Asas Dela escrita por Yuki Snow


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Anjos, que pouquinhos reviews D:
Quero mais na próxima eeem!
Mas eu agradeço a todos meus queridos leitores que estão acompanhando... Ah e meus novos leitores...


Capitulo dedicado a minha fofissima prima Akemi!!

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/154111/chapter/20

Julho, 2011

Sophia

Estávamos indo para a raiz da arvore, que nos entramos e do nada apareceu uma menina. Com os cabelos lilás e os olhos da mesma cor. Pele super branca. Ela estava confusa. Vejo nos seus olhos, o medo de ter encontrado alguém por aqui.

- O que você faz aqui Primula? – pergunta Georgia preocupada.

- E-eu estava procurando a Jullie... Mas me perdi dela... – fala Primula.

- O que você quer com ela?

Primula me olha com medo. Dou um meio sorriso, mas ela abre suas asas negras e se protege. Asas incrivelmente lindas, para um demônio. Parecia uma asa de morcego, mas roxa. Com pequenos brilhos na ponta. Deveria ter mais ou menos 1,50 de cada lado. Ela abaixa um pouco as asas, apenas para nos olhar.

- Hey Primula, a Soph aqui é um anjo da guarda. Ela nunca faria mal para você! – falou Georgia carinhosamente.

[Ela é o demônio mais do bem que eu já conheci.] pensou Georgia.

Que bom que tem pessoas aqui, que não ligam para seu parentesco.

- Ei, Primula né? – falei, ela assentiu. – Me chamo Sophia, é muito bom conhecer outro demônio do bem por aqui.

Ela abaixou as asas e as colocou nas costas. Eu via uma garota muito tímida, mas com grande personalidade na minha frente. Cada acessório, um significado. Vejo seus braceletes pretos, eu imagino uma garota que sofria. Nas roupas, uma menina que ama o que faz e não tem medo das diferenças. Nas botas, uma menina avoada. E na maquiagem, uma menina romântica, mas ao mesmo tempo, uma pessoa com dificuldades de dizer o que sente.

- Er... Bem, eu não gosto do que a Ge e a Ju fazem... Eu acho errado. – falou ela, tímida.

- Eu também não gosto. – olho de soslaio para Georgia, ela rola os olhos e se foca em Primula. – Eu peço desculpas, mas estamos com pressa e temos que sair.

- Ah, antes de vocês irem. – ela se volta para Georgia – Seu pai esta a sua procura.

[Eu te disse que ele me quer morta!]

Arregalo os olhos. Papai nunca mataria uma de suas filhas. Mas depois de conhecer Primula, vejo que é verdade. Ela é a única pessoa nesse inferno, que faz o bem.

- Vamos embora daqui. – falei curta.

Georgia assentiu. Ela corre na frente, mas volta e abraça Primula. Vejo que a um carinho especial entre elas. Mas resolvi não atrapalhar esse momento. Elas se separam, falam alguma coisa uma pra outra e seguem seus caminhos.

Mathew

Acordo com uma puta dor de cabeça. Olho para o relógio e ele marca 01h25min. Levanto-me com dificuldade e vou para o banheiro. Vou para de baixo do chuveiro. Levo um susto quando a agua gelada bate no meu corpo. Espero ela esquentar, com paciência. Fecho os olhos e sinto a dor de cabeça sumir. É eu precisava de um banho. Termino o banho, me seco e vou para o meu quarto. Ainda com a toalha enrolada na cintura, sento-me na cama e fico olhando para rua.

Um carro para na frente da minha casa. Levanto-me e vejo alguém sair dele. Minha mãe. Um homem a acompanha até a porta da frente. Debruço-me na janela, para ter uma visão melhor. O cara fala alguma coisa e a deixa sem graça. Isso me irritou. Mas o que me irritou ainda mais foi que, ele a beija. Não! Me visto rapidamente e vou para o andar de baixo. Encontro-a entrando na casa, com cara de paisagem.

- Quem era aquele cara? – pergunto rude.

Ela leva um susto e bate com as costas na porta.

- Aí filho – fala ela colocando a mão no peito. – Deu para espiar agora é? – perguntou ela.

- Não gostei dele. – falei cruzando o braço no peito.

- E você acha que eu me importo? – fala ela. Jogou a bolsa no sofá e foi para cozinha, preparar um chá.

Eu a sigo e me encosto-me à bancada.

- Mãe que é ele? – pergunto preocupado.

- Um colega de trabalho... – fala ela.

- Ele não tem nome?

- Tem sim! – ela me olha – Você não deveria estar na cama já? – ela mudou de assunto e se virou de costas para mim.

- Eu não trabalho, estou de férias... Ou seja, não! – falo.

- Bem que você poderia ajudar né? Tipo, arrumar a casa... – ela olha para o lado e se vira para mim – O que eu tô sentindo, é cheiro de Absinto? – fala ela irritada.

- Boa noite mãe. – saio da cozinha e vou para o meu quarto.

Eu sabia que não ia durar muito e ela já viria bater na minha porta.

- Mathew! Abre essa porta! – gritou ela. Fiquei no lugar. Não queria ter uma discussão agora. – Porra Mathew! Abre essa merda!

Não aguento mais e abro a porta. Minha mãe quase cai no chão. Seguro ela e ajudo-a se levantar. Ela me empurra na cama e eu sento nela. Minha mãe pega a cadeira da escrivaninha e se senta na minha frente. De inicio eu pensei que iriamos ficar em silencio pela eternidade, mas acho que ela viu que eu não ia começar a falar, então ela foi no meu lugar.

- Mathew? – fico de cabeça baixa – Filho? – levanto a cabeça para encara-la. – Por que você fez isso? Acabou com a garrafa de Absinto e de vodca, por quê?

- Não quero falar sobre isso. – me levanto.

- Mas vamos ter que falar. – ela me segura, e me puxa para baixo, obrigando-me a sentar na cama. – Filho desde quando você bebe? Duas garrafas? Nem um alcoólico bebe isso... – abaixo a cabeça. – Filho, por favor, me responda.

- Não. – viro o rosto em direção à janela e vejo um clarão na casa do Jack. Sophia! – Mãe, depois conversamos sobre isso ok? Eu falo tudo para você – ela me olha confusa e se levantou. Levo-a até a porta e a fecho atrás de mim.

Corro até a janela e o clarão aumenta. Coloco o braço na frente da minha visão, para eu não adormecer novamente. O clarão diminui e eu vejo duas pessoas voando. Sophia e Georgia. Asas incrivelmente branca, vindo de Sophia. E asas negras de Georgia. Dava para ver cada pena. Uma mais linda do que a outra. Diferente de Sophia, as asas de Georgia pareciam asas de morcego, sem penas. Pela primeira vez eu vi as Asas Dela.

Sophia

Eu e Georgia subimos rápido demais para a terra, que fomos parar no céu. Descemos no jardim dos fundos. Bruno nos esperava em uma cadeira. Ele já estava cochilando. Bati minhas asas pela ultima vez, e ele acordou no susto.

- Pensei que vocês nunca mais iam voltar. – falou ele sonolento, coçando os olhos com as costas da mão.

- Meio impossível né... – falei.

- Temos umas coisas que fazer aqui ainda. – fala Georgia.

Olho para ela, confusa. Temos?

[Sim!]

Ok...

- Da para vocês pararem de falar em pensamentos? – falou Bruno se levantando.

- Da sim... – falei. – Onde está o Jack?

- Na sala... – Bruno olhou para porta, que se abria. Jack apareceu e correu em minha direção.

- Meu amor! – falou Jack, no meu ouvido.

- Jack... – falei. Abracei-o e beijei sua bochecha. Sinto que ele me esconde algo. – Está tudo bem?

- Sim, tudo Okay! – ele olha para Bruno. Vejo uma troca de sinais entre eles.

- O que vocês estão me escondendo? – falo.

- Er... Nada meu amor, nada! – fala Jack.

- Quem nada é peixe! – pego o rosto de Jack com as mãos, obrigando-o a me olhar – Me conta tudo! Agora!

- Ok, ok! Acalme-se. – ele se afastou de mim e me olhou no fundo dos olhos. – Minha matricula da faculdade, foi mudada para Nova Iorque. – ele falou pausadamente.

Foi uma bomba para mim. Jack para Nova Iorque. Eu não posso sair de perto do meu anjo menor. E muito menos perto de Jack. Sem meu apoio. Não sei por que, mas quando fico longe dele, sinto um vazio em mim... E longe do meu anjo menor, muito mais. Jack era a única pessoa, que faria tudo por mim. Deu para ver, quando ele se jogou contra o box de vidro da casa do Mathew e se cortou todo. Só por minha causa. Ele me amava, mas eu nunca conseguiria retribuir todo esse amor. Era muito pra mim. Ninguém merece tanto amor. Mas ele não se toca e fica dando tanto amor, para não receber de volta. Deixava-me muito triste nesse ponto. Só de pensar que ele nunca vai amar e ser amado ao mesmo tempo, me entristecia.

- Sophia. Você esta bem? – pergunta Jack.

Apenas balanço a cabeça. Ele me abraça. Bruno e Georgia vão para dentro da casa e nos deixam a sós. Jack me pega no colo como um bebe, senta na cadeira de sol, onde Bruno estava há pouco tempo. Fico nos braços por um longo tempo. Adormeço ali com ele.

Quando eu acordei, percebi que ainda estávamos na cadeira. Adormecemos na rua. O sol batendo em nossos rostos. Jack ainda me segurava fortemente contra seu corpo. Tento sair, mas não consigo.

- Jack? – chamo, mas nenhum sinal de que ele estar acordado – Jack? Jack! Acorda! – grito me empurrando do seu forte abraço.

Ele me solta. O que foi o suficiente para eu sair. Entro na casa e vejo que o café já foi preparado. Bruno estava na sala de jantar com Georgia. Vejo que eles estão se dando bem, para um anjo da guarda e um demônio. Vou à sala e vejo Gabriel lendo um livro.

- Bom dia! – fala ele, sem tirar os olhos do livro.

- Bom dia! – retribuo. Volto para a sala de jantar e me sento ao lado de Bruno.

A conversa cessa. E os dois voltam a tomar seus cafés.

- Podem continuar a conversar. – falei pegando o bule.

- Hum, não era nada de interessante. – fala Georgia, ela deu uma mordida no seu cookie e ficou calada até o fim do café.

Georgia logo termina o café e vai para a sala. Olho para Bruno. Ele segue Georgia com os olhos.

- Sobre o que vocês conversavam? – perguntei e dei uma golada no meu café.

- Nada não... – cerrei os olhos. – Hum... era sobre o Mathew...

- Sobre o que?

- Mathew.

- Sim eu sei, mas o que sobre o Mathew?

- Ele anda bebendo demais... – fala ele calmamente. Franzi o cenho, a espera da continuação. – Está virando um alcoólico.

Arregalo os olhos.

- Alcoólico? – sussurro. Estava tão chocada.

Ele apenas assentiu. Balanço a cabeça não acreditando. Mas ele continua assentindo.

- Não! – gritei. – Não! Não...

- É verdade Sophia...

Levanto-me e vou para a sala. Encontro Gabriel e Georgia conversando animadamente. Eles veem minha cara de irritada e fecham a cara. Georgia se levanta e vem ao meu lado.

- O que foi Soph? – pergunta ela preocupada.

Viro-me para Gabriel. – Você sabia o que estava acontecendo com Mathew? – pergunto.

- Soph... Acalme-se – fala ele. Gabriel se levantou e veio para minha frente.

- Eu estou cansada de me falarem “Sophia, acalme-se!” - falei debochada. – Eu quero saber, se vocês sabiam que o Mathew, uma criança, estava se embebedando por aí?!

Ele se entre olhara e abaixaram a cabeça assentindo. Empurro-os, saio da casa e vou em direção a do Mathew.

Mathew

Acordo com um pouco de dificuldade. Meu corpo estava ainda com sono. Mas minha mente estava louca para mais álcool. Troco de roupa e vou para a sala. Lá eu me sento no sofá e encaro as garrafas. Respiração começa a acelerar. Olho para o lado e vejo que minha mãe já saiu de casa. Olho de volta para a garrafa. Parece que um imã me puxa para elas. Não me aguento e vou até ela. Pego rum dessa vez. Abro a garrafa e dou meu primeiro gole.

- Aaah! – falo depois de sentir minha garganta esquentar.

Fecho os olhos ao beber mais um gole. Levo um puta de um susto ao ouvir a campainha tocar. Vou até a porta e a abro.

Sophia

Toco a campainha. Logo a porta se abre. Vejo um Mathew bêbado. Com uma garrafa na mão.

- O que deu em você garoto? – perguntei tirando a garrafa de sua mão.

Entro na casa e fecho a porta. Continuo encarando seu rosto. Ele da de ombros e vai para a sala. Pega outra garrafa e da mais um gole. Antes de ele beber mais uma vez, dou um tapa na garrafa e ela cai no chão. O liquido começa a cair no chão. Mathew vê cada gota caindo. Ele me olha irritado e se avança em mim. Deu-me um tapa no rosto tão forte, que meu rosto virou. Olho aterrorizada, para ele. Mathew começa a me bater descontroladamente. Fecho os olhos e o empurro com minha alma de anjo da guarda. Ele cai do outro lado da sala. Mathew se encolhe e começa a chorar. Tento chamar Bruno mentalmente, mas nada. Gabriel e Georgia também, mas nada de eles me responderem.

Aproximo-me de Mathew e tento acariciar seu cabelo.

- Não encosta em mim. – falou ele com uma grande dificuldade.

Afasto-me do susto que levei. Olho para ele não acreditando, que eu o deixei virar um alcoólatra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam??? Alcoólico... eu tbm não acreditei quando escrevi... hahahah
É sério gente! Meus dedos tem vida própria! Eu não mando neles. Eles escrevem por mim!
Beijooos, Yuki Snow