Agora você deve conseguir reconhecer esses ‘ sinais’ melhor que nós.... E também convenhamos, o Abyo nunca foi um poço de delicadeza para entender nada, e eu não sou tão próxima do Garu quanto você.

- Tudo bem, eu vou ver como o Garu está, mas acho que ele não ira falar nada. – falava a garota em um tom irônico.

- x-

Já era meio dia quando Garu acordou, mas resolveu ficar deitado mais um pouco. Seu olhar parecia perdido enquanto encarava o teto, lembrava-se do que Dario tinha lhe falado.
Que reação inútil foi aquela? Depois de ouvir aquilo a única coisa que pude fazer foi sair correndo? Foi como se eu realmente estivesse aceitando tudo o que aquele cara me falou....  

O garoto se sentava no futon e passava as mãos no cabelo, ao olhar para o seu lado via uma garrafa completamente vazia.
Eu bebi? Bem.. isso pode explicar a minha dor de cabeça e eu não lembrar do que fiz quando cheguei em casa..  Mas que droga.. porque eu fiquei tão encodado com isso? Desde que aquele cara chegou aqui .. não, desde que ela voltou a falar eu ando tendo pensamentos estranhos... E essa estranha sensação de solidão que nunca acaba. Porque ela não continuou sendo como antes? Assim eu não precisava passar por isso....
Garu suspirava e logo sorria. Eu realmente sinto falta daquelas brincadeiras, perseguições, tentativas de me agarrar à força?  Aquilo era tão comum para mim que agora me faz falta e me faz sentir solitário.. talvez seja isso.. não é nada que com o tempo eu não me acostume ..
Ele se levantou, pegou a garrafa que estava no chão e no caminho para o banheiro a jogou fora. Lavou o rosto e ficou olhando para o seu reflexo no espelho lembrando-se das poucas memórias com seus pais.

‘’ Você acha que quando os seus pais morreram, eles queriam que o filho deles ficasse sozinho até o fim da sua vida, correndo atrás de algo que seria impossível para ele conseguir sozinho?’’

Meus pais eram ótimas pessoas, e sempre pensavam na família, será que eu entendi alguma coisa errado quando era criança? ... Meu pai era um homem muito ocupado e sempre deu muito valor à honra de sua família, minha mãe sempre cuidou de mim com muito amor e tinha orgulho de sua família.... Será que em todos esses anos o que eu achava que os meus pais queriam de mim estava errado? Eu sempre me espelhei no meu pai... Sempre me preocupei em ser o melhor em tudo para que ele se orgulhasse de mim e para não ser um fardo para a família.. Apesar de que algumas vezes pensei que ele não ligava para isso.. Ele parecia tão mais feliz nos momentos que estava comigo sem fazer nada... Do que nos momentos em que estávamos treinando, lembro também de minha mãe ficar muito preocupada comigo quando estava tendo aqueles treinos...

‘’Você acha que eles te salvaram para você manter o nome da família? Ou porque eles te amavam e queriam te ver vivo, feliz, e ao lado de uma pessoa que você amasse?
 ‘’

Será mesmo que eu entendi meus pais errado?


Durante o resto da tarde aquela pergunta ficou martelando na cabeça de Garu. Ele tentava se lembrar de algo que pudesse confirmar a sua pergunta, mas as memórias que tinha com seus pais não eram muitas, mas essas poucas memórias eram sempre cheias de amor.

-x-

- O Garu não fez nem um pedido hoje? – perguntava Pucca enquanto terminava de arrumar as tigelas de macarrão em uma bandeja.

- Que eu saiba não Pucca. – falava um de seus tios.

- Que estranho... Ele sempre faz algum pedido. -  a garota pegava uma das tigelas de macarrão e colocava em uma caixa de entrega. – Eu vou levar essa aqui para ele.


- Se você quiser eu levo para você Pucca, agora à tarde não tem muito movimento no restaurante.

- Não precisa Dairo, eu já tinha que passar na casa do Garu mesmo.
 

Em alguns minutos a garota já estava enfrente a casa de Garu.  Chamou algumas vezes pelo garoto, mas não foi atendida e não notou nenhuma movimentação. Ela entrou na casa e viu Garu sentado na varanda dos fundos, deixou o pacote em cima da mesa e foi até onde ele estava.

- Você não me ouviu te chamar Garu ? – Pucca ficava em pé ao lado do garoto que parecia não perceber a sua presença. – Eii Garu, você esta ai? – a garota falou um pouco mais alto. Dessa vez Garu virou o rosto olhando para ela com uma expressão como se perguntasse o que ela estava fazendo ali. – Eu trouxe a sua janta.. A Ching estava certa, você está estranho. Não me ouviu chamar, não percebeu a minha presença aqui... O que esta acontecendo com você? – ele apenas balançou a cabeça negando.

Pucca suspirou e se sentou ao lago do garoto. Era difícil para ela entender o que se passava na cabeça de Garu, ele nunca deixou transparecer nada, eram poucas as vezes que ela tinha visto o seu sorriso ou algum sentimento, mesmo que de tristeza em seu olhar.

- Nós nunca tivemos essa conversa Garu, bem.. Até porque há algum um tempo atrás eu não podia falar... Mas agora eu posso... – a garota respirou fundo, e agora encarava o chão. – Eu te amei muito Garu, você por muito tempo foi meu único grande amor... Eu sempre te achei tão solitário, parecia que mesmo estando com seus amigos você não estava feliz... Por isso eu agia daquela forma descontrolada... com todos aqueles ataques, perseguições.. Ao menos nesses momentos você parecia estar ali, e reagia de alguma forma, não parecia indiferente.... Porém conforme eu ia fazendo isso você se afastava de mim, por um tempo eu aceitei, afinal era o seu jeito....  Mas depois aquilo começou a doer, e eu comecei a me perguntar se aquilo realmente fazia alguma diferença na sua vida.. então eu comecei a me afastar... – algumas lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Pucca, mas rapidamente ela as limpou e balançou a cabeça. – E então eu tomei coragem para mudar, e não me arrependo.. foi a melhor coisa que eu fiz. – ela ficou alguns segundos em silêncio antes de voltar a falar. - Garu esta na hora de seguir em frente, ninguém vive de passado.  O nome da sua família sempre foi muito famoso e respeitado por todos, e ele ainda é. Seus pais devem se orgulhar muito de ter um filho como você, a honra que você tanto buscava recuperar você já tem, mas parece que você não enxerga isso... Ou não quer enxergar porque não sabe o que fazer da sua vida depois disso. .... Garu, a vida não espera ninguém ela simplesmente passa... e já esta na hora de você viver a sua vida...Assim como eu estou vivendo a minha...

E como Pucca já esperava, Garu não demonstrou nem uma reação ao que ela falou, nem ao menos olhou para ela. A garota se levantou e foi até a porta da varanda.

- Eu já estou indo...

Antes que ela pudesse dar um passo para frente sentiu a mão do garoto segurando a dela. Assim que se virou viu Garu encarando-a com um olhar triste, solitário, carente, o olhar de uma pessoa confusa, que não sabia mais o que fazer.  Pela primeira vez ele parecia estar pedindo ajuda a ela.
Ele se aproximou de Pucca e simplesmente a abraçou.

- Vocês não acham estranho o Garu ter faltado a aula ? – falava Ching, que estava caminhando ao lado do namorado.

- Ate que não é tão estranho assim, ele já faltou algumas vezes por causa dos treinos dele. – falava Abyo.

- O que o Abyo falou é verdade Ching, acho que não devemos nos preocupar tanto assim com o Garu. 

- Eu nunca pensei que ouviria isso de você Pucca.

- Mas eu mudei não é Ching ? – a garota esboçava um leve sorriso .

- Certo, mesmo que ele tenha faltado por causa de algum treino, vocês não acharam estranho ele ter ido embora ontem do nada?

- Ele nunca foi muito sociável mesmo com a gente.

- Mas ele não é o seu melhor amigo Abyo?

- Ele é o meu melhor amigo, mas as vezes eu não consigo entender o que se passa na cabeça dele. – o garoto suspirava – Pucca porque você não vai ver como ele esta?

- Porque eu ? – a garota ficava surpresa – Acho que não sou a melhor escolha para falar com o Garu e ver como ele se sente.

- Vocês passaram tanto tempo sem falar, que devem ter algum poder para ler mentes ou se comunicar mentalmente.

-Agora eu descobri porque não consigo ler a sua mente, não tem nada ai.  – Pucca olhava para o garoto balançando a cabeça em sinal de desaprovação. – Como você consegue namorar ele Ching ?

- Ele pode estar certo Pucca..

- Você acha que eu leio mentes? – a garota interrompia a amiga surpresa de ela ter concordado com aquilo.

- Claro que não.. Mas você deve conseguir entender o Garu melhor que a gente. Quando você não falava nos tínhamos que perceber o que você queria falar através do seu olhar, das suas expressões, e isso nunca foi fácil. Agora você deve conseguir reconhecer esses ‘ sinais’ melhor que nós.... E também convenhamos, o Abyo nunca foi um poço de delicadeza para entender nada, e eu não sou tão próxima do Garu quanto você.

- Tudo bem, eu vou ver como o Garu está, mas acho que ele não ira falar nada. – falava a garota em um tom irônico.

- x-

Já era meio dia quando Garu acordou, mas resolveu ficar deitado mais um pouco. Seu olhar parecia perdido enquanto encarava o teto, lembrava-se do que Dario tinha lhe falado.

Que reação inútil foi aquela? Depois de ouvir aquilo a única coisa que pude fazer foi sair correndo? Foi como se eu realmente estivesse aceitando tudo o que aquele cara me falou....  

O garoto se sentava no futon e passava as mãos no cabelo, ao olhar para o seu lado via uma garrafa completamente vazia.

Eu bebi? Bem.. isso pode explicar a minha dor de cabeça e eu não lembrar do que fiz quando cheguei em casa..  Mas que droga.. porque eu fiquei tão encodado com isso? Desde que aquele cara chegou aqui .. não, desde que ela voltou a falar eu ando tendo pensamentos estranhos... E essa estranha sensação de solidão que nunca acaba. Porque ela não continuou sendo como antes? Assim eu não precisava passar por isso.... 

Garu suspirava e logo sorria. Eu realmente sinto falta daquelas brincadeiras, perseguições, tentativas de me agarrar à força?  Aquilo era tão comum para mim que agora me faz falta e me faz sentir solitário.. talvez seja isso.. não é nada que com o tempo eu não me acostume ..

Ele se levantou, pegou a garrafa que estava no chão e no caminho para o banheiro a jogou fora. Lavou o rosto e ficou olhando para o seu reflexo no espelho lembrando-se das poucas memórias com seus pais.

‘’ Você acha que quando os seus pais morreram, eles queriam que o filho deles ficasse sozinho até o fim da sua vida, correndo atrás de algo que seria impossível para ele conseguir sozinho?’’


Meus pais eram ótimas pessoas, e sempre pensavam na família, será que eu entendi alguma coisa errado quando era criança? ... Meu pai era um homem muito ocupado e sempre deu muito valor à honra de sua família, minha mãe sempre cuidou de mim com muito amor e tinha orgulho de sua família.... Será que em todos esses anos o que eu achava que os meus pais queriam de mim estava errado? Eu sempre me espelhei no meu pai... Sempre me preocupei em ser o melhor em tudo para que ele se orgulhasse de mim e para não ser um fardo para a família.. Apesar de que algumas vezes pensei que ele não ligava para isso.. Ele parecia tão mais feliz nos momentos que estava comigo sem fazer nada... Do que nos momentos em que estávamos treinando, lembro também de minha mãe ficar muito preocupada comigo quando estava tendo aqueles treinos...

‘’Você acha que eles te salvaram para você manter o nome da família? Ou porque eles te amavam e queriam te ver vivo, feliz, e ao lado de uma pessoa que você amasse?
 ‘’

Será mesmo que eu entendi meus pais errado?

Durante o resto da tarde aquela pergunta ficou martelando na cabeça de Garu. Ele tentava se lembrar de algo que pudesse confirmar a sua pergunta, mas as memórias que tinha com seus pais não eram muitas, mas essas poucas memórias eram sempre cheias de amor.

-x-

- O Garu não fez nem um pedido hoje? – perguntava Pucca enquanto terminava de arrumar as tigelas de macarrão em uma bandeja.

- Que eu saiba não Pucca. – falava um de seus tios.

- Que estranho... Ele sempre faz algum pedido. -  a garota pegava uma das tigelas de macarrão e colocava em uma caixa de entrega. – Eu vou levar essa aqui para ele.

- Se você quiser eu levo para você Pucca, agora à tarde não tem muito movimento no restaurante.

- Não precisa Dairo, eu já tinha que passar na casa do Garu mesmo.

Em alguns minutos a garota já estava enfrente a casa de Garu.  Chamou algumas vezes pelo garoto, mas não foi atendida e não notou nenhuma movimentação. Ela entrou na casa e viu Garu sentado na varanda dos fundos, deixou o pacote em cima da mesa e foi até onde ele estava

- Você não me ouviu te chamar Garu ? – Pucca ficava em pé ao lado do garoto que parecia não perceber a sua presença. – Eii Garu, você esta ai? – a garota falou um pouco mais alto. Dessa vez Garu virou o rosto olhando para ela com uma expressão como se perguntasse o que ela estava fazendo ali. – Eu trouxe a sua janta.. A Ching estava certa, você está estranho. Não me ouviu chamar, não percebeu a minha presença aqui... O que esta acontecendo com você? – ele apenas balançou a cabeça negando.

Pucca suspirou e se sentou ao lago do garoto. Era difícil para ela entender o que se passava na cabeça de Garu, ele nunca deixou transparecer nada, eram poucas as vezes que ela tinha visto o seu sorriso ou algum sentimento, mesmo que de tristeza em seu olhar.

- Nós nunca tivemos essa conversa Garu, bem.. Até porque há algum um tempo atrás eu não podia falar... Mas agora eu posso... – a garota respirou fundo, e agora encarava o chão. – Eu te amei muito Garu, você por muito tempo foi meu único grande amor... Eu sempre te achei tão solitário, parecia que mesmo estando com seus amigos você não estava feliz... Por isso eu agia daquela forma descontrolada... com todos aqueles ataques, perseguições.. Ao menos nesses momentos você parecia estar ali, e reagia de alguma forma, não parecia indiferente.... Porém conforme eu ia fazendo isso você se afastava de mim, por um tempo eu aceitei, afinal era o seu jeito....  Mas depois aquilo começou a doer, e eu comecei a me perguntar se aquilo realmente fazia alguma diferença na sua vida.. então eu comecei a me afastar... – algumas lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Pucca, mas rapidamente ela as limpou e balançou a cabeça. – E então eu tomei coragem para mudar, e não me arrependo.. foi a melhor coisa que eu fiz. – ela ficou alguns segundos em silêncio antes de voltar a falar. - Garu esta na hora de seguir em frente, ninguém vive de passado.  O nome da sua família sempre foi muito famoso e respeitado por todos, e ele ainda é. Seus pais devem se orgulhar muito de ter um filho como você, a honra que você tanto buscava recuperar você já tem, mas parece que você não enxerga isso... Ou não quer enxergar porque não sabe o que fazer da sua vida depois disso. .... Garu, a vida não espera ninguém ela simplesmente passa... e já esta na hora de você viver a sua vida...Assim como eu estou vivendo a minha..

E como Pucca já esperava, Garu não demonstrou nem uma reação ao que ela falou, nem ao menos olhou para ela. A garota se levantou e foi até a porta da varanda.

- Eu já estou indo...

Antes que ela pudesse dar um passo para frente sentiu a mão do garoto segurando a dela. Assim que se virou viu Garu encarando-a com um olhar triste, solitário, carente, o olhar de uma pessoa confusa, que não sabia mais o que fazer.  Pela primeira vez ele parecia estar pedindo ajuda a ela.
Ele se aproximou de Pucca e simplesmente a abraçou.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado =3



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