Talking To The Moon escrita por Deboraan


Capítulo 9
Angel - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Vocês estão gostando da Fic? Por favor, eu preciso que vocês respondam sinceramente. ;D
Bom, aí está a segunda parte de "Angel". Boa leitura!



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– Como você se chama? – perguntei colocando um fio cacheado de seu cabelo atrás de sua orelha, enquanto ela ainda sorria gloriosamente pra mim.

– Catherine Blank.

– E o que uma menina tão linda está fazendo nesse hospital?

– Meu irmãozinho nasceu. Eu vim com o papai, ele vai me levar pra ver meu irmão.

– E pra quem é essa rosa? Pra sua mãe?

– É sim. É a preferida dela.


Antes que eu pudesse perguntar algo mais, aquele mesmo homem, que deveria ser o pai da Catherine, se aproximou de nós dois. Ele ainda estava chorando.


– Quem é você? – perguntou curioso, mas não de uma forma rude. 

– Ele é o meu amigo papai, o Derek.

– Hm... Vamos ver seu irmãozinho?

– Vamos! – ela respondeu dando um pulo do sofá, toda contente. – Quer vir com a gente, Derek?

– Ah, não, eu não quero incomodar.


Me encolhi no sofá olhando para o homem, que soltou um suspiro.


– Tudo bem, você pode vir conosco. – o pai de Catherine disse dando um sorriso pela primeira vez. – Se você quiser, é claro.

– Quero sim. – retribuí seu sorriso me levantando do sofá e os seguindo pelos corredores. Entramos por uma porta azul onde dizia “Permitido somente a entrada de funcionários e familiares autorizados.”. Em seguida andamos por mais um pequeno corredor, entramos à direita e então chegamos a um berçário. Através do grande vidro, o Sr. Blank nos apontou um bebê enrolado num lençolzinho azul claro.


– Está vendo, Katy? Aquele ali é seu irmão.

– E onde está a mamãe? Eu achava que estava com ele.


O homem gelou ficando pálido instantaneamente, sua expressão agora era de dor. A garota o olhava sem entender porque tanta demora. Eu estava intrigado. A situação estava embaraçosa demais.


– A mamãe... ela está... depois eu levo você pra vê-la. – respondeu tropeçando nas palavras.

– Mas eu quero ver agora.

– Querida – ele se ajoelhou ficando da mesma altura que ela –, não podemos ver a mamãe agora.

– Mas eu vou poder levar a rosa pra ela?

– Claro.


Ele deu um sorriso se levantando e virando pra mim. Sua mão veio parar sobre meu ombro.


– Posso falar com você?

– Claro, claro. O que o senhor deseja?

– Bom, é que eu não tenho ninguém aqui – ele abaixou o tom da voz, quase sussurrando –, meus parentes moram em outra cidade. Eu preciso resolver alguns problemas... A mãe da Catherine, minha esposa, morreu no parto. Eu não sei o que fazer, estou totalmente sem rumo. Eu não conheço você direito, e o que eu vou te pedir é loucura, mas você poderia ficar com a Katy, por favor? Prometo não demorar muito.

– Seria uma honra ficar com sua filha.

– Muito obrigado... Derek, não é?!

– Sim, senhor.

– Eu só te peço que não saia do hospital.

– Ahn, eu só vou levá-la ao quarto de uma paciente que está em coma, número cento e quinze. Não se preocupe. Vou ficar lá até que o senhor vá buscá-la.

– Obrigado mais uma vez. - E já se afastando, completou: – Não irei demorar muito.


E então lá se foi ele mais uma vez, correndo apressado pelos corredores, dando uma última olhada pra trás. Eu virei minha cabeça observando a Catherine, seus olhos estavam grudados no vidro do berçário.


– Vem, Katy, vamos conhecer uma pessoa.

– Uma pessoa?

– Sim.

– Quem? – perguntou sem deixar de esconder a curiosidade.

– Você verá.


Ela segurou minha mão enquanto caminhávamos despreocupadamente pelo corredor. Adentramos o quarto silenciosamente. Um sorriso brotou suavemente em meus lábios ao ver Catherine se aproximar de Nicole. Ela estava fascinada, assim como eu fiquei da primeira vez que estive naquele quarto.

Era impossível não se impressionar com tamanha beleza e delicadeza das curvas de Nicole. Seus nobres traços encantavam a qualquer um.


Catherine começou a sussurrar coisas inaudíveis, então, aproximei-me da cama pra poder entender o que ela dizia. Mas mesmo assim não consegui entender uma palavra sequer. Depois de algum tempo ela se calou, voltando a olhar fixamente para o rosto de Nicole, que permanecia da mesma forma de sempre, intacta, sem mover nenhuma parte de seu corpo.


– Como ela se chama? – Katy perguntou casualmente, virando seu rosto para mim.

– Nicole Mandson.


Ela passou seus dedos delicadamente sobre face de Nicole, como se estivesse gravando cada pequeno milímetro em sua mente. Eu só fiquei a observá-la.


– Não te preocupes, – disse quase num sussurro, mas foi o suficiente pra que eu escutasse – os dias de glória chegarão, assim como o arco-íris sempre chega ao horizonte depois da chuva. Não te desesperes com o tempo em que as coisas levam para acontecer, pois um dia quando você menos esperar, elas acontecerão. Não deixes a insegurança te dominar, seja firme o bastante para enfrentar as barreiras da vida de cabeça erguida. E a cima de tudo, tenha fé. Acredite em Deus e o que quiseres irá acontecer.


Enquanto Katy falava, uma onda elétrica passou pelo meu corpo me trazendo uma sensação de paz incrivelmente boa. Eu fiquei extasiado, mal conseguia piscar os olhos. Ela falava com tanta convicção que eu acreditei facilmente em suas palavras.


– Por-porque você está fa-falando isso? – gaguejei ainda um pouco assustado com aquilo tudo.

– Não sei, só me deu vontade de dizer. – ela me pareceu sincera, mas havia alguma coisa que eu não conseguia entender. Como ela sabia de tudo aquilo? Na verdade, eu acho que simplesmente ela não sabia. O que me confundiu um pouco. Até porque, como pode uma pessoa saber sobre o que você está passando se a conhece há menos de meia hora?

Ela é um anjo! – dizia meu subconsciente na tentativa de responder todas as minhas perguntas. E repetia isso milhões de vezes.


Ela sorriu docilmente pra mim amenizando, assim, a tensão que estava sob meu corpo.


Tudo foi se encaixando aos poucos em minha mente. Pelo fato da sensação de paz que ela me transmitia, eu pude comprovar que sim, ela era uma linda anjinha. A anjinha que fez minhas esperanças crescerem, me fazendo ficar tremendamente feliz. Era tudo o que eu precisava saber.


– Derek? Catherine? – alguém nos chamou batendo na porta e logo em seguida adentrando o quarto. Era o Sr. Blank.

– Vamos Katy?

– Nós vamos ver a mamãe agora? – ela pulou sorrindo animada.

– Primeiro nós vamos falar com a enfermeira que está cuidando do seu irmãozinho. - eu pude ver os olhos deles diminuírem numa expressão triste enquanto escolhia cuidadosamente as palavras. Eu tive pena. – Derek, obrigado por ter ficando com minha filha, muito obrigado mesmo.

– Foi um prazer poder ficar com sua filha, senhor.

– Você é muito gentil! Obrigado mais uma vez. – ele estendeu sua mão para um aperto. Eu retribuí. – Até mais ver.

– Até! E boa sorte!

– Obrigado!



E então se foram, sem saber o quão importante tinha sido suas passagens por minha vida.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews? Recomendações???
Kisses e até o próximo capítulo.



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