Complicated escrita por Miss Moonlight


Capítulo 23
Capítulo 22 - Vai ficar tudo bem?


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAH, PODEM ATACAR PEDRA, EU MEREÇO! FAZ DIAS QUE EU NÃO POSTO, CARA! ME DESCULPEM, SÉRIO, SOU UMA INGRATA :/ QUERO AGRADECER AS MENINAS QUE DEIXARAM REVIEWS, OBRIGADA DE VERDADE POR ACOMPANHAREM, VOCÊS NÃO SABEM O QUANTO ISSO É IMPORTANTE PRA MIM!!!
*desliga caps lock pra não pagar de louca que nem a Sophie*
Enfim. Divirtam-se, galere *--------------------*



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Assim que ouviram um disparo vindo de dentro da casa, os policiais não aguardaram nem um segundo sequer para finalmente invadirem a casa. Chegaram ao quarto de Sophie e ali a encontraram inconsciente jogada ao chão frio. E um pouco mais afastado dali, encontrava-se duas pessoas ao chão, mas somente uma ferida.

- O que aconteceu aqui?– perguntou Sr. Stewart abaixando seu revolver.

- Ela atirou nele. E-eu não sei onde ela atingiu, fiquei com medo de olhar e acabar piorando tudo. Ajude ele, por favor!– suplicava Katherine sem se preocupar em controlar suas lágrimas.

- Nós vamos ajudá-lo, querida. Agora venha comigo – dizia uma mulher com a farda de policial também. A senhora tinha um sorriso gentil no rosto.

- Eu não saio daqui até virem ajudá-lo. Não vou me separar dele, nunca mais, até ele dizer com todas as letras que não me quer por perto, é uma promessa. A senhora entende o que eu quero dizer? Eu preciso ficar perto dele, preciso saber que ele ficará bem. Porque meu bem estar depende do dele! – Katherine continuava a abraçá-lo e beijar seus cabelos louros.

- Bill, chame a equipe, temos dois feridos aqui! – chamou a mulher em seu walk talk, após ouvir o pedido de Kate.

Os paramédicos chegaram ao local com uma incrível rapidez, afinal, eram treinados para isso. Um homem e mulher vestidos de branco, colocaram uma maca ao lado do corpo de Sophie. Viram o pulso dela, certificando-se de que ainda estava viva, e estava, para alívio de Katherine. Por mais que ela quisesse, não teria coragem de matar alguém. A colocaram sobre a maca e a levaram até a ambulância estacionada na frente da casa. Outros dois paramédicos vestidos com o uniforme branco fizeram o mesmo procedimento com Christopher. Assim que foram se retirando do quarto carregando a maca, Kate os seguiu, correndo afobada para alcançá-los.

- Desculpe, senhorita. Terá que nos acompanhar até a delegacia para testemunhar tudo o que ocorreu.

- Eu avisei que não o deixaria sozinho, não avisei?! Deixem-me ir! – esbravejou Kate enquanto se debatia nos braços do Sr. Stewart.

- Chefe, deixe-a ir. Ela pode testemunhar amanhã, certo? – sorriu a mulher para a loira.

- Obrigada, muito obrigada! – agradeceu aliviada.

Correu escada a baixo, tropeçando em alguns degraus e quase caindo, mas ela pouco se importava. Chegou até a porta limpando suas lágrimas com as costas das mãos e avistou uma multidão de pessoas aterrorizadas bem a sua frente. Algumas choravam, algumas se encontravam aos cochichos e outras estavam estáticas, com as mãos sobre a boca e os olhos arregalados. Estavam tremendamente chocados com tudo o que acontecia. Se eles estavam assim, imagine as pessoas que presenciaram tudo isso de perto? As pessoas que participaram? Como Katherine ou Anne?

Avistou as duas ambulâncias, foi até a que Christopher estava. Pediu para que deixassem ela o acompanhar até o hospital. Obviamente deixaram, viram o desespero da mulher lá no quarto, sabiam que se proibissem Katherine fazia armaria o maior barraco até deixarem. Ainda mais com o rapaz fraco chamando desesperadamente por uma mulher chamada “Kate”. Quando se acomodou no estofado azul no banco lateral da ambulância, agarrou a mão do loiro deitado sobre a maca a sua frente e sussurrou:

- Eu estou aqui com você, Chris. Vai ficar tudo bem.

- Sabia que mentir é feio, Kate? – disse ele com a voz fraca e com dificuldade. Dando depois uma leve risada e um grunhido de dor.

- Até nesse estado você não para de falar besteira. O tempo passou, e você continua o mesmo. Fico feliz em saber que ainda é o rapaz em que eu me apaixonei há um ano – deu um sorriso. Mas ele logo se fechou com a careta feia de dor que Chris fez. – O que houve?! A dor está muito forte?!

- Não é a dor que está forte... E sim o aperto que você está dando na minha mão, pequena – sorriu levemente para a mulher preocupada a sua frente. Que ficou vermelha e tirou toda a força que colocara ali.

- Desculpe - beijou sua mão e ficou o encarando.

- Tudo bem – disse ainda com a voz fraca enquanto fechava seus olhos. Sua respiração estava pesada e a dor na perna estava insuportável, mas um pequeno sorriso ainda tomava seus lábios. – Quero só ver como a Dona Lílian vai reagir a tudo isso...

- Garanto a você que não muito bem. Mas como você está se sentindo? Onde dói, Chris?

- Minha perna – fez mais uma careta.

- Já estamos chegando, a dor vai passar, está bem? Eu prometo. Agora descanse um pouco, não fique se esforçando para falar comigo – abriu um sorriso novamente e o beijou na testa.

- Obrigado – ele sussurrou com os olhos fechados.

- Pelo o que exatamente?

- Por estar aqui comigo e não me abandonar como antes – depois disso ficaram em silêncio, já que Katherine não sabia o que dizer e não conseguia pensar em alguma coisa, pois o arrependimento tomava conta de sua mente e seu coração.

Alguns minutos se passaram até finalmente avistarem um grande prédio branco, Katherine suspirou aliviada, agora Christopher seria atendido. A mulher estava ficando cada vez mais nervosa a cada minuto que se passava e toda vez que a respiração de Christopher ficava cada vez mais lenta e ele fechava seus olhos castanhos. A ambulância logo entrou no grande edifício, parando bem em frente do local aonde se atendia as emergências.

Pediram para que Katherine saísse dali primeiro, e ela assim o fez. Tiraram em seguida a maca em que Christopher estava de dentro do veículo e o levaram para dentro, com Kate sempre ao lado.

- Vamos encaminhá-lo para a sala de cirurgia. Pela quantidade de sangue que se encontra em sua perna, supomos que a bala atingiu aquela região. Quero que mantenha a calma, senhorita, ele vai ficar bem. Quero também que comunique a família do rapaz sobre o acontecido e peça para eles virem rapidamente para cá para preencherem a ficha dele – um paramédico alto e dos cabelos castanhos disse tentando acalmar Katherine, que assentiu ainda apreensiva.

- Eu amo você – sussurrou para Christopher dando um ultimo beijo em sua testa e se distanciando da maca, deixando que os médicos o levassem até uma sala.

Quando eles sumiram de sua vista, foi até a recepção do hospital roendo as unhas de preocupação. Tirou o celular de seu bolso e discou o número da casa dos Walker. No terceiro toque, atenderam.

- Residência dos Walker – disse Cecília.

- Cecí? Sou eu, Katherine. Posso falar com o James? – falou Katherine com a voz ainda alterada.

- Está bem, vou passar para ele. Parece uma coisa séria.

Katherine ouviu a voz da mulher dizendo um “Senhor Walker, telefone para o senhor. É Katherine, parecia bastante alterada”. Depois de alguns segundos a voz masculina invadiu a linha.

- Kate? Aconteceu alguma coisa com você, querida? – perguntou James preocupado.

- Aconteceu alguma coisa, não só comigo, mas com Christopher e Anne também, você obviamente deve conhecê-la. Preciso que você venha para cá o mais rápido possível, chame Thomas e Rose, acho que é melhor eles virem também – fungou a mulher ao terminar a frase.

- Mas o que aconteceu exatamente com eles?!

- Acho melhor você vir para cá e ver, James.

- Está certo, onde você está?

Endereço passado e preocupação aumentada. Era um endereço de um hospital, não era um bom sinal, definitivamente. Desligou o telefone e correu até o quarto de sua filha Zoe, onde a própria se encontrara deitada sobre a cama e Lílian ao seu lado lendo um livro pequeno e colorido para a filha. Assim que a mulher mais velha viu seu marido entrar afobado pela porta do quarto, fechou o livro e tratou logo de perguntar:

- O que houve James? É com alguma coisa com Chris ou Annabeth? O que eles aprontaram agora, meu Deus?! – ela era uma das pessoas mais preocupadas do mundo. Todos já estavam acostumados com seus tiques e suposições exageradas sobre tragédias que poderiam acontecer se não tivessem a ouvido.

- Lily, meu amor, mantenha a calma. Ainda não sei direito o que aconteceu. Mas eu não vou mentir para você, não é uma coisa boa. Quero que pegue sua bolsa e calce seus sapatos. Desça em 5 minutos.

Saiu do quarto antes que Lílian o enchesse de perguntas que ele não saberia responder, conhecia bem a esposa que tinha. Foi até o de Thomas, correndo feito um animal atrás de sua caça. E sem bater, adentrou o quarto do filho, que estava deitado na cama assistindo televisão enquanto a namorada lia um livro sobre psicologia ao seu lado.

- Thomas, quero que você e Rose venham comigo até o hospital – olhos arregalados rapidamente tomaram conta do rosto do casal.

- É com Christopher, não é? Aquele... Imbecil. O que ele fez agora, meu Deus? – disse Thomas desligando a televisão e tratou se colocar seu sapato, Rosalie fez o mesmo.

- Não sei, Katherine não disse. Mas disse que Annabeth está envolvida também. Espero vocês lá em baixo!

Depois que todos estavam prontos, Lily pediu para que Cecí ficasse com Zoe em casa, não sabia o que acontecera. Se era ruim de mais para ela saber, então era melhor deixá-la lá.

James não falou para a esposa onde iriam. Não que ela não estivesse insistido para que ele contasse, mas como Lily, James também era teimoso e preocupado com a família, não iria assustá-la. Seria melhor ela descobrir na hora.

- H-hospital?! Jay, o que aconteceu?! – gaguejou Lily para o marido enquanto reconhecia o grande edifício branco.

- Eu não sei, meu amor, eu não sei. Mas nós vamos descobrir – apertou a mão de sua mulher em um gesto de segurança. Queria mostrá-la que estaria ali, ao seu lado segurando a sua mão, no que der e vier, para sempre.

Estacionou o carro dentro do estacionamento do hospital, Thomas fez o mesmo. Saíram dos veículos às pressas e correram até Katherine que estava em frente à entrada do pronto-socorro.

- Graças a Deus! – ela exclamou com algumas lágrimas nos olhos novamente e indo abraçar Lily que retribuiu confusa e assustada.

- Onde estão Christopher e Anne? – perguntou James.

- Anne está cuidando de seu corte no rosto...  Já Christopher... – ela parou e se soltou do abraço olhando para cada um dos presentes. – Acho melhor eu explicar tudo o que aconteceu para vocês primeiro.

Entraram na recepção e sentaram-se nas cadeiras confortáveis dali. Katherine começou a contar toda a história para eles que pareciam espantados. Quando acabou, não se surpreendeu com a reação de Lily, sabia exatamente como a mulher iria reagir. Abaixou a cabeça e afundou o rosto nas mãos tremulas, murmurando:

- Me desculpe. Desculpe-me. Eu não pude fazer nada para impedir o primeiro disparo. Eu deveria ter parado ela no começo de tudo isso...

- Kate, você fez o que devia. Você sabe que se tivesse parado ela no começo, você acabaria se machucando também... – disse Thomas sentando-se ao lado dela e colocando sua mão sobre o ombro da loira.

- Exatamente. Não fique assim, Kate, sabemos que não foi culpa sua e sim daquela louca. Agora, temos que nos preocupar em acalmar a Lily e torcer por Chris – Rose ao lado do namorado tentando confortá-la.

O Sr. Walker caminhou até o balcão da recepção e preencheu uma ficha com uma expressão nada tranqüila. Quando voltou, foi diretamente a direção de sua mulher, a envolvendo com seus braços.

- Lily, amor, acalme-se. Ele vai ficar bem. Lembra do que Katherine nos disse? Ele teve forças para falar com ela na ambulância, até fez piadinha sem graça. Se a bala tivesse atingido alguma artéria perigosa ele não conseguiria nem respirar, porque perderia muito sangue e estaria... Morto... – James tentava acalmar a esposa que andava de um lado para o outro chorando desesperadamente.

- E eu não sei disso, James?! Acha mesmo que eu não sei?! Mas isso não me impede de ficar preocupada com o nosso filho! Então, não me mande ficar calma, porque vai ser em vão! – exclamou ela em resposta.

Algumas horas se passaram. Lily agora tomava um café, que James a entregou depois que ela surtou gritando para a recepcionista de que queria ver o filho dela naquele instante. Katherine dormia com o cenho franzido, coberta pela jaqueta de James e parecia estar tendo um sonho ruim. Thomas e Rose, estavam sentados em outro banco, conversando com James.

Isso ficou assim até um homem vestido com um jaleco branco de médico, com os cabelos castanhos claros perfeitamente arrumados e uma prancheta nas mãos se aproximou. Tinha uma expressão serena, talvez para não assustar ninguém antes de dizer alguma coisa.

- Vocês devem ser o Sr e Sra. Walker, sou Nicholas Findgan. Sou eu quem está tratando de seu filho e Annabeth também – disse ele calmamente enquanto apertava a mão do casal.

Antes que Lily pudesse perguntar alguma coisa, Kate já tinha pulado na cadeira em que estava e perguntou:

- Como ele está?

- Ele está bem, senhorita. A bala não atingiu nenhum local perigoso, só a retiramos e demos alguns pontos no local. Agora ele está descansando, foi um longo dia, certo? Eu entendo vocês. Então se daqui alguns minutos quando ele estiver já um pouco descansado, pedirei para a enfermeira levar vocês até o quarto – respondeu o doutor e todos puderam finalmente respirar aliviados.

- E Annabeth? – perguntou James.

- Só houve um pequeno corte no rosto dela, só tratamos que fazer um curativo, está descansando um pouco também, mas logo poderá ir para casa. Afinal, não foi nada grave, já que o filho de vocês impediu aquela mulher de fazer algo pior. Assim como a senhorita – sorriu para Katherine – impediu que ela acabasse ferindo Christopher mais ainda.

- Fiz somente o que devia, doutor. E obrigada por ajudá-los.

- Fiz somente o que devia, senhorita – piscou para ela. - Bom, agora se me derem licença, tenho que atender outro paciente. Boa noite – despediu-se Nicholas.


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Notas finais do capítulo

É, eu parei aí pra deixar vocês curiosas, ou não '-' O que será que vai acontecer no próximo capítulo? Uuuuuuuuh, mistério. Enfim, desculpem a demora novamente, sério. Espero que tenham gostado *-----------* Ah, sem esquecer o clássico: Críticas, sugestões ou elogios? :B



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