Coalescência escrita por Lany


Capítulo 7
La Push, É Apenas La Push


Notas iniciais do capítulo

Sei que vacilei feio com todos vcs... mas, espero que esse capítulo compense!
Boa Leitura!



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Com o celular apertado contra o ouvido esperava impacientemente que alguém atendesse do outro lado da linha.

-O que é? –Engolir em seco antes de responder tamanha a grosseria com que a voz feminina atendeu ao telefone.

-Eu gostaria de falar com Seth! –Disse sentando-me e tentando no me arrepender por ter ligado.

-Ele está dormindo! –Um suspiro impaciente se fez ouvir.

 Conferir o relógio duas vezes antes de responde, não acreditando realmente que Seth estaria dormindo uma hora dessas.

-Mas... são duas e meia da tarde!

-E desde quando você controla a hora que meu irmão pode eu não dormir! –É impossível de acreditar que Seth possa ter uma irmã tão mal humorada e arrogante.

-Ok, desculpe! Você poderia lhe dizer que Alice Brandon ligou. –Duvidava muito que meu recado fosse chegar aos ouvidos de Seth, entretanto não custa nada tentar.

-Alice?! –Logo depois de repetir meu nome, a garota do outro lado da linha se manteve em silencio, se não fosse pelas fortes lufadas de ar de sua respiração entrando em contato com o telefone eu pensaria que ela havia desligado.

-É você! –Ela acusou quando estava prestes a desligar o aparelho. -Você é a garota estranha que encontramos na floresta. –Sua voz ficou ainda mais ásperas e feroz.

-Eu...eu..não... eu... só queria...eu... –Tentei formular uma frase, negar ou até mesmo explicar, entretanto nem um som coerente passava por meus lábios.

-O Telefone Leah! –Suspirei aliviada ao ouvir a voz de meu amigo, o som era distante e abafado, mas ainda assim reconheci! -O telefone agora! –Seth ordenou e a garota... rosnou?! Antes de lhe passar o aparelho.

-Alice! –Sorri involuntariamente ao ouvir Seth pronunciar meu nome. -Desculpe a mal educação da minha irmã! –Ele gritou a ultima parte, provavelmente para Leah que ainda continuava no cômodo.

-Sem problemas! –Disse-lhe em tom cumplice.

-Então... Qual o motivo de você ter me ligado? –A curiosidade dominou suas palavras por completo.

-O que? Não queria que eu ligasse? –Provoquei.

-Não...não é isso, claro que não... só pensei que, que você poderia estar com algum problema... eu...

-Só estava brincando Seth, acalmasse! –O cortei, tentando acalmar a explosão de palavras. -Eu não queria passar o sábado todo em casa então pensei que poderíamos fazer alguma coisa.

-Qual é o plano? –Seth perguntou animado.

-Esperava que você tivesse um! –Confessei dando de ombros.

 Passaram-se alguns segundos enquanto ambos pensávamos em algo para se fazer em uma cidadezinha como Forks,  sem shopping, sem cinema, sem compras, sem parques, sem lojas de qualidade, sem....

-Já sei! –Seth berrou do outro lado da linha. Tive que segurar o aparelho celular com as duas mãos para ele não ir de encontro com o chão tamanho o susto. –Por que você não vem aqui pra La Push?

-Como? La... o que?

-La Push, é apenas La Push. –Quase pude sentir o sorriso de Seth contra o telefone - É uma praia aqui perto da reserva! –Explicou por fim, sua voz uma oitava acima devido à empolgação.

-Não vai dar problemas? Quero dizer, se eu for? –Perguntei insegura. Embora quisesse muito conhecer La Push e a reserva onde Seth mora não queria lhe causar nem um tipo de transtorno.

-Claro que não! Você vai estar comigo.

 Levantei da cama em um pulo seguindo com passos largos até a janela.

-Ok super-herói! Agora só preciso saber como chegar até aí. –Disse assim que avistei a caminhonete de Liz estacionada enfrente de casa.  Depois do incidente na estrada meu bebê precisava urgentemente de uma visitinha ao mecânico.

 Seth narrou minuciosamente o caminho pelo qual eu deveria seguir, destacando os poucos pontos de referencias. Assim que desliguei o celular vestir um casaco, sobretudo cinza e disparei escada a baixo.

 Liz estava trabalhando no pequeno jardim enfrente a casa, as mãos cobertas de barro mexiam na terra com extrema delicadeza, o macacão surrado sustentava em diversos bolsos materiais para o cultivo de flores, sementes, mudas e alguns vidrinhos com líquidos de cores indistintas – que nós havíamos preparado alguns dias atrás – que agiam como um “adubo” incrivelmente rápido e eficaz.

-Onde é o incêndio ? –Perguntou sorrindo amigavelmente.

-Vou me encontrar com Seth! –Liz encarou-me desconfiada. –Não é nada disso que você está pensando, ele é só um amigo. –Completei rapidamente em resposta ao olhar vacilante que ela continuava a sustentar. 

-O garoto lobo?! –Não era exatamente uma pergunta. Sinceramente acredito que o dom de Liz vai muito mais além do que distinguir mentiras e verdades em um dialogo. -Não me olhe assim. Você não me conta muitas coisas, mas seus desenhos sim e Seth ligou uma vez quando você estava na escola. Eu gosto desse garoto! –Liz assentia pensativa para se mesma.

-Ah, tudo bem... esse papo já está ficando estranho de mais e eu vou precisar da caminhonete! –Liz faz o estilo “vovó preocupada”, entretanto ela nunca me empurrou para aquilo que ela julgava ser o certo, muito pelo contrario ela sempre me incentivou a fazer minhas próprias escolhas.

Liz limpou as mãos no macacão, antes de enfia-las no bolso traseiro e tirar de lá um molho de chaves!

-Volte cedo. –Pedi-o entregando-me as chaves. 

-Pode deixar! –Concordei dando um leve aceno com a cabeça já entrando no velho carro de Liz. Eu não pretendia voltar tarde, no entanto também não iria voltar cedo.

-Alice! –Liz sussurrou desgostosa em tom de advertência.

-Eu não sei se eu já disse; mas é em momentos como esse que eu acho seu dom muito inconveniente.  –Liguei o automóvel, e antes mesmo de partir ouvir a leve gargalhada de Liz.

 O velho carro seguia pela estrada silenciosa, os pneus deslizavam em uma lentidão exagerada pelo asfalto molhado. Meu porshe levaria no máximo 10 minutos para chegar à praia da reserva, com o carro de Liz só fui estacionar no lugar marcado 45 minutos depois.

 Sair do automóvel assim que avistei Seth caminhando em minha direção, com short surrado, uma camiseta preta e um enorme sorriso nos lábios. Esse era meu amigo.

-Você demorou! –Afirmou com os braços apertados contra minha cintura em um abraço terno. -E só por curiosidade, o que ouve com porshe maravilhoso que eu vi no outro dia? –Seth perguntou apontando com o polegar para o carro de Liz. Sorri enquanto ele passava um dos braços por meus ombros nos fazendo caminhar.

-Um pequeno acidente! –Seth fitou-me sugestivamente, procurando algum tipo de machucado ou hematoma. -Eu estou bem, não foi nada tão grave. –Afirmei vendo o rosto de meu amigo se aliviar aos poucos.

-E eu que pensei que você fosse uma exceção aquele certo ditado popular: Mulher no volante perigo constante. –Apesar do comentário um tanto ofensivo, foi impossível não acompanhar a gargalhada de Seth.

-Pra sua informação eu dirijo muito bem! –Seth sentou-se em um troco de arvore caído próximo a água, segui seus movimentos e me acomodei no espaço vazio ao seu lado.

-Não é isso que o porshe deve ter sentindo na hora do “pequeno acidente” –Ele fez aspas com os dedos encarando-me com um sorriso divertido.

-Ah, Sem essa, eu só sair da estrada por causa da vis... –Era tão bom, tão natural conversar com Seth, que nos momentos que estávamos juntos esquecia-me completamente das bizarrices que preenche nossas vidas. Embora não encarrasse o garoto ao meu lado, sentia os olhos dele sobre mim. Suspirei e continuei. -Por causa da visão! –Ele tentou esconder o assombro ainda assim por poucos segundos sua fase foi tomada pelo espanto.

-Você não deveria ter cotando, fica cada vez mais difícil esconder as coisas que sei sobre você para o resto da matilha. –Não era algo parecido com uma bronca, era mais parecido com um amigo receoso por ter tantos segredos em mãos a ponto que explodiria a qualquer momento.

-Desculpe, eu só precisava desabafar, contar pra alguém! –Seth segurou uma de minhas mãos, seus dedos fazendo o contorno das marcas que enchiam meus braços – até onde o tecido grosso do sobretudo permitia. –

-Eu sei, e sinto muito, mesmo! Eu só tenho medo de quando estiver transformado não conseguir aguentar e lembrar de você, do que você me contou, do que eu vejo, eu não quero contar seus segredos.

-Obrigado. Por se esforçar tanto para não contar! –Seth pegou uma pequena pedra e arremessou sobre as águas estranhamente silenciosas do mar, ela cairia longe e pela precisão quicaria cinco ou seis vezes antes de afundar. Com um leve movimento dos dedos fiz a água engolir a pedra assim que a mesma encostou-se no mar. Seth não se irritou apenas deu de ombros.

-Então? Você é tipo o que? Uma vidente? –A pergunta saiu com naturalidade um tanto brincalhona, entretanto ela havia sido estrategicamente escolhida para amenizar a conversa e aliviar o assunto tão incomodo.

-É... acho que sim! –Seth assentia pensativo. Ele voltou a jogar uma pedra no mar, dessa vez com menos força, ela deveria quicar – Assim como a anterior também deveria – fiz o mesmo movimento com os dedos e o amar subiu alguns poucos centímetro engolindo a pedra. Seth encarava as águas, chocado. Um pequeno sorriso teimava em brincar nos cantos dos meus lábios.

-Você bem que podia me dizer qual será o resultado do jogo de amanhã, eu iria ganhar uma grana fácil! –Ele piscou.

-Não funciona assim Seth! O futuro é sempre incerto ele muda de acordo com as decisões das pessoas. –O observei mais uma vez pegar uma pedra – Ele não desiste mesmo –

-Sem falar, que as visões são ... – Parei por alguns instantes pensando no termo correto. –bloqueadas, quando você ou alguns dos lobos estão por perto.  –Seth encarou-me antes de levantar, ele apertou a pequena pedra nas mãos e arremessou, essa foi longe, me concentrei no ar frio que nos rodeava e fiz o pedregulho parar no ar por alguns milésimos de segundo até cair no lugar esperado por me, e afundar. Mais uma vez um sorriso involuntário moldou meus lábios, para minha surpresa Seth me observava.

-Informação de mais para um único dia. –Seth disse com as mãos estendidas para cima, como em sinal de rendição.  Sorri para ele dando de ombros ao mesmo tempo, como quem se desculpa. -Por falar em informação! –O garoto a minha frente estendeu a mão pra me ajudar a levantar. Ele suspirou derrotado, era visível que o assunto que viria a seguir o incomodava.  -Os Cullen perguntaram por você! –Confessou com certa relutância.

-Como assim? Perguntaram o que? –Um misto de curiosidade e preocupação preencheram minhas palavras.

-Eles, bom... eles meio... –Seth coçou a nuca soltando o ar fortemente.

-Sem rodeios Seth! –Pedi impaciente.

-Eles queriam saber se você é perigosa! De alguma forma eles sabem que você é diferente.

-Diferente?! –Sussurrei mais para me mesma do que para Seth.

 E o pior é que em relação a isso eu não tenho como argumentar, eu realmente sou diferente, no entanto eles também eram!

-Os Cullens também não são nada normais. –Afirmei sugestivamente. Os olhos de Seth vagaram para longe.

-Sinto muito Allie, mas esse não é um segredo meu.

-Eu sei! –Morde a bochecha internamente, lembrando-me de como os olhos de Jasper mudava de cor, da pele incrivelmente fria e pálida, da força com que ele parou o carro e do poder que ele exercia sobre mim. -Entretanto ainda vou descobrir o que Jasper esconde.

-Jasper? –Seth perguntou cauteloso voltando a encarar o nada.

-Os Cullens! –Corrigir rapidamente.

  Seth observou-me de soslaio, desconfiado, um tanto triste. Continuávamos em pé admirando as águas paradas do mar de La Push.

-Acho melhor eu ir! –Disse por fim depois de longos minutos de silencio.

-Mais já? –Um sorriso desanimado brotou nos cantos dos lábios de Seth.

-Está ficando tarde e eu prometi a Liz que voltaria cedo.

 Seth passou um dos braços por meus ombros e caminhamos calados até a velha caminhonete de Liz.

-Temos que repetir isso mais vezes.  –O moreno ao meu lado disse enquanto abria a porta para mim.

-É um convite? –Perguntei na intenção de anima-lo, o que deu certo. O sorriso caloroso de Seth abriu-se e ele me deu um abraço desajeitado devido ao pequeno espaço da janela do automóvel.

-Apareça quando quiser.

  Assenti sorrindo com o carro já em movimento.


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Notas finais do capítulo

Morecos da minha vida... antes de qualquer coisa mil desculpas, mesmo. Não pretendia demorar tanto assim pra postar mais por favor intedam... é cursos, trabalho, eu realmente estava sem tempo! Espero de coração que vcs me perdoem e por mais que eu demores a postar jamais abandonarei a fic.
Obrigado por todos os comentarios.
Bjoksss



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