Diversão Macabra escrita por William Grey


Capítulo 3
Você não acreditou que ele era real!


Notas iniciais do capítulo

Agradeço aos leitores que surgiram aqui, logo no segundo dia após a criação desta fic. Obrigado, de coração. Leia este trecho, eu particularmente odeio palhaços, lendo este trecho você vai saber pq... kkk



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- Já disse que não tinha palhaços lá, pare com isso! - gritou a mãe impaciênte para seu filho no caminho para a casa.

- Mas mãe, eu o vi. Ele falou comigo. - respondeu o pequeno Gabriel. - Por que não acredita em mim?

- Olha meu filho, isso deve ser pura imaginação sua. Vou deixar passar desta vez, porque é o dia das crianças, mas não é bom contar mentiras. O nariz cresce, como a história do Pinóquio.

- Tudo bem mamãe.

Enquanto a mãe dirigia, Gabriel se sentia entediado. Olhou pela janela, mas só via o matagal na beirada da estrada, e algumas árvores. Para se entreter, decidiu contar as árvores.

- Uma, duas, três, quatro...

Gabriel parou de contar, e seus olhos se arregalaram. Ele viu o mesmo palhaço do parque acenando pra ele na beirada do asfalto.

- Olha mãe, é ele, é ele! - gritou apontando pra fora.

- Onde? - ela procurou mas não viu nada, apenas árvores. Um veado passou correndo de repente na frente do carro e ela freou bruscamente. Gabriel quase foi arremeçado pra frente, mas o sinto de segurança o segurou. - Ai, por pouco.

Gabriel olhou pra trás, e viu o palhaço dando tchau. Ele retribuiu com um sorriso.

- Já chega meu filho! - gritou a mulher. - Você está de castigo. Quase sofremos um acidente por culpa de sua mentira. Vou ter uma conversa muito séria com você quando chegarmos em casa.

- Tudo bem mamãe. - respondeu o garoto de apenas nove anos.

A volta para casa fora tranquila. Gabriel não disse mais nada, ficou quieto e silêncioso no banco de trás.

Quando chegaram, a mãe fez o almoço, depois, junto com o pai, tiveram uma conversa com Gabriel sobre mentiras. A mãe contou-lhe a história do pastor e do lobo. Avisaram a ele que se continuasse mentindo, quando chegar o dia que precisar dizer a verdade, ninguém acreditará.

Depois da conversa, Gabriel ficou no seu quarto brincando com bonecos. Escureceu. A mãe voltou ao quarto do menino, o colocou na cama e lhe deu um beijo de boa noite.



Uma pedra, fora arremeçada na janela de Gabriel, o barulho foi o suficiênte para despertar o garoto do seu sono. Ele se levantou e foi até a janela. Abriu e se curvou para ver melhor o passeio de sua casa. Lá em baixo, olhando pra ele e acenando estava o palhaço. Gabriel sorriu, e fez um gesto para o palhaço esperar. Depois correu, desceu as escadas de sua casa, acendendo todas as luzes. Foi até a porta da frente e abriu. O palhaço estava lá, parado, esperando.

- Oi, quer entrar? - perguntou Gabriel.

O palhaço fez que sim com a cabeça, e depois entrou.

- Minha mãe não acreditou que eu te vi. Me deu uma bronca e me colocou de castigo.

- Todos eles são assim Gabriel. Os adultos não entendem nossas brincadeiras. - respondeu o palhaço com um sorriso de orelha a orelha. - Mas vamos até o quarto deles. Assim, quando me verem, eles irão te tirar do castigo.

Gabriel se animou com a ideia, e segurando o dedo do palhaço, o conduziu ao andar superior. Caminharam juntos até o quarto dos pais. Gabriel fez um gesto para o palhaço não fazer barulho. Entraram e foi até o lado da mãe.

- Mamãe, acorda. - disse Gabriel sacudindo-a. - Mãe, acorda!

- O que foi Gabriel? - respondeu a mãe sonolenta. - Não consegue dormir?

- Não, mãe, é o palhaço, ele quer te conhecer.

- Já te disse que ele estava na sua imaginação.

- Não mãe, ele está aqui, abre os olhos.

A mulher abriu os olhos, viu o filho segurando uma mão coberta por uma luva branca, a mulher ohlou pra cima e viu o palhaço fitando-a, com um sorriso macabro.

- Viu? Você não acreditou que ele era real!

A mulher gritou desesperadamente, seu marido acordou com um salto, mas não podiam fazer nada. Não demorou muito e o palhaço saiu do quarto com o mesmo sorriso macabro. Suas luvas brancas estavam vermelhas. Na cama, estavam a mulher, o marido e Gabriel, mortos, seus olhos haviam sido arrancados pra fora. A mulher tivera parte de seu rosto desconfigurado. E o marido, bem, lhe faltava uma boa parte do estômago. 


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Notas finais do capítulo

Obrigado, até a próxima.