Asas Dela escrita por Yuki Snow


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Novamente, não é a Yuki postando..
Aqui vai mais um capítulo, enjoy!


Agora sim é a Yuki. Bom meus anjos, como estou com sério problemas com os meus horarios. Por hora, peço para meu beta (sim gente eu tenho um beta *-*) - que é um grande amigo meu - para postar para mim.

Apenas não me matem ok? Pelo o que? Vocês vão ver láá no fim...
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/154111/chapter/22

Julho, 2011

Mathew

- Hum, Juruna... Não é um nome comum... – falei.

- Não, não é mesmo. – ele olha minha mãe, que adormecia tranquilamente no sofá. – Meu nome é de origem tupi...

- O que significa? – falei. Olhei nos seus olhos penetrantes. Uma cor incrível de azul. Balancei a cabeça e me foquei em suas palavras.

- Boca negra. – ele falou isso como se fosse simples.

Cerrei os olhos. Boca negra não é um significado comum para um nome. Apenas se ele for...

- Eu tenho que ir – falou ele.

Juruna se dirigiu a porta e saiu. Vejo-o entrar no seu carro, um Honda Civic preto, todo preto. Fecho a porta e vou até minha mãe. Sento-me em seu lado e acaricio seus cabelos castanhos. Parece uma criança, pego-a no colo e a levo para seu quarto. Foi muito fácil, minha mãe era leve como uma pena. Subi as escadas e entrei em seu quarto, esse tipo de coisa era raro. Entrar no quarto da minha mãe, só apenas em situações emergenciais. Coloco-a na cama, tiro seus sapatos altos e a cubro até os ombros. Dou uma ultima olhada para ela e saio do quarto. Entro no meu e sento em minha escrivaninha. Palavras surgem em minha cabeça. Uma nova poesia se formou.

Seja as palavras a forma da minha dor

Ou da minha alegria.

Que este é o destino real dos que trouxeram

A poesia,

Existem apenas no canto,

Como a chama no fogo,

Como a forma na flor!

Canto e alegria

Aonde eu for.

Fecho os olhos e imagino minha Sophia em meus braços. Um sonho que só seria possível, se eu quisesse. 

Sophia

Chegamos em casa era 6 horas da manhã. Caio com tudo no sofá e durmo. Sou acordada com gargalhadas vindo da cozinha. Tiro meu salto e vou até ela. Jack e Bruno conversavam alegremente. Jack me vê parada na porta e corre até a mim. Me da um beijo, coloca o braço em minha cintura e me leva até a bancada, onde tinha algumas cadeiras.

- Dormiu bem? – ele perguntou. Colocou um pouco de café em uma caneta e me passou.

- Sim... – bocejei e eles me acompanharam. Caímos na gargalhada. – Dormiram tarde? – perguntei.

- Não. – falou Bruno. – Eu fui direto para o quarto e Gabriel também. Já Jack eu não sei...

Olho para Jack esperando seu argumento. Ele me olha e sorri. O sorriso que alegraria o dia inteiro.

- Fiquei olhando você dormir. – falou ele.

- A noite inteira? – perguntei espantada.

Ele apenas assentiu e me beijou novamente. Gabriel entra na cozinha e se senta ao meu lado. Paramos o beijo imediatamente.

- Podem prosseguir. – falou Gabe. Ele pegou a minha caneca com o café, deu um gole, fez uma careta, colocou a caneca no lugar e fechou a cara.

- Eu acho que alguém não acordou de bom humor... – falou Bruno olhando para os lados.

Gabriel olhou para ele e cerrou os olhos. – Eu estava de bom humor à meia hora, quando a casa estava em silêncio absoluto! – ele se levantou e foi para o banheiro que tinha no térreo.

Olhamos uns para os outros, tentamos segurar os risos, mas não conseguimos. Jack começou a rir primeiro, não demorou muito para que eu e Bruno começássemos também.

Minha barriga doía de tanto rir. Gabriel às vezes era muito engraçado. Olho para meus queridos, um, é um grande amigo, e o outro um pouco mais do que isso. Só de pensar que semana que vem, não vou ter mais eles do meu lado, fico triste. Parei de rir e os vi rindo. Era tão bonito aquele momento. Parecíamos uma grande família. Jack para de rir e me olha. Abraço-o e fico com meu rosto enterrado em seu peito.

- Eu vou... Hum... Tchau! – Bruno saiu da cozinha pela porta dos fundos e sumiu.

Jack bota ambas as mãos no meu rosto e me obriga o olha-lo. Encaro seu belo rosto de um cara de aproximadamente 21 anos. Mas os olhos de um grande adolescente. Verdes esmeraldas.

- Eu irei te ligar todos os dias! Eu prometo. – ele falou e me abraçou.

- Estarei esperando. – sussurrei.

Ficamos um grande tempo ali. Parados. Lembro-me de que a gente não encontrou Georgia ontem da balada.

- Georgia voltou ontem para casa? – perguntei.

- Não que eu saiba... – falou Jack despreocupado.

- Você sabe que ela não pode ficar sozinha por aí né? – perguntei. Ele assentiu.

[Georgia foi embora...] Pensa Bruno.

Olho para a janela e lá estava ele.

Como você sabe?

[Tem um bilhete aqui dela, dizendo que ela foi para o inferno... Viver uma vida calma e tranquila - só que escondida, é claro. E sem vir para a superfície da terra por um bom tempo!].

Apenas balancei a cabeça decepcionada. Pela primeira vez em anos, eu e Georgia estávamos separadas, de bem uma com a outra! Raridade.

Cinco dias depois...

Jack estava arrumando suas malas para viajar. Na noite anterior, dormimos no mesmo quarto, mas nada aconteceu. Jack me disse que lá, ele iria morar em um pequeno apartamento, de fronte ao Central Park. E que iria trabalhar de segurança em uma boate próximo a faculdade. Fiquei meio enciumada na hora, mas depois vi que era um trabalho honesto, e que ele nunca iria me trair com alguma das dançarinas. Era o que eu esperava. Mas como eu não sou boba nem nada, falei com Bruno, para ele ficar de olho no Jack. E quando ele der umas ultrapassadas, da um puxão de orelha! Mas vi que não seria necessário. Jack era a pessoa mais confiável que eu já conheci em 300 anos. Antes era meu pai... Mas ele teve a Georgia e tudo mudou.

Nesses últimos dias, fiquei sem falar com Mathew. Mas eu sempre estava de olho. Quando ele ia dormir eu ficava vigiando ele. Sorte que nada de ruim aconteceu com ele. Ficar sem falar com o meu anjo menor, era muito mais difícil do que eu imaginava!

- Sophia! – chama Jack. Pelo visto ele me chamava faz tempo. Por que ele fez uma cara quando eu olhei para ele.

- Oi? – fiz cara de desentendida.

- Como eu posso ficar com raiva de você? – ele se perguntou.

Levanto-me e o abraço. – Ainda bem que você não consegue ficar bravo comigo! – beijei seu pescoço. Ele se abaixou o suficiente para encostar sua boca na minha.

- Eu te amo! – ele falou e me colocou com cuidado na cama.

Apenas sorri. Eu acho que te amo também! Não consegui falar em voz alta. Era muito impossível para mim. Eu nem posso ficar com ele sem com que alguém atrapalhe. Como eu posso viver uma vida ao lado da pessoa, que eu - possivelmente - estou amando?

Jack tirou a blusa e se deitou em cima de mim. Passo a mão em seu corpo definido e fico sem ar. Tiro a minha também e começo a beija-lo. Ele se vira, fazendo-me com que eu fique em cima dele. Encaixo meu quadril com o dele. Nem pareciam dois corpos, de tão junto que estávamos. Começo a tirar minha calça e vejo que ele já tirou a dele. Beijos e mais beijos. Lembro-me que essa era a minha primeira vez em um milênio! Fico com vergonha no começo. Mas ele sempre sussurrava em meu ouvido “eu te amo”, “eu estou com você” ou “nunca se esqueça de mim”. Foi minha primeira transa na vida. E com certeza, histórica! Nunca irei me esquecer de como ele me apoiava. De como ele falava palavras e frases fofas no meu ouvido. Incentivando-me a continuar. Não me arrependo do que fiz. Por que sei, que isso foi mais do que certo. Ele me ama, e eu o amo! O que de errado poderia acontecer?

Estávamos suados e com os corpos juntos. Jack com os olhos fechados e possivelmente dormindo. Eu apenas o observava. Ficamos na cama, com apenas um lençol fino. Olho para nossos pés e vejo sangue. Arregalo os olhos e fico com medo. O que ouve?

- Jack? – o chamo.

- Oi? – fala ele sonolento.

- Que sangue é esse? – perguntei apontando para a cama.

Ele olha e da de ombros. – Seu sangue, eu acho... – ele me olha e viu que eu não entendi. – Você era virgem? – assenti com vergonha. – Ei, não precisa ter vergonha nisso... Eu senti que você era virgem no nosso primeiro amasso. E agora, eu pensei que seria mais correto você fazer isso comigo... Que a amo! – ele falou e beijou minha testa suada.

Como eu posso ser um anjo e não saber de nada disso? Sou muito imatura mesmo! Tiro minha virgindade só agora! E olha que eu sou um anjo. Só pra mim mesmo...

Levanto-me e vou para o banheiro. Jack me acompanha e espera eu acabar o banho. Depois que saio, ele entra. Espero ele terminar e descemos juntos para a sala. A casa estava um silencio! Olho para os lados e não vejo nada. Nem um sinal de vida! Jack também olha pra os lados a procura de alguém e não encontra nada. Vejo um pequeno bilhete em cima da mesinha de centro. Pego e começo a ler.

Querida Sophia,

Voltei para o céu. Era a coisa a única coisa que eu poderia fazer em um momento como esse. Estou com muita saudade da minha Lizza. E acho que ela também esta com saudade de mim. Bruno foi comigo, para pegar um pouco de dinheiro, para poder viver tranquilamente em Nova Iorque. Fiquei muito feliz por ter visto meu pequeno filho, pela primeira vez. Ele está tão grande! E é muito inteligente como a mãe. Sorte a dele de ter você do lado. Fico muito feliz, que ele ama alguém que o ama também. Mas eu fico mais feliz ainda é em poder ver o brilho nos olhos do meu pequeno/grande Jack quando te olha. Com certeza irei ver meu filho em sua formatura. Sempre que eu puder, irei manter contato.

Com amor, Gabriel.

Sinto uma respiração em minha nuca. Viro-me e dou de cara com Jack. Sorrindo de uma orelha a outra.

- Você me ama também? – perguntou ele esperançoso.

- Eu acho que sim... – sussurrei.

Ele me abraçou e me beijou. Parou depois de um muito tempo. Fiquei com a respiração mais calma depois de pegar um pouco de ar. Olho para aqueles olhos esmeraldas que só vou poder ver depois de muito tempo. Apenas no Natal.

- Eu tenho que... – ele não conseguiu terminar a frase. Mas eu sei o que ele quis dizer. Está na hora de dizer tchau.

- Eu sei...

- Eu te amo.

- Eu também. – falei. E olha que não foi tão difícil como eu imaginava.

- Você não sabe o quanto eu fico feliz em ouvir essas palavras. – ele sorriu e subiu as escadas para pegar as malas no quarto e as colocar no carro.

Fico olhando-o e me entristeci. Poxa, justo agora? Perco minha virgindade, começo a amar, e tudo se acaba? Só no meu mundo mesmo...

Jack logo volta e coloca as malas no porta-malas do carro. Vou até a varanda e fico apenas observando. Ele volta e me beija. Um beijo demorado. O nosso ultimo beijo. Ele me abraça e vai para o carro. Da um último aceno. Liga o carro e não olha para trás. Tenho certeza que ele estava chorando tanto quanto eu. Seco minhas lágrimas com a barra da minha blusa. Sento na escadinha da varanda e fico olhando por onde Jack desapareceu. Depois de um longo tempo, resolvo entrar. Encosto-me na bancada da cozinha, e só agora minhas lágrimas resolvem parar de cair.

Começo a preparar alguma coisa para eu comer. Faço espaguete com molho branco. Coloco um pouco no meu prato. Vou para a mesa na sala de jantar. Olho para os espaços vazios a minha volta. Não me aguento e começo a chorar de novo. Só de pensar que vou ficar aqui sozinha, me dava calafrios.  Perco a fome e jogo tudo fora. Vou para o quarto do Jack e me deito em sua cama. Aonde o seu cheiro nunca irá embora como ele.

Mathew

Da janela do meu quarto, vejo Jack entrando no carro e indo embora. Sophia senta nas escadas e chora. Depois de um longo tempo, ela entra na casa e não a vi mais.

Eu deveria consolá-la, mas não sei se é a coisa certa a fazer.

Só de pensar que as minhas aulas estão para começar e eu não vou ter companhia para as aulas... Aah que saco! Mas se bem que ela poderia ir para a aula junto comigo... Não! Anjos não vão para a escola. Eles sabem de tudo quando nascem. Pra que ir a escola? Para ficar ouvindo os outros falando...? Não né.

Desço as escadas e encontro minha mãe na cozinha preparando o café da manhã. Sento-me na mesa e espero ela terminar. Minha mãe coloca um prato com ovos e bacon na minha frente. Agradeci e comecei a comer. Minha mãe se senta na minha frente e fica calada. Depois do acontecimento de alguns dias atrás, ela não falou nada. A hora era agora para falar sobre isso.

- Mãe? – chamei. Ela levantou a cabeça e me olhou. – Sobre sábado...-

- Não quero falar sobre isso. – ela falou, abaixou a cabeça e continuou a comer.

- Não vem com essa mãe! – falei – Você sabe que precisamos conversar...

- Não precisamos não!

- Sim, precisamos sim! – olho para ela e continuo – Mãe é a primeira vez em anos que você fica bêbada... Por que isso agora?

Ela cerrou os olhos e me olhou. Tive medo desse olhar.

- Como se você fosse a pessoa mais correta para se falar desse assunto né Mathew! – ela se levantou da mesa, jogou seu café no lixo e saiu da cozinha.

Fico boquiaberto. De novo, eu sou como um pai para ela... Nunca pensei que iria ocupar esse cargo um dia. Nem se eu tivesse um filho, eu acho que iria ocupar um cargo forte de pai... É muito mais difícil do que eu pensei. Continuo a comer, mas logo a fome vai embora e jogo minha comida fora. Tomo um pouco de água e subo para meu quarto.

Da janela, vejo Sophia colocando o lixo fora, os olhos vermelhos de tanto chorar. Não posso deixar sofrendo assim. Desço as escadas e vou para a varanda, vejo Sophia sentando na calçada cabisbaixa. Tento não me mover para ela não perceber que eu a olho. Mas foi em vão, logo ela levanta a cabeça e me vê. Da um pequeno sorriso de boca fechada. Bate na calçada ao seu lado, um sinal para eu sentar ao seu lado. Vou até ela e sento. Ela encosta a cabeça em meu ombro e chora mais. Coloco meus braços em torno dos seus ombros. Ela me abraça também. Sinto minha camisa ficar molhada com as lágrimas.

Meus olhos começam a pesar. Dou umas leves piscadas e me recomponho. Pego Sophia no colo e a levo para dentro de sua casa. Ela ainda se permanecia acordada, mas ainda chorava muito. O que era ridículo tentar fazer algo de ruim para ela, não que eu estava pensando em fazer mal a ela, mas beija-la no estado que está, não seria bom para ambos.

Coloco-a no sofá e me sento ao seu lado. Ela olha para mim e sorri.

- Obrigado. – sussurra ela.

- Nada... – falei.

Ela fechou os olhos e deixou cair algumas lágrimas. Limpo-as com o dedão. Levo um choque ao encostar na pele do seu rosto. Percebo que ela também.  Olho nos seus olhos azuis, e vejo o quão semelhante era o de Juruna. Fico quieto e prefiro não mencionar o nome do cara que roubou o coração da minha mãe. Sophia se senta ao meu lado e fica me encarando. Fico desconfortável com seus olhos em meu corpo. Como se quisesse que eu fizesse alguma coisa. Fico imóvel. Sophia se aproxima de mim, sua respiração já chegava no meu rosto.

TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIM! - O telefone toca. 

Sophia se levanta correndo e atende o telefone. Ouço palavras cortadas.

- Sim, eu também, sim, não... Que isso! Okay, me liga, beijos, Te amo. – falou ela.

Ela volta e se senta ao meu lado.

- O que você faz aqui? – pergunta ela rude.

Estranhei sua atitude. Há cinco minutos, ela estava quase me beijando, e agora fala grossa comigo? Essa ligação deve ter incomodado ela.

- Olha só Mathew. Eu não quero machucar você, mas...

Levanto-me correndo e a beijo. Não sei o que aconteceu comigo, mas eu tinha que fazer isso. Era agora ou nunca. Coloco uma mão em sua nuca, trazendo-a para mim. Sophia coloca sua mão espalmada no meu peito e me empurra para trás. Sorte que sou mais alto, ou seja, não me movi um centímetro. Minha língua procura passagem, mas Sophia insiste em não dar. Ela se cansa e me beija. Suas duas pequenas mãos vão para o meu rosto. Sinto uma dor forte no lado direito do meu rosto. Separo-me de Sophia e a encaro.

- Isso é por minhas marcas roxas no abdômen. – ela me da outro tapa, só que desta vez, do lado direito. – E essa é pelas minhas coxas.

Ela me puxa e continua a me beijar. Agora fui eu que não dei passagem. Ela se separa de mim e fecha a cara.

- Oras. Por que tu não estás me beijando? – perguntou ela.

Fui obrigado a rir. Nem parecia alguém dos anos XXI! Pego seu rosto com as mãos e a beijo. Um beijo longo e delicioso... Agora ela era só minha. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Penúltimo capítulo! DDDD:
Reviews plox! q

(Yuki Snow)
Antes de mandarem um review maldoso, pensem pelo lado da Soph, ela esta sozinha e carente. Quem aguentaria um gostoso como o Mathew assim? Dando bola? Ninguém né! hahahah
E sim, estamos no fim... sorry D: