Diversão Macabra escrita por William Grey


Capítulo 6
Chore, grite, tenha medo!


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa a demora é que viajei pra casa da minha mãe, mas eu escrevi todos os capítulos lá, e já estou bem adiantado.... vou ir postando de vagar... nunca abandonaria vocês sem vocês saberem o final né .. kkk ..
Um abraço a todos que comentaram, e está aí um novo capítulo...

Obs: se houver outra demora nos próximos dias é porque tô com problemas na CPU mas vou voltar a postar mantenham calma ;D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/154539/chapter/6





Sophia achou melhor levar Anie ao Pronto Atendimento. A filha não parava de reclamar a dor em sua cabeça. Não esperou muito e o médico a atendeu. Receitou alguns remédios. Depois Sophia a levou até a lanchonete em frente ao hospital e pediram salgadinhos e refrigerante.

- A dor vai passar filha, a mamãe vai comprar os remédios e tudo vai ficar bem . - disse Sophia.

Sophia não parava de pensar naquela foto. Agora mais do que nunca precisava de Victória. Torcia para que a amiga já tivesse ouvido o recado na secretária eletrônica.

- Tudo bem mãe. Meu amigo me disse que vou ficar bem. - disse Anie tomando o seu enorme copo de refrigerante.

- Que amigo?

- Quando chegamos aqui no hospital e a senhora foi até o balcão falar com as enfermeiras, aquele palhaço do parque veio aqui e me disse que vou ficar bem. E disse que você estava linda hoje na televisão.

- Você consegue descrevê-lo pra mim filha?

- Claro! Ele tem cabelo bem vermelho dos lados, careca em cima. A cara é toda branca, nariz vermelho e olhos vermehlos. Tudo igual os outros palhaços mãe. Só que ele não tinha um dos dedos da mão direita.

- É ele. - sussurrou Sophia. - Ele disse mais alguma coisa filha?

- Uhum... - pensou ela. - Sim. Ele disse que em breve vão voltar a se ver. Você o conhece mãe?

- Anie, vamos embora daqui. Rápido, tráz o refrigerante.

Sophia pagou no caixa, entrou com Anie no carro e saiu a toda velocidade.

No caminho passaram na farmácia, compraram os remédios e depois voltaram para a casa. Sophia colocou Anie pra dormir, cobriu a janela quebrada com um lençol e voltou pro seu quarto.

-----****-----



Sophia se revirou na cama várias vezes e depois decidiu se levantar. Olhou pela janela. A rua estava tranquila. Pegou o seu exemplar de O morro dos ventos uivantes, e foi até o interruptor. Quando apertou, a luz não acendeu.

- Droga! - gritou ela.

Ela saiu do quarto e foi até a cozinha. Mexeu no armário e encontrou uma vela. Procurou isqueiro e acendeu. Ouviu um barulho, parecia vir do quarto de Anie. Sophia andou pelo corredor segurando a vela. Chegando ao quarto da filha, empurrou a porta.

A menina dormia como um anjo. Sophia foi até ela e a cobriu um pouco mais. Depois se virou. David Conor, fantasiado de palhaço estava parado diante da porta. Ela segurou o grito levando a mão até a boca, a vela caiu no chão, mas não apagou, ficou iluminando a cara do palhaço, que olhava profundamente para Sophia.

- O que quer seu desgraçado! Deixe minha filha em paz! - gritou a moça.

O palhaço levantou um dedo, e fez gesto negativamente.

- Não... vim para pegar você... minha criancinha levada. Não fuja, onde está sua coragem? A mesma que usou quando liderou a fuga de vocês? Sabe, eu tinha planos para os cinco, e vocês me desapontaram. E nunca é bom um palhaço desapontado!

- Saia da minha casa! Saia! - gritou Sophia chorando.

- Isso, chore, tenha medo, grite! Grite! Grite sua vagabunda!

Sophia acordou em pânico. Estava suada, e a janela de seu quarto aberta. O vento fazia as cortinas dançarem sobre o quarto.

- Foi um pesadelo, um pesadelo e nada mais. - disse para si mesma.

Depois, se levantou, acendeu a luz e foi até a janela para fechá-la. O que viu na rua a perturbou. Era Anie, ela andava no meio da rua, e era como se segurasse a mão de alguém invisível.

- Anie! - gritou ela da janela. - Anie volta!

A menina não escutou. Sophia saiu correndo desesperada em direção a porta da frente. Saiu, passou correndo pelo jardim e foi até a rua, viu a filha prestes a cruzar a esquina.

- Anie Rousevel, volte aqui agora! Socorro! - gritou Sophia.

Ela correu até a esquina, mas a rua estava deserta. Nenhum carro, ninguém passando. Sophia se jogou de joelhos no chão, e começou a chorar como nunca chorou antes.






Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Até mais



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Diversão Macabra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.