O Olho da Morte 2 escrita por Fenix


Capítulo 5
Somente a última chave quebra a corrente




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/148711/chapter/5

 Vanessa espera Alexandre sair de sua aula de violão, ao lado do prédio havia uma construção, Vanessa aflita fica no banco em frente a saída do prédio esperando seu filho sair.

- Droga, a faxineira disse que ela saiu – Diz Lilo, nervosa.

- Ela disse para onde eles foram? – Pergunta Gabriel.

- Não – Responde Lilo.

Então eles passam pela rua do prédio onde Vanessa estava sentada, Yasmin lhe avista.

- ELA TA ALI, PARA O CARRO – Grita Yasmin.

Ao descerem do carro, os alunos estão sendo liberados, Vanessa se levanta e Alexandre corre até ela, Yasmin, Lilo e Gabriel atravessam a rua correndo, Alexandre se vira e os avista. Lilo para de correr e olha para cima, o guindaste carregava uma enorme placa de vidro, Lilo olha para frente e observa Vanessa com a mesma roupa de sua visão, Lilo corre gritando.

- NÃO, SAIAM DAI!

Alexandre corre em direção a Lilo.

- NÃOOOOOOOOO – Ela Grita.

O homem que estava com o guindaste deixa o café derramar em seu colo, ao pegar o pano que estava ao lado bate com o cotovelo no botão e solta a placa de vidro.

- NÃOOO – Grita Lilo, correndo até ele, Gabriel lhe segura.

Vanessa corre para salvá-lo e um homem a segura, Alexandre para de corre e olha para cima, naquele instante a placa cai em cima dele, esmagando-o, espalhando o vidro e sangue por toda calçada, Lilo põe a mão na boca e agacha chorando, Yasmin continua vidrada olhando para os restos de Alexandre no chão, Gabriel abraça Lilo.

 - NÃOOOOOOOO – Grita Vanessa, caindo no chão de tanto chorar.

Gabriel leva Lilo até a porta de casa, na viagem ela não havia dito se quer uma palavra, Gabriel para o carro e olha para ela.

- Esta acontecendo de novo não esta? – Pergunta Lilo, sem encará-lo – Eu esperava de chegar lá e... Vê-los bem, e dizer que a Carolina Magalhães estava louca... E as mortes da Karilyn e da Amanda tinham sido acidentes... Mas vamos morrer né? – Lilo olha para Gabriel.

Ele continua calado apenas a observando, Lilo olha para frente.

- E-eu to com medo – Diz Lilo.

- Sei que não pediu nada disso e sei que não vai desistir – Diz Gabriel.

Lilo olha para o retrovisor da porta e avista uma mulher se aproximando com uma jaqueta de couro preta, quando Lilo levanta o olhar se depara com Carol.

- O terceiro acabou de morrer... Um garoto de 16 anos – Diz Lilo.

- Espero que esteja contente – Diz Carol.

Gabriel, Carol e Lilo vão até um necrotério no meio do nada, eles saem do carro e Carol os guia.

- No que ele pode nos ajudar? – Pergunta Gabriel.

- Ele parece saber mais sobre a morte do que qualquer pessoa – Diz Carol.

Eles vão para o lado da casa, onde havia uma pequena porta de madeira.

- Não devíamos bater antes? – Pergunta Gabriel.

- Ele já deve saber que estamos aqui – Diz Carol, ela empurra a porta.

Logo atrás em Lilo, depois Gabriel, eles seguem o corredor até que dá em uma pequena sala de cremação, a sala esta toda escura com apenas a luz do fogo, Carol observa a porta que estava aberta, ela caminha para frente da porta, de repente uma maca sai dali de dentro e depois sai Trevor.

Carol leva um susto e caminha para o lado.

- Olá Carol – Diz Trevor, com sua voz sinistra.

Carol aflita da um passo para trás, Trevor é muito alto e bastante forte, com um olhar sinistro e misterioso, Lilo olha para o corpo que estava na maca, ela fecha os olhos ao ver Amanda.

- Eu estava esperando por você – Ele diz.

- Só diga o que queremos saber e te deixaremos em paz – Diz Carol, friamente.

- Sinto que esta acontecendo de novo – Diz Trevor.

- Olha nós viajamos muito para chegar até aqui, então as souber alguma jeito de deter isso, é melhor falar logo – Diz Carol.

- Não pode parar isso, não se pode enganar a morte, isso não tem escapatória – Diz Trevor.

- Mentira – Afirma Carol – Você sabe que pode parar isso e pode sim enganar a morte, eu e meu irmão enganos a morte não uma mais várias vezes... Se conseguimos decifrar quem será o próximo a morrer, podemos parar isso e ai a corrente se quebra.

Trevor alisa o rosto de Carol.

- Quanto fogo tem em você... – Diz Trevor – As pessoas ficam mais vivas um pouco antes de morrer – Carol da um passo para trás, Trevor taca o corpo de Amanda no fogo.

Trevor se vira e caminha para a porta, rapidamente Lilo segura seu braço virando-o.

- Por favor – Diz Lilo – Se souber de alguma coisa que puder nos ajudar...Precisa nos dizer.

- Somente a última chave quebra a corrente da morte – Diz Trevor.

- O que você esta querendo dizer com isso? – Pergunta Gabriel.

- Algumas pessoas dizem que a um equilíbrio em tudo, para cada vida uma morte e para cada morte uma vida – Diz Trevor – Mas se você esta numa corrente o último é o que esta fazendo tudo acontecer, se o último morrer a corrente se quebra... Forçando a morte a recomeçar, mas isso não será fácil... – Trevor olha estranho para Lilo e da um sorriso, ele segura o crucifixo do pescoço de Lilo com os dedos – Precisa seguir as visões... Lilo!

- Como você sabe meu nome? – Pergunta Lilo, assustada.

Trevor da um enorme sorriso.

Allan estaciona o carro em frente a uma loja japonesa “彼の死”, que se pronuncia “Kare no shi”, Allan sai do carro e entra na loja, logo vai até o balcão.

- Vim para a sessão de acupuntura – Diz Allan.

- Sim, a dona Shi esta lhe esperando – Diz a recepcionista.

- Obrigado – Agradece Allan, entrando na sala.

 Assim que entra na pequena sala, Allan tira a camisa e põe na cesta ao lado da bancada com várias velas, Allan observa a sala com dois enormes balcões com várias velas e uma maca acolchoada no meio da sala.

- Tire a roupa! – Ouve Allan.

Ele se vira e se depara com uma senhora japonesa.

- Eu disse tire a roupa!

- Toda? – Pergunta Allan.

- Meu jovem por acaso tem algum problema?

- Não – Responde Allan, rapidamente – Não,não, tudo bem eu tiro.

- Depois cubra a cintura com a toalha.

Voltando para a cidade de Times Burguês, Gabriel para no posto no meio do caminho, Carol aflita observa em frente ao posto um homem mexendo nos fios elétricos do poste, Carol se vira e cruza os braços, Gabriel termina de por a gasolina. Lilo sai da loja com umas bolsas, quase que um dos garotos que estavam em frente a loja, bate contra ela com seu skate, Lilo olha para ele caído no chão e continua a ir para o carro.

- “Somente a última chave quebra a corrente da morte”? “Siga os sinais”, como você encontrou aquele cara? – Pergunta Gabriel.

- Pois é, eu achei que ele fosse ajudar a gente, não ficar assustando – Diz Carol.

Em seguida um dos garotos passa por ela com um isqueiro acesso e acendendo um cigarro, Carol lhe segue com os olhos e bate uma brisa, o fogo vira levemente em direção a Carol, rapidamente ela arregala os olhos e bate na cabeça do garoto, ele se vira sem entender nada.

- O que você esta pensando? – Pergunta Carol, furiosa.

O garoto da uma risada e olha para mais dois amigos que lhe seguia.

- Que você venha bater uma para mim... Piranha – Diz o garoto.

- Babaca infantil – Diz Carol.

Lilo olha para o chão, em sua mente ela vê um símbolo japonês com o nome 彼の死 , em seguida ela sente agulhas sendo enfiadas em seu corpo. Lilo encosta-se no carro gritando, Gabriel e Carol correm até ela para ajudá-la.

- O que foi? – Pergunta Gabriel.

- O que você viu? – Pergunta Carol.

Lilo continua com a visão, por último aparece um corpo saindo em cima de uma maca, Lilo fecha os olhos fortemente, ainda gritava, sentindo as agulhas enfiadas em seu corpo.

- Lilo – Diz Gabriel.

Carol se vira e dois carros quase batem em frente ao posto, ela olha para o cara no poste e várias faíscas caem no chão, Carol olha para o lado e um tanque de gás cai do caminham e rola pelo chão, o motorista corre atrás para agarrá-lo, Carol nervosa olha para Lilo.

- Lilo pare de gritar, precisa nos contar o que viu – Diz Carol – Lilo você precisa nos contar o que viu!

- E-eu não sei direito... Apareceu um símbolo japonês eu acho... E depois agulhas, sendo enfiadas em mim... – Diz Lilo.

- Você estava lá? – Pergunta Gabriel, surpreso.

- Eu podia até sentir as agulhas sendo enfiadas no meu corpo – Diz Lilo.

- Espera, símbolo japonês, agulhas... Acupuntura – Diz Gabriel.

- Você sabe onde tem algum salão de acupuntura?- Pergunta Carol, para Gabriel.

- Sim, em Times Burguês tem um e se chama Kare no shi – Diz Gabriel.

- Vamos logo, seja quem for, vai morrer nesse lugar – Diz Carol.

Eles entram rapidamente no carro. Allan esta deitado na maca acolchoada, a senhora passa a por as agulhas em seu corpo, dos pés até a cabeça.

- Caramba isso é bom – Diz Allan.

- Cale a boca, não se pode falar!

Ela põe a última agulha no meio de sua testa, em seguida caminha até seus pés, a senhora põe uma espécie de óleo relaxante nos pés de Allan, quando ia começar a massagem a recepcionista lhe chama, ela termina de passar o óleo e sai da sala, a camisa de Allan que estava na maçaneta da porta, cai assim que a senhora lhe vira para fechar a porta, quando a camisa cai, ela tranca a porta virando a chave e depois caindo no chão, Allan fecha os olhos e relaxa um pouco.

- Eu acabei de falar com a recepcionista do salão de acupuntura, o Allan esta no meio da sessão – Diz Lilo.

- Merda! – Diz Gabriel.

- Precisamos ir mais rápido – Diz Carol.

- Liga para sua amiga e pede para ir indo para o salão – Diz Gabriel.

- Ta bem – Diz Lilo.

O celular toca em cima da mesa da cozinha, Yasmin entra e atende.

- Yasmin, sou eu Lilo, vai logo para o salão de acupuntura da cidade, acho que o Allan vai morrer lá.

- Ai minha nossa, ta bem eu já estou indo – Diz Yasmin, espantada, em seguida finaliza a ligação.

Ela sai correndo da cozinha, rapidamente pega sua bolsa e sai de casa, ela abre seu carro e arranca dali em direção ao salão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Olho da Morte 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.