Talking To The Moon escrita por Deboraan


Capítulo 7
Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Garotas, vocês podem bater em mim, eu deixo. Hahaha' Desculpa outra vez pela demora. O capítulo 7 já tem algumas coisas prontas, então pode ser que saia mais rápido. Enfim, boa leitura!



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– Eu juro, Derek, saiu sem querer. – Kenny afirmou pela centésima vez. Seu rosto mostrava sua expressão de arrependimento. Seus olhos tentavam se desculpar ao invés da boca.

– Kenny, eu já te pedi pra medir as palavras, você não pode sair contando tudo pra todo o mundo. – minha voz ainda estava alterada, um pouco mais alta do que o normal.

– Derek, entenda. Essa mentira não duraria muito tempo.

– Eu não menti... – pausei enquanto pensava cuidadosamente nas palavras que diria a seguir – eu só omiti os fatos. Mas isso não te dava o direito de falar, você prometeu.

– Me desculpe Derek, eu estou sendo sincero. Eu não poderia manter esse segredo por muito tempo.


Me sentei na beirada de sua cama tentando reorganizar os meus pensamentos. Eu não conseguia ficar chateado com o Kenny. Ele por um lado tinha razão, um dia minha mãe e o Scooter descobririam. E o próximo passo era saber o que falar quando os dois chegassem a Los Angeles.


...

Quando acordei pela manhã no dia seguinte, senti minha cabeça rodar. Um pesadelo me perturbou durante a madrugada, me deixando inexplicavelmente cansado. Uma sensação estranha e totalmente desconhecida até aquele momento.

(...) Era madrugada, uma leve brisa passava entre meus cabelos assanhados em direção ao norte. Eu estava em um lugar escuro, sem saída. Um beco sombrio. Do outro lado estava a Nicole, com a mão no peito tentando lutar contra a dor aparente em seu rosto. O sangue escorria por sua roupa chegando até o chão. Logo as memórias de alguns minutos anteriores vieram a minha mente. Nicole tinha sido acertada por uma flecha no peito, onde sua mão tentava estancar o sangue sem sucesso. Desesperadamente corri até seu encontro, e eu pude ver que era seu fim. Com os olhos encharcados eu pedi pra que ela aguentasse mais um pouco pra que eu pudesse socorrê-la. Sem nenhum esforço, peguei-a em meus braços e corri até meu carro que estava a poucos metros de distância. Enquanto eu corria com o carro a mais de 200 km/h, Nicole sussurrava com muito esforço que não dava mais tempo. E mesmo que eu não quisesse concordar, eu sabia que era verdade.

– Derek... para o carro.

– Não. Nós vamos chegar a tempo, você vai ver... eu vou te salvar.

– Por favor, pare o carro, me escute.

– Nic...

Ela lançou aquele olhar de “faça o que eu quero”. Eu não pude discutir. O hospital ainda estava a muitos quilômetros de distância de onde eu tinha parado. A estrada estava vazia e mal iluminada.

– Agora siga as minhas instruções. – mesmo se contorcendo de dor, ela ainda conseguia falar com autoritarismo. – Me tire do carro e me ponha no asfalto.

E assim foi feito. Eu tive que ter muito cuidado pra que ela não sentisse mais dor do que ela estava sentindo.

– Você... você quer que eu continue viva?

– Claro que sim, eu te amo, a vida não faria sentido sem você.

– Então, me beije.

– O quê? Mas... isso é pra contos de fada.

– Derek, não é hora pra discutir sobre contos de fada, me beije.

– Tudo bem.

Me aproximei cuidadosamente de seu rosto, inclinei minha cabeça mantendo só alguns centímetros de distância. Senti seu hálito fresco bater no meu rosto. E então meus lábios se encostaram delicadamente nos seus. Ela, dificultosamente, entrelaçou seus braços em meu pescoço me trazendo mais pra perto. Foi, incrivelmente, mágico. Eu senti algo que nunca havia sentido antes. Uma sensação que não é explicável em simples palavras. Eu comprovei que a amava mais que tudo na vida, mais até que a minha própria vida. E que eu não poderia viver um minuto sequer sem ela.

– Eu... sempre... te... amarei! Adeus, Derek!

E então eu entendi que aquele beijo tinha sido o último, um beijo de despedida. (...)



Balancei minha cabeça tentando me concentrar na vida real. Me arrastei até o banheiro enquanto tentava pensar em só uma única coisa: relaxar. Quando saí do quarto, tomei um susto. Minha mãe estava imóvel na porta da frente, olhando pra mim com uma cara preocupada.


– Oi, mãe! – falei sem jeito.

– Oi, meu filho! Como você está? Anda se alimentando bem? Você me parece tão magrinho. Eu sabia que se te deixasse sozinho você não iria se cuidar... – ela disparou tudo de uma vez só.

– Mãe, mãe. – chamei sua atenção antes que ela falasse mais. – Eu estou bem, não se preocupe.

– Bom, precisamos conversar. Você já tomou café?

– Não.

– Então enquanto você come, a gente conversa.


Apenas assenti com a cabeça seguindo seus passos para fora do hotel. Nos dirigimos silenciosamente até o Starbucks. Minha mãe se sentou numa das mesas mais discreta, e me pediu pra sentar na cadeira da frente.


– Filho – ela começou –, o Scooter me contou o que você fez e... Eu não consigo entender porque você tomou essa atitude, mas de qualquer forma eu estou do seu lado.

– O quê? – perguntei automaticamente. Eu, sinceramente, não estava esperando ouvir aquilo da minha mãe. – O que você falou?

– Eu disse que estou do seu lado. É claro que eu vou querer saber de todos os detalhes, eu sei que você não faria isso sem ter um bom motivo.

– Tudo bem, mãe, eu acho que já está na hora da senhora saber. – parei por alguns segundos tentando procurar as palavras certas pra falar. Eu não queria falar que estava apaixonado por ela de uma só vez. – A Nicole, aquela moça que a senhora viu naquele dia no hospital. Lembra?

– Lembro sim.



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Notas finais do capítulo

Reviews? Indicações? =) Beijos e até o próximo capítulo.



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