Talking To The Moon escrita por Deboraan


Capítulo 17
Without you


Notas iniciais do capítulo

Dois meses. Faz dois meses que não posto a continuação dessa fic. '-' Eu sei, eu sou irresponsável. E dessa vez eu não vou pedir desculpa porque eu sei que não mereço. Eu realmente me sinto mal por ter demorado tanto.
Mas, enfim, aqui estou eu. E tenho um aviso pra vocês nas notas finais.
Ah, e eu escrevi uma outra fanfic chamada "Without you" (coicidencia, né? o título desse capítulo é idêntico kkkk), quem quiser ler é só entrar -> http://deboraan.blogspot.com.br/2012/03/without-you.html
Boa leitura! =)



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I can't win, I can't reign
I will never win this game without you
Without you
I am lost, I am vain
I will never be the same without you
Without you

Três dias depois – 06 de setembro de 2011

Eu me vi num questionamento do que realmente significa viver de uma forma intensa. E então pensei no que as pessoas diriam: aproveitar cada segundo como se fosse o último; fazer tudo o que deseja hoje, agora, pois o amanhã é tão incerto quanto saber a hora exata em que vamos morrer; dedicar-se, apegar-se a pessoas, mesmo sabendo se elas vão ou não apegar-se a você.

Na minha perspectiva – mesmo concordando com a opinião da sociedade nesse aspecto – viver intensamente significa desfrutar minuciosamente de cada sentimento, seja ele amor ou ódio, alegria ou tristeza, bondade ou maldade. É entregar-se de corpo e alma a quem se ama e ao que se almeja. É ser muito ou pouco, e não meio-termos, pois meios-termos sempre levam ao duvidoso. É lutar quando se quer o mundo e não esperar que o mundo venha até você de mãos beijadas. É observar o deslumbre das coisas pequenas que aos olhos de outros são sem importância, pois são essas pequenas e simples coisas que tornam nossas vidas compactas de alegria.


Mas eu poderia dizer que vivi intensamente até hoje? Será que todos os sorrisos – fossem verdadeiros ou não; todas as lágrimas, fossem de tristeza ou alegria; todos os gritos, fossem de medo ou apenas de divertimento; todos os beijos, fossem roubados ou conquistados – será que tudo isso valeu a pena? Será que aprendi com as derrotas que a vitória é só uma questão de querer, lutar e não desistir, por mais que seja difícil e que eu possa cair no caminho? Será que aprendi com minhas próprias atitudes a fazer o certo depois que se conhece o errado?


Será que me deixei cair em meio ao vão?


E diante de todo esse questionamento, decidi que viver não é limitar-se do mundo, é justamente ao contrário, viver é cultivar o que se tem e buscar o desconhecido; atravessar fronteiras impostas por si mesmo; superar seus defeitos e erros; construir um caminho a seu próprio modo, visando a felicidade e o amor.



O som de uma batida impaciente ressoou pelo meu quarto, despertando-me. Atravessei o quarto em passos apressados, e ao abrir a porta me deparei com um Derek inquieto e visivelmente aflito, o que me fez automaticamente pensar que acontecera algo de ruim. Fiz sinal para que entrasse e logo ele entrou de prontidão.

— Aconteceu alguma coisa? – indaguei com preocupação.


— Sim... – respondeu. – Não – acrescentou rapidamente logo em seguida. – Quer dizer, não aconteceu nada com o que se preocupar. Eu apenas preciso falar com você – suas mãos se entrelaçavam de um jeito estranho à medida que parecia tentar tomar coragem para continuar. – Eu te conheci em circunstancias peculiares, quando por coincidência entrei naquele quarto de hospital em que você estava. Seu rosto era tão pálido e ao mesmo tempo tão delicado... Suas feições angelicais logo me chamaram atenção, o que me fez parar o tempo para te observar. E depois daquele dia teu rosto não saiu da minha mente, o que me deixou confuso; porque eu pensava tanto em você? E mesmo não sabendo o teu nome, mal sabendo a tua história, era o seu rosto que eu me via pensando antes de dormir. Foi quando senti que algo em mim mudou, e foi tão devastador e repentino que me deixou desnorteado. O que estava acontecendo comigo, afinal? – Derek pausou como se tivesse preso a uma lembrança, seu olhar era distante e parecia que sua boca tinha vontade própria quando voltou a falar – E então, para a minha surpresa, eu me vi falando com a lua; lamentando-me por não poder te ter em meus braços, por não poder olhar em teus olhos e por mal saber a cor deles, lamentando-me por não ouvir tua voz, por não ver teu sorriso ou tuas gargalhadas histéricas que só tomei conhecimento agora. Eu me perguntava que sentimento era aquele. E sim, eu me achava absurdamente louco por isso. Falar com a lua? Que tipo de pessoa faz isso? Mas lá estava eu no dia seguinte, desabafando novamente com a lua. E de repente, como se acende uma lâmpada ou como um click do mouse, eu descobri que te amava. Não o amor que se sente por um amigo ou por um familiar. Eu sinto... desejo... por você – seu rosto adquiriu uma cor vermelha. – Desculpe-me por estar falando tudo isso para você, pois certamente você não quer saber. Mas eu precisava desabafar com você. Só, por favor, não deixe isso abalar nossa amizade. Por favor, por favor, por favor...


— Derek... Derek! – chamei na esperança de fazê-lo parar de falar e desse uma chance de ouvir-me.

Mas o garoto continuara a lamentar-se, repetindo que não queria deixar o fato de amar-me abalar a amizade que tínhamos.

E foi num ato impensado que, com uma agilidade quase desumana, aproximei meu rosto ao do Derek, mantendo apenas alguns poucos centímetros de distância entre nossas bocas. E foi só quando Derek sentiu sua respiração fundir-se à minha que se calou.

Ele fixou seu olhar nos meus lábios, com o desejo aceso em seus olhos. E eu deixei-me envolver pelos braços do garoto, que abraçaram minha cintura puxando delicadamente meu corpo para mais perto do seu.

Foi nesses poucos segundos que perdi todos os meus sentidos; que eu me perdi na maciez de seus lábios, sufocada pelo calor de seu corpo junto ao meu. Aquela foi a primeira vez me entreguei verdadeiramente a alguém.


I won't run, I won't fly
I will never make it by without you
Without you
I can't rest, I can't fight
All I need is you and I
Without you



A mesma pergunta que me fiz anteriormente voltou a minha mente outra vez. Mas eu poderia dizer que vivi intensamente até hoje?

De súbito, uma sensação que eu nunca sentira antes fez meu estômago revirar e meu coração irromper em meu peito. Senti como se todo o meu passado não tivesse tanta importância diante daquele momento; como se eu tivesse esperado por aquele beijo por toda a minha vida. E então eu apenas queria ficar ali e transformar aquele momento em um para sempre. Um para sempre ao lado dele, desfrutando de seus beijos, me aquecendo em seus braços, escutando sua voz melodiosa. O resto do mundo passou a ser insignificante.


Foi quando descobri que todas as minhas incertezas haviam sido respondidas.

Aquele beijo me fez entender que eu realmente nunca o tinha enxergado do modo que ele merecia ser visto. Eu o via como um amigo quando na realidade ele sempre fora muito mais do que isso. Eu apenas não quis abrir meus olhos diante de tal fato.


Nossos lábios separaram-se quando ambos estávamos tontos pela falta de ar. Nossas testas estavam coladas e nossas respirações colidiam-se. Mantive meus olhos fechados, somente aproveitando as boas sensações que passeavam por meu corpo.


Pela primeira vez eu senti algo totalmente desconhecido para mim até aquele instante. Eu – estranhamente – me sentia completa. Completa de todas as formas que uma mulher poderia estar; completa de tal modo que faria qualquer um ofegar e perder as estribeiras; completa de tal maneira que o mundo subitamente não importava, nada importava; completa como se eu finalmente encontrara a razão pela qual meu coração ainda continuava a bater. Derek era o único que poderia preencher todas as lacunas existentes em mim, ele inegavelmente era meu complemento e respectivamente uma parte de mim que eu jamais viveria sem; ele era o único que realmente poderia me fazer amar incondicionalmente.


Derek entrelaçou minha cintura com seus braços, seu nariz roçou meu pescoço enquanto eu ainda me mantinha de olhos fechados.


— Eu te amo! – sussurrei em seu ouvido; minha voz soou diferente, um pouco rouca, um pouco sedutora.

Os cabelos de sua nuca arrepiaram-se ao ouvir o que eu pronunciara. Levantou cabeça num movimento rápido, encontrando meu olhar.

— Desculpe-me, o que disse? – questionou como se estivesse em um tipo de alucinação onde não pudesse confiar em seus próprios ouvidos.

— Eu disse que te amo. – respondi com convicção.


Ao passo que ele ainda tentava assimilar o que ouvira, soltei um suspiro lento. Joguei meus braços ao redor de seu pescoço, levando-me para mais perto de seu corpo. E então nossos lábios roçaram-se novamente. Mesmo surpreso com meu ato, ele respondeu ao beijo.




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Notas finais do capítulo

Eaeeee? Gostaram? Reviews? Recomendações? =D
Aviso: esta fanfic está chegando ao fim (finalmente!). Já era tempo, né?, desde o ano passado que eu tô empacada nessa história, gente.
Então... agora é que vem a parte chata, talvez eu demore um pouquinho pra continuar (ou talvez não), porque provavelmente o próximo capítulo será o último (ainda estou me decidindo).
Minhas lindas babies, eu notei uma coisinha. Eu escrevo essa fic faz séculos e nunca (nunca, nunquinha, never!) ganhei uma recomendação. '-' É um sonho, sabe?, mas eu sei que a minha história não é tão boa ao ponto de ganhar tal presente.
Okay, chega de drama. Beijos e até o próximo capítulo. ;*