O Olho da Morte 2 escrita por Fenix


Capítulo 6
Você nunca esta sozinho




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/148711/chapter/6

Allan sente uma brisa gelada entrando na sala apagando todas as velas, ele abre os olhos.

- Dona Shi?

Yasmin para seu carro atrás do de Allan, rapidamente ela sai do carro e bate a porta, em seguida entra no salão apavorada, Yasmin corre até o balcão.

- Oi, meu nome é Yasmin e meu amigo esta ai dentro da sala, por favor, eu posso falar com ele? – Pergunta Yasmin.

- Sinto muito, mas ele esta no meio de uma sessão!

- Olha só eu preciso falar com ele agora – Diz Yasmin.

- Senhora se acalme, eu não posso interromper.

- É caso de vida ou morte, você precisa me deixar entrar – Diz Yasmin, em seguida da um soco no balcão.

Allan ouve um falatório na recepção, de repente o pé da maca se quebra e Allan cai direto no chão, por sorte ele gira e cai de costas no chão, Yasmin ouve seu grito e corre até a porta.

- ALLAN – Grita Yasmin, puxando a porta que estava trancada – DA PARA ALGUÉM ABRIR ESSA PORTA?

A recepcionista corre até ela e tenta enfiar a chave reserva, no entanto não consegue.

- Não da, a outra chave esta na fechadura, essa não da para entrar.

- MAS QUE DROGA! – Grita Yasmin.

Allan com dor nas costas geme ao tentar se levantar, então volta para o chão e respira um pouco, ao tentar novamente ele retornar a ficar no chão, porém uma vela do balcão cai em cima de sua calça na cesta ao lado da porta, em questão de segundos toda a cesta fica em chamas.

- SOCORROOOO, ALGUÉM ME AJUDA – Grita Allan, sem conseguir se levantar.

- ALLAN EU JÁ ESTOU INDO – Grita Yasmin, nervosa, ela olha para a recepcionista – Tem outra entrada?

- Sim, mas só pela janela dos fundos.

- Rápido, me leva até a janela – Diz Yasmin, aflita.

- AAAAAAHHHHHHHHH – Grita Allan, desesperado, a cesta de roupas cai no chão e a meia de Allan para perto de seu rosto.

Ele assopra o fogo para longe, Allan não conseguia se movimentar muito por causa das agulhas, cada movimento que fazia as agulhas entravam em seu corpo.

Yasmin e a recepcionista correm para trás do salão, o celular de Yasmin toca, ela ainda correndo atende.

- Oi!

- Yasmin, conseguiu salvá-lo? – Pergunta Lilo, pelo celular.

- Eu estou tentando, mas se chegarem agora eu ia gostar muito – Diz Yasmin.

Elas chegam até a janela, a pouca fumaça do fogo sai por ela, Yasmin entra na sala de trás.

- Lilo... Lilo! – Diz Yasmin, ela olha para o visor do celular e a ligação tinha caído – Droga! – Ela guarda o celular em seu bolso.

Yasmin corre até a sala onde Allan estava caído.

- Allan acalma, eu vou te ajudar – Diz Yasmin, nervosa.

Ela olha rapidamente tudo em sua volta e avista do lado do balcão um extintor de incêndio, Yasmin o pega apressadamente, ela se vira e apaga o fogo, ao apagar tudo, Yasmin joga o extintor para o lado e tenta ajudar o Allan a se levantar.

- NÃO, NÃO – Grita Allan – Eu consigo sozinho, tenta abrir a porta.

- Ta bem – Diz Yasmin, ela se levanta e corre até a porta.

Apenas vira a chave e a porta se abre, a recepcionista entra no salão correndo.

- Ele esta bem?

- Sim, onde esta a senhora que o atendeu? – Pergunta Yasmin.

- Qual o nome dela?

Yasmin se vira para Allan.

- Qual o nome da mulher que fez isso em você? – Pergunta Yasmin, para Allan.

- Shi – Responde Allan.

- Impossível, não temos nenhuma pessoa chama Shi aqui.

- Como? – Pergunta Yasmin sem entender.

Allan consegue se levantar, Yasmin arregala os olhos, ela se vira para Allan, ele da um passo para porta, como seus pés estavam com óleo Allan escorrega e cai de peito no chão, enfiando todas as agulhas em seu corpo, matando-o.

- NÃOOOOOO – Grita Yasmin, desesperada, pondo as mãos na boca.

Ela começa a chorar, segundos depois Carol entra correndo no salão e se depara com Allan caído no chão e uma poça de sangue embaixo dele, ela para de correr e fica sem ação, logo em seguida entra Lilo e Gabriel.

- NÃO – Grita Lilo, ao avistar o corpo de Allan.

Carol anda até ela.

- Precisamos reunir todos, juntos vamos ficar mais seguros – Diz Carol.

Lilo não consegue parar de chorar, Yasmin corre até sua amiga e lhe abraça, algumas horas depois, todos estão do lado de fora do salão, Gabriel esta ao lado de Lilo com seu braço envolvido em seu corpo, Lilo esta com sua cabeça deitada em seu ombro com uma expressão de tristeza, Yasmin esta ao lado de Lilo, porém um pouco afastada, observando a triste cena que presenciava, Carol esta de braços cruzados atrás de Gabriel, Lilo olha para a porta do salão e o corpo de Allan estava sendo retirado em uma maca, Lilo olha para cima e observa o nome do salão.

Naquele mesmo dia todos os sobreviventes se reúnem na casa de Yasmin, Jonathan estaciona o carro em frente à casa de Yasmin e caminha até o portão de grades, ele toca a campainha, Carol sai da casa e abre o portão, Jonathan entra na casa e observa Vanessa, Yasmin e Pedro sentados no sofá, Lilo e Gabriel na bancada da cozinha conversando, Jonathan senta na poltrona, em seguida Carol entra fechando a porta.

- Ta legal e agora? – Pergunta Jonathan.

- Vocês estão aqui para se protegerem – Diz Carol.

Vanessa com uma expressão de choro, pede um calmante para Yasmin, ela sobe para pegar no banheiro.

- Ninguém mais precisa morrer – Diz Carol.

Lilo e Gabriel vão para sala.

- Vocês precisam ficar sempre com os celulares ligados, para podermos nos comunicar – Diz Carol.

- Sabe como parar isso? – Pergunta Pedro.

- Não mas... – Diz Carol.

- Eu to fora – Diz Jonathan, se levantando.

- Não – Diz Gabriel – Precisamos ficar juntos.

Yasmin desce a escada e entrega o remédio para Vanessa.

- Ok, precisamos tomar cuidado – Diz Carol.

- Se por acaso a Lilo tiver alguma visão sobre como vão morrer, do tipo um ônibus, vão para o mais longe o possível de um ponto de ônibus – Diz Yasmin.

- Isso é uma bobagem – Diz Jonathan, ele caminha para a porta e esbarra no cabideiro.

Assim que ele cai bate na ponta da prateleira ao lado da porta, a prateleira vira jogando uns dardos em direção a Carol, ela rapidamente se abaixa e os dardos encravam na parede, Carol se levanta olhando para os dardos e depois olha para Jonathan.

- Se esta na sua hora, porque não fica longe da gente? – Pergunta Jonathan.

Carol fica em silencio, Lilo da um passo a frente.

- Ela é a única que já passou por isso – Defende Lilo – Ela sabe como podemos nos salvar.

- Se ela é próxima, todos perto dela irão morrer – Diz Jonathan, em seguida abre a porta e sai da casa.

Lilo corre atrás dele, Jonathan se vira e caminha de costas.

- Isso tudo é uma loucura, eu só vou morrer quando Deus quiser que eu morra, não existe essas coisas de visões e morte – Diz Jonathan, enquanto anda para trás.

Yasmin e Carol saem da casa correndo, Lilo para na calçada, ao seu lado param Carol e Yasmin.

- TA OUVINDO DONA MORTE? EU SÓ VOU MORRER QUANDO EU QUISER – Grita Jonathan.

Ele se vira e um caminhão lhe atropela, o sangue de Jonathan respinga nas garotas, Carol arregala os olhos.

- AAAAAAHHHHHHH – Grita Yasmin e Lilo.

Lilo fecha os olhos fortemente, ela os abre e olha para Jonathan.

- Se ela é próxima, todos perto dela irão morrer – Diz Jonathan, em seguida abre a porta e sai da casa.

Gabriel olha para Lilo.

- Lilo você esta bem? – Pergunta Gabriel.

- Ai meu deus, ela viu alguma coisa – Diz Yasmin.

- O Jonathan, ele vai morrer atropelado – Diz Lilo, olhando fixa para o chão.

- Merda – Diz Carol.

Ela corre para fora da casa.

- JONATHAN PARA – Grita Carol, enquanto corria.

Jonathan se vira e caminha de costas.

- Isso tudo é uma loucura, eu só vou morrer quando Deus quiser que eu morra, não existe essas coisas de visões e morte – Diz Jonathan.

- NÃO PARA, A LILO TEVE UMA VISÃO – Grita Carol, enquanto tentava abrir o portão de grades.

Lilo e Gabriel saem correndo da casa.

- O portão não abre – Diz Carol.

- O que? – Pergunta Jonathan, ele para de andar.

Lilo olha para o final da rua e avista o caminhão em alta velocidade indo em direção ao Jonathan.

- RÁPIDO – Grita Lilo.

Yasmin e Vanessa saem de casa, Gabriel abre o portão, Carol corre até Jonathan e o empurra para trás, ao se virar o caminhão estava muito próximo, por sorte Gabriel lhe puxa para trás e o caminhão passa direto, Jonathan caído n chão, fica completamente assustado.

- Ai meu deus – Diz Yasmin, ela vai correndo até Gabriel e Carol.

Jonathan se levanta, e corre até eles.

- Eu não disse? – Ele pergunta – Eu sempre engano a morte!

Na loja em frente vendia armas para caça, o comprador põe a escopeta em cima do balcão virada para a rua, uma brisa entra na loja e derruba uma bola de golfe da prateleira, a bola cai na arma e a dispara, Jonathan se vira e sua cabeça é estoura pelo tiro.

- AAAAAAHHHHHHH – Grita Vanessa, com o sangue de Jonathan em seu rosto.

- O que vamos fazer agora? – Pergunta Gabriel.

- Eu vou para minha casa – Diz Vanessa.

- Não, precisamos ficar juntos – Diz Lilo.

- Nós vamos morrer, pelo menos quero morrer na minha casa, no quarto de meu filho – Diz Vanessa.

De noite, Yasmin esta em casa sozinha, ela entra em seu quarto e sente em frente ao notebook, então vai até um tradutor e põe o nome do salão onde Allan morreu, ao vê a tradução Yasmin fica completamente surpresa, apressadamente ela corre até a cama e pega seu celular em sua bolsa e liga para Lilo.

- Alô!

- Lilo? Sou eu Yasmin, não tem o salão de acupuntura? – Pergunta Yasmin.

- Hm?

- Eu achei a tradução do nome do salão – Diz Yasmin.

Lilo fica ereta na cama assustada.

- E o que significa? – Pergunta Lilo.

- Kare no shi em português significa “Sua morte”

- Ai meu deus!

- E a senhora que atendeu o Allan se chama Dona Shi, “Shi” em português se chama Morte então ele se consultou com a...

- Dona morte – Elas dizem juntas – Ai meu deus!

- Ele não foi lá por um acaso, todos os nossos atos já estão programados para sermos mortos – Diz Yasmin.

- Espera, e a Vanessa? – Pergunta Lilo.

- Bem, você não teve nenhuma visão com ela, então quer dizer que ela esta bem... Né?

- Eu não sei, eu não tive a visão da morte de Karilyn – Diz Lilo.

Carol entra no quarto de Lilo.

- A Yasmin conseguiu decifrar o nome do salão que o Allan morreu, se chama Sua morte – Diz Lilo.

Lilo olha fixo para frente, em sua mente aparece uma faca, por último uma rosa, Lilo fecha os olhos fortemente.

- Ai meu deus – Diz Lilo, nervosa.

- O que houve?

- Eu vi umas coisas... – Diz Lilo.

- Que tipo de coisas? – Pergunta Carol, aflita, sentando ao lado de Lilo na cama.

- Uma faca e uma rosa – Diz Lilo.

Yasmin olha para a tela de descanso de seu notebook, a imagem que passava era de uma roseira, Yasmin arregala os olhos e deixa o telefone cair no chão.

- Yasmin?... Yasmin! – Chama Lilo – Droga, ela não responde.

- Vamos até a casa dela – Diz Carol.

Elas saem correndo de casa, entram no carro e arrancam em direção a casa de Yasmin.

Yasmin ouve um barulho no primeiro andar, assustada ela se levanta da cadeira e caminha até o corredor, pela janela do corredor entra um forte vento, Yasmin se vira correndo até a janela e lhe fecha, Yasmin olha para a escada e caminha até ela, ao descer a luz da cozinha estava acesa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Olho da Morte 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.