O xerife Zac Timpton recebera a ligação de socorro de Sophia Rousevel, entrou em sua viatura e saiu em direção a casa dela. Chegando lá, avistou a mulher ajoelhada no chão, os vizinhos em volta. Aguns tentando acalmá-la, mas ela estava muito alterada. Zac pediu licença, e a multidão de vizinhos curiosos cedeu espaço a ele. Zac foi até Sophia, a levantou do chão e a abraçou.

- Fique calma, estou aqui, calma. - disse tranquilizando-a.

- Ele levou minha filha Zac. Aquele maldito! David Conor não morreu. Ele levou minha filha! - gritou Sophia chorando.

- Acalme-se Sophia. Vou fazer de tudo para encontrar Anie.

- Aquele desgraçado voltou Zac. Ele voltou pra se vingar de nós.

Sophia continuara muito alterada. Zac a levou para a delegacia. Os vizinhos comentavam que Sophia estava louca. Alguém que morrera queimado na frente de todos não poderia ter voltado.

Na delegacia, Sophia tomou alguns calmantes. Zac a mandou esperar. Os calmantes fizeram Sophia se sentir sonolenta, e ela dormiu.

Sophia não sabia bem onde estava. Caminhava por um grande corredor. Na parede, várias fotos de crianças estavam pregadas. Mais a frente viu gotas de sangue no chão. Sophia as seguiu curiosa. Encontrou uma garotinha encolhida no canto da parede no fim do corredor. Ouvia o choro da garota. Foi até ela, e se abaixou. Acariciou os longos cabelos loiros da menina.

- O que aconteceu minha linda? - disse Sophia.

A garota se virou. Era Anie. Sophia se desiquilibrou e caiu pra trás. Os olhos de Anie escorriam sangue. Seu nariz e sua boca também. Depois a garota parou de chorar e começou a falar em uma voz sobrenatural.

- Ele está de volta mãe. Ele voltou pra ficar. E disse que está furioso com você. Me disse que não é pra você se preocupar comigo, porque o alvo principal dele são, Victória, Joe, Erick, Blair e você mãe. Mas por enquanto vocês não podem o ver. Ele precisa que vocês tenham medo. Por isso continuará atacando as criancinhas. O único jeito de vocês conseguirem detê-lo, é através dos olhos de uma criança. Ou então, em seus sonhos, como agora, ele está atrás de você.

Sophia se virou. David levantou uma faca, e a cravou no peito de Sophia, ela gritou desesperadamente enquanto o palhaço em sua frente dava seu sorriso macabro.

- Sophia, acorda, acorda! - disse Zac sacudindo a moça. Ela acordou assustada. - Você dormiu, efeito dos calmantes que te demos.

- Agora eu sei de tudo.

- Sabe o quê?

- Minha filha me disse tudo. Preciso sair daqui.

Sophia se levantou, vestiu seu casaco e saiu em direção da porta. Zac foi atrás. No estacionamento, Sophia pegou a viatura de Zac.

- Me entregue a chave Zac! - ordenou ela.

- Você não vai sair assim, está descontrolada.

- Me dá a porra da chave Zac! - gritou.

- Tudo bem, já que quer ir, eu vou com você. Pode deixar que dirijo.

Ela tentou contestar, mas ele já estava entrando no carro e dando partida. Ela entrou no lugar do carona, e os dois sairam do estacionamento.

- Onde quer ir?

- Para a rua Esmeralda, 114. - disse ela.

- O quê? O que quer fazer no Canal 7?

- Não pergunte. Dirija!

Assim ele fez. Logo estavam chegando na portaria da emissora. Sophia abriu a janela do carona e olhou para o segurança.

- Oi, é a Sophia Rousevel. Preciso fazer umas pesquisas para uma matéria pro Jornal Da Noite. Você sabe como é, uma boa jornalista nunca dorme. - e lançou um sorriso bobo para o guarda.

O homem abriu o portão e a viatura entrou. Procuraram uma vaga no estacionamento e depois entraram na recepção.

- Boa noite senhorita Sophia. - disse a recepcionista. - O que precisa?

- Preciso ir até o arquivo. Posso?

- Sabe que fecharam lá por causa dos ratos, e não tem luz, se quiserem ir, terão que arrumar algumas lanternas.

- E sabe onde encontramos?

- Claro. No corredor 13. É a caminho do arquivo, você deve saber. Você verá uma sala chamada depósito. Lá tem lanternas. Depois que usarem coloquem no mesmo local.

Sophia e Zac agredeceram e foram em direção do corredor 13. Passando por ele, avistaram o depósito. Zac entrou, demorou um pouco mas encontrou duas lanternas. Entregou uma para Sophia e seguiram para o arquivo. Encontraram a porta, mas Sophia não conseguia abrir.

- Deve estar emperrada, tem muito tempo que ninguém vem aqui. - disse ela.

Zac se afastou um pouco e depois se jogou contra a porta. Ela se abriu. Sophia se espantou com a atitude do xerife.

- Superou todas as minhas expectativas xerife! - disse ela dando um tapinha em seu ombro, depois entrou.

- Está me chamando de velho?

Sophia não respondeu. Ligou sua lanterna e desceu a pequena escada do arquivo.

- Aqui vou encontrar as informações que preciso.

- E muita poeira também.

Sophia caminhou em direção da pasta com arquivos de 1985. Abriu a pasta e pediu para Zac iluminar a mesa. Colocou os papéis em cima dela e começou a ler. Logo no primeiro arquivo encontrou o que procurava.

- Isso! - comemorou ela. - Meg Jonson. Eu sabia que ela não me era estranha.

- Do que está falando Sophia?

- Meg Jonson é a mulher que fora encontrada morta hoje de manhã junto com sua família. Ela também estava lá no dia 27 de Setembro de 1985. Ela tinha dezessete anos na época. Era estagiária do News Land. Antigo Canal 7. Ela que estava cobrindo a matéria. E agora vinte anos depois, o filho morre.

- E o que isso tem haver?

- É que eu sei quem vai ser a próxima vítima.