Talking To The Moon escrita por Deboraan


Capítulo 8
Angel - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Hey, babys! Bom, eu quero avisar que eu vou fazer uma postagem por semana, ok?! Eu sei que estou demorando muito pra postar e tals, mas é que pra se fazer uma boa história é preciso muito tempo. Espero que vocês compreendam.
Enfim, esse capítulo era pra ser postado quinta-feira da semana passada, mas meus pais me botaram de castigo HSUAHSUAHSUAH' pois é.
Esse capítulo vai ser dividido em duas partes. A segunda, provavelmente, será postada ainda essa semana. Mas pra isso eu preciso de reviews U.U



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– Bom, quando eu voltei para Los Angeles, eu fui visitá-la novamente, e o médico me contou que queriam desligar seus aparelhos. Eu não podia deixar que isso acontecesse, ela é tão jovem e bela... Tenho certeza que ela vai conseguir se recuperar, ela é forte.

– Eu sei que você não fez isso só por compaixão, tem algo a mais. Se abra comigo, filho, eu posso te ajudar.

– Mãe, não é hora pra isso. Depois eu converso com a senhora. Mas agora eu preciso ir ao hospital ver alguns assuntos pendentes.

– Tudo bem, mas você vai comer primeiro.

– Ok, mãe. – revirei os olhos.


Depois de terminarmos o café-da-manhã – que minha mãe insistiu que eu comesse tudo, até o último gole de café –, levei-a de volta ao hotel. Eu não sabia ao certo o que me esperava por lá. Talvez o Scooter estivesse me esperando com aquela cara de quando faço algo de errado. E bom, eu não queria ter uma conversa com ele naquele momento, quanto mais eu pudesse evitar, mais eu evitaria.

Quando íamos chegando, avistei de longe a imagem do Scooter em frente a porta do hotel. Suspirei baixinho, já me preparando para ouvir as broncas que ele ia me dar. Estacionei o carro não muito longe da entrada do hotel e saí rapidamente para abrir a porta da minha mãe, que sorriu agradecida com o meu gesto.

Enquanto caminhávamos até o hotel, Scoorter mantinha seu olhar sobre mim. Não dava mais para evitar. A última coisa restante a fazer era se preparar e escolher cuidadosamente as palavras a serem ditas.


– Precisamos conversar. – Scooter nem esperou que eu estivesse na calçada pra começar.

– Vou subir. Juízo vocês dois. – minha mãe disse me dando um beijo na testa e em seguida entrando. O significado do “juízo” que ela quis dizer, não foi articulando que a gente iria fazer alguma coisa de errado, não no sentido que todo mundo imaginaria, mas sim no sentido que a gente pegasse leve nas palavras um com o outro. Ela nos conhecia muito bem.


– Derek – ele soou irritado –, primeiramente eu quero saber por que você fez isso sem me consultar?

– Eu sabia que você não ia concordar. Mas eu ia contar a você e a mamãe depois.

– Depois? Depois quando? Você sabe que o que você fez é errado, McCall. Você não pode sair fazendo o que quiser, eu já conversei com você sobre isso antes. Eu não quero mais...

– SCOOTER, me escuta. – gritei o interrompendo – Eu fiz isso porque eu precisava, era a minha obrigação. Eu jamais deixaria alguém morrer sem fazer nada. Você não entende? Era a vida de uma pessoa que estava em jogo. Eu não podia simplesmente aceitar a hipótese de que queriam matá-la, sem que eu fizesse nada.


Scooter abriu a boca pra falar algo, mas desistiu logo em seguida, hesitante. E então as rugas aparentem em sua testa amenizaram assim que ele relaxou as sobrancelhas. Depois de algum tempo ele voltou a falar, num tom mais descontraído.


– Eu não entendo. – disse balançando a cabeça – Há muitas pessoas que estão na mesma situação que ela, muitas. Mas por que justamente ela?

Me vi num beco sem saída. Eu não sabia se estava na hora de contá-lo tudo o que se passava comigo. Tentei pensar em alguma desculpa convincente, mas nada me veio à cabeça. Eu não pude mais fugir da verdade.


– Porque eu me apaixonei por ela. – respondi baixinho, quase num sussurro.


A boca dele se abriu em um “O” assim que ele digeriu minhas palavras, seus olhos arregalaram. Admito que não esperava essa reação dele. Mas realmente, aos olhos de qualquer outra pessoa normal, era loucura se apaixonar por alguém que está em coma. Me diga quem, nesse mundo, manda no coração?


– Está tudo bem com você?

– Ahn, sim, sim. Só que isso me chocou um pouco. Você não está falando sério, está?

– É sério, Scooter, eu estou apaixonado por ela.

– Oh meu Deus! Mas... como? Quero dizer, você nunca falou com ela nem nada, como isso é possível?

– É o que eu me pergunto também.

– Tudo bem, eu estou com você nessa. – sorriu divertido – Eu sei que fui um pouco grosso no começo, mas olha pra o meu lado, eu já tinha te falado sobre tomar decisões precipitadas antes. Mas agora o que me resta é te ajudar... desde que você prometa que não vai fazer mais uma coisa dessa sem falar comigo antes.

– Ok, eu prometo.

– Ótimo!


Ele se aproximou de mim sorrindo e me abraçou. Naquele momento eu tive certeza de que ele estaria ao meu lado nas horas que eu mais precisasse.




Um mês depois


“A esperança é o que nos move”. Durante muito tempo essa foi a frase que mais definiu meus pensamentos. Eu depositava todas as minhas esperanças naqueles remédios que os médicos davam a Nicole diariamente. Mas como todo mundo que cria esperanças demais, eu acabei me decepcionado. A cada dia que se passava eu esperava ansiosamente pra que a Nicole acordasse.

Todos os dias eu seguia a mesma rotina: acordar; me arrumar; ir para o hospital; quando chegava ao quarto da Nicole, me sentava na cadeira ao lado de sua cama e ficava olhando para os detalhes de sua face, esperando pacientemente que ela mexesse pelo menos algum de seus dedos.


Sentado naquela cadeira desconfortável, eu imaginava como seria nossa primeira conversa. Imaginava como seria seus olhos, como seria sua voz. Eu, praticamente, sonhava acordado. Criando diálogos que eu sabia que nunca iriam acontecer. Distorcendo a realidade, e tornando-a um sonho. Um sonho onde só havia apenas duas únicas pessoas. Eu e ela. Onde nós dois nos amávamos igualmente um ao outro.



[...]

Andei calmante pelos corredores do hospital, observando desatenciosamente os rostos das pessoas que por ali passavam. Acenei para algumas pessoas que eu já tinha feito amizade. Enquanto me dirigia ao quarto da Nicole, presenciei uma cena no qual me chamou atenção. Uma pequena menininha de cabelos avermelhados segurava em suas mãos uma rosa vermelha. Ao seu lado estava um homem loiro tentando inutilmente segurar o choro.


“Papai, papai, me leva pra ver meu irmãozinho?” – eu podia ver que aqueles olhinhos inocentes imploravam por um sim.

“Agora eu não posso, querida. Vamos fazer assim: você fica aqui quietinha enquanto eu vou falar com o médico, e depois eu te levo pra ver seu irmãozinho.”

“Oh, tudo bem. Eu espero.”

“Não saia daqui, ok?!”

Enquanto o homem se distanciava, ela olhava carinhosamente para suas mãos, apreciando a delicada rosa que segurava. Eu me aproximei cuidadosamente, sentei ao seu lado e fiquei por alguns segundos olhando-a fixamente. Rapidamente ela se virou pra mim, paralisando assim que me reconheceu.


– Oh meu Deus, você... você não é o Derel McCall?

– Hum... acho que sim.

– Eu não acredito!


Podia-se ver em seus olhos o quão ela estava surpresa em me ver. Eu sorri verdadeiramente, uma coisa que ultimamente eu não conseguia mais. Aquela menina me passava uma sensação de paz. Era algo incrivelmente inexplicável.


– Posso te dar um abraço?

– Claro. – respondi abrindo os braços.


Ela pulou em meus braços, sendo o mais cuidadosamente possível para não amassar a rosa. Uma onde de sensações desconhecidas inundou o meu corpo. Aquela menininha parecia um anjo.


E por um momento eu esqueci tudo.



Como pode uma menina que eu mal conheço me fazer tanto bem?



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews? Indicações? Fiquem a vontade, ok?! =)
Até a segunda parte de "Angel".
Kisses ;*



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