Asas Dela escrita por Yuki Snow


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigado os leitores novos pelo reviews *--*
Aqui esta mais um looooogo capitulo... Eu acho que me impolguei =D



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Julho, 2011

Mathew

Georgia estava muito mais selvagem depois que a Sophia saiu com aquele cara da minha casa. Ela me levou para a sala e pegou uma garrafa de uísque na prateleira de bebidas da minha mãe. Eu nunca tinha bebido. E o uísque desceu rasgando minha garganta. Uma virada com a cabeça para o lado eu já fiquei tonto. Georgia parecia estar acostumada. Entre um beijo e outros, mais goladas de uísque. Fiquei muito mal depois que acabamos com a garrafa.

- Tire minha roupa – falou em no meu ouvido, bêbada.

Comecei tirando minha blusa dela. Ela se virou para eu poder tirar seu sutiã preto de renda. Eu via duas Georgia na minha frente. Dois sutiãs. Duas cabeças. Depois de muito tempo, achei o fecho e abri-o.

Depois disso não me lembro de mais nada. O uísque fez muito mal pra mim. Tudo que eu via estava em dobro.

Acordo na sala nu. Georgia nos meus braços nua também. Pelo visto a noite foi boa, eu ri sozinho. Georgia se meche nos meus braços. Seu corpo escultural colado ao meu, suado. Meu corpo inteiro doía, mas o que mais doía era meu amigo. Levanto-me e vou para o banheiro tomar um banho. Deixo a agua correr pelo meu corpo dolorido.

A porta é aberta. Abro o box, para ver quem era. Georgia estava com a cara sonolenta. Ela entra no box comigo e começa a me beijar. E tudo começa de novo.

Sophia

- O que tem ele? O que aquela desgraça fez com ele? – perguntei com lagrima nos olhos.

- Calma Soph. – fala Gabriel me segurando pelo ombro.

Nada pode acontecer com o meu anjo menor. Se algo acontecer com ele, vou direto para o inferno, por espontânea vontade. Vou cuidar dos mortos que não fizeram bem para a sociedade.

Gabriel e Bruno tremeram com meus pensamentos.

- Sophia, nada vai acontecer com o Mathew – fala Gabriel.

Você me irrita guri!

- Eu sei!

Sua mão ficou tensa no meu ombro. Ele olha para a casa, sigo seu olhar. Jack estava na porta incrédulo de ver o pai da mesma idade do que ele, na sua frente.

Eu tinha me esquecido totalmente do Jack. Era a primeira vez que os dois tinham se visto. Isso devia ser muito significativo para eles.

A mão do Gabriel estava cada vez mais me apertando.

- Aiii – gritei e tirei meu ombro da mão do Gabriel.

- Jack... – sussurra Gabriel.

Ele da um passo em direção ao Jack. Bruno segura o ombro do Gabriel.

[Ele não quer que você se aproxime.] Pensa Bruno.

{Mas eu sou o pai dele!} Pensa Gabriel.

Ele está certo Gabe. É a primeira vez que vocês se veem, ele ainda está um pouco assustado.

{Mas eu sou o pai dele... Meu filho Sophia!} Gabriel me olha com lagrima nos olhos.

- O que você faz aqui? – pergunta Jack, com o punho serrado.

Bruno segura o Jack.

Bruno foi até ele e ficou do seu lado.

Gabe, por favor, depois resolvemos isso. Você ainda terá muito tempo com seu filho! Por favor.

Peguei fortemente seu braço e o apertei. Ele tirou minha mão do seu braço e correu em direção ao filho.

Droga!

Bruno se pôs na frente do Jack. Mas vi que ele não iria segurar os dois sozinhos e corri até eles.

- Hey vocês! – gritei empurrando Gabriel.

- Por que você o trouxe aqui Sophia? – perguntou Jack.

- Por que... por que... Eu não sei! – falei. – Gabriel, temos um assunto importante para resolver.

Ele não escutou nenhuma palavra que eu falei. Parecia que estava em transe. Seus olhos escorriam lagrimas e mais lagrimas.

O que eu faço meu deus?

[Eu vou levar o Jack lá pra dentro, e você vai verificar o Mathew junto com o Gabriel, agora Sophia!] Pensou Bruno.

Ele fez o que disse. Gabriel tentou passar por mim, mas segurei ele.

- Gabe! – chamei. – Gabe? GABRIEL! – grite e parece que ele saiu do transe.

Ele balançou a cabeça, e me olhou. – Era meu filho Sophia? – perguntou ele sussurrando.

- Sim...

- Eu posso falar com ele? – perguntou tímido.

- Gabe, - peguei seu rosto com as mãos – Mathew está em perigo, temos que ajuda-lo.

- Ok, ok! – ele olha da uma ultima olhada na casa.

Pego sua mão e corro em direção à casa do Mathew. Toco a campainha, mas ninguém atende. Começo a tocar freneticamente.

- Vamos arrombar – fala Gabriel.

Ele da um chute, e mais um chute e a porta se abre. Entramos na sala. Roupas pelo chão, sapatos, e... Camisinha?

- Pelo menos ele se preveniu. – ele falou chutando e rindo da camisinha jogada no chão.

- Para de rir. – ele parou.

Começamos a vasculhar a casa no andar de baixo.

Alguém grita no andar de cima. Olho para Gabriel, e vejo que não foi minha imaginação. Esse grito não foi um “grito” de verdade, foi um gemido. Arregalo os olhos e Gabriel me acompanha.

- Credo! – murmuro subindo as escadas.

- Soph, o que você pensa que vai fazer? – pergunta Gabriel segurando meu punho. – Você acha que chegar lá e separar os dois no meio do sexo, vai fazer com que ele se separe dela de verdade?

- Não vai? – franzi o cenho.

- Claro que não Soph! – ele bufou e sorriu – Vamos com calma, esperamos eles terminar e...

- Esperar eles terminar? – o interrompi. – E se eles só terminarem tarde da noite? Eu não estou a fim de escutar os gemidos da minha irmã!

Ele ri do que eu falei. Ele riu!

- Calma Sophia. O garoto é novo ainda, você não pode interromper a primeira vez dele. Isso é muito significativo para nós homens!

Cruzo o braço no peito e sento na escada.

- Muito bem! – fala ele e bagunça meu cabelo.

Dou um tapa na mão dele, que saiu longe.

Mais um gemido ecoou pela casa. Bufei e revirei os olhos.

Gabriel ficava se mexendo desconfortável do meu lado. Limpou a garganta e coçou a cabeça. Olhei para ele.

- O que foi Gabriel...? – minha pergunta não se completou. Ele estava excitado com os gemidos da minha irmã. – Aiii credo cara! – virei o rosto. – Sai daqui Gabe!

Ele saiu correndo, sem graça.

Uma hora se passou e nada de eles saírem do banheiro.

Duas horas se passaram e nada.

Depois de três horas, eu quase dormindo na escada, a porta do banheiro se abre.

Risadas ecoavam pelo local. Georgia aparece no alto da escada e deu um beijo no Mathew, que retribuiu. Os dois estavam em apenas uma toalha.

Levanto-me bruscamente. Eles percebem meu movimento e se desgrudam. Mathew fica de costas para mim e de frente para Georgia.

- O que você faz na minha casa Sophia? – pergunta Mathew virando a cabeça para me olhar.

Seus olhos... Estão mais negros. O que ela fez com o meu inocente Mathew?

Gabriel aparece e fica do meu lado. Georgia se assusta com o Gabriel e se encolhe nos braços do Mathew.

- Calma meu amor, nada vai acontecer com você... – sussurra Mathew, o suficiente para nós escutássemos.

- Mathew, você não me conhece, mas eu te conheço...

- Você estava com a Sophia no café – interrompe Mathew, ele franziu o cenho e não tirava os olhos de mim.

- Sim, eu estava com ela no café. – Gabriel olha para mim e eu assenti para ele continuar. – Mathew, essa mulher – ele apontou para Georgia -, é muito perigosa. Ela mata pessoas...

Mathew olha para o corpo grudado a ele. Georgia tremia a cada palavra dita por Gabriel. Ela olha para ele com medo. Ele vira o rosto novamente para nós.

- Como eu posso acreditar em vocês? – ele franziu o cenho novamente – Vocês arrombaram minha casa. E eu não dei permissão para você entrarem! E se vocês me derem licença, eu quero me trocar.

- Mathew! – falei pela primeira vez. Georgia semicerra os olhos. Mathew me olha desconfiado. – Você tem que me escutar...

- Você não pode fazer isso com o nosso amor – interrompe-me Georgia. – Sua invejosa!

- Georgia, por que ele? – perguntei.

- Você sabe muito bem! – ataca ela.

- Se você me falar eu até posso saber!

Bruno

Jack estava muito agitado. Ele andava de um lado para o outro. Sua respiração acelerada me irritava.

- Oh Cara! Calma aí. A Sophia já deve estar de volta... – falei tentando tranquiliza-lo.

- Não... – ele negou com a cabeça. – Não! Isso não... Por que agora?

- Ela já vai voltar...!

- Não é isso Bruno! – ele se aproxima de mim e me segura pelos ombros. Minha reação foi trancar a respiração. O que eu faço? – Meu pai Bruno, o que ele faz aqui? – ele arregalou os olhos.

- Bom... Isso eu não sei lhe explicar. – sussurrei abaixando a cabeça.

Ele solta meu ombro e vai para o segundo andar. Sigo-o até o quarto, mas levo uma porta na cara. Começo a bater na porta.

- Hey Jack! Abre aqui cara!

Ele não responde.

- Jack!

Nada. Ele deve ter deitado... Sento-me no corredor. A esperança de ele abrir a porta cada vez diminuía. De minuto em minuto, eu batia na porta.

- Oh Jack! – me levanto e estranho seu comportamento. Sophia disse que ele não era assim.

O barulho de pneu arrancando no asfalto surge. Corro até a janela do corredor e vejo o carro do Jack indo em direção ao centro.

Droga de pirralho!

Pulo a janela e caio de pé no jardim. Abro minhas asas pela primeira vez que desci do céu e voo atrás dele.

O carro do Jack entra em uma rua não muito movimentada. Ele para em frente do que parece, uma boate. Paro em cima de um prédio próximo. Jack sai do carro e entra na frente de todo mundo. Pessoas começam a questionar e ele levanta a mão e mostra o dedo do meio para todos, que se calaram na hora. Desço em um beco do lado da boate. Encolho minhas asas no meu corpo com um pouco de dificuldade. Eu entro na fila? Ou faço que nem o Jack? Isso era uma emergência, passei na frente de todo mundo, mas o segurança me barrou.

- Aqui não é a loja de brinquedos não criança. – fala ele irônico.

- Estou acompanhando o Jack. – Uso minha voz mais séria. Aponto para dentro do recinto. – O Jack é meu irmão.

- Eu não sabia que ele tinha irmão... Ah! E ele não tem! – falou ele rindo da minha cara. – Vasa daqui pirralho.

Vai ter que ser do jeito difícil.

- Olha só companheiro, eu vou entrar nessa porra, você deixando ou não! Isso é um caso de vida ou morte. – falo entufando o peito.

O segurança, que era o dobro do meu tamanho, de inclinou para mais perto de mim.

- Caso de vida ou morte é garoto... Um caso de morte vai surgir se você continuar aqui na minha porta! – falou ele rude.

- Então chama o Jack aqui para te mostrar que ele me conhece! – inclinei para perto dele.

- Você é muito chato pirralho, mas para você para de me encher, vou chamar o Jack. – ele se vira para a caixa e sussurra alguma coisa para ela. Ela se levantou e o segurança bateu na bunda dela. Revirei os olhos. Depois de 10 minutos, Jack aparece na porta.

- O que tu estás fazendo aqui Bruno? – pergunta Jack irritado.

Virei-me para o segurança, que estava espantado que Jack me conhecesse. – Eu disse que ele me conhecia! – falei. Voltei para Jack que ainda esperava pela minha resposta. – Cara, nós precisamos sair daqui.

Olhei para a fila que espera impacientemente. Casais góticos, riquinhos, patricinhas, cowboys, e nerds!

- Eu não vou sair daqui até que o meu pai saia da cidade! – falou ele cruzando o braço no peito e fazendo biquinho.

- E eu que sou criança agora?! – murmurei – Vamos embora daqui, agora Jack!

Peguei-o pelo braço e arrastei até o carro. Ele bateu com tudo no mesmo. Jack se virou para me olhar.

- Desde quando você tem essa força pirralho? – perguntou ele com os olhos arregalados.

- Você se esqueceu da onde eu vim? – levantei uma sobrancelha e mudei de peso para a perna contraria a que eu estava antes.

- Aaah... – murmura ele.

Entramos no carro e fomos para casa.

Mathew

A Sophia estava muito estranha. Primeiro vem com esse papinho que de “Eu ainda vou ser sua e blá blá blá”. Segundo, ela beija o Jack. Terceiro, ela quer que eu me afaste de uma super gata, que transou comigo, tô nem aí que ela mata pessoas. Ela é GOSTOSA!

As duas começam a discutir. Eu fico boiando total lá. Pelo o que eu vi, o tal Gabriel também.

- Você não pode fazer isso com o nosso amor – fala Georgia. – Sua invejosa!

- Georgia, por que ele? – perguntou Sophia.

- Você sabe muito bem! – ataca ela.

- Se você me falar eu até posso saber!

Georgia vira meu rosto para olha-la. Seus olhos negros começam a penetrar no meu corpo. Ela ficava cada vez mais perto de mim. Como se qualquer célula não unida, o mundo fosse acabar. Abraço-a mais forte e coloco seu rosto no meu peito. Ela começa a chorar.

Sophia se aproxima de mim e me tira Georgia dos meus braços. Elas começam a brigar ferozmente. Nunca vi uma briga de mulher tão intensa. Socos, tapas, chutes. Ambos vindos dos dois lados.

Georgia grita depois que Sophia da um soco na cara dela. Gabriel se aproxima dela e tenta separa-las. Mas algo que Sophia faz, empurra-o para longe.

Uma claridade grande surge e eu apago.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? E essa parada aí, da Georgia com medo do Gabriel. Da Georgia ficar irritada com a Sophia com o passado. O que será que ela quis dizer com isso? Envie reviews com a sua sugestão!!
Beijoos e até a próxima.