Pov. Pedro

Pus o casaco, dei tchau aos meus irmãos e saí em direção ao banco. Fui curtindo o vento frio de outono no rosto até lá.

Subi até o andar da administração.

- Vim ver o Sr. Wonderwood. – falei a recepcionista.

- Precisa ter hora marcada. – o que torna a frase mais irritante é o tom superficial que elas usa.

- Diga que vim representando a família Pevensie.

- Só um momento. – Pediu, levantou-se e entrou na sala. Dois minutos depois ela apareceu na porta. – Pode entrar. – deu-me passagem completamente desautorizada. Entrei.

O rapaz jovem, de cabelos castanhos e olhos azuis pôs-se de pé e trocamos um aperto de mãos.

- É um prazer conhecer Edmundo Pevensie. – Sente-se. – sentei, ele também.

- Na verdade... – tentei corrigir.

- Achei que a Srtª. Susana viria pessoalmente por ser a mais velha ao invés de mandar um menino...

Como se ele fosse mais velho do que eu. Dei um riso falso.

- Na verdade, sr. Wonderwood, eu sou Pedro Pevensie, irmão mais velho da Srtª. Susana.

- Ah, Pedro Pevensie, o que estava no interior. É um prazer mesmo assim.

Como ele sabia disso?

- Bem, o que me trás aqui é a carta que o senhor entregou a minha irmã há alguns dias. – Pus o papel sobre a mesa.

- Como sabe, apenas fiz meu trabalho.

- Vim aqui negociar. – fui direto ao ponto.

- Bom – ele recostou-se na sua cadeira colossal. – E qual a sua proposta?

- Peço um prazo maior a ponto de... – interrompeu-me balançando a cabeça negativamente.

- Isso é impossível. O banco não disponibiliza de mais tempo.

- É de nosso interesse quitar a divida, mas não temos condições em um prazo tão curto. – insisti.

 Ele parou pensativo.

- Sei do seu interesse, mas não disponibilizo de um prazo mais longo, entretanto, tenho uma proposta a fazer.

- Estou aberto a sugestões. – recostei-me na cadeira em que estava.