Asas Dela escrita por Yuki Snow


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Dedico esse capitulo a minha fofíssima amiga Lia, que me inspirou para faze-lo! Espero que vocês gostem... =B



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Junho, 2011

Sophia

Fiquei nos braços do meu querido anjo menor até a hora que a mãe dele acordou e entrou no quarto. Quando ela viu o seu filho abraçado com uma estranha, ficou muito estressada.

- O que essa... essa... VAGABUNDA está fazendo na minha casa? – gritou ela, alarmando todos da rua.

- Mãe, acalme-se – falou Mathew, tirando-me de seus braços quentes e fortes. Fazendo-me quase cair de joelhos no chão, me apoitei no para peito da janela para ficar firmemente de pé. – Ela é minha amiga, - ele me olhou – o nome dela é Sophia, ela... ela... – ele pensou, e pensou até que teve uma ideia – Ela estuda comigo nas aulas extracurriculares de verão no colégio... – ele olhou para mim e arregalou os olhos para com que eu concordasse.

- I-isso mesmo Srtª Joshua – gaguejei, mas encontrei firmeza na voz e continuei – Eu faço aula de... – agora fui eu que pedi ajuda dele arregalando os olhos.

- De... Poesia! – falou ele com satisfação. Eu sou horrível em poesia! – Ela faz aula comigo de poesia, na escola, hum, na minha escola, ham, de poesia – quanto mais ele falava, mais a mãe dele ficava confusa. Eu acho que ele fez isso de propósito.

 Ela acenou com a cabeça e saiu do quarto. Soltei a respiração que ficara trancada desde que a mãe dele tinha-me xingado. Nós começamos a rir.

A campainha toca fazendo-nos parar. Alguém falava muito alto.

- Você viu uma loira... Alta... Muito bonita? – perguntou uma voz masculina, Jack!

A mãe de Mathew fala alguma coisa, e passos começaram a vir da escada. Jack entra no quarto do Mathew, ele estava vermelho de tanto chorar. Ele vem em minha direção e me abraça. Fico tão imóvel que parece que morri ali.

- Sophia, meu amor, pensei que tinha te perdido. Nunca faça mais algo assim – ele me sufocava nos seus braços.

Mathew estava atrás do Jack, do jeito com que eu possa vê-lo. E o que eu vi não me agradou nadica de nada. Mathew olhava com raiva pra Jack, eu já sabia que Jack e Mathew nunca se deram bem. Mathew deixa uma lagrima cair de seus olhos belos olhos. Ele viu que eu o olhava e virou o rosto para a janela a sua direita.

Empurrei - com um pouco de dificuldade – Jack de mim. Consigo sair e vou o mais rápido possível para perto de Mathew. Ele se recusava a me olhar, pegou seu rosto com as mãos, e ele me olha.

- Você ainda será o único! – sussurro para que só ele ouça. Beijou seu rosto e vou até Jack que me olhava estranho. Pego sua mão e saio daquela casa que não me pertencia.

Estávamos quase entrando em casa quando Jack para na porta. Olho para ele desconfiada de sua próxima reação. Eu não esperava que fosse ser uma das melhores. Ele coloca a mãos nos meus ombros e me olha no fundo dos olhos.

- Minha mãe... está um pouco preocupada... com você... – uma sensação de desespero dele passou para mim. Meu corpo começou a tremer. – Fique tranquila. Ela esta bem... Ela esta só um pouco estressada.

O que será que aconteceu com minha querida anfitriã? A amada do meu irmão? Céus proteja essa pobre mulher... Ela ainda tem muito do que viver!

Minha respiração estava acelerada. Se eu ficasse mais de um minuto naquela varanda sem ver o que – de verdade – Grace tinha, eu teria um ataque!

Abri a porta e encontrei a sala calma, muito calma pro meu gosto. Jack olhou para a escada que levava ao segundo andar – onde ficava o quarto de todo mundo – e segui-o escada a cima, ainda segurando sua mão quente.

Ele para na frente da porta do quarto e hesita em entrar. Não me aguento e abro a porta. Encontro-a deitada na cama, não muito bem como ele disse.

Gabriel

Fico pensando mais e mais, no meu filho, na minha amada que eu tive que deixar na terra. Aaah que vida difícil a minha! Eu só me lamentava... Por que tudo o que eu mais amo, não pode ficar nos meus braços? Comigo? Ao meu lado?

Lembro-me de quando estava no parque com Grace, tão linda com seus belos cabelos cor de mel, olhos castanhos brilhantes, sua forma delicada, sua graciosidade.

Flashback on

Eu tenho que conta-la... Mas como? Oooh que duvida cruel...

- Gabriel meu querido, o que lhe perturba? – pergunta Grace inocentemente, olhando nos meus olhos.

Estávamos sentados no grama. Eu apoiado em uma árvore e Grace sentada no meu colo abraçando-me.

- Minha querida Grace. - pausei vendo que a veia de seu pescoço ficou tensa com o “minha querida” – Eu... Não possamos ficar mais juntos. – falei rapidamente.

Ela se vira um pouco de frente para mim, fazendo o possível para com que seu rosto fique de frente para o meu.

- Oras, por quê? – grita ela já com lagrima no canto dos olhos.

- Metraton, não quer que fiquemos juntos minha cara amada – olho para frente, onde tinha belas flores no parque, impossibilitando nosso contado visual.

Ela já sabia o verdadeiro porquê. Mas isso não impediu que ela chorasse e me abraçasse, deixando lágrimas molharem meu terno.

Sinto que também não iria aguentar muito tempo. Lagrimas caíra dos meus olhos em poucos estantes.

Ficamos a tarde inteira chorando um no ombro do outro. Impossíveis de ficar sem seus grandes amores.

Flashback off

Senti uma pontada no peito, que me fez cair no chão de joelhos. Eu já sabia o que era. Todos nós anjos sentíamos isso quando alguém muito importante está para morrer. Nosso grande amor. Grace...

Alguém entra no meu pequeno quarto. Haniel entra no quarto e me segura por debaixo dos braços.

- Te peguei Gabe – fala ele com dificuldade.

Deito na minha cama e me contorço de dor.

- Aaah – grito alto, muito alto – Meu coração esta se desfazendo...

- Calma meu irmão... – fala Camael entrando no quarto e sentando ao meu lado.

- Faça isso parar... – grito novamente com lagrimas nos olhos.

Ninguém se mecheu. Raphael entra no quarto correndo e se senta ao meu lado dando pequenas batidinhas no meu ombro.

- Por favor... – choro novamente – Alguém...

- Não podemos fazer nada Gabe – fala Mikael já entrando no quarto com Metraton ao seu lado.

A dor me fazia em cacos, meu corpo agora estava todo doído. Não consigo abrir os olhos de tanta dor. Começo a tremer, suar frio e perco as sensibilidades dos meus dedos das mãos e dos pés.

Metraton começa a sussurrar alguma coisa para Mikael, que sai voando do quarto rapidamente.

- Calma meu irmão. – fala Camael novamente, só que mais docemente.

- Não aguento mais – sussurro. Meu corpo começou a ficar mole e eu quase não escutava ninguém

- Aguente firme Gabe, - falou Haniel – Mikael está trazendo ajuda...

Depois disso adormeci um sono tão profundo, que quando acordei parecia que eu estava no paraíso (e olha que eu já fui lá).

Abri meus olhos lentamente e não encontrei foco de primeira. Sinto que meu corpo não doía mais. Tento levantar, mas algo me segura na cama.

- É melhor você não levantar... – fala uma voz feminina, tão doce e pura, que fui obrigado a obedecer.

Olhei ao redor para ver se encontrava o paradeiro da voz, mas não a encontro. Meus olhos começaram a se acostumar com a claridade intensa. Uma sombra aparece em cima de mim. Olho para ele e levo um susto.

- Calma aí irmão! – fala Haniel se rendendo – Eu sei que não sou tão gato assim, mas, ah, quem queremos enganar, eu sou muito gato sim meu! – fala ele rindo da própria piada.

Ele viu que eu ainda não estava bom para piadinhas e ficou na dele. Metraton aparece na minha visão e coloca – eu acho – a mão no meu ombro.

- Pensávamos que tínhamos te perdido. – fala ele gentilmente.

Forço um pequeno sorriso, mas nada sai. Ainda estou muito fraco. Ele vê o meu esforço e deu leves tapinhas no meu ombro.

Passou uma energia tão boa na hora, que fique bem mais disposto. Tento me levantar novamente, mas alguém – de novo – me empurra em direção à cama.

- Você é teimoso né?! – falou a mesma voz de quando eu acordei.

Viro minha cabeça em direção à voz e encontro uma pequena jovem, com roupas brancas e com luvas descartáveis na mão, encarando-me furiosamente.

Ela era um anjo ajudante. Enfermeira, como diz na terra. Seus olhos castanhos escuros brilhavam mais do que estrelas. Seus cabelos castanhos vinham até metade de suas costas. Não podia se dizer que era liso, liso, pois tinha leves ondulações neles. Uma franja tapava metade de sua testa. Sua boca em forma de coração estava frisada de raiva. E sua mandíbula estava trincada ao máximo.

Eu não sabia sua altura, pois estava sentava em uma cadeira, mas eu não diria que ela tinha mais que 1.60 de altura.

Kamael entra na minha visão e olho para ele.

- Gabe você vai ficar bem, depois... – ele se cala e olha para o lado, onde não tinha nada de interessante – Lizza vai cuidar de você por enquanto.

Lizza era a garota mal-humorada? A sim! Vou me sentir muito melhor com alguém mal-humorado ao meu lado.

- Ei, eu escutei tudo que você pensou! – falou ela indignada, cruzando o braço no peito e fazendo biquinho.

- Que bom... – murmurei para mim mesmo. Mas acho que ela escutou, por que ela se levantou e saiu do quarto correndo.

- Nossa Gabe, que insensível – falou Haniel.

Revirei os olhos. Ah droga!

- Chama lá ela Hani – bufei.

Ele deu um sorriso que eu tive até medo. Saiu do quarto e logo voltou com Lizza no seu braço. Não sei por que, mas aquilo me incomodou um pouco. Hani estava sorrindo muito, mas muito mesmo!

Ele olhou para todos da sala e deu um sinal para que deixassem o quarto só para mim e Lizza. Estranhei o comportamento dele. Oooh não! Desgraçado. Cupido fdp! Já saquei tudo.

- Bom... – falou Lizza envergonhada, por eu estar ali na frente dela só de calça e sem camiseta. – Você quer alguma coisa?

- Hum... Não... – ela assentiu e se virou para sair do quarto, já que eu não queria nada mesmo – Espere – ela parou e se virou rapidamente -, eu gostaria da sua companhia... Você me daria à honra? – perguntei sem graça.

Ela corou na hora e assentiu.

Bati no lado da cama para que ela sentasse. Ela veio e sentou. Ficamos tão sem graça, que até eu corei.

- Fiquei sabendo que Sophia é uma grande amiga sua né? – perguntou ela puxando papo, por que olha, a coisa estava o ó.

- Bom, hum, a Sophia é como uma irmãzona pra mim sabe... – ela assentiu.

Procurei seus olhos, mas estava por debaixo da franja e não encontrei. Com cuidado para não assusta-la, tirei sua franja do olho e coloquei atrás de sua orelha. Minha mão acariciou seu rosto macio, delicado. Estava tão relaxada, que aceitou meu carinho. Ela virou seu rosto para beijar minha mão.

Levantei-me, peguei seu queixo para que ficasse de frente para mim e selei sua boca com um beijo. Doce e romântico. O mais romântico que já dei.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram??? Podem falar bem a real, estou aberta para sujestões, por que aqui ta fodinha =BAh, review sempre serão muuuito bem aceitas C: