Mente X Coração - Susana Pevensie escrita por Jajabarnes


Capítulo 2
Dívida


Notas iniciais do capítulo

=)



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Voltava do trabalho, ainda estava claro, entrei em casa. Pendurei o casaco e a bolsa no cabide ao lado da porta e larguei as chaves sobre a mesinha ao lado da porta. Ao virar-me para o interior da casa, vejo um homem, jovem, vestido de paletó sentado na sala com Edmundo, Lucia surgiu no corredor trazendo uma bandeja com uma xícara de café, açúcar e nesse instante o homem e Edmundo ficam de pé.

- Susana, este é o Sr. Wonder Wood, trabalha no banco. - disse meu irmão. Educadamente, o homem cumprimentou-me e trocamos um aperto de mãos.

- Boa tarde, senhorita. - disse ele. Assenti.

- O que o trás aqui, Sr. Wonder Wood? - perguntei enquanto Lucia pousava a bandeja na mesinha de centro.

- Venho a trabalho. - disse ele retirando um envelope do bolso interno do paletó. - Trazendo o último comunicado do banco. - entregou-me o envelope.

Com as sobrancelhas unidas, peguei-o e o abri. Desdobrei o seu conteúdo com todos me fitando. Descobri que o abrira de cabeça para baixo, girei-o e comecei a ler: no inicio da folha vinha o emblema do banco, a seguir os seguintes dizeres:

"Caso o pagamento da dívida não seja efetuado em trinta dias, esta instituição bancaria confiscará as residências que foram postas como garantia de pagamento, causando o despejo dos moradores sem responsabilização desta instituição.

Débito: 20.000,00 euros”

- Susana, você está pálida! - Acusou Lucia. Sentei no sofá.

- Sr, eu desconheço qualquer divida nossa com o banco. - falei.

- Bom, o débito foi adquirido pelo Sr. Pevensie quando pediu um empréstimo no valor de 15 mil euros.

- Aqui estão 20 mil. - disse Edmundo puxando o papel de minhas mãos.

- É por causa dos juros. - explicou o banqueiro...

- Mas não temos como pagar esse valor em um prazo tão curto. - falei séria.

- Nada posso fazer. Ou a divida é quitada, ou ocorre o despejo. Só vim para entregar o comunicado, passar bem.

- Eu o acompanho. - Edmundo passou por mim entregando o papel à Lucia e foi com o homem até a porta. Ainda lendo, Lucia sentou-se no sofá a minha frente. - O que fazemos agora? - Edmundo voltou.

- Não sei papai não falou nada sobre isso. - respondi.

- Talvez seja o dinheiro que ele usou para vocês fazerem a viagem. - Sugeriu Lucia.

Levantei e caminhei para a cozinha, eles me seguiram, Lucia trazendo a bandeja de volta. Tirei o telefone do gancho e disquei o numero da casa  do professor Kirke, Pedro precisava saber disso. Encostei-me à parede.

- Professos Kirke falando. - a voz do outro lado da linha atendeu.

- Professor, aqui é Susana Pevensie. - respondi à voz rouca.

- Oh, Susana, querida, como estão às coisas por aí? - a voz alegrou-se.

- Bem... Hum... Mais ou menos. Pedro está por aí?

- Só um minuto.

Durante segundos não houve ruídos do outro lado.

- Oi, Su! - a voz de Pedro. - Como foi de viagem?

- Bem...

- E como estão às coisas por aí?

- Bom vão mal.

- Por quê? O que houve? - sua voz agravou-se.

- Você sabe como papai conseguiu o dinheiro para fazermos a viagem? - perguntei.

- Achava que a universidade bancaria tudo, já que ele estava indo a trabalho.

- É eu também pensava assim... Hoje veio um funcionário do banco aqui. Trazia uma carta dizendo que se a divida não for paga em trinta dias eles tomam a casa e o apartamento. - Eram as únicas residências que possuíamos.

- E qual é o valor?

- Vinte mil euros.

- Que?! Como eles querem esse dinheiro em trinta dias?!

- Acho que eles não se importam muito com o "como". - falei. Pedro permaneceu alguns minutos calado. - O que fazemos? - perguntei depois de um tempo.

- Temos que falar com o papai.

- Como?

- Por telegrama, ora.

- Pedro, um telegrama só chegaria nos Estados Unidos em no mínimo dez dias e seriam mais dez dias para responderem.

- É verdade. - concordou ele depois bufou. - Bem, acho que é melhor eu ir para aí. Sabe tentar negociar...

- Mas e os seus estudos?

- Vai ficar tudo bem, já estudei o bastante, além disso, posso estudar aí.

- Tem certeza?

- Absoluta. Eu vou falar com o professor e aviso quando for.

- Tudo bem.

- Até logo.

- Até logo. - desliguei.

- Ele vem? - Perguntou Edmundo pegando uma maçã na fruteira em cima da mesa, mordendo-a.

Assenti.


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Notas finais do capítulo

Vou postar apenas no fim de semana, isso não quer dizer que será apenas uma capitulo por semana, ok?

Reviews são bem vindos, idéias, criticas e sugestões também!

Vamos, façam uma ficwriter feliz, não custa nada!!!!

Beijokas!!