Talking To The Moon escrita por Deboraan


Capítulo 13
Redescobrindo a vida


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu quero me esclarecer porque demorei tanto tempo pra postar esse capítulo. Bom, há algum tempo eu já tinha o capítulo pronto, mas não postei porque o Nyah! estava em "reforma". Durante esses dias que não se podia postar, eu li e reli o texto e não gostei do que escrevi. Por isso eu tive que apagar tudo e reescrever o capítulo novamente mudando os fatos e tudo mais. E bom, pra piorar a situação eu tive que escrever a continuidade da minha outra Fic (Not Like The Movies) e isso só fez o processo ser mais lento, porque eu tinha que ficar revesando em escrever uma e depois outra. Mas o que importa é que eu finalmente estou aqui postando mais um capítulo.
Enfim, boa leitura! (Leiam as notas finais)



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Fechei os olhos me concentrando apenas no som do bip do monitor cardíaco. Era um barulho irritante, mas em um ato desesperado eu me agarrei a qualquer coisa que não lembrasse os meus pais. Era dolorido lembrar-me de tudo o que eu fizera. Por não aceitar a vida que meus pais levavam, eu decidi vir para Los Angeles tentar ter minha vida de uma maneira diferente. Foi um ato estúpido e egoísta, e só depois de ter feito tudo o que eu fiz, me dei conta da minha tamanha tolice. Meus pais eram as melhores pessoas que eu conhecia, dignas de receber o prêmio Nobel da Paz, mas como uma garota infantil, eu não dei valor ao que eles faziam.

Meus pais eram donos de uma empresa chamada MANDSONs – onde fabricava todos os tipos de roupas, calçados e acessórios –, era uma empresa multimilionária e muito bem reconhecida por todo o mundo. Mas eles passavam muito pouco tempo cuidando do seu próprio negócio, preferindo ficar a maior parte do tempo visitando orfanatos e hospitais, levando com eles roupas e calçados da sua própria empresa para doação.


Lembro-me de uma vez quando fui visitar um orfanato de crianças especiais, uma garota aproximou-se de mim timidamente e perguntou-me se eu queria ser sua amiga. Notei seus olhos brilharem quando eu disse que seria uma honra ser amiga de alguém tão linda como ela. Mandy – era como se chamava – fez questão de me mostrar o quarto que dividia com mais cinco garotas e de me apresentar para cada amigo dela. Com aquele pequeno exemplo, eu pude ver que diante de qualquer circunstância, temos que sorrir para a vida e não deixar-se abater pelas dificuldades. Eu me sentia uma criança novamente, uma criança que estava aprendendo a como viver intensamente com outra criança. Lembro-me também do gritinho que Mandy soltou quando entreguei-lhe a caixinha que eu levava em minha bolsa. Era apenas uma lembrancinha, um colar de ouro em forma de coração com pedrinhas de diamantes. Mas o que diante dos meus olhos era apenas um simples objeto, para ela era algo incrivelmente extraordinário.

Depois daquele dia fui mais algumas vezes naquele mesmo orfanato. Eu amava poder ver os sorrisos dos garotos e os gritinhos de felicidade das garotas quando ganhavam um presente. Era algo estranhamente confortante e gratificante, eu me sentia renovada a cada pequeno gesto de alegria.


Depois de algum tempo, percebi que meus pais passavam mais tempo ajudando as crianças do que em casa comigo, e isso começou a me afetar a tal ponto que eu não queria mais ouvir em orfanatos.

Eu os admirava muito por tudo o que faziam em prol a aquelas pobres crianças, contudo eu não conseguia mais viver com aquela angústia dentro de mim. E num ato impensado, eu peguei minhas coisas e me mudei para Los Angeles. E me arrependo amargamente por ter feito isso, mas agora, mesmo querendo, não posso voltar no tempo.



E veja só o que um simples erro causara.



[...]


O Dr. Richard – assim como ele se apresentou – e o Derek entram no quarto me acordando de meus devaneios. Eles chegaram a perguntar por que eu saíra da cama, e eu simplesmente respondi que queria ver se eu conseguia andar. Obviamente, Dr. Richard não acreditou em minha desculpa, mas optou em permanecer em silêncio, o que eu agradeci mentalmente, pois seria muito complicado ter que explicar tudo o que se passava em minha mente.


Depois de me examinar e retirar meu sangue para novos exames, o doutor sentou-se na cadeira ao meu lado e começou a tirar minhas dúvidas.


— Você ficou em estado vegetativo, ou seja, em coma, por aproximadamente quatro meses. – começou o doutor. – Testemunhas disseram que você estava distraída quando um carro te atropelou num semáforo no Centro financeiro de Los Angeles. Sua perna esquerda e uma costela sua estavam quebradas, além dos inúmeros hematomas que se espalhavam pelo seu corpo. Uma semana depois de sua chegada você entrou em coma, o que não era esperado por ninguém de nossa corporação medica. Como não conseguimos entrar em contato com ninguém da sua família, depois de um tempo a direção do hospital quis desligar os aparelhos que a mantinham viva, devido ao sistema que não permite que um paciente permaneça mais que três meses em estado vegetativo. A não ser que achássemos algum parente seu ou um responsável que se dispusesse a pagar a conta do hospital e te manter viva através dos aparelhos. É quando o Derek entra na história. Ao saber de sua história, ele tornou-se responsável por você ao assinar alguns papeis que o desse esse direito. Ele pagou a conta da sua internação durante esse tempo e impediu que desligassem os aparelhos. – o médico sorriu como se estivesse lembrando-se de algo bom. – Ele é um ótimo garoto. Tão bom e generoso. Com certeza, ele deve ter alguma ligação forte por você. Em todos esses vinte anos de servidão à medicina, eu nunca vi alguém fazer o que ele fez.


Quantas coisas haviam mudado em todos esses quatro meses? Um estranho salvou minha vida impedindo que desligassem os aparelhos que me mantinha viva. Esse mesmo estranho pagava a conta do hospital. Esse mesmo estranho fez algo tão maravilho por mim e eu não sabia o porquê.


— Quando eu vou poder... sabe, ir embora?

— Depende de como seu corpo aceitará os medicamentos. Alguns pacientes têm mais facilidade de aceitar os remédios do que os outros, isso resulta numa melhora rápida. Contudo, não bastam só os medicamentos no seu caso, você ainda terá que fazer alguns exames pra checar se está tudo bem. Provavelmente, você também terá que fazer exercícios físicos e mentais para que volte tudo ao normal, pois você passou muito tempo numa cama de hospital sem mexer um músculo sequer.

— E quanto tempo isso levará?

— Talvez um ou dois meses. Mas depois de um tempo você poderá ir pra casa e vir regulamente ao hospital pra fazer essas seções.


Na minha inconsciência, eu já sabia que tudo mudaria dali em diante. Eu teria que reaprender a viver. Eu teria que redescobrir o que era a vida. E seria ao lado dele, do estranho que salvou minha vida.



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Notas finais do capítulo

E então bebês... O capítulo 13 está pronto e eu quero postá-lo antes que 2012 chegue e para isso eu preciso que vocês deixem muuuitos reviews. Hahaha' sou chantagista! u.ú
É isso, espero que vocês tenham gostado.
Ah, leiam minha Fic no Blogspot http://deboraan.blogspot.com/2011/09/not-like-movies.html
Biebeijos!



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