Acordei nos braços de Dimitri a minha volta, e senti uma certa pressão no meu braço, olhei para o mesmo e vi que uma enfermeira, que estava a tirar-me a agulha do soro do meu braço que estava ligada a um saco de soro.

- Desculpe-me acorda-la srª. Mezur, só estava tirando a agulha do soro do seu braço – desculpou-se, e eu fiquei completamente agradecida por não ser a doninha da Tatiana.

- Não faz mal – disse-lhe – E por favor não comente isto com ninguém - Pedi apontando para mim e para o Dimitri.

- Não se preocupe eu não conto, mas desculpe a pergunta no que eu esteja a intrometer-me, só por curiosidade – fez uma pausa – mas se vocês ao estou juntos porque têm que guardar segredo? – Perguntou.

- Bem… é complicado! – Respondi.

- Tenho a certeza que consigo acompanhar se quiser desabafar! – Segredou comigo.

- Bem, eu o amo, e acho que ele também, pelo menos é o que ele diz, mas ele não quer lutar para ficarmos juntos, ele diz que não vai dar já que ele vai ser professor de educação física, e que ia ser estranho irmos juntos de mãos dadas, para o colégio, e que nossas famílias são vizinhas e muito amigas e que não ia dar certo! – Contei, não sei porque mas senti que podia confiar naquela enfermeira, ela parecia uma boa pessoa, então decidi que confiaria nela.

- Sabe isso me faz lembrar numa historia parecida! – Disse-me – Rosemarie, não é? – Perguntou enquanto ia até a porta, onde a tranco para que ninguém entra-se e depois sentou-se no sofá onde a pouco tempo atrás Dimitri tinha estado, já que agora ele descansava ao meu lado com a cabeça apoiada no meu peito.

- Serio? – Perguntei.

- Sim! – Respondeu – gostaria de a ouvir?

- Claro, né! – Disse com ironia mas arrependi-me pois ela não merecia a ironia na minha voz, ela olhou para mim com as sobrancelhas grossas arqueadas – desculpe! Força de hábito! – Desculpei-me.

- Tudo bem! Eu sei como é, os hábitos nunca vão embora quando temos que usa-los para nos fendermos! Mas mudando de assunto vamos começar não tenho muito tempo! – Disse-me.

- Sim pode começar – respondi.

- Antigamente as raparigas não podiam namorar qualquer um, seus pais é que escolhiam os seu noivos e namorados, e para isso eles tinham que ser respeitadores as mulheres, e educados, e é claro sempre que iam ver as namoradas tinham que trazer um prenda nem que fosse pequena, um dia uma rapariga saiu para fazer compras, ela foi ao mercado, ela vestia um traje branco, e um salto também em branco, ela estava comprando um pão quando vê um grupo de rapazes correndo, ela afastou-se pois não queria estar de frente com eles pois era aqueles desafortunados e corruptos, quando um passa por ela e para a olhando de cima a baixo, aproximou-se dela e ela recuava, ele a agarrou a força e ela começou a chorar e a pedir socorro mas ninguém queria se meter numa luta, então, ele a atitou para o chão onde deixou cair todas as sua coisas assim com o dinheiro que estava na sua pequena mala – nesta altura a enfermeira já estava bem dentro do passado – ela tentou recuperar o dinheiro mas foi impossível, pois o maldito homem, pegou o dinheiro e fugiu, só ficou lá sentada no chão, chorando, ninguém se atrevia a chegar perto dela, o vestido estava sujo de terra, e a maquilhagem básica que todas as mossas de respeito usavam em tons muito claros, estava toda estragada, quando ela uma mão masculina na sua frente, esperando que a pegasse, e assim ela fez, era um homem muito bonito e musculo era também de um loiro acobreado, foi amor a primeira vista, porem ela e ele sabiam que não podiam ficar juntos pois ele era da classe baixa, mas mesmo assim ele arriscou levando-a a casa, quando contou aos seus pais o que tinha acontecido, eles disseram que o rapaz podia escolher qualquer coisa de recompensa por ter ajudado a sua filha e ele fez a sua escolha pedindo a mão dela em casamento, e ate hoje estão juntos – quando ela terminou de contar a historia ela estava como um sorriso enorme nos lábios finos, o que só podia…

(roupa da enfermeira anos atrás: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=39075695)

-É, você! A rapariga é você! – Disse vendo todo o significado dela saber a história de uma rapariga com tantos detalhes.

- Sim é verdade sou eu, mas agora tenho que voltar ao trabalho se eu quiser ter a minha hora de almoço – respondeu levantando-se e caminhando ate a porta, mas antes de sair virou-se para mim e disse – Não desista desse amor lindo que esta nascendo entre vocês os dois, pois amor como esse que você esta sentido, só se encontra uma vez! Lute por ele, nem que tenham que passar por cima de tudo e todos, mas não o deixe escapar! – E com isso saiu.

E eu murmurei para o nada – quem me dera que fosse assim tão simples!

Deitei-me de novo me ajeitando para mais perto de Dimitri, e ele me sentindo mais perto, deitou a sua cabeça na minha barriga, e o braço há volta da minha cintura, ele estava literalmente deitado de barriga para baixo e a cabeça em minha barriga, comecei a fazer-lhe cafuné no cabelo, e fiquei pensando em tudo o que me aconteceu desde Dimitri entrou a minha vida e roubou o meu coração, eu nunca me senti dessa maneira nunca, mas nunca mesmo senti ciúmes de ninguém, de nenhum outro rapaz, mas foi só Dimi (apelido carinhoso que Rose deu) chegar e deu-me a volta a cabeça e mudou o meu coração frio, mas quente só para os mais próximos, para um coração fervente e cheio de sentimentos lindos, eu de uma coisa tinha a certeza EU ESTOU COMPLETAMENTE SINTETICAMENTE APAIXONADA POR ELE, e tinha quase a certeza ele esta na mesma situação.

Senti uma mão em me pescoço, com um dedo fazendo carinhos circulares me fazendo ficar relaxada, olhei para baixo e dei-lhe um pequeno sorriso.

- Vou esta bem? – Perguntou preocupado.

- Sim, estou – acenei, me aconchegando mais nele – já me livrei do soro! – Disse com um sorriso.

- Ainda bem, princesa, ontem enquanto dormias, o medico, veio cá e ele disse que se melhorasses, ate ao fim desta semana que receberias alta – avisou-me com um sorriso, e puxou-me para mais perto.

- Vou ficar aqui presa tanto tempo assim? – Perguntei não gostando nada do que ouvi.

- Sim Roza, eles querem ter a certeza que vais ficar bem!

*    *    *

E nesta semana toda os meus amigos e os meus pais, e principalmente Lissa e Dimitri, bem ele, parece que ouviu a minha conversa com Lissa, eu estava comentando que o meu gloss cor-de-rosa brilhante estava a acabar, e ele foi de propósito comprar dois para mim, e disse que era para eu considerar um presente adiantado.

*  *  *

Sexta feira…

Era hoje que eu ia embora, “finalmente” já não consigo mais ver médicos e enfermeiras, também estou um pouco confusa pois a enfermeira que tinha me contado aquela história, desapareceu, até chegai a perguntar e conhecia aquela velha senhora, mas toda gente dizia que não conhecia que não trabalhava lá nenhuma senhora, também estava a chegar a minha vingança contra a vaca Natasha.

Agora estou a vestir-me para sair daqui para fora, Lissa vaio me trazer aqui a roupa e o Chris está lá no carro a nossa espera, eu vesti umas calças roxas e uma camisola rosa, uns ténis e alguns acessórios, e é claro o gloss que o Dimitri me deu que sabe a morango.

(roupa de Rose: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=39228459)

Entra-mos no carro de Christian que estava com um sorriso enorme, ele tem se mostrado um bom amigo, tem me ajudado muito, e podem não acreditar mas ate ele fez o exame ao sangue para saber se podia-me doar, mas ele disse se eu contasse isso a alguém que iria negar, porque Christian sempre será o Christian!

Chegamos a casa e eu estranhei estar tudo muito sossegado e escuro, assim que a Lissa abriu a porta…