Talking To The Moon escrita por Deboraan


Capítulo 18
The Reason


Notas iniciais do capítulo

Hey, minhas lindas!
Esse capítulo é dedicado as divas BieberJerry e leehbm que recomendaram lindamente a minha fic. *---------* Nem preciso dizer que AMEI as recomendações, né? Eu chorei lendo-as, sério mesmo. Fiquei tãaaaaaaao feliz. Achei lindo. E obrigada também ao reviews. Vocês são as melhores leitoras que alguém poderia ter. Muito obrigada por acompanhar minha história. :)
O capítulo é curtinho, mas, de qualquer forma, boa leitura!



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I've found a reason for me

To change who I used to be

A reason to start over new

And the reason is you…


07 de setembro de 2011; 22h16min.


Sorri diante da minha própria imagem no espelho, observando o brilho dançante – que brevemente lembrava as chamas de uma fogueira – em meus olhos dourados. Havia algo diferente em mim, notei enquanto observava o contorno acentuado do canto dos meus lábios formando um meio sorriso. Não era a maquiagem – suave e ao mesmo tempo marcante, acentuando as maçãs do rosto e a sombra que sobrepunha o dourado de minhas íris – nem a minha roupa – um vestido preto com mangas bufantes e um decote quadrado que descia ligeiramente num V, a cintura acentuada com um cinto vermelho à medida que o resto do vestido descia livremente até acima dos joelhos; um sapato com salto de quinze centímetros verde escuro coberto por uma leve camada macia de veludo – que provocava essa estranha sensação. Era, notei poucos segundos depois, a felicidade que emanava do meu próprio corpo, fazendo-me parecer mais delicada, como uma rosa a florescer, e respectivamente uma mulher de postura madura e gestos decididos.


A última noite, certamente, influenciara nessa mudança. Talvez quando Derek beijou-me docemente nos lábios e olhou-me fixamente nos olhos murmurando que seu amor por mim era imensamente grande, algo dentro de mim tenha ocasionalmente mudado e me feito perceber o quanto feliz eu estava por estar em seus braços.

Toquei suavemente meus lábios com a ponta dos dedos, fechando os olhos e revivendo as lembranças da noite anterior, quando Derek tomou-me em seus braços, apenas abraçado a mim, enquanto apreciávamos cada segundo ao sentir nossos corpos roçarem-se um no outro. Fechei os olhos e as imagens em minha mente pareciam tão nítidas que eu poderia pensar que estavam acontecendo naquele exato momento, mas não, eram apenas recordações, as quais que me faziam sentir ainda mais saudade do Derek, mas que também me transmitia uma sensação de ansiedade, pois eu iria vê-lo dentre poucos minutos. Gargalhei alto, não fazia tanto tempo assim que eu não o via, mas a impressão é que se passaram dias em apenas algumas horas.


Nunca me senti daquela forma, pelo menos não com tanta intensidade. Nunca me senti como se meus joelhos fossem desabar a qualquer momento; nunca senti aquela insaciável sensação de querer estar próxima a ele, sentindo seu calor irradiando em meu corpo; nunca senti o desejo por alguém correr minhas veias, consumindo-me por inteira até que eu estivesse totalmente e irrevogavelmente a sua mercê.


Eram tantas as reviravoltas que houve em minha vida que, às vezes, eu me via pensando em tudo o que me acontecera depois que conheci o Derek. E apesar da culpa que eu sentia por ter abandonado meus pais, eu estava feliz com tudo aquilo que minha vida tinha se tornado. Afinal, ao final de cada história sempre há um final feliz, e o meu estava começando a se desenrolar ali.


O relógio marcava 22h19min quando saí do quarto. Não pude impedir que minha mente vagasse tentando descobrir em que lugar Derek e eu iríamos dessa vez. Imaginei que ele me levaria a um restaurante ou algum lugar romântico e me pediria em namoro. Bom, talvez eu esteja adiantando as coisas pensando em algo que nem ao menos tem indícios de acontecer, mas se ele pedisse, eu, decerto, aceitaria.


Repentinamente, uma forte dor me atingiu na têmpora, fazendo-me vacilar justamente quando coloquei o primeiro pé na escada. Tudo ao meu redor era um borrão, minha visão estava turva e, por um segundo, pensei que eu cairia escada a baixo, porém, tateando o lugar a minha volta, encontrei o corrimão e me segurei a ele como se minha vida dependesse disso. E talvez dependesse.


— Nick! Nicole! – ouvi a voz de Derek gritar, mas era muito tarde para mudar o que aconteceria a seguir.

O aperto no corrimão foi se afrouxando e aos poucos a inconsciência foi me atingindo, meu corpo impulsionando-se pra frente de forma que eu não conseguiria me pôr de pé novamente mesmo se estivesse em perfeito comando do meu corpo. E então a dor me atingiu. No começo, era apenas uma dor leve – como um choque contra uma superfície ondulada –, mas, ao passo que meu corpo rolava sobre a escada, a dor foi se intensificando até tornar-se insuportável. Era uma dor que atravessava o meu corpo como uma corrente elétrica, passando dolorosamente por cada centímetro de minhas veias até chegar fundo em meus ossos.

Minha mente vagava entre a consciência e a escuridão. Os sons ao meu redor uniram-se, formando um emaranhado de palavras irreconhecíveis, as quais eram impossíveis distinguir de onde vinham e a quem pertenciam. Obriguei-me a abrir os olhos, mas qualquer movimento, por mais simples que fosse, me deixava ainda mais fraca. Meu corpo não respondia a nenhum de meus comandos.

As vozes agora pareciam distantes, como ecos em um grande e profundo buraco. Minha visão e minha mente tomadas pela negridão mal podiam trabalhar. Eu estava sendo submergida, mais uma vez, à inconsciência profunda, onde tudo o que havia era apenas a escuridão. A velha e conhecida escuridão.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Gostaram? Que tal reviews? Ou recomendações? Tô mimada.
Eu acho que o próximo capítulo vai demorar um pouquinho. Eu ainda não decidi se o próximo vai ser o fim ou se eu divido o final em dois capítulos. O que vocês acham?