Asas Dela escrita por Yuki Snow


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Obrigado os leitores que mandaram reviews no ultimo capitulo...
Curtinha: Sophia sofre por não poder amar quem ela ama...



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Junho, 2011

Mathew

Acordo cedo. Olho para os lados e me lembro do que aconteceu ontem à noite.

Vou ao meu quarto para ver se a loira ainda estava deitada na minha cama. Abro a porta e vejo-a ainda deitada, enrolada no meu cobertor, dormindo profundamente.

Desço as escadas e vou para cozinha preparar alguma coisa pra a gente comer. Faço um café, suco de laranja, preparo algumas torradas com manteiga e corto uma maçã ao meio pra nós.

Demorei exatamente 30 minutos só pra fazer essa pequena refeição. Coloco isso tudo em uma bandeja de prata que minha mãe ganhou de presente do trabalho dela.

Subo cuidadosamente para não derrubar nada e para não acordar ninguém. Abro a porta do meu quarto com um pouco de dificuldade.

Vejo que ela já acordou. Ela estava toda encolhida na cabeceira da cama com medo. Seu cabelo bagunçado parecia que tínhamos feitos muitas coisas na noite passada. Eu ri da minha própria piada e falei com ela.

- Pensei que você não iria acordar nunca... – falei com cuidado para não assusta-la.

Ela ainda me olhava incrédula, já eu fiquei tranquilo.

Entrei no quarto e coloquei a bandeja em cima da cama. Seus olhos seguiram todos meus movimentos. Fiquei tão sem graça, que senti meu rosto esquentar. Isso não é bom.

- Bom... – comecei a falar para quebrar o clima – Dormiu bem?

Ela não falou nada, só assentiu com a cabeça. Balancei a cabeça também.

- Eu não sei se você gosta de café ou de suco, então eu fiz os dois... – falei olhado da bandeja pra ela, que ainda me olhava sem demonstrar quais quer emoção.

Ela ainda não se moveu, não falou, o que eu poderia fazer para com que ela faça alguma coisa?

- O que aconteceu ontem, quando eu vim pra cá? – me assustei com suas palavras, foram ditas tão docemente que fiquei um pouco sem fala.

- Eu te trouxe, por que se fosse por você ainda estaria no banco deitada, - uma sobrancelha levantou mais do que a outra, mas continuei – te coloquei na minha cama e você dormiu aqui sozinha o tempo todo.

- O tempo todo? E o que você fez? Dormiu a onde? Sua mãe está em casa? – ela foi soltando um monte de perguntas que eu tive que reformular tudo.

- Calma aí! – falei me rendendo – Sim, você dormiu aqui e eu lá no sofá...

- Você não deveria ter feito nada disso – interrompeu-me ela indignada.

- Por quê? – perguntei encarando a torrada que já estava ficando mole.

- Por quê? – perguntou ela levantando a voz - Deve ser por que eu não moro aqui, não deveria esta aqui, e você nem me conhece direito!

- E você também não me conhece direito! – falei um pouco indignado.

Ela virou o rosto pra janela evitando o contato com os olhos. O que ela esta escondendo?

- Olha só Mathew...

- Como você sabe meu nome? – perguntei interrompendo-a.

- Isso não vem ao caso... – falou ela se levantando e indo para frente do meu computar. Segui, com meus olhos, ela. – Mathew, aconteceu mais alguma coisa ontem? – perguntou ela pausadamente

- Que tipo de coisa? – perguntei sem jeito.

Se ela souber que eu quase a beijei, ela iria ficar irritada comigo!

Ela me olhou incrédula, como se acabasse de ouvir meus pensamentos.

- Você não me beijou né?

- Não... – falei rápido demais, droga!

Ela frisou os olhos e virou a cabeça de lado não acreditando nas minhas palavras.

- É sério ok? – ela ainda não acreditava, o que eu faço?

“Conte a verdade!” Falou uma voz na minha mente.

Espantei-me. Balancei a cabeça para ver se eu estava alucinado. Bêbado eu não estava. Muito menos drogado! Eu sei que nós escutamos vozes em nossas mentes, mas essa não foi a minha voz!

- Eu não fiz nada com você. O máximo que eu fiz foi dar um beijo na sua testa de boa noite, só isso – finalizei a frase em um sussurro.

O que posso fazer com que ela acredite em mim? Essa é a mais pura verdade, droga!

- Ok, - falou ela – eu acredito em você...

Ela ficou olhando minhas coisas, canetas, blocos de notas, desenhos, até que... Droga meu caderno de poesias! Eu sei que isso parece ser gay, mas eu sou muito bom no que faço.

- O que tem aqui? – perguntou ela. Arregalei os olhos quando a vi abrindo o caderno. – Posso ler?

Levantei correndo da cama e peguei o caderno de suas mãos.

- NÃO! – gritei e guardei o caderno na ultima gaveta da minha estante.

Ela me olhava espantada. Fiquei sem o que falar. Eu sei que fui grosso, mas o meu caderno de poesias é como um diário para mim.

- Isso era o seu diário? – perguntou ela quase rindo. Ela botou a mão na boca para disfarçar, mas que nada, dava pra ver que se der uma brecha, ela vai começar a rir e não vai parar mais.

- Não, de novo! – falei recusando a olha-la. Aaah que raiva!

- O que era então? – perguntou docemente, mas ainda estava pra rir.

- Meu... caderno.

- Não parecia ser um caderno qualquer... – falou ela cruzando os braços.

- Mas é sim! – olhei para ela pra vê se ela parava com esse dialogo chato. Vi que ela não se convenceu, e cai no encanto dela – É meu caderno de...

- De...?

- Poesias... – sussurrei tão baixo que até eu não ouvi.

- Eu não escutei direito... – falou ela com um sorriso de uma orelha a outra.

- Poesias ok?! – gritei

Ela deu um pulo. Abaixei a cabeça de vergonha. Que droga, agora ela vai pensar que eu sou um gayzão! E eu não poderia deixar ela, essa gata... QUE EU AINDA NÃO SEI O NOME!

- Como é o seu nome? – perguntei timidamente.

Ela riu pela cara que eu fiz.

- Bom, meu nome é Sophia... – falou ela sorrindo.

Um sorriso caloroso, gostoso, que faz qualquer coração derreter. Seu corpo me deixava sem reação de tão bonito que era. Suas medidas eram todas certas, nada demais e nada de menos. Cabelos loiros e um pouco ondulados parecendo às ondas do oceano. Seus olhos azuis claros, mas com a cor destacada. Raro. Seu toque em minha pele dava tanta calma que às vezes parecia que eu estava drogado. Eu acho que estou drogado de amor.

Sophia ficou tensa e começou a andar pelo quarto. Ela parou na frente da janela e ficou olhando a rua. Fui para seu lado pra ver o que ela via.

Um casal estava aos amassos no banco que tinha em frente à casa da Srtª Grace.

Vi que ela ficara triste com a visão em sua frente. Silenciosamente coloco a mão em seu ombro. Uma carga negativa passou para mim.

Ela me olha, lagrimas cai de seus olhos, abraço-a e fico com ela em meus braços. Como eu queria que ela ficasse comigo eternamente...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Mande reviews, assim você estimula o autor a continuar a fic... Valeu a todos que estão acompanhando... Beijooos